Autor:
António Alves
Data:
19 12 2022
País:
Portugal
Morrendo
por amar
Sentindo
a minha dor na negritude onde deixaste
o meu amor, noite de luxúria, corpo corrompido
pela alma, largaste rosas á saída, no túmulo dos destroços do meu coração,
maldita mortalha
Fui
de ti e a ti entreguei a doçura do meu peito
amando
para lá da razão, como um mar que se abre em destino, foste o meu horizonte, a
ânsia
o
desejo de ir mais além, viajar sonhando, juntos.
Foste
a vaga de esperança, onde entreguei a alma
clamando
a salvação neste mundo de madrasta solidão, malditas redes enliando-me nas
palavras vãs, bandidas, furtando cada sentimento meu.
Julguei-me
amada, na voz das ondas lançadas às rochas, uivando como o vento norte atiçando
as velas da barca do nosso amor, com clamor roguei aos céus para que o tempo
não se consumisse.
Larguei
as amarras e deixei-me levar na corrente,
crente
na entrega em porto seguro, viver por uma vez para lá das tempestades impostas
pela vida, fui flor lançada à água no tributo aos amantes.
E
por momentos vibrei, como a força do mar,
vivendo
oceanos de amor na paixão deixada à
mercê
de ti, como o barco vagueando no mar, na
ausência
do leme, foste capitão nos jogos de amor
Sobre
as flores largadas ,choro agora
lágrimas,
no
gélido sangue que deixaste a correr no vadio
coração
congelado, na vã esperança do dia , um raio de sol possa penetrar em mim, pleno
de luz.
Derretendo
este coração bandido, num sol de
Primavera
renascendo em mim, o sorriso sumido,
largando
as vestes negras entregando-me nos braços de um puro amor como o voo dos
pássaros
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