Tu,
Que
vestes o uniforme da camuflagem,
escondes
feridas que sangram memórias e te ofuscam o futuro.
Ficas
preso numa personalidade frágil,
é
confuso,
prende
os movimentos,
a
fala,
o
simples reagir que faz seguir e aproveitar tudo o que a vida te dispõe e não
consegues atingir.
Aceitas
te o trauma como teu co-piloto,
uma
voz que sussurra no silêncio com perguntas presas num vazio de respostas.
Com
o tempo assumirá o teu eu,
com
consentimento,
sem
oposição, pois o medo vence
e
o coração se rende ao fracasso,
não
acreditas que tens em ti a força
que
faz derrubar aquilo que teima em te destruir.
Não
te deixes ir,
palavras
de um mero espectador
que
te conhece,
e
se orgulha de partilhar uma história sem igual ainda com muitas páginas por
escrever
se
mudares a escrita que entristece
e
te isola num mundo que ninguém consegue permanecer.
Mas
eu fico,
eu
estou e serei incansável na luta
que
travas com o inimigo que reside em ti
e
renasce quando abandonas o direito que tens de ser tu próprio
em
prol de um medo que é tão forte
como
a tua segurança de papel.
Marco
Rodrigues
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