quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Usina: Samuel da Costa: Fono-grama:



Há uma poetisa afoita

Suspensa no ar

Há uma verdade oculta

Em cada palavra subscrita

Não-falada, velada

E revelada

Composta na hiper-realidade

Fluída

***

Há uma airosa poetisa

Dispersa no ar

Há muitas verdades ocultas

Lançados aos ventos solares

Jogadas no hiper-texto

***

Há uma vaporosa poetisa

Flanando no ar

Há palavras quasimodas

Desenhas no ar

Samuel da Costa

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Ezequiel Alcântara Soares: O Cavaleiro:



Armadura de prata, espada erguida,

Segue à batalha por causa da cruz

Que lhe absorve os erros e o seduz

Com honrarias, glórias e pós-vida.

 

Assim, co’a paixão tão enlouquecida,

Mata, destrói… O caos sempre produz

Campos de sangue, de trevas, sem luz,

Um massacre de vidas não vividas…

 

Quando as espadas dançam sem razão,

São destinadas sempre a padecer

Sem concluir a própria ambição.

 

Onde ficam as honras ao morrer?

Suas glórias trouxeram salvação

Aos pecados que veio a cometer?

 

Ezequiel Alcântara Soares

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Marco Rodrigues: Mente Complexa:



A mente humana é complexa,

tem uma  imensidão de espaços vazios que são preenchidos por uma escuridão que emerge no imprevisto.

Todo o resto é preenchido por momentos bons, ambições, traumas e desilusões,

pesados na balança ditam o quão grande será o espaço escuro que surge no aperto.

Em qualquer momento sem hora prevista,

debate se uma acção,

põe em causa toda uma história,

transparecia verdade mas invés disso pura ficção, interpretada ao mais alto nível,

até cair por terra com estrondo.

É deveras impressionante o ponto que a mente humana consegue atingir,

aquilo que esconde sem revelação,

o que mostra sem preparação,

os becos que se perde sem retorno,

o auge que atinge com a revolta que ela própria cria,

sem motivos nem critério,

demasiado evidente porém mistério.

Na realidade em que vivemos manter o equilíbrio mental é e sempre será uma luta diária,

vivida ao segundo,

treinada ao momento,

fustigada pelo tempo,

mas equilibrada se nos mantivermos fiéis

a nós mesmos.

Marco Rodrigues

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jor.Rodrigo d'Àvila Freitas: NA ONDA:



Relação Abusiva onda

Quanta Ingrisia poesia

Quem diria pelo que já

Aconteceu Socorro eu

Um programa de rádio

Alva alvorada madrugada

Fumada dum palha cigarro

Olhar a paisagem da janela

Ouvindo pressão apito panela fogão

Do motor do trem Caldeira do navio

Geladeira Clímax 3.000L. Freezer

Calor Cidade bafo gente Câmara

Belo Horizonte Sorriso amarelo

Horizonte banguelo terra Serra

Minério em vagões exportam

Curvas estradas cascat'água

Penso na vida

Perscruto abismos

Sou holocausto Alto penha dalém

Daqui ninguém vai ouvir meu grito

Saber sobre meu nome Estranho

Pelo menos isto

O sol daqui acolá lá fora

Dacolá a onda dum rádio.

Jor.Rodrigo d'Àvila Freitas

MTE/033913/MG

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Marco Rodrigues: Segurança de papel:



Tu,

Que vestes o uniforme da camuflagem,

escondes feridas que sangram memórias e te ofuscam o futuro.

Ficas preso numa personalidade frágil,

é confuso,

prende os movimentos,

a fala,

o simples reagir que faz seguir e aproveitar tudo o que a vida te dispõe e não consegues atingir.

Aceitas te o trauma como teu co-piloto,

uma voz que sussurra no silêncio com perguntas presas num vazio de respostas.

Com o tempo assumirá o teu eu,

com consentimento,

sem oposição, pois o medo vence

e o coração se rende ao fracasso,

não acreditas que tens em ti a força

que faz derrubar aquilo que teima em te destruir.

Não te deixes ir,

palavras de um mero espectador

que te conhece,

e se orgulha de partilhar uma história sem igual ainda com muitas páginas por escrever

se mudares a escrita que entristece

e te isola num mundo que ninguém consegue permanecer.

Mas eu fico,

eu estou e serei incansável na luta

que travas com o inimigo que reside em ti

e renasce quando abandonas o direito que tens de ser tu próprio

em prol de um medo que é tão forte

como a tua segurança de papel.

Marco Rodrigues

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Raimundo Dálio de Albuquerque: EU E A LUA:



Solitários na noite,

Eu e a lua,

Ela no alto do céu,

Eu embaixo na rua.

Ela e sua luz prateada,

Eu e minha sombra na calçada,

Que tenta escapar de mim,

E se perder na madrugada.

Ah! Lua, celebremos,

Por que não te aproximas enfim?

Sentemos à mesa em conversas sem fim,

Ouça, a noite toca uma sinfonia,

Em tão bela e envolvente harmonia.

Se me desses o prazer dessa dança,

Solitários não mais seríamos,

Tomaríamos o dia de assalto,

E a luz do sol que agora nos alcança,

Sumiria no negro tapete do asfalto.

Autor: Raimundo Dálio de Albuquerque

** (Direitos reservados - Obra registrada e protegida por lei.) **

* 02 Imagens retiradas da internet.

* Fotomontagem Dálio de Albuquerque.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Miguel Guerreiro: SIM, A AVE NÃO A MENINA:



Deixas de ser a pessoa,

  quando te moves e voas...

Desejas ser a bailarina,

     sim, a ave não a menina.

Não há quem te ensine,

   pois voas como um cisne

e se não bailas, voas...

       Voas entre as pessoas.

Desejas ser a bailarina,

     a ave sim, não a menina.

A bailarina desejas ser,

     sim, é o que te faz viver.

Não há quem te ensine,

   pois voas como um cisne

e se asas tens, voas...

       Voas entre as pessoas.

   (Como um cisne, bailas)

Miguel Guerreiro

Imagem de

    “free_images - pixabay”

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Samuel da Costa: Vestido de noiva:



Para a poetisa suspensa no ar

Do quimérico vergel encantado

Vem o celestial olor

De trágicos crisântemos

E álgidas rosas

***

Entre arcanjos e serafins

Vem o dedilhar de uma citara

E um cântico alado

No céu azul

E um cortejo de hialinas

Nuvens brancas

Anunciando um astral noivado

***

No ar imaculado

Soam excelsa

Uma sinfonia harmônica

Um tilintar de sintécticos sinos

***

De ti vem um amo-te

Límpido e claro

Na abadia um compassado andar

Dos impossíveis pajens

E um revoar de sibilinas

Pétalas de brancas rosas

***

Em coroar do cósmico

Sorriso teu

No ar soam sinfônicas sinfonias

De Teremins e Guitarras Pikasso

Samuel da Costa

Sexta na Usina; poetas da Rede: Djalma Pinheiro:



O que será...

O que será de a gente sem esta forma linda de poder amar

Será que saberemos como viver

Será que poderemos respirar.

Eu vejo assim como ficaria nossas vidas sem amor

Uma vida vazia, sem esperanças

Uma vida de amarguras

Uma vida sem cor e calor.

Mas isto tudo não passa de um grande pesadelo

Pois jamais, isto aconteceria

E pior que possa ser o ser humano

Jamais ele conseguiria viver sem amor.

Mesmo os mais cruéis dos mortais

Lá no fundo dele

Pode apostar que existe

Mesmo que seja só uma centelhinha

Deste sentimento lindo que é o amor.

Com esta sombria reflexão

Melhor mesmo é ter a certeza

De que todos temos em nossos corações

Por menor que seja, este sentimento nobre de amor.

Quer seja amor ao próximo a amizade

E especificamente em meu caso,

O amor a você ...

Djalma Pinheiro

Publicado em: www.djalmapinheiro.recantodasletras.com.br

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Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura – Cadeira:13.

E-livros: Disponíveis gratuitamente em meu site e meu mais novo romance A DAMA DE VERMELHO.