quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Sandre Pietro :


 

EN LA CIMA DE LA COLINA

Un día en la cima de la colina nos encontramos

en el silencio un sonido rítmico de una campana,

Seguí los latidos de mi corazón,

pero tal vez no el tuyo.

Nuestros ojos sin palabras se encontraron

y al fin los bajaste tristemente,

tomado para siempre, te saliste con la tuya,

De este lado estábamos tú y yo del otro lado

un muro demasiado alto creció entre nosotros,

pero ya no recuerdo tu sonriso

y mi ironía se convirtió,

y nunca estuve seguro de ser derrotado.

Como ese día que nunca pareció terminar

mientras más allá del puente te miraba,

Tuve el coraje de dar la espalda

una pequeña lágrima tibia cayó lentamente,

mientras el rojo del ocaso,

jugó con el agua ondulada,

Me escondí del mundo,

y la pequeña lágrima se convirtió en un grito.

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Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jackson Costa:



Hoje ao raiar da aurora,

com a  lua prateada ainda brilhando lá fora;

fui na relva molhada da flora, para esquecer dissabores de outrora.

Peguei essas perfumadas flores para as senhoras, as quais vos ofereço agora.

(Jackson Costa)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Afonso:


 

Perdoa

Eu me incluo

no direito de chorar

Pois feri meu peito

por um sorriso teu

por um instante de felicidade

distorcida pela razão insana

de me perder na agonia de amar

os teus doces olhos.

Incluso no meu limbo disforme,

sou a tortura viva,

morta de saudades.

A dor de amar teu coração

Que sangra ...

minha tão silenciosa punição

perdida na intensa razão

da tua doçura,

magoada de mim.

P.A.S

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Juan Carlos Villagómez Hurtado:


 

Autor:Juan Carlos Villagómez Hurtado.

Título: Memórias.

País: Equador.

Data: Terça-feira, 04 janeiro 2.022

Direitos reservados.

Imagen:Tomada da rede.

MEMÓRIAS

Uma melodia,

evoca muitas memórias,

de um amor de meio dia,

amor, em part-time.

Uma mensagem escrita em um papel,

um Te Amo inocente,

Comemore aquele momento,

de um sentimento adolescente.

Uma carta perfumada,

uma dedicatória,

uma música guardada,

guardada na alma, símbolo de vitória.

Recordar é voltar a viver,

Diz isso um ditado popular:

Em certos casos, não é assim.

Às vezes é se machucar de novo.

A memória de uma carícia,

o nome do ente amado,

a paquera de um sutil sorriso,

de um amor bonito, de um amor sonhado.

Memórias de versos,

de bombons e caminhadas,

lembrança de abraços e beijos,

de vinho tinto e serenatas.

Memórias de viagens,

memórias de promessas,

memórias de belas paisagens,

e de mãos maldosas.

Memórias de amor,

ocultos na memória,

curaram apesar da dor,

Memórias, que hoje são história.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Lucio M. Varanda:


 

" ATÉ QUE A MÚSICA ACABE "

Aut: Lucio M. Varanda

A música e o amor

Andam de mãos dadas

A dança e o coração

São cúmplice nesta jogada.

Corpo,mente e coração

Vibrando na mesma sintonia

Soltos no tempo e no espaço

São notas da melódia.

Você quer dançar comigo baby

Tornar nossa esta canção

Até que a música acabe

Serás a dona do meu coração.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: NAE CRISTIANO:


 

ESPOSA

Você é meu sonho e paixão,

Tu és a minha palavra em oração.

Você é a pura fragrância da flor,

Tenros raios de sol

Vocês são ambos o meu sonho e realização

E um brilho no olhar

Você é o limite do amor,

Você é a luz do altar

Você é a galáxia inteira.

As notas doces na canção.

Você é meu sol, lua, estrelas,

O bálsamo do meu coração.

Você é o sorriso nos meus lábios,

Sombra das árvores com folhas.

Estou sedento por ti! Estou com fome de você.

E néctar doce das uvas.

No universo você é uma estrela,

Você se criou a partir da minha costa.

O amor para sempre tem a chave.

Muito obrigado mulher!

NAE CRISTIANO

ROMÉNIA 12 03 2021

Sexta na Usina: poetas da Rede: Francisco De Almeida:


 

Viajo por

Caminhos de

Luxúria e prazer

Gosto quando tu

Me excita

E pedes

Para vir

Para o meu colo

Teu coração

Bate mais forte

Enquanto tu

Satisfazes

Meus

Desejos,

Fantasias,

Loucuras,

Abro tua blusa

Toco teus seios

Sorrisos de malícia

Só de pensar no que

Esconde o resto do

Teu corpo

Sinto o puder

Que tens em mim

Teus desejos

Ardem como fogo

Tuas caricias

Me dominam

Não vou responder

Pelos meus atos

De loucura

Francisco De Almeida

04 ♤ 01 ♤ 2022

{ Direitos reservados do autor }

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Hector Vargas Montanha:



 TÍTULO.

ABELHA E PANAL.

Hector Vargas Montanha.

Chile

DD. RR.

06/01 /2022

De árvore em árvore,

como abelha acesa,

bebo folha a folha,

sua clorofila.

De árvore em árvore,

com raízes antigas,

pulo e vôo no ar

para a minha sobrevivência.

É o átomo verde.

da minha tomografia,

o que impulsiona minhas asas,

no ramo caído.

Um crespão de silêncio,

sobrecolhe meus dias,

Eu sou a abelha que bebe,

da colmeia, outra vida. - Sim.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Alberto Sá:


 

Tive vontade

Acordado tive saudades de ti… Adormeci com vontade…

Uma noite e as pombas brancas se abrigaram nos ramos das árvores… Anjos… Quero que sejam anjos!

A lua no seu crescente beijava o céu junto à região dos anjos… Eles vivem em toda a parte.

Ela… A lua marchava no céu límpido, acariciando as estrelas… Uma mão no rosto… Senti vontade…

Uma noite e a menina se fazia reflectir no riacho pelo mágico luar… A menina lua… A menina nua… A minha menina…

Pomba branca que acenava ao meu coração…

Uma noite, uma poesia… Uma canção…

Pedi silêncio… Tive vontade… Os anjos desciam pelo borbulhar da água em cascata, pareciam pombas brancas a caírem na água… Gota a gota…

Uma lua… Menina nua… Menina marota… Uma noite e os anjos se misturaram com ela… Tive vontade…

Uma noite e as pombas dormiam no doce aconchego de cada folha… Pareciam anjos… E eu…

Eu sonhava… E a lua mostrava a alma de luz, uma paz, a virgem donzela branca… Tão branca, que tive vontade…

Uma louca sensação de tranquilidade… Amor… Vaidade…

Os anjos pareciam pombas brancas que dormiam nas árvores do meu sonho…

Tive vontade…

Uma noite e eu sonhava com água cristalina, onde uma menina nua se vestia suavemente no riacho, a frescura da água reflectia o seu rosto…

Lua posta… Luar posto… Pomba branca…

Anjo de amor… Um sonho, uma noite…

Tive vontade…

Acordei!

No meu olhar uma noite… Uma pomba… Nua…

Luar no riacho… Uma menina… Lua…

Tive vontade… Acordado tive saudades de ti…

José Alberto Sá

Poesia de Quinta na Usina; Fagundes Varela:










SONETO

Eu passava na vida errante e vago
Como o nauta perdido em noite escura,
Mas tu te ergueste peregrina e pura
Como o cisne inspirado em manso lago.

Beijava a onda num soluço mago
Das moles plumas a brilhante alvura,
E a voz ungida de eternal doçura
Roçava as nuvens em divino afago.


Vi-te; e nas chamas de fervor profundo
A teus pés afoguei a mocidade
Esquecido de mim, de Deus, do mundo!
Mas ai! cedo fugiste!... da soidade,


Hoje te imploro desse amor tão fundo
Uma idéia, uma queixa, uma saudade!

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:

 




A face do desgosto

Correndo contra o tempo
Em um espaço vazio
Ou contra a corrente de um rio.

Em um delírio desvairado
Vejo o lado oposto
Da face de um rosto
Então me invade o gosto do desgosto

E a face do rosto oposto
Que se esconde no gosto do desgosto.
Agora o oposto do gosto é o rosto.....

poema na integra:
no Livro "O Grito da Alma"


Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:

 




Cura

Sentindo-me desnudo
Pela surpresa de um amor alheio
Então vagueio em meio ao nada.

Sentindo o repousar do cansaço
Da longa espera de tantas primaveras
Não vê sentido neste amor tardio
Que me faz sentir-se vadio e incoloquial.....

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:


 



Cavalgar insano

O sonho de estar no aconchego do teu colo
No pulsar do teu coração em meio a teus lindos seios.
No calor dos teus braços no doce sabor dos teus beijos
Serpentear tua pele no deslizar de prazer.

Chego a sentir o respirar ofegante
E teu olhar que perpetua minha alma tardia
E sinto alegria em poder te tocar Em um doce sorriso que às vezes preciso até....

Poesia de Quinta na Usina: Fagundes Varela:

 




ELEGIA

A noite era bela - dormente no espaço
A lua soltava seus pálidos lumes;
Das flores fugindo, corria lasciva
A brisa embebida de moles perfumes.

Do ermo os insetos zumbiam na relva, 
As plantas tremiam de orvalho banhadas,
E aos bandos voavam ligeiras falenas
Nas folhas batendo com as asas douradas.

O túrbido manto das névoas errantes
Pairava indolente no topo da serra;
E aos astros - e às nuvens perfumes - sussurros,
Suspiros e cantos partiam da terra.

Nós éramos jovens - ardentes e sós,
Ao lado um do outro no vasto salão;
E as brisas e a noite nos vinham no ouvido
Cantar os mistérios de infinda paixão!
Nós éramos jovens - e a luz de seus olhos

Brilhava incendida de eternos desejos,
E a sombra indiscreta do níveo corpinho
Sulcava-lhe os seios em brandos arquejos!
Nós éramos jovens - e as balsas floridas

O espaço inundavam - de quentes perfumes,
E o vento chorava nas tílias do parque,
E a lua soltava seus tépidos lumes!...
Ah! mísero aquele que as sendas do mundo

Trilhou sem o aroma de pálida flor,
E à tumba declina, na aurora dos sonhos,
O lábio inda virgem dos beijos de amor!
Não são dos invernos as frias geadas,

Nem longas jornadas que os anos apontam.
O tempo descora nos risos e prantos,
E os dias do homem por gozos se contam.

Assim nessa noite de mudas venturas,
De louros eternos minh’alma enastrei;
Que importa-me agora martírios e dores,
Se outrora dos sonhos a taça esgotei?

Ah! lembra-me ainda! - nem um candelabro
Lançava ao recinto seu brando clarão,
Apenas os raios da pálida lua
Transpondo as janelas batiam no chão.

Vestida de branco - nas cismas perdida,
Seu mórbido rosto pousava em meu seio,
E o aroma celeste das negras madeixas
Minh’alma inundava de férvido anseio.

Nem uma palavra seus lábios queridos
Nos doces espasmos diziam-me então:
Que valem palavras, quando ouve-se o peito
E as vidas se fundem no ardor da paixão?

Oh! céus! eram mundos... ai! mais do que mundos
Que a mente invadiam de etéreo fulgor!
Poemas divinos - por Deus inspirados,
E a furto contados em beijos de amor!

No fim do seu giro, da noite a princesa
Deixou-nos unidos em brando sonhar;
Correram as horas - e a luz da alvorada
Em juras infindas nos veio encontrar!

Não são dos invernos as frias geadas,
Nem longas jornadas que os anos apontam...
O tempo descora nos risos e prantos,
E os dias do homem por dores se contam!

Ligeira... essa noite de infindas venturas
Somente em minh’alma lembranças deixou...
Três meses passaram, e o sino do templo
À reza dos mortos os homens chamou!
Três meses passaram - e um lívido corpo

Jazia dos círios à luz funeral,
E, à sombra dos mirtos, o rude coveiro
Abria cantando seu leito afinal!...
Nós éramos jovens, e a senda terrestre

Trilhávamos juntos, de amor a sorrir,
E as flores e os ventos nos vinham no ouvido
Contar os arcanos de um longo porvir!
Nós éramos jovens, e as vidas e os seios,

O afeto prendera num cândido nó!
Foi ela a primeira que o laço quebrando
Caiu soluçando das campas no pó!
Não são dos invernos as frias geadas,

Nem longas jornadas que os anos apontam,
O tempo descora nos risos e prantos,
E os dias do homem por dores se contam!

Poesia de Quinta na Usina: Fagundes Varela:

 




- 1861. TRISTEZA

Eu amo a noite com seu manto escuro 
De tristes goivos coroada 
a fronte Amo a neblina que pairando ondeia 
Sobre o fastígio de elevado monte.

Amo nas plantas, que na tumba crescem,
De errante brisa o funeral cicio:
Porque minh’alma, como a sombra, é triste,
Porque meu seio é de ilusões vazio.

Amo a desoras sob um céu de chumbo,
No cemitério de sombria serra,
O fogo-fátuo que a tremer doideja
Das sepulturas na revolta terra.

Amo ao silêncio do ervaçal partido
De ave noturna o funerário pio,
Porque minh’alma, como a noite, é triste,
Porque meu seio é de ilusões vazio.

Amo do templo, nas soberbas naves,
De tristes salmos o troar profundo;
Amo a torrente que na rocha espuma
E vai do abismo repousar no fundo.

Amo a tormenta, o perpassar dos ventos,
A voz da morte no fatal parcel,
Porque minh’alma só traduz tristeza,
Porque meu seio se abrevou de fel.

Amo o corisco que deixando a nuvem
O cedro parte da montanha, erguido,
Amo do sino, que por morto soa,
O triste dobre na amplidão perdido.

Amo na vida de miséria e lodo,
Das desventuras o maldito seio,
Porque minh’alma se manchou de escárnios,
Porque meu seio se cobriu de gelo.

Amo o furor do vendaval que ruge,
Das asas negras sacudindo o estrago;
Amo as metralhas, o bulcão de fumo, 
De corvo as tribos em sangrento lago.

Amo do nauta o doloroso grito
Em frágil prancha sobre mar de horrores,
Porque meu seio se tornou de pedra,
Porque minha’alma descorou de dores.

O céu de anil, a viração fagueira,
O lago azul que os passarinhos beijam,
A pobre choça do pastor no vale,
Chorosas flores que ao sertão vicejam,

A paz, o amor, a quietação e o riso
A meus olhares não têm mais encanto,
Porque minh’alma se despiu de crenças,
E do sarcasmo se embuçou no manto.

Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:

 




É AQUI... BEM VEJO A CAMPA

É aqui... bem vejo a campa Onde jazem meus amores, 
O perfume de su’alma Inda sinto nestas flores.
Aqui nasceram saudades
Plantadas por minha mão,

Nasceram — devem regá-las
Pranto do meu coração.
Pranto amargo de minh’alma
Orvalhe bem estas flores...

Verta aqui saudosa mágoa
Que sinto por meus amores.
Aqui nasceram saudades, etc.


Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:

 




NÃO TEM DÓ DO MEU PENAR

A serva ingrata querendo
Mais minha dor aumentar,
Sorrindo bebe meu pranto;
Não tem dó do meu penar.

Para as chagas da minh’alma
Mais dolorosas tornar,
Nas chagas cospe desprezos;
Não tem dó do meu penar.

Zelando a vida que odeia,
Que deseja torturar,
Não mata, sangra as feridas;
Não tem dó do meu penar.

A ingrata, a fementida,
Me jurou constante amar;
Hoje entregue a meu rival
Não tem dó do meu penar.

Esse coração ingrato
Que nada pode abalar,
Petrificando meu pranto
Não tem dó do meu penar.

Das saudades que na ausência
Fizera amor vegetar,
Arranca d’alma as raízes
Não tem dó do meu penar.

O punhal n’alma me enterra
E depois de apunhalar,
Conta as gotas, bebe o sangue;
Não tem dó do meu penar.

Dos olhos que fitos nela
Nunca cessam de chorar,
Sedenta pede mais prantos;
Não tem dó do meu penar.

Nestas veias cujo sangue
Muito cedo há de esgotar,
Injeta o fel do ciúme;
Não tem dó do meu penar.

Com meus ais faço no céu
De dor os astros chorar;
Lília, tão perto de mim, 
Não tem dó do meu penar.

Ao ver-me continuamente
De pranto o rosto banhar,
Além de aumentar meu pranto,
Não tem dó do meu penar.

A mesma morte a quem peço
Venha meus dias cortar,
Cruenta foge de mim;
Não tem dó do meu penar.

Em vez de vir compassiva
Minha dor aliviar,
Sorrindo vê o meu pranto;
Não tem dó do meu penar.

Busco às vezes negra noite
Para meu pranto ocultar;
O dia rouba-me as trevas, 
Não tem dó do meu penar.

De males furor insano
Sobre ti vá me vingar,
Já que tu, traidora ingrata,
Não tem dó do meu penar.

Poesia de Quinta na Usina: Laurindo Ribeiro:

 




JÁ NÃO VIVE A MINHA FLOR

Perdeu a flor de meus dias
Todo o perfume de amor,
Ramo seco pende d’alma,
Já não vive a minha flor!

O tempo, que tudo muda
Não minora a minha dor;
Já não tenho primavera,
Já não vive a minha flor.

Só encontro no deserto
Bafejo consolador;
Fechai-vos, jardins do mundo,
Já não vive a minha flor.