quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Sofia Sousa: "Sem eira nem beira"



sem eira nem beira
Não sou poeta
O que me vai na
alma
Apenas digo

a minha maneira

posso?


Sem eira e nem
beira!

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Regina Jardim: Farol – poema F 25:


Meu amor
Não sei como podem
Os teus olhos tão pequenos

Molhados pela tempestade

Iluminar meus caminhos

E para terra firme me levar
Como um farol no mar...

_____Regina Jardim

Quarta Na usina: Poetisas Da rede:Marilene Azevedo:


Desconhecido
Que vejo
Num doce lampejo
Preciso saber!

É um mundo
Tão novo
Perguntas 
Me faço
Não sei 
O que dizer!

Quero conhecer
Tenho mundos
Diversos
Estão nos meus
Versos!
São bons!
Outros maus!

Tem alegria
Fantasia
Tristeza..Nostalgia!
É só procurar!

Mas esse de agora!
É um mundo ai fora
Em contraste com o meu
Esta a desafiar!

É um mundo tão belo
Que forma um elo
De doces encantos
Se esconde entre prantos
Se furta da vida
Só ouço gemidos
De um mundo sofrido
Que grita ! Ajude!
Irá sucumbir!


Marilene Azevedo

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Luiza Senis: Alma feminina :

.
Meio santa meio demônio. 
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Assim me vejo ...
quando longe de você

procuro entender e não

consigo então aquele outro

lado ... entra em ação querendo
seu fim .
mas retorno a ser quem
sou ... e preciso de você
do seu carinho da sua voz
e tento te fazer entender ...
que é ciumes de você !


autora :
LuizaSenis@poetisa.com
00018/SP11/14
OPB.SP

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede:Bárbara Lia:


Quando ele corria
pelos telhados de ardósia
as pombas arrulhavam
em ventania
seu casaco - vela sacudida

estremecia

a maré da monotonia

Para Arthur Rimbaud
Bárbara Lia in Respirar

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Elair Cabra: MENINA:


Voz celestial a ninar pela sonora magia

Era como sereia que para atrair encantava

A mata silenciava pássaros segredavam sinfonias

porque o universo calava quando a menina cantava



Corpo de violão em concerto com a leveza de pluma

Em noites de recitais entre ondas de luz flutuava

Olhar felino marcado em compassos de um puma

O mundo parava extasiado quando a menina dançava


As cachoeiras jorravam num pranto que contagia
A chuva caia mais forte, os lagos se enchiam d’água
O canto dos anjos do céu em coro a terra descia
As fontes a lacrimejar quando a menina chorava

Nas entrelinhas da vida a menina então sorria
Encontrou-se na poesia e com desvelo versava
Ladrilhou de estrelas as nuvens e a fantasia
E o poeta sorria quando a menina poetava

Elair Cabral
13/07/14