Não acredito
em nada. As minhas crenças Voaram como voa a pomba mansa,
Pelo azul do
ar. E assim fugiram o As minhas doces crenças de criança. Fiquei então sem fé;
e a toda gente Eu digo sempre, embora magoada:
Não
acredito em Deus e a Virgem Santa É uma ilusão apenas e mais nada!
Mas avisto
os teus olhos, meu amor, Duma luz suavíssima de dor...
E grito então ao ver esses dois céus:
Eu creio,
sim, eu creio na Virgem Santa Que criou esse brilho que m'encanta!
Eu creio,
sim, creio, eu creio em Deus!