sábado, 17 de abril de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Afonso Pena Júnior:



Quarto ocupante da Cadeira 40, eleito em 29 de agosto de 1935, na sucessão de Miguel Couto e recebido em 14 de dezembro de 1935 pelo Acadêmico Fernando Magalhães. Recebeu os Acadêmicos Afonso Pena Júnior, Viana Moog, Gilberto Amado, Augusto Meyer, Dom Marcos Barbosa e José Américo de Almeida.
Alceu Amoroso Lima nasceu na cidade de Petrópolis, RJ, a 11 de dezembro de 1893. Filho de Manuel José Amoroso Lima e de Camila da Silva Amoroso Lima, faleceu na mesma cidade a 14 de agosto de 1983.
Cursou o Colégio Pedro II e formou-se em Direito pela Faculdade do Rio de Janeiro em 1913.
Crítico literário e polígrafo, adotou o pseudônimo de Tristão de Ataíde. Em 1926 publicou o livro Afonso Arinos, estudo crítico sobre a obra do escritor mineiro falecido em 1916.
Em Estudos reuniu, em cinco séries, trabalhos de crítica datados do período 1927-1933, sendo considerado o crítico do modernismo.
Convertido ao catolicismo por influência de Jackson de Figueiredo, Alceu tornou-se um dos mais respeitados paladinos da Igreja Católica no Brasil. Assumiu a direção do Centro Dom Vital, que congregava os líderes do catolicismo no Rio de Janeiro.
Catedrático de Literatura Brasileira na Faculdade Nacional de Filosofia, foi um dos fundadores, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, bem como Diretor de Assuntos Culturais da Organização dos Estados Americanos (1951).
Além da vasta obra literária, desenvolveu Alceu grande atividade jornalística e ministrou cursos sobre civilização brasileira em universidades estrangeiras, inclusive na Sorbonne e nos Estados Unidos. Como articulista do Jornal do Brasil, destacou-se no combate ao regime militar.
Atualizado em 24/11/2016.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/alceu-amoroso-lima-pseud-tristao-de-ataide/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Miguel Couto:

 


Terceiro ocupante da Cadeira 40, eleito em 9 de dezembro de 1916, na sucessão de Afonso Arinos e recebido pelo Acadêmico Mário de Alencar em 2 de junho de 1919.
Miguel Couto (Miguel de Oliveira Couto) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, a 1º de maio de 1864, e faleceu na mesma capital em 6 de junho de 1934. Era filho de Francisco de Oliveira Couto e de Maria Rosa do Espírito Santo.
Frequentou o Colégio Briggs, ingressando, a seguir, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, da qual se tornaria lente, por concurso, no ano de 1898. Na cadeira de Clínica Médica substituíra Francisco de Castro, notável expressão da cultura médica no início do século XX.
O professor Miguel Couto era poliglota e profundo conhecedor da língua portuguesa. Participou de vários congressos de Medicina nos quais se destacou pela sua competência profissional, sendo considerado um dos mais notáveis clínicos de sua época.
Apóstolo da educação nacional combateu, também, a imigração japonesa, que considerava poder vir a constituir sério perigo para o Brasil, em oposição ao pensamento do seu colega de Medicina, o professor Bruno Lobo.
Ainda antes da Revolução de outubro de 1930, proferira Miguel Couto, na Associação Brasileira de Educação, a 2 de julho de 1927, uma conferência em que apresentava um projeto sobre educação, largamente distribuído em todas as escolas normais e institutos profissionais da então Capital Federal. Era sugerida, nesse documento, a criação do Ministério da Educação, com “dois departamentos: o do ensino e o da higiene”.
A 14 de novembro de 1930, um decreto do Chefe do Governo Provisório da República criava “uma Secretaria de Estado, com a denominação de Ministério da Educação e Saúde Pública, sem aumento de despesa”.
Praticamente, o apelo de Miguel Couto na Associação Brasileira de Educação começara a dar os seus frutos.
O famoso “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, lançado em 1932, reproduziu o que já pregara Miguel Couto cinco anos antes: “Na hierarquia dos problemas nacionais, nenhum sobleva em importância e gravidade o da educação”.
Eleito deputado federal na Constituinte que elaboraria a Constituição de 16 de julho de 1933, continuou o eminente clínico a defender suas ideias sobre educação e problemas da imigração japonesa.
Presidiu Miguel Couto a Academia Nacional de Medicina durante 21 anos consecutivos.
Atualizado em 06/04/2016.

Domingo na Usina: Biografias: Afonso Arinos de Melo Franco:


 
Quinto ocupante da Cadeira 25, foi eleito em 23 de janeiro de 1958, na sucessão de José Lins do Rego e recebido em 19 de julho de 1958 pelo acadêmico Manuel Bandeira. Recebeu os acadêmicos Guimarães Rosa, Otto Lara Resende, Antônio Houaiss e Oscar Dias Correia.
Afonso Arinos de Melo Franco, jurista, professor, político, historiador, crítico, ensaísta e memorialista, nasceu em Belo Horizonte, MG, em 27 de novembro de 1905, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 27 de agosto de 1990.
Era filho de Afrânio de Melo Franco e de Sílvia Alvim de Melo Franco, ambos de linhagem ilustre. Seu avô materno, Cesário Alvim, fora grande político no Império e na República; seu pai fora um dos expoentes da primeira e segunda Repúblicas, e o irmão Virgílio contribuiu de modo decisivo para a vitória da Revolução de 1930 e do movimento de redemocratização do país em 1945. Seu tio Afonso Arinos (primeiro deste nome) é mestre do regionalismo brasileiro. Seus filhos Afonso Arinos (terceiro) e Francisco Manuel destacaram-se na vida pública de suas gerações.
Afonso Arinos de Melo Franco fez a formação humanística no Colégio Anglo-Mineiro, em Belo Horizonte, e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1927, diplomou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Iniciou a carreira pública como promotor de Justiça da Comarca de Belo Horizonte, nomeado pelo então presidente Antônio Carlos, exercendo o cargo nos anos de 1927 a 1928.
Após estudos realizados em Genebra, ingressou no magistério superior, contratado como professor de História da Civilização Brasileira na extinta Universidade do Distrito Federal, fundada por Anísio Teixeira, onde lecionou nos anos de 1936 e 1937. Em 1938, ministrou cursos de História Econômica do Brasil na Universidade de Montevidéu. No ano seguinte, ministrou um curso na Sorbonne, em Paris, sobre cultura brasileira, sob os auspícios do Instituto Franco-Brasileiro de Alta Cultura. Em 1944, voltou a lecionar no exterior cursos de literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Buenos Aires. Em 1946, foi nomeado professor de História do Brasil do Instituto Rio Branco (curso de preparação para a carreira diplomática, do Ministério das Relações Exteriores). Obteve após concurso as cátedras de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro e na Universidade do Brasil, hoje UFRJ.
Foi eleito deputado federal por Minas Gerais em três legislaturas (de 1947 a 1958). Na Câmara dos Deputados, foi membro da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão Mista de Leis Complementares, relator da Comissão Especial constituída para emitir parecer acerca da emenda parlamentarista à Constituição, membro da Comissão de Reforma Administrativa, líder da União Democrática Nacional até 1956, e depois líder do bloco da oposição até 1958, relator da Comissão Especial para emitir parecer sobre a autonomia do Distrito Federal e autor da lei contra a discriminação racial, que tomou o seu nome (Lei n. 1.390, de 3 de julho de 1951).
Em 1958, foi eleito senador pelo antigo Distrito Federal, hoje Estado do Rio de Janeiro. No Senado, foi membro e presidente da Comissão de Relações Exteriores, membro e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, relator da Comissão Especial sobre a competência do Senado na apreciação dos empréstimos estaduais. Não tendo pleiteado a reeleição, despediu-se do Senado numa série de discursos em torno do projeto da Constituição. A pedido do então líder da maioria na Câmara Federal, deputado Pedro Aleixo, e do senador Daniel Kieger, líder da maioria no Senado, é de sua autoria o capítulo sobre declaração de direitos e garantias individuais na Constituição de 1967.
Em 1961 ocupou, no governo do Presidente Jânio Quadros, a pasta das Relações Exteriores, iniciando a fase da chamada política externa independente. Foi o primeiro chanceler brasileiro a visitar a África, sendo recebido no Senegal pelo Presidente Leopold Senghor (1961). Foi chefe da delegação do Brasil nas Nações Unidas, durante as XVI e XVII Assembleias Gerais (1961 e 1962). Na categoria de embaixador extraordinário, compareceu ao Concílio Vaticano II (1962). Chefiou em seguida a delegação brasileira à Conferência do Desarmamento, em Genebra (1963). Pela segunda vez, voltou a exercer o posto de ministro das Relações Exteriores, no governo parlamentarista do primeiro-ministro Francisco Brochado da Rocha (1963).
Foi nomeado, pelo presidente da República, presidente da Comissão Provisória de Estudos Constitucionais (denominada Comissão Afonso Arinos), criada pelo Decreto n. 91.450 de 18 de julho de 1985, que preparou anteprojeto de Constituição. Eleito senador federal em 1988, participou da Assembleia Nacional Constituinte que preparou o projeto de Constituição como presidente da Comissão de Sistematização Constitucional.
Foi membro do Instituto dos Advogados Brasileiros, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, membro do Conselho Federal de Cultura (nomeado em 1967, quando da sua criação, e reconduzido em 1973) e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Foi eleito Intelectual do Ano em 1973 (Prêmio Juca Pato, da Sociedade Paulista de Escritores); recebeu o Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do Pen Clube do Brasil, pela sua biografia de Rodrigues Alves, e o Prêmio Jabuti, da Câmara do Livro de São Paulo, por duas vezes, quando da publicação de dois dos seus volumes de Memórias.

Atualizado em 31/05/2017.

https://www.academia.org.br/academicos/afonso-arinos-de-melo-franco/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Eduardo Prado:


Eduardo Prado (Eduardo Paulo da Silva Prado) nasceu a 27 de fevereiro de 1860 em São Paulo, SP. Era filho de Martinho da Silva Prado e de Veridiana da Silva Prado, de tradicional família paulista. Faleceu na mesma capital a 30 de agosto de 1901.
Ocupou-se desde a mocidade com estudos históricos. Formou- na Faculdade de Direito de São Paulo. Na época era colaborador assíduo do Correio Paulistano onde assinava artigos de crítica literária e política internacional.
Durante algum tempo trabalhou como adido na delegação brasileira em Londres. Conheceu diversos países europeus e também o Egito. Dessas viagens daria observações no livro Viagens, publicado em Paris em 1886.
Monarquista convicto, era amigo do Barão do Rio Branco, colaborando da edição de Le Brésil en 1889, obra publicada por ocasião da Exposição Internacional de Paris, comemorativa do centenário da Revolução Francesa.
Travou amizade com os escritores portugueses Eça de Queirós, Ramalho Ortigão e Oliveira Martins, que pertenciam ao famoso grupo dos Vencidos da Vida.
Com a proclamação da República no Brasil em 15 de novembro de 1889 passou a combater, em livros e jornais, os atos praticados pelo governo republicano. Eça de Queirós, diretor da Revista de Portugal, abriu-lhe as páginas da publicação, para uma série de artigos com o pseudônimo de Frederico de S. e que seriam reunidos em livro com o título de Fastos da Ditadura Militar no Brasil. Colaborou, também, em A Década Republicana, obra em que colaboraram os mais destacados monarquistas brasileiros.
Foi Eduardo Prado um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, na qual ocupou a cadeira nº 40, cujo patrono é o Visconde do Rio Branco. Pertenceu, igualmente, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, na qualidade de sócio correspondente.
Combateu a ingerência dos Estados Unidos na América Latina, lançando um livro polêmico, A ilusão americana, cuja primeira edição, de 1895, foi apreendida pelo Governo brasileiro.
Severas críticas às alterações feitas pelos republicanos na bandeira do país, fazem parte do livro Bandeira Nacional.
Dedicou-se a estudos históricos, tendo publicado estudos sobre Anchieta.
Ronald de Carvalho, na sua Pequena História da Literatura Brasileira considerou Eduardo Prado “um dos publicistas que melhor compreenderam esta situação de pequenas tiranias organizadas, a que ficou reduzido o nosso país, depois que a República o dividiu em vários Estados interligados”.
Viveu em Paris, primeiro na Rue Casimir Perrier e depois na Rue de Rivoli, e nos últimos anos de vida morou na Fazenda do Brejão, no interior paulista.
Alguns amigos indicam a figura de Eduardo Prado como modelo do Jacinto, personagem de A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, o milionário enfastiado pelos confortos da civilização e que vai terminar os seus dias na quietude das serranias portuguesas de Tormes.
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Domingo na Usina: Biografias: José Maria da Silva Paranhos:

 


José Maria da Silva Paranhos, visconde do Rio Branco, nasceu na cidade de Salvador, Bahia, a 16 de março de 1819, ainda durante o reinado de D. João VI. Era filho de Agostinho da Silva Paranhos e de Josefa Emerenciana Barreiro Paranhos. Faleceu no Rio de Janeiro a 1º de novembro de 1880. É o patrono da cadeira nº 40 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador Eduardo Prado.
Frequentou, na juventude, a Escola Naval e a Escola Militar, diplomando-se em ciências matemáticas. Na última lecionou como professor substituto e catedrático quando da organização da Escola Central, denominada posteriormente Escola Politécnica. Colaborou na imprensa política e literária de seu tempo, nos jornais O Novo Tempo, Correio Mercantil, Jornal do Comércio e O Maribondo.
Teve grande atuação na política e na diplomacia. Exerceu as funções de secretário na missão especial no Rio da Prata, sob as ordens do Marquês de Paraná (1851) e, depois, ministro residente, chefe de legação e enviado especial em missões nas repúblicas da Argentina, do Uruguai e Paraguai. Na política interna do Império foi deputado provincial pelo Rio de Janeiro, deputado geral em várias legislaturas, presidente de Província, ministro dos Negócios Estrangeiros, da Marinha, da Guerra e da Fazenda. Presidente do Conselho de Ministros - de 7 de março de 1871 a 26 de junho de 1875 - agitado período do Segundo Reinado em que lhe coube sancionar a Lei do Ventre Livre (28 de setembro de 1871) e enfrentar a questão epíscopo-maçônica nos anos de 1873/1874. Na ocasião já era senador pela província de Mato Grosso.
Coube-lhe a incumbência de organizar o Governo Provisório do Paraguai, após a conclusão da guerra, em 1869/1870. Presidiu várias sociedades e academias, inclusive a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional - onde fora fundado, em 1838, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, no qual ingressaria em 29 de outubro de 1847 como sócio correspondente.
O Visconde do Rio Branco, por força das funções diversas que exerceu, deixou alguns escritos de significativo valor documental, a começar pelas famosas Cartas ao Amigo Ausente, publicadas em folhetim pelo Jornal do Comércio; Projeto de Código Criminal Militar, em colaboração com o Dr. Tomás Alves Júnior e o coronel Antônio Pedro Alencastro; A Convenção de 20 de fevereiro demonstrada à luz dos debates do Senado e dos sucessos de Uruguaiana (1865); O Tratado de 27 de março de 1867 (1871), além de discursos e relatórios elaborados em decorrência dos importantes cargos e funções públicas que exerceu, sobretudo os referentes à reforma do elemento servil e à Questão Religiosa. Neste particular não se deve deixar de mencionar que o visconde do Rio Branco presidiu, na condição de Grão-Mestre, o Grande Oriente do Brasil. Foi pai do Barão do Rio Branco, que levava seu nome.
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Domingo na Usina: Biografias: Roberto Marinho:

 


Sétimo ocupante da Cadeira 39, eleito em 22 de julho de 1993, na sucessão de Otto Lara Rezende e recebido pelo acadêmico Josué Montello em 19 de outubro de 1993.
Roberto Marinho nasceu na cidade do Rio de Janeiro a 3 de dezembro de 1904 e faleceu em 6 de agosto de 2003 na mesma cidade. Filho do jornalista Irineu Marinho e de D. Francisca Pisani Marinho.
Fez seus estudos na Escola Profissional Sousa Aguiar e nos Colégios Anglo-Brasileiro, Paula Freitas e Aldridge.
Com a morte do pai, Roberto Marinho ingressou no recém-fundado vespertino "O Globo", onde exerceu as funções de copy-desk, redator-chefe, secretário e diretor. Teve como tesoureiro do jornal o infatigável jornalista Herbert Moses, futuro presidente da Associação Brasileira de Imprensa.
No final da década de 1930 o jornal empenhou-se na campanha eleitoral, com simpatia pelos candidatos da Aliança Liberal - Getúlio Vargas e João Pessoa.
No período que se seguiu à vitória da Revolução de outubro de 1930 o jornal manteve uma linha de acomodação com o governo.
Em 1952 o jornalista Roberto Marinho integrou a delegação brasileira à VII Assembléia Geral das Nações Unidas.
Presidiu o Conselho de orientação do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Exerceu, também, por indicação governamental, as funções de Chanceler da Ordem do Mérito, de 29 de abril de 1960 a 10 de março de 1967.
Em 1993 apresentou-se como candidato à vaga da cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras, aberta pelo falecimento do também jornalista Otto Lara Resende, antigo colaborador de "O Globo".
A cerimônia de posse na Academia foi realizada no dia 19 de outubro de 1993, sendo recebido pelo acadêmico Josué Montello.
Na ocasião declarou Roberto Marinho que devia a seu pai, Irineu Marinho, "a formação de jornalista".
Roberto Marinho publicou, em 1992, um livro que recebeu o título de "Uma trajetória liberal", obra que, como assinalou então Josué Montello, é integrada por "textos dispersos sobre vossas experiências e vossos testemunhos, guardando imagens vivas de figuras como Carlos Lacerda, Tancredo Neves e Luís Carlos Prestes".
Expandindo suas atividades, Roberto Marinho criou a Fundação que leva o seu nome, uma das mais meritórias instituições com que o país já contou em diversos setores da cultura, com destaque especial no campo das Ciências, das Artes, do Patrimônio Histórico e Artístico, da Literatura e da História, além do mecenato que incluiu substancial ajuda financeira e proporcionou a recuperação de tesouros ameaçados de perecimento irremediável por carência absoluta de recursos.
Roberto Marinho faleceu no Rio de Janeiro no dia 6 de agosto de 2003.
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Domingo na Usina: Biografias: Otto Lara Resende:

 


Sexto ocupante da Cadeira 39, eleito em 3 de julho de 1979, na sucessão de Elmano Cardim e recebido pelo Acadêmico Afonso Arinos de Melo Franco em 2 de outubro de 1979.
Otto Lara Resende nasceu na cidade de São João del-Rei, a 1º de maio de 1922. Filho de Antônio de Lara Resende e Maria Julieta de Oliveira Resende. Faleceu no Rio de Janeiro a 28 de dezembro de 1992.
Formou-se em Direito pela Universidade de Minas Gerais. Jornalista de notável capacidade de expressão colaborou em "O Globo", "Zero Hora" e na "Folha de São Paulo", além de outros periódicos de menor expressão.
Pertenceu ao famoso grupo de intelectuais mineiros que teve como expoentes, de projeção nacional, Emílio Moura, Guilhermino César (mais tarde radicado no Rio Grande do Sul) e, posteriormente, Hélio Pellegrino, Aníbal Machado, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Pedro Nava, e Carlos Drummond de Andrade, que se destacaram não só pelos laços de companheirismo, como, principalmente pelo significativo valor de seus escritos.
Na década de 1960 Otto Lara, genro do Governador de Minas Gerais Israel Pinheiro, fez parte da Embaixada do Brasil em Lisboa, na qualidade de Conselheiro Cultural onde teve de procurar dar solução à difícil questão dos "excedentes" brasileiros matriculados em Universidades de Portugal.
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Domingo na Usina: Biografias: Elmano Gomes Cardim:

 


Quinto ocupante da Cadeira 39, eleito em 13 de abril de 1950, na sucessão de Rodolfo Garcia e recebido pelo Acadêmico Levi Carneiro em 29 de setembro de 1950. Presidiu a Academia Brasileira de Letras em 1958.
Elmano Gomes Cardim era natural de Valença, no Estado do Rio de Janeiro, onde nasceu a 24 de dezembro de 1891, filho de Francisco Eduardo Gomes Cardim e de Adelia Figueiredo Cardim. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de fevereiro de 1979.
Estudou nos Colégios Pedro II e Alfredo Gomes. Concluiu o curso de Direito na Faculdade do Rio de Janeiro em 1914.
Iniciou cedo a carreira de jornalista em "O selo" e no "Diário de Notícias". Integrou-se, em 1909, na equipe do "Jornal do Commercio", do Rio de Janeiro. No jornal redigiu por algum tempo as famosas “Vàrias” e passou de revisor de provas a diretor e propietário.
Exerceu cumulativamente alguns cargos públicos, no Arquivo Nacional e mais tarde foi indicado escrivão de uma das Varas de Órfãos e Sucessões.
Em 1935 presidiu a delegação de jornalistas que acompanhou o presidente Getúlio Vargas em viagem aos países do Prata.
Recebeu em 1951 o Prêmio Moors Cabot de Jornalista. Foi eleito sócio honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro"em 1937, passando a efetivo em 1970 e a benemérito em 1976.Integrou a missão cultural no Uruguai em 1943, onde pronunciou conferências na Universidade daquele país.
Entre os trabalhos publicados por Elmano Cardim merecem destaque - "Justiniano José da Rocha", "A vida jornalística de Rui Barbosa", "Joaquim Nabuco, homem de imprensa", "Na minha Seara", "Jornalistas da Independência", "Discursos", "Rocha Pombo", "Vidas Gloriosas", "Graça Aranha e o modernismo Brasil", "Na pauta da História".
Presidiu Elmano Cardim a Associação Brasileira de Imprensa.
No Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro ingressou como sócio honorário em 1937, passado a efetivo em 1970 e a benemérito em 1976.
Atualizado em 09/08/2017.
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Domingo na Usina: Biografias: Rodolfo Garcia:



Quarto ocupante da Cadeira 39, eleito em 2 de agosto de 1934, na sucessão de Rocha Pombo e recebido pelo Acadêmico Afonso d’Escragnolle Taunay em 13 de abril de 1935.
Rodolfo Garcia (Rodolfo Augusto de Amorim Garcia) nasceu em Ceará Mirim, RN, a 25 de maio de 1873. Filho de Augusto Carlos de Amorim Garcia e de Maria Augusta de Amorim Garcia, faleceu no Rio de Janeiro, RJ, a 14 de novembro de 1949.
Pretendendo seguir a carreira das armas cursou o Colégio Militar do Ceará e a Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, de onde acabaria sendo desligado. Retornando ao Nordeste, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife de onde saiu bacharel e doutor em 1908. Ainda estudante colaborou no jornal Estado de Pernambuco e na revista Cultura Acadêmica.
Em Pernambuco lecionou História, Geografia, Francês e Português nos Colégios Wolf e Santa Margarida.
Depois anos após sua estreia com o ensaio Nomes de aves em língua tupi, de 1913, editou o Dicionário de brasileirismos. Em colaboração com o irmão Aprígio redigiu, na mesma época, Notas a um dicionário corográfico, histórico, e estatístico de Pernambuco.
Na década de 1910 radica-se no Rio de Janeiro e se torna amigo do Conde de Afonso Celso, de Américo Lacombe, Capistrano de Abreu e Hélio Viana. Na época passou a colaborar em vários jornais, revistas e boletins publicados por instituições culturais. Dividiu com Capistrano de Abreu a árdua tarefa de anotar a 3ª edição da História Geral do Brasil, de Varnhagen.
Em 8 de dezembro de 1930 assumiu a direção do Museu Histórico Nacional, substituindo Gustavo Barroso que havia sido demitido do cargo por motivos políticos. Criou, em 1932, o Curso de Museus, que funcionou nas dependências da referida instituição. Dois anos mais tarde deixou o cargo e imediatamente o governo o indicou para assumir a direção da Biblioteca Nacional, a 17 de novembro de 1932.
Pertencia Rodolfo Garcia ao quadro social do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro desde agosto de 1921, passando de sócio efetivo a benemérito em 9 de julho de 1943.
Foi Rodolfo Garcia um dos mais notáveis colaboradores do Dicionário histórico, geográfico e etnográfico do Brasil, organizado pelo Instituto Histórico, no qual contribuiu com “Etnografia indígena” e “História das explorações científicas no Brasil”.
Elaborou na ocasião o “Catálogo dos livros, folhetos, documentos, retratos, bustos, máscaras etc.” pertencentes à Biblioteca, Arquivo e Museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, inserido no número especial da Revista do IHGB comemorativo do Centenário da Independência.
É da autoria de Rodolfo Garcia o texto “Classificação bibliográfica, da classificação decimal a suas vantagens”, publicado no Boletim do Museu Nacional em 1929.
Atualizado em 24/11/2016.

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