(Laudelino de Oliveira Freire), advogado, jornalista, professor,
político, crítico e filólogo, nasceu em Lagarto, SE, em 26 de janeiro de 1873,
e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 18 de junho de 1937.
Foi
aluno da Escola Militar do Rio de Janeiro, tendo interrompido o curso por
doença. Formou-se em Direito em 1902. Além de advogar, exerceu cargos públicos,
o magistério e o jornalismo, colaborando na imprensa também, sob os pseudônimos
Lof e Wulf.
Depois
de cumprir três mandatos como Deputado Estadual na Assembleia Legislativa de
Sergipe, Laudelino Freire fixou-se definitivamente no Rio de Janeiro. Foi
professor catedrático do Colégio Militar, tendo lecionado várias disciplinas
(Português, Espanhol, Geografia, História e Geometria) e consolidado sua
carreira de escritor, jornalista e filólogo.
Como
jornalista, foi diretor da Gazeta de Notícias e colaborou em diversos jornais,
entre eles o Jornal do Brasil, Jornal do Comércio e O País. Seus artigos foram
reunidos em Notas e perfis, em onze volumes (1925-1930), definindo cada um
deles a cultura e as ideias de Laudelino Freire, um dos maiores investigadores
dos estudos clássicos e filológicos no Brasil.
Em
1918 fundou a Revista da Língua Portuguesa, que dirigiu, publicando trabalhos
de alto valor, quer literário, quer filológico, como a Réplica de Rui Barbosa.
Os seus 68 volumes publicados são até hoje um indispensável subsídio para quem
pretenda estudar a Língua Portuguesa. Fundou e dirigiu também a Estante
Clássica (15 volumes). É o autor do Grande e novíssimo dicionário da Língua
Portuguesa, de publicação póstuma em cinco volumes, com a colaboração de J. L.
de Campos, Vasco Lima e Antônio Soares Franco Júnior.
Foi
um dos maiores defensores da simplificação da ortografia no Brasil. Em toda a
sua obra de escritor e de jornalista cultivou o Português não com o espírito
avaro do amador, e sim com a generosidade larga de uma vocação, divulgando os
tesouros que descobria. Não era a gramática que ele venerava, e sim, a
história, o desenvolvimento, o espírito da língua.
Em
1920, a Liga da Defesa Nacional convidou-o a substituir Olavo Bilac, para
proferir a conferência “A defesa da língua nacional”, dentro da programação da
Liga em prol dos interesses brasileiros.
Segundo
ocupante da cadeira 10, foi eleito em 16 de novembro de 1923, na sucessão de
Rui Barbosa, e recebido pelo acadêmico Aloísio de Castro em 22 março de 1924.
Recebeu o acadêmico Aldemar Tavares.
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