terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Cika Parolin:

 


É tarde.

No silêncio da noite,

quase entregue à Morfeu,

penso em uma última poesia.

Olho a página em branco,

pensamentos fervilham

e o eterno tema "Amor"

sempre me sorri,

antes de qualquer outro.

Tua imagem,

a primeira e a última de todos os dias,

se impõe mais forte que o poema.

Sinto teus olhos negros fitando-me,

perscrutando-me a alma,

como se me dissessem,

"Descansa amanhã é outro dia"!

Acordo com a luz do sol,

lâmpada ainda acesa;

no chão,

caneta, papel e poesia incompleta.

A rotina me chama

e, sem demora, lança-me à realidade.

Fica para depois a escrita;

assim é a vida de Poeta.

Cika Parolin

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Marleni Santos:



Sentirás saudades

Te banho com flores

Te acaricio

Com pétalas de rosas

Te enxugo com nuvens suaves

Te abraço com doces sentimentos

Busco cada momento

Desse inebriante ser.

Te deixo despido

Com o coração sentido

Não querendo mais você.

Provaste do meu veneno

Como um doce suave

Sentiste o desprezo

De meu apreço.

Me pedes perdão

Por teres machucado

O meu coração.

Saio bem devagarinho

Fecho a porta com força

Sentirás saudades

Mas estou livre de você.

Junte as pétalas de rosas

Às guarde de lembranças

Um dia lembrarás

De alguém que fizestes sofrer

Saio de mansinho sem me despedir.

                  Autora:Marleni Santos

             Direitos reservados a autora.

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Svetlana Petrina:

 


Memória de Ano Novo.

A memória permanece sabe onde?

Sussurros nas pupilas.

Voando como um pássaro do paraíso.

Esconda-se e encontre novamente.

Quantas notas de canto?

Beba na memória de litros.

Um terço está perdido. A ameixa

Destrua tudo sem se preocupar.

Chorar, vencer o nabat?

Herbário do outono nas almas

Uma borboleta girando no inverno.

Não preciso de nenhum conselho.

Outros... Eu não agora,

Em turci, você vai cozinhar café...

E talvez você seja soldado.

Esse destino não é seu por alguma razão.

Você vai conhecer o nascer do sol juntos.

Onde as janelas estão fechadas.

E eu nunca vou me acostumar,

Ao ponto em que o mundo das estrelas

Deus se esconderá no seu bolso.

P. s.

É assim que nosso coração floresce.

As lanternas são tão solitárias na cidade.

Você não me encontrou no Padolistí,

À beira onde está o ano novo.

Bem, agora adeus por tempos.

Svetlana Svetlanа

Svetlana Petrina

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Luzia Couto:

 


O amor colhe flores

As flores colorem e perfumam as estradas para o amor passar.

O amor, sentimento sublime e maior de todos, suaviza as feridas, enquanto as flores perfumam e mostram a beleza do desabrochar para o amor verdadeiro.

Nas estradas do amor existem muitas flores coloridas e perfumadas, mas, existem também os espinhos que muitas vezes nos ferem profundamente.

Saber suportar os espinhos com delicadeza e paciência   nos torna merecedores e dignos da beleza e do perfume delas, fazendo toda diferença na vida amorosa também.

Pois, nossa vida é cheia de altos e baixos e feridas, ninguém vive só da   colheita da beleza das flores e do seu perfume, há um preço a suportar pra possuir e senti-las,  são os espinhos, que fazem parte de sua integralidade.

Cada vez que praticamos gestos de amor com nosso semelhante, estamos plantando uma sementinha que germinará e dará uma flor no mundo, que deverá ser tocada com delicadeza e paciência a fim de respeitar sua integralidade e não  causar ferimentos ou danos aquela.

Na vida a dois, da mesma forma, temos que saber suportar os espinhos um do outro de forma que em dias ou noites frias não  causemos ferimentos um ao outro durante nossa jornada juntos, estando assim mais presente o amor a fim mudar o que ocorre hoje, onde a ausência do amor leva as pessoas a um jogo sujo de interesses egoistas.

Assim como as flores precisam sobreviver as pragas e ao tempo.

O amor, sentimento mais lindo ensinado por Deus, também precisa ser regado e cuidado todos os dias com gestos de gratidão, tolerância e carinho para assim se multiplicar em outros corações com sua beleza  e perfume a fim de modificar esse mundo com seu exemplo perene na curta vida de uma flor.

Autora Luzia Couto

Lei 9.619/98

Ipanema Minas Gerais Brasil

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Edna Lago:

 


ALMA FALA

Como definir algo que clama dentro de nós,

Falta de amor , ou por amor demais,

Coração sente, transformar-se

A dor, a alegria, em lágrimas...

Sorrisos incontidos admirando  a natureza,

O sofrer num olhar distante a se perder,

Lágrimas, a fala da alma,

Imagem do amor  também do ressentimento,

Lembranças a tona retornar

Sentir-se vibrar, solta, divagar...

Como pássaro a um pouso chegar,

Essência que não morre

Identidade fiel a nos acompanhar

O corpo acaba, ela vive

Seu mundo  a procurar

Livre, intensa, querendo novamente voltar...

                                   Edna Lago

                              D.A.9610/98