domingo, 22 de março de 2020

Domingo Na Usina: Biografias: Lúcio de Mendonça:



 (Lúcio Eugênio de Meneses e Vasconcelos Drummond Furtado de Mendonça), advogado, jornalista, magistrado, contista e poeta, nasceu em Piraí, RJ, em 10 de março de 1854, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 23 de novembro de 1909. Foi o fundador da Academia Brasileira de Letras. Ao escolher o poeta Fagundes Varela como patrono, coube-lhe a cadeira nº. 11.

Era o sexto filho de Salvador Furtado de Mendonça e de Amália de Meneses Drummond. Órfão de pai aos cinco anos, e sua mãe tendo contraído segundas núpcias, Lúcio foi criado em São Gonçalo de Sapucaí, MG, em casa de parentes. Nunca teve professor de primeiras letras. Aprendeu a ler e escrever ligando os sons e caracteres gráficos através de leituras de jornais. Aos 16 anos matriculou-se no Colégio Pimentel, em São Gonçalo. A chamado de seu irmão Salvador de Mendonça, partiu para São Paulo, ingressando, em 1871, na Faculdade de Direito. A esse tempo, iniciou as suas atividades poéticas e literárias, escrevendo um caderno de versos, Risos e lágrimas, e publicando trabalhos em O Ipiranga, jornal dirigido por Salvador de Mendonça. Lá tomou parte num movimento de protesto dos estudantes contra os professores da Faculdade e foi suspenso por dois anos. Passou esse período no Rio. Entrou para a redação de A República, convivendo com Quintino Bocaiúva, Joaquim Serra, Salvador de Mendonça, Francisco Otaviano, Machado de Assis, Joaquim Nabuco, e outros. Em 1872, publicou, com prefácio de Machado de Assis, o seu livro de estreia, Névoas matutinas.

Em 1873, estava de novo em São Paulo, novamente matriculado na Faculdade de Direito. Publicou seu segundo livro, Alvoradas, e entrou para a redação do jornal A Província de São Paulo, colaborando também com A República, órgão do Clube Republicano Acadêmico, que ele dirigiu em 1877. Após a colação de grau, em 1878, regressou ao Rio. Foi para São Gonçalo de Sapucaí. Em 1880, casou-se com D. Marieta, filha do solicitador João Batista Pinto. Com a nomeação de delegado da Inspetoria Geral da Instrução Pública da Província de Minas no Distrito de São Gonçalo. Foi eleito vereador da Câmara de São Gonçalo, exercendo a vereança até 1885.

Passou a colaborar no Colombo, de Campanha, cidade vizinha de São Gonçalo, e foi nesse jornal que fez a maior parte de sua pregação republicana. Exerceu a advocacia em São Gonçalo, em Vassouras, onde Raimundo Correia era juiz, e em Campanha. Sempre colaborou em vários jornais da Corte e do interior, sem que a advocacia e o jornalismo o fizessem esquecer a literatura. São desse período muitos dos contos que publicou, os quais, no dizer de vários críticos, formam a melhor parte de sua produção literária.

Em 1885, mudou-se para Valença, onde advogou e colaborou assiduamente na Semana de Valentim Magalhães. Em 1888, transferiu-se para o Rio e entrou para a redação de O País. Com a proclamação da República, foi nomeado secretário do ministro da Justiça, passando, em 10 de janeiro de 1890, a Curador Fiscal das Massas Falidas no Distrito Federal. Depois de exercer outros cargos na magistratura e na alta burocracia, foi, afinal, aos 41 anos, nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, em substituição a Afonso Pena, que não aceitara a nomeação.

Mesmo depois de ministro do Supremo, Lúcio não deixou o jornalismo, e, sob o pseudônimo de Juvenal Gavarni, publicou, na Gazeta de Notícias, uma série de sátiras políticas, em que, com fino humorismo, focalizou as personalidades de Prudente de Morais, José do Patrocínio, Quintino Bocaiúva, Afonso Celso, Medeiros e Albuquerque, e outros.

Na terceira fase da Revista Brasileira, dirigida por José Veríssimo, Lúcio passou a ser um dos frequentadores da redação. Ali se congregavam, em torno de Machado de Assis e de Joaquim Nabuco, os principais representantes da literatura brasileira no momento. Foi então que lhe nasceu o sonho de criar a Academia Brasileira de Letras, da qual ele é, por depoimento unânime dos criadores da Instituição, o verdadeiro fundador, o “Pai da Academia”.

Fez parte das primeiras comissões da Instituição: nomeado com Olavo Bilac, Visconde de Taunay, Rodrigo Otávio e Pedro Rabelo para organizar o Regimento Interno (1897); nomeado com o Visconde de Taunay, Filinto de Almeida e Pedro Rabelo para organizar o projeto sobre o distintivo acadêmico (1897); integrante da comissão de Bibliografia (1897) e da comissão especial para estudar as propostas de sócios correspondentes, juntamente com Graça Aranha e Valentim Magalhães (1898).


No Supremo Tribunal Federal teve atuação destacada defendendo com vigor os seus pontos de vista. Em 1901, foi nomeado Procurador Geral da República. Em 1904, foi-lhe concedida licença para tratar da saúde. Ia perdendo a vista, doença que também atingiu a seu irmão Salvador de Mendonça. Em 26 de outubro de 1907, aposentou-se, a esforços de seus amigos, pois não lhe era mais possível trabalhar. Viajou para a Europa, indo à Itália e à Alemanha, a fim de obter cura para sua enfermidade. Passou o ano de 1909 na sua chácara da Gávea, ao lado de Salvador de Mendonça, vindo a falecer em 23 de novembro.

Fonte de origem:
http://www.academia.org.br/academicos/lucio-de-mendonca/biografia

Domingo Na Usina: Biografias: João Ribeiro:


Professor e polígrafo brasileiro

24 de junho de 1860, Laranjeiras, Sergipe (Brasil)
13 de abril de 1934, Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
[creditofoto]
João Ribeiro escreveu sobre história do Brasil, obras didáticas, gramáticas e antologias
João Batista Ribeiro de Andrade Fernandes fez os primeiros estudos na cidade natal e no Ateneu de Sergipe, em Aracaju, seguindo em 1880 para a Bahia, onde cursou o primeiro ano da Faculdade de Medicina de Salvador.

Abandonou os estudos para se fixar no Rio de Janeiro, dedicando-se ao jornalismo e ao magistério particular. Em 1881, começou a trabalhar no jornal O Globo, que então se inaugurava sob a direção de Quintino Bocaiúva.

Em 1885, prestou concurso para o cargo de oficial da secretaria da Biblioteca Nacional, classificando-se em primeiro lugar. Em 1887, submeteu-se novamente a concurso para a cadeira de português do Colégio Pedro 2º, com a tese "Morfologia e colocação de pronomes". Embora aprovado, só três anos depois foi nomeado, mas a cadeira que lhe coube foi a de história universal e especialmente do Brasil. Tomou posse em 1890.

Em 1895 realizou a sua primeira viagem à Europa, em missão oficial, como representante do Brasil no Congresso de Propriedade Literária, realizado em Dresden. Permaneceu um ano na Alemanha. No ano seguinte, participou do Congresso de Catálogo das Ciências, promovido pela Royal Society, em Londres.

Retornou à Europa em 1901, como assessor da delegação sob a presidência de Joaquim Nabuco, encarregada das negociações do litígio anglo-brasileiro na questão da Guiana.

Em 1914, seguiu pela última vez para a Europa, onde pretendia fixar residência definitivamente, estabelecendo-se na Suíça. Para isso, vendeu em leilão tudo que possuía, inclusive sua biblioteca. A eclosão da Primeira Guerra Mundial forçou-o, entretanto, a regressar ao Brasil.


Vasta obra
João Ribeiro não esteve entre os fundadores da Academia Brasileira de Letras (1896), por estar na ocasião residindo na Europa. Mas foi eleito na primeira vaga, quando do falecimento de Luís Guimarães Júnior (1898). Foi recebido por José Veríssimo.

Professor de curso secundário, João Ribeiro escreveu numerosas obras didáticas, gramáticas, antologias e compêndios, das quais se destacam a "Seleta clássica" (1905) e sua "História do Brasil" (1900), modelo de concisão, uma das mais lúcidas interpretações do complexo nacional, sobretudo no período colonial, assinalando a contribuição do índio e do negro na formação brasileira, até então menosprezada.

Como filólogo, destacam-se ainda: "Dicionário gramatical", "Estudos filológicos", "Frases feitas" e "Curiosidades verbais". Merece menção muito especial o estudo "A língua nacional", marcando as diferenciações entre o português do Brasil e o português de Portugal.

Outro aspecto de sua obra é a feição humanística. Desses ensaios, os mais importantes são "Páginas de estética", "O Fabordão", "Notas de um estudante", "Colméia" e "Cartas devolvidas". Deve-se ainda a João Ribeiro valiosa contribuição para o estudo do folclore, nas conferências que reuniu sob o título "O folclore, estudos de literatura popular".

Poeta sem nenhum realce especial, deixou contudo uma coletânea admirável de contos, "Floresta de exemplos", de 1931. Foi também o tradutor de "Cuore" ("Coração"), de Edmondo De Amicis, que na década de 1930 já chegara à 40ª edição em língua portuguesa.

Da vasta obra de João Ribeiro, compilada por Múcio Leão, a relação de uma edição completa compreenderia nada menos de 57 volumes. Destes, poucos foram publicados. Os volumes de crítica literária, por exemplo, versam sobre um período de cerca de quarenta anos de atividade jornalística, desde os romances de Machado de Assis e Lima Barreto aos primeiros livros de Gilberto Freyre e José Lins do Rego.



Enciclopédia Mirador Internacional.

Fonte de origem:
http://educacao.uol.com.br/biografias/joao-ribeiro.jhtm

Domingo Na Usina: Biografias: Julio Florencio Cortázar:



 (Embaixada da Argentina em Ixelles, 26 de agosto de 1914 – Paris, 12 de fevereiro de 1984) foi um escritor argentino.
Biografia
Filho de argentinos, nasceu na embaixada da Argentina em Ixelles, distrito de Bruxelas, na Bélgica, e voltou a sua terra natal aos quatro anos de idade. Seus pais se separaram posteriormente e passou a ser criado pela mãe, uma tia e uma avó. Passou a maior parte de sua infância em Banfield, na Argentina, e não era uma criança totalmente feliz, apresentando uma tristeza frequente. Declararia: "Pasé mi infancia en una bruma de duendes, de elfos, con un sentido del espacio y del tiempo diferente al de los demás".[1] Cortázar era uma criança bastante doente e passava muito tempo na cama, lendo livros que sua mãe selecionava. Muitos de seus contos são autobiográficos, como Bestiario, Final del juego, Los venenos e La Señorita Cora, entre outros.
Formou-se Professor em Letras em 1935, na "Escuela Normal de Profesores Mariano Acosta", e naquela época começou a frequentar lutas de boxe. Em 1938, com uma tiragem de 250 exemplares, editou Presencia, livro de poemas, sob o pseudônimo "Julio Denis". Lecionou em algumas cidades do interior do país, foi professor de literatura na "Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional de Cuyo", mas renunciou ao cargo quando Perón assumiu a presidência da Argentina. Empregou-se na Câmara do Livro em Buenos Aires e realizou alguns trabalhos de tradução.
Em 1951, aos 37 anos, Cortázar, por não concordar com a ditadura na Argentina, partiu para Paris (França), pois havia recebido uma bolsa do governo francês para ali estudar por dez meses, e acabou se instalando definitivamente. Trabalhou durante muitos anos como tradutor da Unesco e viveria em Paris até a sua morte. Teve uma relação de amizade com os artistas argentinos Julio Silva e Luis Tomasello, com os quais realizaria vários projetos conjuntos. Politicamente, o autor também foi um mistério, devido à fragilidade dos rótulos da época, pois, para a CIA, tratava-se de um perigoso esquerdista a soldo da KGB, enquanto esta considerava-o um notório agente do imperialismo a soldo da CIA e perigoso agitador anti-soviético, já que denunciava as prisões em Moscou dos chamados dissidentes.
Cortázar casou com Aurora Bernárdez en 1953, uma tradutora argentina. Viviam em París, sob condições econômicas difíceis e surgiu a oportunidade de traduzir a obra completa, em prosa, de Edgar Allan Poe para a Universidad de Puerto Rico. Esse trabalho foi considerado pelos críticos como a melhor tradução da obra do escritor.
Em 1963 visitou Cuba enviado pela Casa de las Américas, para ser jurado em um concurso. Foi a época de intensificação do seu fascínio pela política. No mesmo ano teve um livro traduzido para o inglês. Em 1962, lança Historias de Cronopios y Famas, e o ano de 1963 marcou o lançamento de Rayuela, que foi seu grande sucesso e teve cinco mil cópias vendidas no mesmo ano. Em 1959 saiu o volume Final del Juego. Seu artigo Para Llegar a Lezama Lima foi publicado na revista "Union", em Havana. Depois desses anos, Cortázar se comprometeu politicamente na libertação da América Latina sob regimes ditatoriais.
Em novembro de 1970 viaja ao Chile, onde se solidarizou com o governo de Salvador Allende. Em 1971, foi "excomungado" por Fidel Castro, assim como outros escritores, por pedir informações sobre o desaparecimento do poeta Heberto Padilla. Apesar de sua desilusão com a atitude de Castro, continuou acompanhando a situação política da América Latina.
Em 1973, recebeu o Prêmio Médicis por seu Libro de Manuel e destinou seus direitos à ajuda dos presos políticos na Argentina. Em 1974, foi membro do Tribunal Bertrand Russell II, reunido em Roma para examinar a situação política na América Latina, en particular as violações dos Direitos Humanos.
Em 1976, viajou para Costa Rica, onde se encontrou com Sergio Ramírez e Ernesto Cardenal, e fez uma viagem clandestina até Solentiname, na Nicarágua. Esta viagem o marcaria para sempre e seria o começo de uma série de visitas a este país.

Em agosto de 1981 sofreu uma hemorragia gástrica. Em 1983, volta a democracia na Argentina, e Cortázar fez uma última viagem à sua pátria, onde foi recebido calorosamente por seus admiradores, que o paravam na rua e lhe pediam autógrafos, em contraste com a indiferença das autoridades nacionais. Depois de visitar vários amigos, regressou a Paris. Pouco depois lhe foi outorgada a nacionalidade francesa.
Carol Dunlop, sua última esposa, faleceu em 2 de novembro de 1982, e Cortázar teve uma profunda depressão. Morreu de leucemia em 1984, sendo enterrado no Cemitério do Montparnasse, na mesma tumba de Carol. Em sua tumba se ergue a imagem de um "cronópio", personagem criado pelo escritor.[2]
Em Buenos Aires, a praça situada na interseção das ruas Serrano e Honduras leva seu nome. Em 2007 foi dado oficialmente o nome de "Plaza Julio Cortazar" à pequena praça no extremo ocidental da "Île Saint Louis", onde ocorre o conto Las Babas del Diablo.
Características
É considerado um dos autores mais inovadores e originais de seu tempo, mestre do conto curto e da prosa poética, comparável a Jorge Luis Borges e Edgar Allan Poe. Foi o criador de novelas que inauguraram uma nova forma de fazer literatura na América Latina, rompendo os moldes clássicos mediante narrações que escapam da linearidade temporal e onde os personagens adquirem autonomia e profundidade psicológica inéditas.
Seu livro mais conhecido é Rayuela (O Jogo da Amarelinha), de 1963, que permite várias leituras orientadas pelo próprio autor.
Cortázar inspirou um grande número de cineastas, entre eles o italiano Michelangelo Antonioni, cujo longa-metragem Blow-up foi baseado no conto As Babas do Diabo (do livro As Armas Secretas).
Obras principais
Presencia, 1938 (sonetos) (Sob o pseudônimo Julio Denis)
La otra orilla, 1945.
Los reyes, 1949 (teatro) (Os Reis)
Bestiario, 1951 (cuentos) (Bestiário, 1986, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Final del juego, 1956 (cuentos) (Final de Jogo)
Las armas secretas, 1959 (cuentos) (As Armas Secretas, 1994, Rio de Janeiro: José Olympio). Faz parte desse livro o conto Las babas del diablo (As Babas do Diabo), que inspirou Antonioni para o filme "Blow-up".
Los premios, 1960 (novela) (Os Prêmios, 1983, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
Historias de cronopios y de famas, 1962 (misceláneas) (Histórias de Cronópios e de Famas, 1964, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira; Valise de Cronópio, 1974, São Paulo: Perspectiva)
Carta a una señorita en París, 1963
Rayuela, 1963 (novela) (O Jogo da Amarelinha, 1994, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
La autopista del Sur, 1964
Todos los fuegos el fuego, 1966 (cuentos) (Todos os Fogos o Fogo, 1994, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
La vuelta al día en ochenta mundos, 1967 (cuentos).
El perseguidor y otros cuentos, 1967 (cuentos).
Buenos Aires, Buenos Aires, 1967
62/modelo para armar, 1968 (novela) (62/ Modelo para Armar)
Casa tomada, 1969.
Último round, 1969.
Relatos, 1970.
Viaje alrededor de una mesa, 1970.
La isla a mediodía y otros relatos, 1971.
Pameos y meopas, 1971 (poemas).
Prosa del observatorio, 1972 (Prosa do Observatório, 1974, São Paulo: Perspectiva)
Libro de Manuel, 1973 (novela) (O livro de Manuel, 1984, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
La casilla de los Morelli, 1973.
Octaedro, 1974 (cuentos) (Octaedro, 1986, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
Fantomas contra los vampiros multinacionales, cómic, 1975.
Estrictamente no profesional, 1976.
Alguien que anda por ahí, 1977 (cuentos) (Alguém que anda por aí, 1981, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Territorios, 1979 (cuentos).
Un tal Lucas, 1979 (cuentos) (Um tal Lucas, 1982, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Queremos tanto a Glenda, 1980 (cuentos) (Um dos contos foi publicado no Brasil, sob o título Orientação dos Gatos, 1981, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Deshoras, 1982 (cuentos) (Fora de Hora, 1984, Rio de Janeiro: Nova Fronteira)
Los autonautas de la cosmopista, 1982 (Os Autonautas da Cosmopista) – Em colaboração com Carol Dunlop, sua companheira.
Nicaragua tan violentamente dulce, 1983 (Nicarágua tão Violentamente Doce, 1987, São Paulo: Brasiliense)
Silvalandia (baseado em ilustrações de Julio Silva), 1984.
Salvo el crepúsculo, 1984 (poesía).
Divertimento, 1986 (obra póstuma) (Divertimento)
El examen, 1986 (novela, obra póstuma) (O Exame Final, s.d., Rio de Janeiro: José Olympio)
Diário de Andrés Fava, 1995 (Diário de Andres Fava, s.d., Rio de Janeiro: José Olympio)
Adiós Robinson y otras piezas breves (teatro), 1995 (Adeus, Robinson e Outras Peças Curtas, 1997, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira)
Obra Crítica, editada em 1998, no Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
Cartas a los Jonquieres 2010
Cronópios, famas e esperanças[editar | editar código-fonte]
O livro Histórias de Cronópios e de Famas foi escrito por Cortázar em Roma e Paris, no período de 1952 a 1959, mas foi publicado em 1962. Ofereceu uma espécie de reinvenção do mundo através de seus personagens, os "cronópios", os "famas" e as "esperanças", que alcançam sensibilidade e fascínio na medida em que traduzem a psicologia humana.
Os cronópios, segundo Cortázar, são criaturas verdes e úmidas, distraídas, e sua força é a poesia. Eles cantam como as cigarras, indiferentes ao cotidiano, esquecem tudo, são atropelados, choram, perdem o que trazem nos bolsos e, quando saem em viagem, perdem o trem, chove a cântaros, levam coisas que não lhes servem.
Os famas, pelo contrário, são organizados e práticos, prudentes, fazem cálculos e embalsamam sua lembranças; quando fazem uma viagem, mandam alguém na frente para verificar os preços e a cor dos lençóis.
As esperanças "são sedentárias e deixam-se viajar pelas coisas e pelos homens, e são como as estátuas, que é preciso ir vê-las, porque elas não vêm até nós.

Fonte de origem:
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Julio_Cort%C3%A1zar

Domingo na Usina: Biografias: Rodrigo Otávio de Langgaard Meneses:


 (Campinas, 11 de outubro de 1866 — Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1944) foi um advogado, professor, magistrado, contista, cronista, poeta e memorialista brasileiro.

Participou, desde o início, do grupo de escritores que fundaram a Academia Brasileira de Letras.

Filho do Dr. Rodrigo Otávio de Oliveira Meneses e de Luiza Langgaard, filha do médico dinamarquês, estabelecido no Brasil, Dr. Theodoro Langgaard. Aos 5 anos veio, com sua família, para o Rio de Janeiro. Estudou na na Faculdade de Direito de São Paulo, onde se formou aos 20 anos, em 1886. Iniciou a vida pública na magistratura, tendo sido nomeado, em 1894, secretário da Presidência da República no governo de Prudente de Morais entre 1894 e 1896, quando começou a lecionar na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade do Brasil.

Por diversas vezes foi presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, entidade que promoveu a criação da Ordem dos Advogados do Brasil, em 1930. Rodrigo Otávio presidiu também a Sociedade Brasileira de Direito Internacional e membro honorário e vice-presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Consultor-geral da República (1911-1929), foi delegado plenipotenciário do Brasil em diversas Conferências Internacionais, como as de Haia, para o Direito relativo à letra de câmbio (1910 e 1912); de Bruxelas, para o Direito Marítimo (1909, 1910 e 1912); a Conferência Científica Pan-Americana de Washington (1916); da Paz, de Paris (1919), tendo assinado o Tratado de Versalhes. Foi conferencista em várias universidades - Paris, Roma, Varsóvia e Montevidéu. Foi também vice-presidente na I Assembleia da Liga das Nações, em 1920.[2]

Em decreto de 5 de fevereiro de 1929, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, cargo que exerceu até aposentar-se em 7 de fevereiro de 1934.[3]

Casado com Maria Rita Pederneiras, era pai do também acadêmico Rodrigo Otávio Filho.[4]

Índice  [esconder]
1 Academia Brasileira de Letras
2 Obras publicadas[5]
3 Referências
4 Ligações externas
Lorbeerkranz.pngAcademia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]
Foi o fundador da cadeira 35 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono Aureliano Tavares Bastos.

Obras publicadas[5] [editar | editar código-fonte]
Obras literárias e históricas
*Pampanos — Versos, 1886
Poemas e Idylios — Versos, 1887
Aristo — Novela, 2ª edição, 1906, ed. da Renascença.
Sonhos Funestos — Drama em verso, ed. Laemmert & Cia., 1895
Festas Nacionaes — Capítulos de Historia, ed Alves & Cia
Bodas de Sangue — Novela, Revista Brasileira, 1895.
A Balaiada — Chronica histórica, ed. Laemmert & Cia, 1903.
Felisberto Caldeira — Chronica dos tempos coloniaes ed Laemmert & Cia, 1900, 2ª edição, Lisboa, Aillaud & Cia, 1921
A Estrada — Drama, 1907, ed. da Renascença.
Le Brésil, sa culture, son libéralisme - Conférence prononcé au Grand Theâtre de Gèneve, le 15 novembre 1912. Genève, 1913
Águas passadas — Novela, ed. Garnier & Cia, 1914.
A Constituinte de 1823 — Memória apresentada ao Congresso de História Nacional. Revista do Instituto Histórico, 1914
Vera — Poema (edição de 50 exemplares), 1916.
Coração de caboclo — Poema, EPoema, ed A Illustração, 1924.
Na terra da virgem índia - Sensações do México. Conferência dada na Academia Brasileira em 1923, Annuario do Brasil, 1924.
Obras jurídicas
Os successos de abril perante a Justiça Federal — Imprensa Nacional, 1893.
Direito Federal — Preleções do dr. Juan M. Estrada, traduzidas e anotadas, ed. Alves & Cia., 1897.
Do Domínio da União e dos Estados segundo a Constituição Federal. Monographia premiada pelo Instituto dos Advogados. Livraria Acadêmica Saraiva, 1924
Referências
Ir para cima ↑ Pela grafia antiga, Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes.
Ir para cima ↑ Biblioteca virtual. Biografia de Rodrigo Octavio.
Ir para cima ↑ Supremo Tribunal Federal. Ministros. Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes. Biografia.
Ir para cima ↑ Hilton, Ronald. Who's Who in Latin America: Part VI, Brazil. Stanford University Press, 1948, p.121.

Ir para cima ↑ Rodrigo Octavio. Do Domínio da União e dos Estados segundo a Constituição Federal. Monograhpia premiada pelo Instituto dos Advogados. 2ª ed. consideravelmente augmentada. Livraria Acadêmica Saraiva & C Editores. Largo do Ouvidor, 5-B. São Paulo, 1924.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.