Maria
da Conceição Evaristo de Brito (Belo Horizonte, 29 de novembro de 1946) é uma
escritora brasileira.[1] Ela nasceu em uma família pobre e é a segunda de 9
irmãos, sendo a primeira de sua casa a conseguir um diploma universitário.
Ajudava sua mãe e sua tia com lavagem de roupas e as entregas, enquanto
estudava.[2] Nos anos 70, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou num
concurso,começando a escrever apenas na década de 1990.[3] Ela concluiu o
mestrado em meados da década de 1990 e o doutorado no inicio da década de
2010.[4][5]
Biografia
Conceição
nasceu em uma comunidade da zona sul de Belo Horizonte, vem de uma família
muito pobre, com nove irmãos e sua mãe, ela se mudou jovem para um lugar um
pouco melhor e teve que conciliar os estudos trabalhando como empregada
doméstica, até concluir o curso normal, em 1971, já aos 25 anos. Mudou-se então
para o Rio de Janeiro, onde passou num concurso público para o magistério e
estudou Letras na UFRJ.[6][7]
Na década de 1980, entrou em contato com o grupo Quilombhoje. Estreou na literatura em 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros, publicada pela organização.
É mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio, é doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense.
Suas obras, em especial o romance Ponciá Vicêncio, de 2003, abordam temas como a discriminação racial, de gênero e de classe. Seu primeiro romance, Ponciá Vicêncio foi foco de pesquisa acadêmica pela primeira vez, no Brasil, em 2007[8]. A obra foi traduzida para o inglês e publicada nos Estados Unidos em 2007.[9][10] Atualmente leciona na UFMG como professora visitante.
Em 2017, Conceição Evaristo foi tema da Ocupação do Itaú Cultural de São Paulo. Em 2019, Conceição Evaristo é a grande homenageada da Bienal do Livro de Contagem.
Conceição Evaristo é militante do movimento negro, com grande participação e atividade em eventos relacionados a militância política social.
No dia 18 de junho de 2018, Conceição Evaristo oficializou sua candidatura à Academia Brasileira de Letras, entregando a carta de autoapresentação para concorrer à cadeira de número 7, originalmente ocupada por Castro Alves. Segundo o Portal da Literatura Afro-Brasileira, a autora escreveu na carta: “Assinalo o meu desejo e minha disposição de diálogo e espero por essa oportunidade”.[11] A eleição ocorreu em 30 de agosto, Conceição recebeu um voto, acabou eleito o cineasta Cacá Diegues. [12]
Obras
Romance
Ponciá
Vicêncio (2003)
Becos
da Memória (2006)
Poema
Poemas
da recordação e outros movimentos (2017)
Contos
Insubmissas
lágrimas de mulheres (2011; 2ª edição pela Editora Malê, 2016 )
Olhos
d`água (Editora Pallas, 2014) .
Histórias
de leves enganos e parecenças (Editora Malê, 2016)
Participações
em antologias
Cadernos
Negros (Quilombhoje, 1990)
Contos
Afros (Quilombhoje)
Contos
do mar sem fim (Editora Pallas)
Questão
de Pele (Língua Geral)
Schwarze
prosa (Alemanha, 1993)
Moving
beyond boundaries: international dimension of black women’s writing (1995)
Women
righting – Afro-brazilian Women’s Short Fiction (Inglaterra, 2005)
Finally
Us: contemporary black brazilian women writers (1995)
Callaloo,
vols. 18 e 30 (1995, 2008)
Fourteen
female voices from Brazil (EUA, 2002), Estados Unidos
Chimurenga
People (África do Sul, 2007)
Brasil-África
Je
suis Rio, éditions Anacaona, juin 2016.
Obras
publicadas no exterior
Ponciá
Vicencio. Trad. Paloma Martinez-Cruz, Austin: Host Publications, 2007. ISBN
0-978-0-924047-34-3
L'histoire
de Poncia, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions Anacaona.
2015. ISBN 978-2-918799-75-7
Banzo,
mémoires de la favela, traduzido por Paula Anacaona, collection Terra, éditions
Anacaona. 2016. ISBN 978-2-918799-80-1
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