sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede: Adalmir Oliveira Campos: A beleza da vida...


"A beleza da vida
está em saber
ser jardim, e em se deixar ser flor..."
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A beleza da vida...



A beleza da vida está no zelo que se dá...

Está nos toques de amor...

E nas maneiras de se entregar.



Entregas a si, entregas ao outro.

Mundo e mar.

Está nos modos e trejeitos de amar.



A beleza da vida se iguala a um jardim.

Está no verde das folhas viçosas.

Está no tom amarronzado das folhas secas.

Está nas cores intensas e nas de suave beleza.
Está nos doces e fortes perfumes...
E atiça ao paladar quando se põe à mesa,
assim como quando se come os frutos.

É um conjunto de cores, cheiros, romances,
sabores e texturas...

A beleza da vida está nisto tudo...
Esta em saber ser jardim e se deixar viver...
Em se deixar ser flor.
Nascer, crescer, amar , semear e partir...

By Adalmir Oliveira Campos

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede: Miguel Rui:Mentiras daquela manhã:


Aquela manhã decorreu bela
Atravessou a cidade a procura dela

Não encontrou nada e não soube de nada

Imaginem uma cidade sem ninguém

Dizem-lhe sempre que está a sonhar

Que tem que colocar os pés neste Mundo

Mas ele recusa este quadro

Este retrato não é o fundo dos sonhos

Nem os sonhos de quem sonha

Solidão afugentada de medos

Noite fugidia aos trambolhões

Lágrimas que vertem dos seus olhos

Fingimentos ilusão das ilusões

Anseios desesperos toldados

Fantasias criadas com aguilhões
Sentimentos nunca encontrados
Num mundo virtual de milhões
Ele é algo daqueles que existem, mas não sofrem
Não amam, destroem, destroem, destroem!

M.R. "Pensamentos a Avulso" 2012

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede:João Paulo Bernardino:


As paredes conspiram

silenciosas

num murmúrio sagrado

e fatal.

A lua cresce

pelo vazio da noite

afagando de suor frio

todo o meu corpo

e a quietude que se agiganta

fecunda-me a imaginação

com larvas-de-medo

roendo-me subitamente
a razão.

Sexta Na Usina: Poetas Da Rede: Pericles Tavares:QUATRO E VINTE:



Canabis! 
Padjinha, perseguida, padjinha.
Padjinha , tabaco, fumo, fumaça.
Padjinha, alecrim, arruda, chás, igual...
Tempos mudados, vontades trocadas.
Padjinha desembarcada, plantada, enraizada.
Padjinha, planta, arbusto Nacional.
Padjinha livre, Lei despenaliza padjinha. 


Padjinha!

Consumido, traficado, comercializado.

Padjinha,

S. Martinho, infeliz, levado penitenciado.

Padjinha,

Geração, padjinha.

Presidentes, magistrados, religiosos,

padjinhas assumidos.

Padjinha,

Mundo civilizado, padjinha medicado.

Padjinha,

Assimilada cultura, padjinha reprimida.

Padjinha,

Terceiro mundo, ignorante mundo.
Padjinha,
Cabo Verde, furo mundo.



Pericles O Tavares

Providence,04-12-2013

























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Sexta Na Usina: Poetas Da Rede: Memo Cardona:En espera (fragmento):


No comiences los trazos de la noche que en el desvelo te sueñan,
ni te hagas brisa de olvido 

en la aridez de mi memoria... 

no seas sólo la inquietud dolosa que tanto amo, 

ni el llanto 

que me ahoga de silencios en toda tu ausencia…



sé solo esa simpleza que me complica el insomnio, 

sé esa sombra amiga de mis nostalgias y enemiga de tu voz, 

sé esa promesa que no pronuncias al llamarme,

sé esa falta de brillo en el andar desolado que me persigue, sin esperanza y sin fe…



no estés en mi sed de madrugada, 

ni en la piel de mis atardeceres 

como el color sin alma del muro que se aparta 

bajo el pulso que me tiembla, 

al reconocerte,
casualmente, 
tan lejana y en un vuelo así de cerca de lo imposible, 
del infierno…

sólo sé precisa, un embrujo de tiempo o 
el hechizo que me adormece el amor… 
sé una necesidad que mutile angustias, 
conviértete, así de exacta, en esa imposibilidad de mis furias y
tráeme, una vez más, 
el instante de complicidad en el que escapas de mi cordura…
Modo de espera (fragmento) não começar traçados na noite sem dormir você sonha, nem fazer você brisa do esquecimento na secura da minha memória... você não é apenas a preocupação fraudulenta tanto amam, nem chorando me sufocando o silêncio em sua ausência... sei apenas que a simplicidade que me complica insônia, sabe aquela sombra do amigo da minha nostalgia e inimigo da sua vozEu sei que prometem que você pronuncia para não me chamar, eu sei que a falta de brilho na marcha desolada que assombra-me, sem esperança e sem fé... não na minha sede no início da manhã, ou na pele do meu pôr do sol como a cor da parede que separa sob o pulso que abala-me para reconhecê-lo, sem alma, até agora e num voo bem como sobre o impossívelInferno, eu sei... só precisa, um feitiço do tempo ou o feitiço que me subjuga o amor... eu sei uma necessidade que mutilar ansiedades, tornar-se, assim exata, nesta impossibilidade de minha fúria e traga para mim, mais uma vez, o instante de cumplicidade em que você escapar da minha sanidade...