terça-feira, 30 de junho de 2020

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Paula Meireles:


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Começou com um olhar.
Um olhar rápido, mas com algum desejo e curiosidade.

Comecei a deixar cartõezinhos fofos, mandar mensagens alegres/ emotivas/ consoladoras/ românticas, dependendo do modo como me sentia no dia, e do modo como achava que aquele gesto seria recebido.

A verdade é que, no início, fui ignorada com sucesso!

Desisti um par de vezes.
Mas voltei a insistir porque me convenci (com certo esforço) que valia o investimento.

Aos poucos, talvez por causa de toda aquela insistência - nem sempre diária, mas constante - comecei a receber leves retornos: um sorriso; um gesto de carinho aqui, outro ali; alguns cuidados...

Que criatura imperfeitamente incrível aquela!
Tão complexa, tão intensa, tão cheia de coisas maravilhosas!
Como foi que não percebi antes?
Como pude ser tão cega?
Logo eu!

Ontem, antes de dormir, escrevi-lhe uma mensagem simples, só para lembrar-lhe quem habitou meu último pensamento antes de fechar os olhos: “Boa noite. Durma bem. Amanhã o dia vai ser incrível!”.

Hoje, ao acordar, havia uma mensagem escrita em um pedacinho de papel, colada no espelho: “Boa noite. Durma bem. Amanhã o dia vai ser incrível!”.

Paula Meireles

Imagem: Karina Yashagina
#Libertária

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fonte de origem:

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