Noute! O silêncio vinha entrando pelo mundo E ele,
lúgubre e só, trôpego e cambaleando Foi-se arrastando,
foi aos poucos se arrastando,
Para as bordas fatais dum precipício fundo!
Quis um momento ainda olhar para o Passado...
E em tudo que o rodeava, oito vezes, funéreo Horrorizado
Para as bordas fatais dum precipício fundo!
Quis um momento ainda olhar para o Passado...
E em tudo que o rodeava, oito vezes, funéreo Horrorizado
viu como num cemitério Cadáveres de um lado e cinzas de outro lado!
De súbito, avistando uma frondosa tília Julgou, louco, avistar a ÁRvore da Esperança...
E bateram -lhe então de chofre na lembrança A casa que deixara, os filhos, a família!
Não morreria, pois! Somente morreria Se da Vida, sozinho, ele pisasse os trilhos...
Que mal lhe haviam feito a esposa e a irmã e os filhos?! Preciso era viver! Portanto, viveria!
Viveria! E a fecunda e deleitosa seara Verde dos campos, onde arde e floresce a Crença,
Compensaria toda a sua dor imensa Tal qual o Céu a dor de Cristo compensara!
E aos tropeços, tombando, o Velho caminhava...
Caminhava, e a sonhar, bêbado de miragem, Nem viu que era chegado o termo da viagem, E amplo,
De súbito, avistando uma frondosa tília Julgou, louco, avistar a ÁRvore da Esperança...
E bateram -lhe então de chofre na lembrança A casa que deixara, os filhos, a família!
Não morreria, pois! Somente morreria Se da Vida, sozinho, ele pisasse os trilhos...
Que mal lhe haviam feito a esposa e a irmã e os filhos?! Preciso era viver! Portanto, viveria!
Viveria! E a fecunda e deleitosa seara Verde dos campos, onde arde e floresce a Crença,
Compensaria toda a sua dor imensa Tal qual o Céu a dor de Cristo compensara!
E aos tropeços, tombando, o Velho caminhava...
Caminhava, e a sonhar, bêbado de miragem, Nem viu que era chegado o termo da viagem, E amplo,
a rugir-lhe aos pés, o precipício estava.
Num instante viu tudo, e compreendendo tudo,
Num instante viu tudo, e compreendendo tudo,
Quis fazer um esforço -- o último esforço,
e o braço Pendeu exangue, o peito arqueou-se,
o cansaço Empolgara-o, e ele quis falar e estava mudo!
Mudo! E a quem contaria agora as suas mágoas?!
Mudo! E a quem contaria agora as suas mágoas?!
E trágico, no horror brutoda despedida
Abraçou-se com a Dor, abraçou-se com
Abraçou-se com a Dor, abraçou-se com
a Vida E sepultou-se ali no coração das águas!
Cantavam muito ao longe uns carmes doloridos!
Cantavam muito ao longe uns carmes doloridos!
Eram tropeiros, era a turba trovadora
Que assim cantava, enquanto a Terra Vencedora
Que assim cantava, enquanto a Terra Vencedora
Celebrava ao luar a Missa dos Vencidos!
E o cadáver, a toa, a flux d’água, flutua! Ninguém o vê,
E o cadáver, a toa, a flux d’água, flutua! Ninguém o vê,
ninguém o acalenta, o acalenta...
Somente entre a negrura atra da terra poenta Alguém beija,
Somente entre a negrura atra da terra poenta Alguém beija,
alguém vela o cadáver: a Lua!