segunda-feira, 30 de maio de 2022

Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Grupo dos escritores virtuais e seus escritos:

 


Escritores Virtuais...a cultura dever ser democrática e divulgada a todos. Nunca a cultura deve ser elitizada. Toda a censura é burra.

Neste gru…

https://www.facebook.com/groups/1771711159784019

Terça na Usina: Grupos de Literatura na Rede: Coligação da Cultura:

 


Coligação da Cultura - PE

Manifesto - Cultura: direito do povo, obrigação do Estado. …

https://www.facebook.com/groups/331203007040410

Terça na Usina: Grupos de Literatura: Poetas , Escritores Amadores e Leitores !:

 


um grupo para quem gosta de escrever e ler ,participar !

Se compartir nunca tire o nome do autor, isso é crime !

Nunca discutir ou humilhar,mant…

https://www.facebook.com/groups/860420427718611

Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: "Eterno Amor"



BEM VINDOS!!! Imagens, poesias, pensamentos, citações, boas vibrações, música. Enfim; arte, amor, inspiração, paixão,emoção....

https://www.facebook.com/EternoAmorr

Terça na Usina: blogs de literatura na Rede: paulamlima.blogspot.com:

Amigo simplesmente é!
Amigo não julga, não malda, não muda
Não some, não escanteia, não ignora
Não inveja, não compete, não manipula
Nem faz "a social" só pra parecer legal
Aliás, amigo não deseja seu mal.....

Terça na Usina: blogs de literatura na Rede: simples poemas:

Que bonito moço, poderia dizer
Que bom pedaço feito com graça
Que pecado poderia ser
Rápido antes que a ilusão desfaça...

Terça na Usina: blogs de Literatura na Rede: Rafael toledo: Poemas:

Poemas do Blog

Nesta página você encontra a relação dos poemas e textos “pseudo-líricos” publicados neste blog. https://rafaeltoledo.net/poemas-do-blog/

Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Conspiração do Lyrio:

 

"CONSPIRAÇÃO" é uma combinação entre duas ou mais pessoas físicas com o objetivo de "lesar" outrem em algum momento futuro...

https://www.facebook.com/groups/conspiracaodolyrio

Terça na Usina: Blogs de literatura da Rede: Amaité poesias & cia.:


quarta-feira, 25 de maio de 2022

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:



Trajetória

No fim da inocência um sonho.
Em plena adolescência um desejo.
Na maturidade uma possibilidade.
E na melhor idade simplesmente um fato.
Como tudo neste mundo.
O início, o meio e um inevitável
recomeçar Sempre...

conteúdo do livro:]



Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:




Vazio

Digladie com a morte,
abandonei toda sorte.
E a cada dia, o meu eu emerge do
vazio de cada amanhecer, na esperança
de um entardecer de glórias.

conteúdo do livro:



Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:



Avesso

A réstia que corta o horizonte na linha reta
do meu pensar, me da o repouso do
aconchego do colo da vida que escorrega,
nas mãos do falso destino de menino travesso....

conteúdo do livro:




Poesia de Quinta na Usina: Mário Quintana:



A mensagem

Esse oval do seu rosto, aquelas tranças tranqüilas, o seu lábio triste e ardente,
luz de vela a tremer em um quarto de doente, tantos anos depois, 
eu os vi novamente numa imagem de altar... Tão linda, parecia
uma Nossa Senhora adolescente
antes da Anunciação, quando era - simplesmente - Maria!
Em instantes de angústia, esta fugaz imagem de alguém que há muito já se foi
 - pobre criança! - timidamente a alma me ilumina...
Dize, que foste tu contar do mundo ao Paraíso?
Por que só podes dar tua mensagem com a luz silenciosa de um sorriso...

Poesia de Quinta na Usina: Mário Quintana:

 


A rua

A rua é um rio de passos e de vozes, um rio terrível que me vai levando,

mas estou só, como se está na infância... ou quando a morte vai se aproximando... No ar, agora, que distante aroma?

Decerto eu sem saber pensei em ti... E um vôo de andorinha na distância é a minha saudade que eu te mando. Mas tudo, nesse tumultuoso rio,

não fica nunca ao fundo da lembrança como no seio azul de uma redoma...

Tudo se afasta nessa correnteza onde uma flor, às vezes, fica presa

e um claro riso sobre as águas dança!


Poesia de Quinta na Usina: Mário Quintana:



Poema ouvindo o noticioso
Os acontecimentos tombam como moscas sobre a [minha mesa
z...z...z...z...z...z...z...z...
De junto a mim
- len-ta-men-te -
a Presença Invisível afasta-se deixando
um rastro
de silêncio...
A página aguarda
O Poeta aguarda, mudo... Em vão!
(O limite do poema é uma página em branco).

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:



42.

"Assim como lavamos o corpo deveríamos lavar o destino, mudar de vida como mudamos de roupa - não para salvar a vida, como comemos e dormimos, mas por aquele respeito alheio por nós mesmos, a que propriamente chamamos asseio.
Há muitos em quem o desasseio não é uma disposição da vontade, mas um encolher de ombros da inteligência. E há muitos em quem o apagado e o mesmo da vida não é uma forma de a quererem, ou uma natural conformação com o não tê-la querido, mas um apagamento da inteligência de si mesmos, uma ironia automática do conhecimento.
Há porcos que repugnam a sua própria porcaria, mas se não afastam dela, por aquele mesmo extremo de um sentimento , pelo qual o apavorado se não afasta do perigo. Há porcos de destino, como eu, que se não afastam da banalidade quotidiana por essa mesma atracção da própria impotência. São aves fascinadas pela ausência de serpente; moscas que pairam nos troncos sem ver nada, até chegarem ao alcance viscoso da língua do camaleão.
Assim passeio lentamente a minha inconsciência consciente, no meu tronco de árvore do usual. Assim passei o meu destino que anda, pois eu não ando; o meu tempo que segue, pois eu não sigo."

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:



40.

"A humanidade tem medo da morte, mas incertamente."
41"E não sei o que sinto, não sei o que quero sentir, não sei o que penso nem o que sou."
"Verifico que, tantas vezes alegre, tantas vezes contente, estou sempre triste."
"Não vejo, sem pensar."
"Não há sossego - e, ai de mim!, nem sequer há desejo de o ter."

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:


39.

"Pesa-me, realmente me pesa, como uma condenação a conhecer, 
esta noção repentina da minha individualidade verdadeira, 
dessa que andou sempre viajando sonolentamente entre o que sente e o que vê."
"E, por fim, tenho sono, porque, não sei porquê, acho que o sentido é dormir."


terça-feira, 24 de maio de 2022

Quarta na Usina: Poetisa da Rede: Katica Zmijarevi:


 

TEMA: HONRA

______________________

@TERÇA-FEIRA@ todos os direitos respeitados

Katica Zmijarevi ć

23/05 2022.

______________________

,,,,,,,,,,,Honra,,,,,

Ganho moral que vem de atos ou empreendimentos mais importantes

Respeitando o reconhecimento geral como privilégio, alegria gratidão por ser convidado em determinado momento

Para honrar a glória do Senhor todo poderoso, o prazer que permaneceu em nossas almas

Razoavelmente meu até quando vou repetir, como a vida consiste no seu epicentro, que você chama atenção para honra e glória da sua existência

A vida é um teste com muitos defeitos e virtudes vamos aceita-la, siga-a passo a passo

Vamos ser sensatos vamos nos livrar das más intenções honradas em nossas músicas

O altruísmo desperta nas almas amargas

Com uma auréola na cabeça do Paraíso, a primeira rosa da primavera floresceu em Ushit

Te dou em homenagem a uma opinião positiva de você em um verso, águas calmas flutuam nuvens de felicidade

É uma honra ter um punhado de lágrimas e um saco de risos no vale do rio em águas claras, carrego amor nas mãos minha eterna empatia

@terça-feira @ todos os direitos respeitados

Katica Zmijarevi ć

23/05/2022.

Croácia 🇭🇷

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Nancy Michel Pardo:


 

NO SOMOS NADA

No somos nada

Pero quiero todo contigo

Ver el amanecer de una  bella primavera

Recibiendo la aurora

Una  noche tibia de un hermoso verano con el cielo estrellado, amarnos bajo la luz de la luna.

En el otoño mirar  las hojas caer de los árboles pasear tomados de la mano en la alfombra de hojas multicolores como el arrebol dell horizonte.

En el invierno, amor te  cobijaré   en mis brazos para calentar  y dar calor

A tu piel con mi piel  abrazados ser uno solo con dos corazones  latiendo al mismo ritmo y endulzar mis labios con la miel de tus besos.

No somos nada pero quiero todo contigo,

Que me des esa ternura que mi alma y corazon  necesita y me ha sido negada

Y me brindarme ese amor que dices tenerlo por mi.

No somos nada

Pero quiero decirte te quiero sin decirlo

Sólo que tú lo sientas.

Nancy Michel Pardo

BOLIVIA. 22. 05. 2022

D.R.A.

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Areli Potiguara:


 

Abraço

O dia do abraço

São todos os dias que posso abraçar

Mesmo que os braços estejam pesados

Cansados e doloridos de trabalhar

Ainda os manterei estendidos

Caso outra alma precisar

Que nunca falte amor e carinho

Que transborde afeto, bem estar, um sorriso

Aos passos que acompanham este lidar

Areli Potiguara

Imagem da internet

Quarta na Usina: Poetas da Rede: Luísa Rafael:


 

Finjo

Que te respiro

No suspiro

De mim

Que te dedilho

Com minúcia

Quando toco

A música

Que nos une

Que te beijo

Com a alma

Do desejo

Em brando lume

Que explode

Num lampejo

E deixo a minha

Emoção

Que caminha

Em turbilhão

Ir no devaneio

Que saboreio

E tateio

Com a tua mão

Que em mim aninha

Finjo

No sorriso aberto

Que te faço

Sem te ver

Mas de tanto

Te querer

Abro os olhos

Caio

No deserto

Da solidão

Onde o vento

Que abraço

Levanta as poeiras

Da imaginação

E vislumbro

Até onde a vista alcança

E vou embalando

Nesta dança

O meu ouvido

Num deslumbre

Sentido

Minto

Sinto

Para mim

Tenta comigo

Mente

Sente

Para ti

Como se fosse realidade

De ti em mim

Uma sintonia

Sadia

Talvez assim

Quem sabe

Um dia

Seja verdade!

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Ivani Santos:


 

Perspicácia

É provável que a casualidade encontre o improvável

E que no meio da tormenta circunstâncias inesperadas consigam emergir da escuridão.

O arrebatamento do espectro desperta a luz

que vem do firmamento

inebriando a sombra da escuridão...

E inesperadamente as torrentes do degelo jorrarão

na fonte da sabedoria.

Somente assim, a luminescência atingirá o intento

objetivo ou

O contingente acidental.

Ivani Santos.

23/05/2022

Direitos autorais reservados. Imagem Pinterest.

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Céu Cruz:


 

Título:Sem ti sou nada

Autora: Céu Cruz

Lágrimas  chorei,  quanta tristeza

quantas  lamúrias qu'assombram

e tantos  passos vis  na incerteza

quando amores se desencontram

sou  nada, sou eterna apaixonada

na busca do teu coração fervente

que longe de ti não, não sou nada

pois p'la vida eu passo indiferente

entre chuvas te  busco obstinada

entre chamas d' um ardente lume

um vulcão qu'arde desde  o cume

d'alegria tornarei a encher o peito

contigo minh' alma está em festa

e é por amar-te assim deste jeito

Portugal 🇵🇹23-05-2022

©Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004, de 24 de Agosto

Foto de Miguel Carvalho

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: ANNE SILVA:


 

Sou rio calmo procuro a foz

Sou sol amor e luz

Sou a lua que me dá voz

Sou a alma que me conduz!

Sou tormentas sem revolta

Nas águas do mar sou amada

Sou maré que vai e volta

Sou âncora ao coração amarrada!

Sou livre como o vento

Com asas no coração

Que a qualquer momento

Explode em sublime paixão!

Tudo de bom mudei em mim

Minha vida de novo redigi

Mas na vida terrena tudo tem fim

Levarei tudo o que na vida vivi!

              ANNE SILVA

                      "  DC"

DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS *122/99

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Marleni Santos:


 

Data 23/05/2022

Recomeçar

Recomeçar

É deixar-se florir

Todos os dias.

No amor principalmente

Temos que conquistar

A pessoa amada

A cada segundo

A cada amanhecer.

Mas se não existe amor

É melhor deixar partir

Para viver em paz.

Quando existe amor

Os olhos procuram

A pessoa amada

E o coração sorri.

Sorri de felicidade

Para cada segundo

Abraçar, beijar ...

E juntos renascerem.

     Autora: Marleni Santos

     Direitos reservado a autora

     Soure_Marajó_PA

     22/05/2022

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Ester Alves de Moraes:



 Alma atemporais

Nen me reconheço nesta

Tarde de outono suspirando

O amor na saudade

Noite fria deita sobre mim

 Arfam Todas as incontidas

Imputa e secretas

Sua sua me devora

Penetra Viola Minha Alma

Seus olhos desnuda

Em prazer somos os espaços

Não preenchido da alma

Tudo à Flor da Pele feito

Poesia inflamada a carne

Somos atemporais em cada Versos .

Ester Alves de Moraes

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Terça na Usina: Blogs de Literatura da Rede: webartigos.com:

Box Todos os Romances e Contos Consagrados
Quem não tem um lado poeta de ser? A poesia é uma das sete artes tradicionais, desde muitos anos as pessoas utilizam as palavras para expressar seus pensamentos, assim tornando-as em poesia. Quase sempre temos algo pra transmitir através de nossas palavras. E por que não expressar tudo isso, para que outras pessoas possam ler? Todas as nossas experiências, nossos conhecimentos, todos nossos sonhos, e até mesmo medos, enfim, tudo o que vivemos pode se tornar em arte, quando escrita de forma correta, seja ela formal ou informal, basta ter um pedaço de papel, assim se tornando uma bela poesia.....

https://www.webartigos.com/artigos/os-maiores-blogs-sobre-poesia/52737

Terça na Usina: blogs de Literatura da Rede: OSSOS DO OFÍDIO:

MARCELINO FREIRE


Adélia Prado, 40. Amara Moira, 31. Ana Cristina Cesar, 27. Augusto dos Anjos, 28. Caio Fernando Abreu, 22. Carolina Maria de Jesus, 46. Carlos Drummond de Andrade, 28. Castro Alves, 23. Cecília Meireles, 18. Conceição Evaristo, 44. Cora Coralina, 75. Clarice Lispector, 24. Daniel Munduruku, 37. Eliane Potiguara, 39...

Terça Na Usina: Blogs de Literatura da Rede: POEMARGENS:

Espaço livre destinado à publicação de poemas sem qualquer preocupação com fronteiras espaciais e temporais. Vírus, poemas comuns, incomuns ou demenciais:

https://poemargens.blogspot.com/


Terça na Usina: blogs de Literatura da rede: Tubo de Ensaio:

Tubo de Ensaio



"Na arte só uma coisa importa: aquilo que não se pode explicar." 
Georges Braque...

Terça na Usina: Blogs de literatura da Rede: interioridade:

Faz de conta que era um menino. Ele olhava, olhava, 

à procura da ponta do fio para entender....

https://ac-wwwinterioridade.blogspot.com/


Terça na Usina: Blogs de Literatura da Rede: nas dobras do dia:

Antes que julho recuse roteiros
cansados ou se finde na parede
ondula no ar um vozerio.....



Terça na Usina: Grupos de Literatura na Rede: Libros Mablaz:

 


Libros Mablaz es, ante todo, una EDITORIAL que actualmente ha publicado más de 100 títulos, con web propia www.librosmablaz.com, y que recibe original…

https://www.facebook.com/EdLibrosMarblaz

Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Poemas, Poemetos, Textos & Frases:

 


"Um encontro com as bonitezas das palavras escritas por nossos mais encantadores poetas e escritores. '

https://www.facebook.com/groups/320784041888750

Terça na Usina: Grupos de Literatura da Rede: Encontro de Poetas e Amigos:


 

Poderão ser postadas poesias de todas as modalidades.

Fica estipulado 03 poesias ao dia para cada membro.…

https://www.facebook.com/groups/284733184992465

domingo, 22 de maio de 2022

A Divina Comédia: Dante Alighieri:



“Não devo andar com bando diferente. 
O meu Tesouro eu muito te encomendo:
120 Nele inda vivo, e rogo isto somente”. —
Voltou-se; e foi tão rápido correndo, 
Como os que correm pelo pálio verde No campo de Verona, parecendo
124 Mais ser quem vence do que ser quem perde.
30. Messer Brunetto, Brunetto Latino, autor do “Tesouro”, e mestre de Dante. — 62 Fiesole, pequena cidade perto de Florença. — 110. Acúrcio, Francesco d'Accursio, jurisconsulto bolonhês. Prisciano, gramático de Cesaréia — 112. Olha o que, etc. Andréia de Mozzi, bispo de Florença e, depois, de Vicência.
CANTO XVI
Perto do limite do terceiro compartimento do sétimo círculo os Poetas encontram outro bando de almas de sodomitas, no qual se destacam três ilustres compatriotas de Dante. Reconhecendo-o, falam da decadência das virtudes políticas e civis de Florença. Chegam, depois à orla de outro precipício, onde a um sinal de Virgílio, sobe, voando pelos ares, uma figura estranhíssima.

Crônicas de Segunda na Usina: Lima Barreto: Quereis encontrar marido? - Aprendei!...:



A livraria Schettino, desta cidade, há tempos, editou um pequeno opúsculo de doze páginas, tipo graúdo, entrelinhado, com este soberbo título: Quereis encontrar marido? - Aprendei!... 
É autor do livro uma senhora, Dona Diana D'Alteno, que, a seguir a regra geral, nunca encontrou o seu. Digo isto porque, na quase totalidade, todas as pessoas que se propõem a fornecer tal coisa ou outra aos seus semelhantes, não a possuem. Haja vista os feiticeiros, negromantes, cartomantes, adivinhos, hierofantes, que estão sempre prontos a dar fortuna aos outros, mas que, entretanto, não têm níquel, pois precisam de espórtulas e gratificações para os seus generosos serviços. 
Dona Diana D'Alteno começa o seu interessante opúsculo assim, deste modo, que transcrevo tal e qual: 
"Gentis e amáveis moças solteiras. É a vós que dedico estes meus escritos. O motivo que me induz a traçar estas linhas é um dos mais vitais, e quiçá dos mais graves." 
Depois dessa invocação às suas caras leitoras, a autora entra de pronto no "argumento". Sabem qual é este argumento? Pois fale ela. Eis as suas palavras: 
"Permiti, pois, que vos fale disso como coisa nova. 
"Se trata do terrível dépeuplement, a diminuição progressiva de nascimentos, que poderá um dia ser causa de tremendos conflitos entre as nações, aproveitando-se umas sobre as outras de maior a menor número de combatentes." 
Vejam os senhores só como esta senhora está adiantada em matéria de previsão histórica e como a sua sociologia é muito obstétrica e ginecológica. 
O despovoamento pode ser um dia causa de tremendos conflitos, fenômeno terrível que ela qualifica mais adiante: "espada de Dâmocles suspensa sobre a cabeça de boa parte do gênero humano". 
A Senhora D'Alteno, ao acabar de fazer tão curiosa descoberta, não fica satisfeita. Parece que o seu gênio é como a atividade catequizadora de São Francisco Xavier; quer ir mais longe, mais longe. "Amplius!" 
Então toma a palavra pela segunda vez e descobre a causa. Mais uma vez passo para aqui as palavras da ilustre socióloga: 
"Pela segunda vez, peço permissão de tomar a palavra e explicar sem ambages qual seja esse motivo: é a diminuição dos matrimônios. É o caso de dizer: "a pequenas causas, grandes efeitos" e na verdade, os matrimônios se tornam cada vez mais raros e mais difíceis." 
Peço licença para observar à ilustre senhora coisas simples. Antes, tenho a dizer que nada entendo dessas coisas sociais, mesmo em se tratando de casamentos. Não é atividade da minha seara intelectuaL mas já foi dito que cada qual tem o direito de ter uma opinião e de dizê-la. Eu julgo que o casamento nada tem com o despovoamento. Pode haver multiplicação da humanidade sem ele, como pode haver com ele. O "crescei e multiplicai-vos" não subentende casamento algum. Há muitas espécies animais que obedecem ao preceito bíblico e prescindem de semelhante cerimônia. Por acaso entre os nossos animais domésticos que crescem e se multiplicam, apesar das pestes, das facas das cozinheiras, do choupo, etc.; há pastores e sacerdotes encarregados de realizar casamentos? Não. 
Estou bem certo que a autora não se zangará comigo, apesar do seu nome que, entretanto, não é também propício aos destinos do seu singular folheto. Mas... Afirma Dona Diana que "o homem (o grifo é dela) tem medo do matrimônio. Um sacro terror se apoderou dele a tal palavra". 
Ainda uma vez peço licença à ilustre autora para discordar. O "homem" não tem medo do matrimônio; o "homem" o quer sempre. A culpa é da mulher que escolhe muito. Se ela casasse com o primeiro que encontrasse, a tal história não se daria. Eu, por exemplo, atiro ao terreiro um grão de milho; se não houver um galináceo que o coma, ele germina logo. Agora, se ele quiser terra especial ou a terra quiser um grão especial, a coisa é outra. Vai ver a ilustre autora como me vai dar razão nas suas penúltimas palavras que são estas: 
"Permanecei mulher, se quereis um dia ser mãe - a 'Maternidade!' é essa a maior vitória que glorifica a mulher; é esta a sua grandiosa obra." 
Não falaria eu com, tanto calor, mas diria a mesma coisa com simplicidade, chãmente. Vossa Excelência, porém, está no seu direito, apesar de Diana, de fazê-lo da forma que o fez. 
E essas suas palavras vêm a pêlo agora quando várias senhoritas se assanham para entrar para a estrada de ferro, para o Tesouro, como funcionárias públicas. 
Há nisto vários erros, uns de ordem política, outros de ordem social. Os de ordem política consistem em permitir que essas moças se inscrevam em concurso para aspirar um cargo público, quando a lei não permite que elas o exerçam. 
Não sou inimigo das mulheres, mas quero que a lei seja respeitada, para sentir que ela me garante. 
Nos países em que se há permitido que as mulheres exerçam cargos públicos, os respectivos parlamentos têm votado leis especiais nesse sentido. Aqui, não. Qualquer ministro, qualquer diretor se julga no direito de decidir sobre matéria tão delicada. É um abuso contra o qual eu já protestei e protesto. 
Quando era ministro Joaquim Murtinho - da Fazenda - é preciso saber - uma moça requereu inscrever-se em concurso para o Tesouro. Sabem o que ele fez, depois de ouvir as repartições competentes? Indeferiu o pedido, por não haver lei que tal autorizasse. 
Nos Telégrafos e Correios, as moças têm acesso, porque os respectivos regulamentos - autorizados pelo congresso - permitem. Nas outras repartições não; é abuso. 
Mulher não é, no nosso direito, cidadão. 
Está sempre em estado de menoridade. Por aí iria longe; por isso convém parar. Spencer, na Introdução à ciência social observa que desde que o serviço militar 
obrigatório foi instituído em França, para todos os rapazes entre dezoito e vinte e um anos, o que obrigou as raparigas a virem a fazer os serviços que competiam àqueles, as exigências de altura, talhe, etc., para os recrutas foram pouco a pouco diminuindo; o trabalho da mulher tinha influído na geração... 
Krafft-Ebbing diz, não sei onde, que a profissão da mulher é o casamento; por isso cumprimento Dona Diana D'Anteno por ter escrito o seu interessante opúsculo - Quereis encontrar marido? - Aprendei!... 
Hoje, 26-6-1919