Meu
coração da cor dos rubros vinhos Rasga a mortalha do meu peito brando E vai
fugindo, e tonto vai andando
A
perder-se nas brumas dos caminhos. Meu coração o místico profeta,
O
paladino audaz da desventura, Que sonha ser um santo e um poeta, Vai procurar o
Paço da Ventura... Meu coração não chega lá decerto...
Não
conhece o caminho nem o trilho, Nem há memória desse sítio incerto... Eu tecerei
uns sonhos irreais...
Como
essa mãe que viu partir o filho, Como esse filho que não voltou mais!