sábado, 18 de setembro de 2010

O grito

O grito

Então nós não vamos fazer nada.
A truculência vencendo o bom censo.
A violência estampada na cara de cada um de nós.
Até quando, Manoel, João e Joaquim vão tombar.

Até quando os eleitos vão ficar
Trancados em seus palacetes
A ignorar a realidade que os cercam.

Até quando vamos blindar nossas fortalezas,
enquanto os filhos da corrupção
em seus barracões Tramam mais uma ação?

Será que todos eles vão fechar os olhos
E entupir os próprios ouvidos
Com os dólares da nação
Enquanto mais um nos semáforos da vida
Estende-nos a mão?

E todos nós com aquele olhar superior
não Chegamos a enxergar sequer a dor
Daquele que não vê amor
E sim a dor do abandono.

Até quando vamos assistir
A meia dúzia de hipócritas
Levar o sonho de nossas crianças
Pelo ralo do poder?


E todos nós tendo que nos esconder de nós mesmos.
Até quando você vai ficar aí parado
Sem ter a coragem de sequer olhar pro lado?

Olhe, veja, fale grite, se faça ouvir, porque o futuro
É hoje é aqui.