quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Antônio Gonzalez De Oliveira Junior:

 


"Madrugada dos Sonhos!"

A Madrugada chega...

Fecho olhos...

Penso em você.

Nos meus sonhos temos nossos momentos, e em meio esses sonhos me peguei um sentimento de amor.

Foi um sonho realmente lindo.

Uma situação incrivel não dá para explicar tanta emoção envolvida.

Foram apenas alguns minutos que parecia dias de eterno amor.

Aquele sentimento...

Aquela sensação...

Aquele desejo...

Aquele amor...

Porque acordei?

Porque sonhos não tem continuidade?

Porque só na madrugada que consigo sonhar e criar os melhores sonhos de amor?

Direitos autorais reservados ao autor:

José Antônio Gonzalez De Oliveira Junior

14/12/2020

Gonzalez Jr

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Henrique Inocencio:

 


PORTAL DO NÃO RETORNO

O GRITO QUE ECOA NOS PORÕES DO MUNDO

Aqui era a nossa casa:

Aqui eramos confinados, sem comida,sem água e nenhuma condição de higiene.

Da liberdade fomos capturados,agrilhoados, maltratados e alijados na casa do não retorno.

MÃE ÁFRICA CHORA POR SEUS FILHOS

Filhos traidores que venderam seus próprios irmãos.

Filhos bastardos, endiabrados,

escravizados pela ganância das riquezas injustas.

MÃE ÁFRICA CHORA

Por seus filhos que foram capturados, levados para nunca mais voltar.

Sim, não havia possibilidade de retornar, só-lhe restava sonhar.

MÃE ÁFRICA SAGROU

Seus filhos, os donos do mundo massacrou, escravizou,negociou como que negocia uma coisa qualquer.

MÃE ÁFRICA AINDA CHORA

Seus filhos discriminados e espalhados pelo mundo,sem rumo,sem teto,afeto e carinho,como pássaros  fora do seu ninho.

Filhos negros, preteridos, perseguidos,sofridos e açoitados pelo racismo dos racistas.

Mãe África chora!

Chora também mãe África!

Henrique Poesia brasileira

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Américo Gonçalves:


Amar sob um céu estrelado*
Sob esse céu fascinante, o desejo incita a alma
seu apelo é escutado no coração em jeito suave
chamando seu amor em desalento, não desarma 
 incita a que vivam este momento em intensidade.
Sob o céu estrelado, embalam suspiros e beijos
Ele, o desejo, insiste em fazer do toque do corpo
Estes namorados estão cativos, presos do desejo
um desatino latente, vira do avesso ficando torto.
A embriaguês no céu, deixa cenas de doce paixão
Argumentam estar tomados por sentimento puro
A cumplicidade tonta na troca de olhares é razão
São tocados pelo brilho das estrelas em candura.
Baralhados na luz da lua que baralha e estonteia
Sentem-se atraídos loucamente e vão pousando
imitam a abelha colhendo néctar levado á colmeia
O desejo e seus mistérios, ali fervendo em pranto.
Prometeram viajar sem destino, imitando sonhos
Fizeram juras de amor eterno indo até ao paraíso
Em seus murmúrios segredados, de tão risonhos 
 nos desejos e carícias, felizes e loucos sem juízo.

Américo Gonçalves 16.12.2020


Sexta na Usina: Poetas da Rede: Gustavo Drummond:

 


EPIDEMIA  DE  AMOR-

Vou espalhar por aí

uma epidemia de amor,

contagiante,  incurável,

Avalanche do sentimento :

nos antros, astros,

roseiras e bem te vis,

nas pegadas do condor,

confins, becos, bares,

lares,  no imponderável.

Um tsunami de bem querer;

oxigênio e alimento,

digitais, rastros;

Amor generalizado,

Amor impregnado.

Contágio geral.

(Gustavo  Drummond)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Noraldino Garbini:

 


ENTARDECER

Noraldino Garbini

Sentado no banco de tábua na varanda

No entardecer ensolarado de primavera

Quando o sol lentamente se descamba

E quando um silêncio, absoluto impera,

Nesta hora flutua por toda a atmosfera

Uma calmaria exageradamente branda.

Observo o comportamento das criaturas

Nesse entardecer tranquilo de primavera

Comforme o sol vai viajando nas alturas

A beleza do momento nessa hora exagera

Nuvens com a tonalidade da cor amarela

Vão transformando em graciosas figuras.

A fauna alada num espetáculo grandioso

De árvore em árvore vai e vem constante

As aves cantoras em gorjeios harmoniosos

E o sol lentamente escondendo nos montes

A tarde continua com o frescor confortante

A brisa trazendo no ar um perfume gostoso.

No galinheiro os seus moradores se recolhe

Subindo lentamente cada um em seu poleiro

Patos e marrecos se acomodam se encolhem

Alguns sabiás cantam nos pés de abacateiro

E ao meu lado no banco o meu companheiro

Meu vira lata escutando, minha gaita de fole.

As valsas sentidas nos silencioso entardecer

E a garotada brincando pelo terreiro de casa

Fumaça na chaminé subindo até desaparecer

E a mulher fazendo a janta no calor da brasa

Eu tocando a gaita fazendo a alma criar asas

Observando as belezas do calmo, entardecer.