sábado, 16 de julho de 2022

Domingo na Usina: Biografias: Carmen Cecilia Carter:


Carmen Cecilia Carter [1] (nascida em 1954) é uma escritora de ficção científica , autora de vários romances best-sellers que se passam no universo de Star Trek . 
Biografia 
Nascida em San Antonio , Texas, em 21 de outubro de 1954, Carter era filha de Will Cecil e Yolanda Carter (uma pequena editora, nascida Calderon). [2] Depois de ganhar um BA pela UT Austin e um MS pela Indiana University, ela escreveu livros em seu tempo livre por muitos anos, simultaneamente com uma carreira como gerente de produção audiovisual freelance vivendo na cidade de Nova York. [2] Em uma entrevista com autores contemporâneos após a publicação de The Children of Hamlin , ela observou: "Nos últimos vinte anos, escrever tem sido meu hobby ... agora que dois livros foram impressos, sou forçada a reconsidere meu ponto de vista. " [2] Ela publicou mais dois livros. O coração do diabo, de 1994, é atualmente o último. 
Temas e resposta crítica 
O primeiro livro de Carter, Dreams of the Raven , foi um best-seller de bolso do New York Times , [3] assim como seu terceiro, Doomsday World. [4] Sua primeira publicação de capa dura, [5] The Devil's Heart , foi um best-seller também, [6] e também como um livro de áudio (lido por Gates McFadden ). [7] Em sua resenha de The Devil's Heart for School Library Journal , John Lawson escreveu sobre os temas do romance sobre a tentação de poder e ganância, observando também: "Carter teceu várias linhas de história individuais em um complexo, texturizado e bem escrito enredar e povoá-lo com personagens tridimensionais. "[8] Em outra revisão positiva, para Booklist , John Mort observa que Carter dedica atenção especial aospersonagens da Próxima Geração do Conselheiro Troi e Dr. Crusher . [9] 
Bibliografia 

Dreams of the Raven (1987) ISBN 0-671-64500-5 

The Children of Hamlin (1988) ISBN 978-0-7434-1215-5 

Doomsday World (com Michael Jan Friedman, Peter David e Robert Greenberger) (1990) ISBN 0-671-74144-6 

The Devil's Heart (1994) ISBN 0-7434-2063-2

fonte de origem:

https://en.wikipedia.org/wiki/Carmen_Carter

Domingo na Usina: Biografias: Francis Lillie Pollock:

 


Francis Lillie Pollock (4 de fevereiro de 1876 - 1957) foi um escritor canadense de ficção científica do início do século XX . Ele nasceu no condado de Huron, Ontário, Canadá em 1876. [1] Ele escreveu 'ficção comercial' sob o pseudônimo de Frank L Pollock e ficção literária com seu próprio nome. Algumas das primeiras ficções comerciais de Pollock podem ser encontradas em The Youth's Companion . Ele também publicou contos e poesias regularmente na Munsey's Magazine , The Smart Set , The Atlantic , The Bookman (Nova York) e The Blue Jay (rebatizada em 1905 como Canadian Woman Magazine). [2] 
A venda de um romance em série, The Treasure Trail , permitiu que ele deixasse seu emprego no Toronto Mail and Empire em 1907 para seguir uma carreira de escritor em tempo integral. A carreira de escritor de Pollock foi perseguida em conjunto com uma vida de apicultura. Muitas de suas ficções são influenciadas por abelhas. Pollock mantinha um apiário em Shedden, Ontário, e cultivava comercialmente. Ele e sua segunda esposa, Zella Taylor, se aposentaram em Georgetown, Ontário. 
Pollock é o autor do conto " Finis ", publicado na edição de junho de 1906 da revista The Argosy , e seu trabalho foi antologizado várias vezes. Resumidamente, "Finis" é a história de uma nova estrela que é descoberta e que acaba por ser um novo sol mais quente. É uma história curta e contundente que mostra um homem e uma mulher, que passam a noite acordados para ver a esperada nova estrela surgir. Embora escrito em 1906, é definido no futuro de meados do século XX. Pollock também escreveu várias histórias de ficção científica para a revista The Black Cat [3] , bem como histórias do mar para revistas como Adventure . [4] 
Em 1930, ele morava em Shedden , Ontário, Canadá. [5]

The Treasure Trail (1906)

The Frozen Fortune (1910)

Northern Diamonds (1917) Originalmente publicado em série na revista The Youth's Companion .

Wilderness Honey (1917)

The Woods-Rider (1922)

The Timber Treasure (1923)

The Glacier Gate (1926)

Rainbow Landing (1926)

Honey of Danger (1927)

Tesouro Mirador (1927)

Mel amargo (1935)

Júpiter Oito (1936).

fonte de origem:

https://en.wikipedia.org/wiki/Francis_Pollock

Domingo na Usina: Biografias: Aurélio de Lira Tavares:



Quinto ocupante da Cadeira 20, eleito em 23 de abril de 1970, na sucessão de Múcio Leão e recebido pelo Acadêmico Ivan Lins em 2 de junho de 1970.
Aurélio de Lira Tavares, general de exército e historiador da engenharia militar, nasceu em João Pessoa, PB, em 7 de novembro de 1905. Faleceu no dia 18 de novembro de 1998, no Rio de Janeiro.
Filho de João Lira Tavares, falecido como senador da República, e de Rosa Amélia de Lira Tavares. Casou-se, em 1934, com a Sra. Isolina de Lira Tavares, teve duas filhas e um neto.
Matriculou-se, em 1917, no Colégio Militar do Rio de Janeiro, concluindo o curso em 1922. Como aluno, foi diretor da revista literária A Aspiração. Praça de 23 de fevereiro de 1923, quando se matriculou na Escola Militar. Foi declarado aspirante a oficial da Arma de Engenharia em 30 de dezembro de 1925. Como cadete, foi diretor da Revista da Escola Militar e orador oficial da Sociedade Acadêmica. Ao ser declarado aspirante, recebeu da Missão Militar Francesa os Prêmios de Tática Geral e História Militar.
Diplomou-se bacharel em Direito, em dezembro de 1929, pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil, e engenheiro, em dezembro de 1930, pela Escola de Engenharia da Universidade do Brasil. Em 1931, recebeu o Prêmio Rio Branco, conferido pela Congregação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Cursou, de 1936 a 1939, a Escola do Estado-Maior do Exército, diplomado com menção honrosa. Em setembro de 1943, concluiu o curso de Comando e Estado-Maior do Exército Norte-americano no Fort Leawenworth, Kansas.
Na carreira militar, destacam-se as seguintes missões desempenhadas: Observador Militar junto ao Exército Norte-americano nas operações de invasão da África do Norte, em outubro de 1943; membro do Estado-Maior Especial para a organização da Força Expedicionária Brasileira, de outubro de 1943 a maio de 1945; Subchefe da Missão Militar Brasileira na Alemanha durante a ocupação daquele país, de dezembro de 1945 até 1950. Durante o bloqueio de Berlim, em 1948, chefiou a Missão Militar Brasileira na ocupação da Alemanha. Chefe de Gabinete do Estado-Maior do Exército, de junho a dezembro de 1955; promovido a general de brigada, em 30 de dezembro de 1955; diretor de Comunicações do Exército, de janeiro de 1958 a fevereiro de 1960; comandante da 2ª Região Militar (São Paulo), de janeiro de 1962 a março de 1963; comandante do IV Exército, a partir de 1º de outubro de 1964. Promovido a general de exército, em 25 de novembro de 1964, foi chefe do Departamento de Produção e Obras, a partir de 18 de novembro de 1965; comandante da Escola Superior de Guerra, a partir de 28 de setembro de 1966 e ministro do Exército, em 15 de março de 1967. Membro da Junta Militar que governou o país de setembro de 1966 a março de 1967.
Foi embaixador do Brasil na França durante o período de 1º de junho de 1970 a 16 de dezembro de 1974.
Foi sócio benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil; sócio do Instituto do Ceará e sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais. Recebeu numerosas condecorações nacionais e internacionais.

Atualizado em 16/05/2017.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/aurelio-de-lyra-tavares/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Joaquim Serra:


 
Joaquim Serra (Joaquim Maria Serra Sobrinho), jornalista, professor, político, teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 20 de julho de 1838, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 29 de outubro de 1888. É o patrono da cadeira n. 21, por escolha de José do Patrocínio.
Seu pai, Leonel Joaquim Serra, militava na política e no jornalismo, redigindo O Cometa (1835) e a Crônica dos Cronistas (1838), em São Luís. Estudou humanidades na província natal. Entre 1854 e 1858 esteve no Rio de Janeiro para ingresso na antiga Escola Militar, carreira que abandonou, voltando a São Luís. Sem mais a preocupação de ir em busca de um diploma de faculdade, iniciou-se muito moço no jornalismo e na poesia. Seus primeiros escritos (1858-60) saíram no Publicador Maranhense, dirigido então por Sotero dos Reis. Em 1862, com alguns amigos, fundou o jornal Coalizão, que advogava em política o Partido Liberal. Em 1867, fundou o Semanário Maranhense. Foi professor de Gramática e Literatura, por concurso, no Liceu Maranhense, deputado provincial (1864-67), secretário do Governo da Paraíba (1864-67). Ainda residia na província quando foi apresentado literariamente à corte por Machado de Assis numa de suas crônicas do Diário do Rio de Janeiro (24-10-1864). Em 1868, fixou residência no Rio de Janeiro. Fez parte das redações da Reforma, da Gazeta de Notícias, da Folha Nova e d’O País, foi diretor do Diário Oficial (1878-82), do qual, com dignidade, se exonerou por divergir do Gabinete de 15 de janeiro de 1882. 
Deputado geral (1878-81) pelo Maranhão, foi um combatente tenaz na campanha abolicionista, “o publicista brasileiro que mais escreveu contra os escravocratas”, no dizer de André Rebouças. Escreveu também para o teatro, como autor e tradutor. Suas peças, entretanto, ao que parece, nunca foram impressas. Adotou vários pseudônimos: Amigo Ausente, Ignotus, Max Sedlitz, Pietro de Castellamare, Tragaldabas. Alguns dias após seu sepultamento, Machado de Assis enalteceu, numa página, o amigo, o poeta e o jornalista combatente: “Quando chegou o dia da vitória abolicionista, todos os seus valentes companheiros de batalha citaram gloriosamente o nome de Joaquim Serra entre os discípulos da primeira hora, entre os mais estrênuos, fortes e devotados.”

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/joaquim-serra/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Adonias Filho:




Quinto ocupante da Cadeira 21, eleito em 14 de janeiro de 1965, na sucessão de Álvaro Moreyra e recebido em 28 de abril de 1965 pelo Acadêmico Jorge Amado. Recebeu a Acadêmica Rachel de Queiroz e os Acadêmicos Otávio de Faria, Joracy Camargo e Mauro Mota.
Adonias Filho (A. Aguiar Fo), jornalista, crítico, ensaísta e romancista, nasceu na Fazenda São João, em Ilhéus, BA, em 27 de novembro de 1915, e faleceu na mesma cidade, em 2 de agosto de 1990.
Filho de Adonias Aguiar e de Rachel Bastos de Aguiar, fez o curso secundário no Ginásio Ipiranga, em Salvador, concluindo-o em 1934, quando começou a fazer jornalismo. Transferiu-se, em 1936, para o Rio de Janeiro, onde retomou a carreira jornalística, colaborando no Correio da Manhã. Foi crítico literário dos Cadernos da Hora Presente, de São Paulo (1937); crítico literário de A Manhã (1944-1945); do Jornal de Letras (1955-1960); e do Diário de Notícias (1958-1960). Colaborou também no Estado de S. Paulo e na Folha da Manhã, de São Paulo, e no Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro.
Foi nomeado diretor da Editora A Noite (1946-1950); diretor do Serviço Nacional de Teatro (1954); diretor da Biblioteca Nacional (1961-1971); respondeu também pela direção da Agência Nacional, do Ministério da Justiça. Foi eleito vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (1966); membro do Conselho Federal de Cultura (1967, reconduzido em 1969, 1971 e 1973); presidente da Associação Brasileira de Imprensa (1972); e presidente do Conselho Federal de Cultura (1977-1990).
Adonias Filho faz parte do grupo de escritores que, a partir de 1945, a terceira fase do Modernismo, se inclinaram para um retorno a certas disciplinas formais, preocupados em realizar a sua obra, por um lado, mediante uma redução à pesquisa formal e de linguagem e, por outro, em ampliar sua significação do regional para o universal.
Originário da zona cacaueira próxima a Ilhéus, interior da Bahia, Adonias Filho retirou desse ambiente o material para a sua obra de ficção, a começar pelo seu romance de estréia, Os servos da morte, publicado em 1946. Na obra romanesca, aquela realidade serviu-lhe apenas para recriar um mundo carregado de simbolismo, nos episódios e nos personagens, encarnando um sentido trágico da vida e do mundo. Desenvolveu recursos altamente originais e requintados, adaptados à violência interior de seus personagens. É o criador de um mundo trágico e bárbaro, varrido pela violência e mistério e por um sopro de poesia. Seus romances e novelas serão sempre a expressão de um dos escritores mais representativos e fascinantes da ficção brasileira contemporânea.
Conquistou os seguintes prêmios: Prêmio Paula Brito de crítica literária (Guanabara, 1968); com o livro Léguas da promissão, conquistou o Golfinho de Ouro de Literatura (1968), o Prêmio PEN Clube do Brasil, Prêmio da Fundação Educacional do Paraná (FUNDEPAR) e o Prêmio do Instituto Nacional do Livro (1968-1969). Obteve o Prêmio Brasília de Literatura (1973), conferido pela Fundação Cultural do Distrito Federal. Com o romance As velhas, obteve pela segunda vez o Prêmio Nacional de Literatura (1975), do Instituto Nacional do Livro, na categoria de obra publicada (1974-1975). Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia, em 1983.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/adonias-filho/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Olegário Mariano:


Terceiro ocupante da Cadeira 21, eleito em 23 de dezembro de 1926, na sucessão de Mário de Alencar e recebido pelo Acadêmico Gustavo Barroso em 20 de abril de 1927. Recebeu o Acadêmico Guilherme de Almeida.Olegário Mariano (Olegário Mariano Carneiro da Cunha), poeta, político e diplomata, nasceu no Recife, PE, em 24 de março de 1889, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de novembro de 1958.Era filho de José Mariano Carneiro da Cunha, herói pernambucano da Abolição e da República, e de Olegária Carneiro da Cunha. Fez o primário e o secundário no Colégio Pestalozzi, na sua cidade natal, e cedo se transferiu para o Rio de Janeiro. Frequentou a roda literária de Olavo Bilac, Guimarães Passos, Emílio de Meneses, Coelho Neto, Martins Fontes e outros. Estreou na vida literária aos 22 anos com o volume Angelus, em 1911. Sua poesia falava de neblinas, de cismas e de sofrimentos, perfeitamente identificada com os preceitos do Simbolismo, já em declínio.Foi inspetor do ensino secundário e censor de teatro. Representou o Brasil, em 1918, como secretário de embaixada na Bolívia, na Missão Melo Franco. Foi deputado à Assembleia Constituinte que elaborou a Carta de 1934. Em 1937, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi ministro plenipotenciário nos terceiro centenário da Restauração de Portugal, em 1940; delegado da Academia Brasileira na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945; embaixador do Brasil em Portugal em 1953-54. Exerceu o cargo de oficial do 4º Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de Notas.Em concurso promovido pela revista Fon-Fon, em 1938, Olegário Mariano foi eleito, pelos intelectuais de todo o Brasil, Príncipe dos Poetas Brasileiros, em substituição a Alberto de Oliveira, detentor do título depois da morte de Olavo Bilac, o primeiro a obtê-lo.Além da obra poética editada em livros a partir de 1911, e enfeixada nos dois volumes de Toda uma vida de poesia (1957), publicados pela José Olímpio, Olegário Mariano publicou, durante anos, nas revistas Careta e Para Todos, sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos, mais tarde reunidas em dois livros: Bataclan e Vida, caixa de brinquedos.Sua poesia lírica é simples, correntia, de fundo romântico, pertinente à fase do sincretismo parnasiano-simbolista de transição para o Modernismo. Ficou conhecido como o “poeta das cigarras”, por causa de um de seus temas prediletos.

Atualizado em 30/03/2016.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/olegario-mariano/biografia

Domingo na Usina: Biografias: José Bonifácio:


 

José Bonifácio (José Bonifácio de Andrada e Silva, o Moço), poeta, professor, orador e político, nasceu em Bordéus, França, em 8 de novembro de 1827, durante o exílio dos Andradas na França, e faleceu em São Paulo, SP, em 26 de outubro de 1886. É o patrono da cadeira nº 22, por escolha do fundador Medeiros e Albuquerque.
Filho de Martim Francisco Ribeiro de Andrada e de sua sobrinha Gabriela Frederica Ribeiro de Andrade, sobrinho e neto do Patriarca da Independência. Começou o curso secundário na Escola Militar (1842-45), mas logo abandonou o projeto da carreira de armas, por motivos de saúde. Formou-se em Direito, em 1853, pela Faculdade de São Paulo. Ensinou como substituto na Faculdade de Direito do Recife (1854-58), vindo a fixar-se depois em São Paulo, onde se consagrou como professor catedrático nas arcadas paulistas. Fez do ensino eficaz instrumento de pregação liberal, exercendo influência em discípulos como Rui Barbosa, Castro Alves, Afonso Pena, Salvador de Mendonça e Joaquim Nabuco. Deputado provincial (1860) e geral, por duas legislaturas (1861-68), ministro da Marinha (1862) e do Império (1864) no Ministério Zacarias. Defendeu a descentralização administrativa, os ideais de uma burguesia romântica e progressista e o que, na linguagem parlamentar de então, se dizia a “soberania popular”. Eleito senador em 1879, foi um dos participantes da campanha abolicionista. Rejeitou, em 1883, a Presidência do Conselho, oferecida por D. Pedro II. Sua conduta política e seu ininterrupto contato com os discípulos tornaram-no o ídolo de toda a geração emancipadora, a que se filiaram Rui Barbosa, Castro Alves e Joaquim Nabuco. Enquanto orador, desejou ser a voz de todos os problemas do país: na campanha abolicionista, na oposição liberal e na Guerra do Paraguai.
Em suas manifestações literárias, permaneceu o mesmo retórico apaixonado. Sua maneira de poetar, manifesta em Rosas e goivos, publicado em 1848, coincide com o Romantismo extremado e juvenil que cultivavam seus colegas de Academia: Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães e Aureliano Lessa. Oscila entre o byronismo mórbido e quase irônico de Álvares de Azevedo e a oratória condoreira de Tobias Barreto e Pedro Luís.
Se os historiadores literários o colocam entre os “poetas menores” do Romantismo, os que conviveram com ele testemunham o halo de respeito que o circundava. No dia seguinte à sua morte, ocorrida subitamente, em São Paulo, Joaquim Nabuco chamou-lhe “a mais nobre, a mais pura, a mais alta individualidade do nosso país”. E Rui Barbosa exaltou-o como guia supremo da última geração, situando-o na esfera da política e da oratória, onde a História o colocou; não entre os autênticos poetas, mas entre os homens de pensamento e de ação....

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/jose-bonifacio-o-moco/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Medeiros e Albuquerque:


 Medeiros e Albuquerque (José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque), jornalista, professor, político, contista, poeta, orador, romancista, teatrólogo, ensaísta e memorialista, nasceu no Recife, PE, em 4 de setembro de 1867, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de junho de 1934. Em 1896 e 1897, compareceu às sessões preliminares de instalação da Academia Brasileira de Letras. É o fundador da cadeira n. 22, que tem como patrono José Bonifácio, o Moço.
Era filho do dr. José Joaquim de Campos de Medeiros e Albuquerque. Depois de aprender as primeiras letras com sua mãe, cursou o Colégio Pedro II. Em 1880, acompanhou o pai em viagem para a Europa. Em Lisboa, foi matriculado na Escola Acadêmica, e ali permaneceu até 1884. De volta ao Rio de Janeiro, fez um curso de História Natural com Emílio Goeldi e foi aluno particular de Sílvio Romero. Trabalhou inicialmente como professor primário adjunto, entrando em contato com os escritores e poetas da época, como Paula Ney e Pardal Mallet. Estreou na literatura em 1889 com os livros de poesia Pecados e Canções da decadência, em que revelou conhecimento da estética simbolista, como testemunha a sua “Proclamação decadente”.
Em 1888 colaborou no jornal Novidades, ao lado de Alcindo Guanabara. Embora tivesse entusiasmo pela ideia abolicionista, não tomou parte na propaganda. Fazia parte do grupo republicano, e, nas vésperas da proclamação da República, foi a São Paulo em missão junto a Glicério e Campos Sales. Com a vitória da República, foi nomeado, pelo ministro Aristides Lobo, secretário do Ministério do Interior e, em 1892, por Benjamin Constant, vice-diretor do Ginásio Nacional. Foi professor da Escola de Belas Artes (desde 1890), vogal e presidente do Conservatório Dramático (1890-1892) e professor das escolas de 2. grau (1890-1897). É o autor da letra do Hino da República.
Simultaneamente às atividades de funcionário público, exercia as de jornalista. Durante o período florianista, dirigiu O Fígaro. Foi nesse jornal que teve ocasião de denunciar a deposição que se tramava em Pernambuco do governador Barbosa Lima. Em 1894, foi eleito deputado federal por Pernambuco. Medeiros estreou na Câmara conseguindo a votação para lei dos direitos autorais.
Em 1897, foi nomeado diretor geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Estando na oposição a Prudente de Morais, foi forçado a pedir asilo à Embaixada do Chile. Demitido do cargo, foi aos tribunais defender seus direitos e obteve a reintegração.
Voltou também à Câmara dos deputados, formando nas fileiras de oposição a Hermes da Fonseca. Durante o quatriênio militar (1912-1916), foi viver em Paris. De volta ao Brasil, defendeu a entrada do Brasil na 1ª Guerra Mundial na Europa, em campanha que contribuiu para o rompimento de relações do Brasil com a Alemanha.Ocupou a Secretaria Geral da ABL de 1899 a 1917. Foi autor da primeira reforma ortográfica ali promovida em 1902.
Por ocasião da campanha da Aliança Liberal, esteve ao lado do governo Washington Luís. Vitoriosa a revolução de 30, refugiou-se na Embaixada do Peru. De 1930 a 1934, dedicou-se às atividades de colaborador do diário da Gazeta de São Paulo e de outros jornais do Rio de Janeiro e às suas atividades na Academia, onde fazia parte da Comissão do Dicionário e era redator da Revista. Empenhou-se nos debates então travados em torno da simplificação da ortografia. Era um grande defensor da idéia da simplificação, e seu último artigo na Gazeta de São Paulo, publicado no dia de sua morte, versou sobre esse assunto. Na imprensa, escreveu também sob os pseudônimos Armando Quevedo, Atásius Noll, J. dos Santos, Max, Rifiúfio Singapura.

Recebeu os acadêmicos Augusto de Lima, Ataulfo de Paiva e Fernando Magalhães.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/medeiros-e-albuquerque/biografia

Domingo na Usina: Biografias: Miguel Osório de Almeida:


 
Miguel Osório de Almeida, médico fisiologista, cientista, professor, autor de obra especializada e ensaísta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 1º de agosto de 1890, e faleceu na mesma cidade em 2 de dezembro de 1953.
Filho de Gabriel de Almeida e D. Carlota Cardoso Osório de Almeida, foi educado nos colégios Kopke e Alfredo Gomes. Ingressou, depois, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, pela qual se doutorou em 1911. Uma vez formado, dedicou-se à profissão, ao magistério superior e ao serviço público. Preparador de fisiologia, interno de clínica médica do Professor Miguel Couto, foi livre-docente da referida Faculdade. Entre outros cargos ocupou os de diretor do laboratório do Instituto Osvaldo Cruz, diretor do Instituto de Biologia Animal do Ministério da Agricultura, diretor-geral da Diretoria Nacional de Saúde e Assistência Médico-social, professor da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária, professor e reitor da Universidade do Distrito Federal. À medida que se tornava médico e professor de renome, escreveu trabalhos científicos que viriam a ter repercussão em vários países da Europa.
Como homem de letras, estreou em 1925, quando seu volume de ensaios Homens e coisas de ciência chamou a atenção dos intelectuais. Em 1931, publicou um segundo livro de ensaios, A vulgarização do saber. São livros que bem definem o valor excepcional de Miguel Osório de Almeida.
Pertenceu a muitos institutos científicos do Brasil e do exterior, tendo sido laureado com o Prêmio Einstein da Academia de Ciências do Brasil e com o Prêmio Sicard da Faculdade de Medicina de Paris. Participou de inúmeros congressos internacionais e foi membro da Comissão Internacional de Cooperação Intelectual da Sociedade das Nações. Na Academia Brasileira de Letras, exerceu os cargos de primeiro-secretário (1936), secretário-geral (1937 e 1945) e presidente (1949).
Segundo ocupante da cadeira 22, foi eleito em 5 de setembro de 1935, na sucessão de Medeiros e Albuquerque, e recebido pelo acadêmico Roquette-Pinto em 23 de novembro de 1935.

fonte de origem:

https://www.academia.org.br/academicos/miguel-osorio-de-almeida/biografia