quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: António Alves:



 Autor: António Alves

Data: 19 12 2022

País: Portugal

Morrendo por amar

Sentindo a minha dor na negritude onde deixaste

 o meu amor, noite de luxúria, corpo corrompido pela alma, largaste rosas á saída, no túmulo dos destroços do meu coração, maldita mortalha

Fui de ti e a ti entreguei a doçura do meu peito

amando para lá da razão, como um mar que se abre em destino, foste o meu horizonte, a ânsia

o desejo de ir mais além, viajar sonhando, juntos.

Foste a vaga de esperança, onde entreguei a alma

clamando a salvação neste mundo de madrasta solidão, malditas redes enliando-me nas palavras vãs, bandidas, furtando cada sentimento meu.

Julguei-me amada, na voz das ondas lançadas às rochas, uivando como o vento norte atiçando as velas da barca do nosso amor, com clamor roguei aos céus para que o tempo não se consumisse.

Larguei as amarras e deixei-me levar na corrente,

crente na entrega em porto seguro, viver por uma vez para lá das tempestades impostas pela vida, fui flor lançada à água no tributo aos amantes.

E por momentos vibrei, como a força do mar,

vivendo oceanos de amor na paixão deixada à

mercê de ti, como o barco vagueando no mar, na

ausência do leme, foste capitão nos jogos de amor

Sobre as flores largadas ,choro agora  lágrimas,

no gélido sangue que deixaste a correr no vadio

coração congelado, na vã esperança do dia , um raio de sol possa penetrar em mim, pleno de luz.

Derretendo este coração bandido, num sol de

Primavera renascendo em mim, o sorriso sumido,

largando as vestes negras entregando-me nos braços de um puro amor como o voo dos pássaros

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