quinta-feira, 21 de abril de 2022

Sexta na Usina; Poetas da Rede: CRISTIAN NAE :


 

EU AMO UMA MULHER

Amo uma mulher, com desejo de vida,

Não é nem ferro nem fio.

Ela não é alta, ela também não é pequena.

Ela não é corajosa, ela não tem medo.

Eu amo uma mulher, o que se passa na minha cabeça,

Não é louvável, também não é bom.

Ela não é gorda, ela não é magra,

Ela não é preta mas também não é branca.

Amo uma mulher nos meus sonhos.

Ele não está entre os demônios, nem com os santos.

Ela não está louca, nem calma.

Ela não é nenhuma camponesa, ela não é nenhuma senhora.

Amo uma mulher que me traz sorte.

Sem chuva, sem fogo.

Não tem fechadura, mas não tem chave

É só minha, uma simples mulher

Direitos reservados pelos direitos autorais

Fonte de fotos - Internet

NAE CRISTIAN

BUDESTI - ROMÉNIA 17 04 2022

Dante Alighieri: A Divina Comèdia:



Inclinando a cabeça então, suspira E diz: — “não fui lá só naquele dia,
90 Nem sem motivo aos outros eu seguira.
“Porém achei-me só, quando exigia De Florença a ruína o geral brado:
93 A peito descoberto eu defendia-a”. —
— “Seja o descanso à vossa prole dado: Mas, vos suplico, de penoso enleio
96 Fique o juízo meu descativado.
“Se bem percebo, do futuro ao seio Subindo e ao tempo o curso antecipando, 99 Do presente ignorais todo o rodeio”. —
— “Os que têm vista má nos semelhando” — Tornou-me — “as cousas mais distantes vemos, 102 De Deus última luz em nós raiando.
“Quando estão perto ou no presente as temos Se apaga a lucidez, e a mente aprenda
105 Por outrem só o que de vós sabemos.
“Ciência nossa do porvir depende; Em sendo a porta do porvir cerrada,
108 Essa luz morre em nós, não mais se acende”.
Então minha alma, de remorso entrada, “Dize” — replico — à sombra, a quem falava,
111 Que o filho inda entre os vivos tem morada.
Se presto lhe não disse o que exorava,
Da dúvida, que, há pouco, heis-me explicado
114 Pela influência dominado eu stava”. —
Se bem fosse do Mestre apelidado, Rogando a sombra a me dizer prossigo
117 As almas, de quem stava acompanhando.
Respondeu: — “Muitos mil jazem comigo Aqui dentro, o Segundo Frederico,
120 Com ele o cardeal, de outros não digo”. —
Dos olhos se apartou. A cismar fico, Voltando ao sábio Mestre, na ameaça 123 Desse, que ouvira, vaticínio único.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: MAINOR OU CHAVARRIA BERMUDEZ:


 

TÍTULO: PRIMEIRO BEIJO

AUTOR : MAINOR OU CHAVARRIA BERMUDEZ

PAÍS: COSTA RICA

Mulher dona dos meus pensamentos...

Eu gostaria de juntar os lábios com você.

curtindo o elixir dos sonhos,

até cair no abismo da paixão.

Sentindo os corpos entrelaçados em forte abraço,

vibrando ao som do coração com suspiros brotando.

Sim, minha amada!

Com você eu quero realizar meus desejos e

Conhecer o céu em sentimentos divinos.

Libertando as almas em santiguado vergel,

enquanto os corpos ardem entregues nas chamas do prazer.

Um beijo!

Sim, eu...

Eu só preciso do primeiro beijo para te mostrar o quanto eu te amo,

e erguer-nos em divino voo desenrolando asas navegando em amplo universo.

De perto olhe o brilho das estrelas com a minha imagem nos seus olhos,

e o calor do sol brotar da pele,

saciando sede na fonte dos seus lábios.

Um beijo,

é aquele que abre as portas da alma,

e divide a realidade dos sonhos.

E eu quero te beijar tanto sonhando com você

como na minha realidade te amar,

até sentir os lábios arder.

Sexta na Usina; Poetas da Rede: Claudino Leite Netto:


 

PARA QUE SERVE A ARTE :

Para que serve a ARTE senão para amenizar as dores e embelezar nossa VIDA; transformar as asperezas em poesia, o vazio da realidade em sonhos inteiros que nos trazem alegrias.

Uma canção, um quadro, um espetáculo... uma fotografia, já me basta e por tudo isso viajo.

Um borrão no papel, feito em aquarela, tudo evidência, até mesmo o grito pela falta de inspiração, daquele que o cria.

Garatujas grossas e esparsas constroem palavras para depois sobrepostas delinearem poemas...

Veja a grandeza da ARTE, expressão universal de sentimentos, teoremas rarefeitos, embelezamento da alma que reflete no corpo.

Há quem não ame a ARTE por já estar MORTO.

ARTE em sua definição tão própria e tão minha.

ARTE que se faz e refaz, enquanto o mundo gira e a gente caminha.

E que ela aconteça, para mim, para você e para todos que dela se apropriam e que nos faça florescer, no verdadeiro sentido de virar flor e extinguir todo nosso padecer, espalhando semente para também renascer naqueles que por ela nada ainda sentem.

ARTE, que se faça presente, em cada gesto de AMOR.

Graciosamente a vida nos trás sempre um novo recomeço ... podemos escolher todos os dias ser mais alegres ... agir com mais carinho ... e dar o nosso melhor ... a felicidade esta na intensidade da vida ... nas miudezas ... cultive a pureza da sua alma ... e esteja sempre em paz com o seu coração ....

Claudino Leite Netto ✍️

Direitos autorais reservados

Sexta na Usina; poetas da Rede: Agostinho Telles:


 

SONETOS QUE ESCREVI!

A saudade é, sentimento que fere

Amo o teu sorriso, amo-te a ti...

Minha boca teu beijo prefere

Teu beijo calar-me-à: agora mesmo aqui.

Ontem tive um sonho!...

Que teu beijo, me era dado

Foi acordar, ficar tristonho

Melhor não tivera acordado.

Já não sei: se eu sou teu!

Ou se tu és meu...

Amo-te: que posso dar-te mais?

Hoje eu dormo, com a tua ausência!

Inquieta sem paciência...

Com a saudade, de voltares jamais.

Sinto-me no meio, de gente perdida!

Travo as minhas batalhas...

Minha mente, fica ferida

São doces quimeras: minhas muralhas.

Sinto bem lá no fundo!..

Uma revolta Inigualável...

Pelas contingências deste mundo,

Tanto ódio, é insustentável.

O amor se desvanesse!

A maldade prevalece...

Aonde mora o amor afinal?

Em vez de paz; a guerra floresce!

TANTA fome: sofrimento acontece...

Há necessidade premente, de vencer o mal.

Autor Memórias do Silêncio 19/04/2022

AGOSPERTELLES

Foto Agostinho Telles

Sexta na Usina: Poetas da Rede: gustavo drummond:


 

SURREAL

Tange os sonhos á  galope.

manipula o vento e  golpes,

faz  levitar os gorjeios

da águia, que renasce,

degusta o amor em goles,

faz girar senos e seios,

do nada surge dois cálices,

incita a viola para que sole

canto que entorpece

música que alucina,

toques de sino,

leveza das meninas,

destreza  dos meninos,

casta natureza virgem,

vestígios  de obsoleta origem.

(gustavo  drummond)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José D’Assunção Barros:


 

CAPELA

.

.

Estourou a Capela

o Paraíso

ruiu por terra

.

Anjos despencaram

dos candelabros

Partiram-se,

em cristais singelos.

O dedo de Deus

manchou-se de Adão

Maria? Enamorou-se

e finalmente foi feliz

.

Longe e perto

sem nenhum aviso prévio

ou profecia apocalíptica,

estourou a Capela.

O Paraíso,

ruiu por terra

.

Ruiu pela Terra, o Paraíso

Despencou suave

Como uma fruta

.

Caiu sem luta,

a Capela,

tão frágil e bela

como uma mulher apaixonada

que enfim se entrega

.

.

Estourou a Capela

como uma gruta

que se abre ao amor vertigem

sem vergonha de não ser mais virgem

.

E os homens de boa vontade

e de boa vizinhança

gritaram, em tom-milagre

e sem mais trombetas:

.

! Estourou a Capela

O Paraíso

Ruiu por terra!

.

e uma nova humanidade brotou dos escombros

e dos joelhos dos fiéis

ergueram-se mulheres plenas

e homens eretos

.

.

.

José D’Assunção Barros

[publicado em Caleidoscópio, vol.4, nº2, 2020]

https://periodicos.unb.br/.../article/view/34676/30467

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Ricardo Melo:


 

Vejo tudo, e não vejo nada

Por telefone, me desafiastes..

Perguntastes a mim, o que eu vejo de minha janela.

Dela, eu vejo o sol, a lua, a rua, a chuva, as nuvens, a vida me mostrar..

Dela, eu vejo o jardim, o jasmim, o imenso céu florir em forma de versos...

Dela,

Dela eu posso ver tudo, e posso não ver nada.

Vejo as matas, as maritacas, as cachoeiras e lindas cascatas.

Vejo o entardecer, o amanhecer, o anoitecer..

Vejo a poesia, o lindo dia.

E vejo Deus me dizer;

---Sou teu, e tu não me vês.

--Te cinjo, mesmo que não me conheces.

Vejo canarinhos me visitando e me chamando para com eles cantarolar.

Vejo o arco iris me mostrar a melodia em forma de orações.

Vejo também lá fora o meu carro sujo e empoeirado me convidando para ser lavado para juntos, saírmos para passear.

Vejo as andorinhas, vejo o que os meus olhos não alcançam.

Vejo o horizonte, e posso até enxergar por de trás dos montes.

Vejo meu cachorrinho, o meu gatinho.

Vejo pessoas caminhando e enamorando.

Vejo as ondas do mar...

vejo eu, vejo minhas lágrimas e minha voz gritando por ti..

Vejo o amor, vejo a dor..

mas não vejo,

Você....

Autor: Ricardo Melo

O Poeta que Voa

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Deolindo Checcucci :


 

O dia cinzento

                        Contrastou

Com o verde

                      Mostrando

Uma outra face

                       Da natureza

O belo

                        Presente

Se fez

                        No dia

Em que

                        Se foi o azul

Deolindo Checcucci  -  Poema do cinza e o verde - 20 de abril de 2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Claudino Leite Netto:


 

Christhynne minha musa

Teu nome inspira

Felicidade

Invade a minha alma

Você invade minha privacidade com muita felicidade.

Te amo de verdade

Meu coração transpira

Festa de amor

Te quero com fervor.

Que loucura

Uma quentura

Sois um verdadeiro vulcão

Resumo de lavas em erupção.

Sempre saio da razão

Sois a minha verdadeira tentação

Sei que é amor e paixão

Uma verdadeira realização.

Perfeita felicidade sempre

Felicidade presente

Estar sempre

Feliz e contente.

Claudino Leite Netto ✍️

Direitos autorais reservados

A Divina Comédia: Dante Alighieri:



— “Por moto próprio aqui” — volvi — “não venho; 
Perto me aguarda quem meus passos guia,
63 Vosso Guido talvez teve-o em desdenho”.
A pena sua e as vozes, que lhe ouvia, 
Denunciado haviam-me o seu nome:
66 Pude assim responder quanto cumpria.
Súbito ergueu-se o espírito e gritou-me: 
“Teve disseste: não mais vive agora?
69 O corpo seu a terra já consome?”
Como eu tivesse em responder demora À pergunta, 
de costas recaía,
72 E novamente não mostrou-se fora.
Mas esse outro magnânimo, que havia 
De antes falado não mudou de aspeito; 
75 No colo e busto imóvel persistia.
— “Se aquela arte não dera ao meu proveito” 
— Prosseguiu — “me produz esta certeza
78 Maior tormento no adurente leito.
“Porém vezes cinqüenta a face acesa 
Não mostrará do inferno a soberana
81 Sem que tu saibas quanto essa arte pesa.
“Assim possas voltar à vida humana! Contra os meus, 
diz, por que tanta maldade 84 Em cada lei, que desse povo emana” —
Eu respondi: — “O estrago, a mortandade, 
Que do Árbia as águas de rubor tingira 
87 A cúria nossa move à austeridade”.