quinta-feira, 28 de abril de 2022

Sexta na Usina: Petas da Rede: Rogério Mosco:



 INVISÍVEL

Há algo de diferente no ar...

Um não-sei-quê

Que me deixa aflito

Um ar de melancolia

E nem sei o que é…

Mas…

Há algo de diferente no ar

O dia nasceu como sempre

O sol ainda está ali

As nuvens passeiam tranquilas

As folhas continuam

Cobrindo o chão

Mas…

Há algo de diferente no ar

Não sei se no tom do silêncio

Na ausência

De letras... palavras…

Frases…

Rabiscadas pelos muros

Ou na distância de algo

Que na verdade

Nunca esteve perto

Mas…

Há algo de diferente no ar

Talvez seja fruto

Dá solidão das ruas

Ou na forma

Que vento passa

Por entre  prédios desabitados

Mas…

Há algo de diferente no ar

Pode ser apenas

A  falta

Do eco de nossas vozes

Do barulho

Dos nossos passos

Ou mesmo

A inexistência

Dos nossos reflexos

Nas paredes envidraçadas

Não sei ao certo

Só sei

Que há algo de diferente no ar…

Rogério Mosco

Sexta na Usina: Poetisas da Rede: Gonzalez Jr:

 


"A Criança que habita em nós"

A criança que habita em cada um de nós.

Uma criança presa num corpo de adulto.

Com a saudade do tempo que era criança.

E com medo de tentar ser feliz.

Sonhos...

Brincadeiras..

Doces.

Tudo que uma criança deseja,mas coragem não deixa.

Se liberte desse adulto e viva sua vida.

Passa para seus filhos(as) e sobrinhos(as)...

Os momentos bons que viveu no passado curtindo com eles a cada instante.

Para que eles sempre possa recordar de você e de suas lembranças.

Não deixa o preconceito e o medo tirar sua vida e sua alegria de reviver seus momentos de criança.

Porque depois não adianta chorar por não ter coragem de tentar.

Levaremos conosco só as lembranças.

Se liberte e viva a cada instante.

A vida é uma só.

Direitos autorais reservados ao autor:

José Antônio Gonzalez De Oliveira Junior

10/10/20

(Gonzalez Jr)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Caldas:

  


Fazedores de Histórias

Fazedores de histórias

Personagens que saem das folhas, sentem

Felizes, têm em si sonhos

Lhes dão vida, vivenciam

Expressam sentimentos

Partilham o seu olhar, mostram este dom

Amar a escrita em si, fazer poesia

Nascer como uma semente, crescer

Neste amanhecer, de ver o mundo florescer

Enaltece o Ser, sua plenitude

Enobrece quem carece, engrandece

Com sua mão, dá vida, agradece

Os livros, entram em nós, permanece

Eleva pensamentos, transforma momentos

Faz da vida, magia, sonhar

Viver, sentir feliz, renascer de esperança

Pensar, florir, nossa janela da alma

Deixar entrar, luz, cor, sabor, amor

Renovar vidas, neste querer, abraçar

Compreender, corresponder, comunicar

Onde o imaginário acontece, sente, vive

Feliz dia mundial dos escritores

Paulo Caldas 13.10.2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Cleber da Silva:


 

Unidos Eternamente

Te escolhi e te escolheria mil vezes,

Mesmo com as nossas brigas,

Com os nossos desentendimentos,

Te escolheria milhões de vezes...

Teus lados negativos juntos com os meus nos fazem ser este casal forte e único...

Somos assim unidos nas lágrimas,

Unidos nas brigas,

Grudados na hora de amar nos tornamos um...

Te escolheria e te escolho,

Para viver a eternidade comigo,

Porque o para sempre não nos cabe,

O para sempre um dia acaba,

A eternidade está a espera da gente,

Te amo!

Cleber da Silva

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Gustavo Antonio Drummond:


 

Ninfeta

Manhã raiada, flor-botão,

rosa-rosa.

primavera da vida,

amor-criança.

Que eu possa

cantar-te em versos.

Quase inocente,

alvorada presente,

Tão bela, tão feliz.

Pra você fiz este canto.

que é pra dizer e diz.

quanto é meiga,

doce e tenra fruta verde.

Fonte da juventude,

esplendor sem finitude.

Tinge este amar

das cores mais vivas,

viva-o sem medo.

qual é seu segredo?

ninfa, fada sereia.

Uma noite e meia,

um dia cheio, lua crescente.

corre em minha veia,

o sabor do seu seio,

este aroma emergente,

que flui... e exala por ai!...

Gustavo Antonio Drummond -

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Carlos Augusto:


 

Acadêmico Carlos Augusto.

11/102.020.

E eu escolhi ser cor,                                     mesmo quando o dia mais                        cinzento  me assaltar,                                mesmo quando a lágrima rolar,                 mesmo quando o coração apertar,                     a fé balançar e a tempestade tempestear.          Eu escolhi ser cor,                                       mesmo que no caminho,                                     eu encontre espinhos,                                             e travessias perigosas.                                        Eu escolhi ser cor,

Onde a vida pulsa,                                                  e o sentimento brilha.

Dir aut reser ao autor.

Carlos Augusto.

Sob a lei de Dir aut. 9 610 artigo 7 constituição.

Araca/Sergipe/Brasil.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Antonio J Santos:


 

Peregrino do seu amor...

Abraça-me com seu amor,

Mergulha dentro do meu coração

Deixa lá seu melhor sentimento,

O encanto do verdadeiro amor.

Você é tudo que sonhei,

E hoje habita meu pensamento

E mora no meu coração.

Minha vida é você...

Sem você sou

Apenas um peregrino do amor...

Deixa-me senti o calor do teu abraço,

Deixa-me acariciar teu rosto...

Sentirá quem ama você de verdade.

Sou eu... Quem sempre amou.

É você a minha felicidade;

É você a dona do coração

Deste peregrino do teu amor...

Do seu amor!

A: Antonio J Santos

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Adalberto Silva:


 

Ela não se esconde...

Prefere iluminar com ousadia

Determinados cantos

Que escondem o amor

E as carícias a dois

Lua mágica e sublime

Que encanta a nossa noite!

Direitos autorais reservados ao autor:

Adalberto Silva

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Sérgio Roberto Braziliense:


 

JANELA DE MINHA VIDA

Por tudo que vivi, tive a consciência de ser só!

Vi o tempo virar anos, observando as tardes pela janela.

O cair da sombra produzida das arvores, o canto já  adormecido das aves.

Noites, que despertam a brisa fresca, o luar platinado refletido ao sereno na relva.

Debruçado, cotovelos na janela, a vida passou!

Os cabelos despenteados ao vento, hoje se tornaram fios grisalhos.

Tantas chuvas, vi regarem minhas rosas!

Tantos raios de sol, fez crescer minhas sementes!

O tempo passou!

Fiz de minha janela a aquarela de minha vida; onde pintei, criei, colori e dei paixão a tudo que me foi permitido.

Agora, só  me resta o momento de fechar a minha tão  linda janela.

Autor: JANELA DE MINHA VIDA

Por tudo que vivi, tive a consciência de ser só!

Vi o tempo virar anos, observando as tardes pela janela.

O cair da sombra produzida das arvores, o canto já  adormecido das aves.

Noites, que despertam a brisa fresca, o luar platinado refletido ao sereno na relva.

Debruçado, cotovelos na janela, a vida passou!

Os cabelos despenteados ao vento, hoje se tornaram fios grisalhos.

Tantas chuvas, vi regarem minhas rosas!

Tantos raios de sol, fez crescer minhas sementes!

O tempo passou!

Fiz de minha janela a aquarela de minha vida; onde pintei, criei, colori e dei paixão a tudo que me foi permitido.

Agora, só  me resta o momento de fechar a minha tão  linda janela.

Autor: Sérgio Roberto Braziliense

São  Gonçalo/Rio  de Janeiro/ Brasil.

São  Gonçalo/Rio  de Janeiro/ Brasil.

A Divina Comédia: Dante Alighieri:



“Cuidas” — bradou-lhe o sábio incontinente 
— “Ser de Atenas o príncipe, o que à morte
18 Lá sobre a terra te arrojou valente?
“Arreda, bruto! Que este é de outra sorte; 
Da tua irmã não recebera ensino;
21 De vós outros vem ver a pena forte”.
Qual touro desprendido, quando o tino Mortal golpe lhe rouba, 
que não pode 24 Correr, mas salta a vacilar mofino:
Assim o Minotauro. O Mestre acode Dizendo-me:
 “Demanda presto a entrada
27 E desce, enquanto em vascas se sacode”. —
A quebrada descíamos formada
De pedras soltas; cada qual, movida,
30 Cedia, em sendo por meus pés calcada.
E eu cismava. Ele disse: 
— “Tens sorvida A mente na ruína, que do horrendo
33 Monstro a ira defende já vencida.
“Deves saber que, de outra vez descendo 
Até o extremo lá do baixo inferno,
35 Esta rocha não vi, como a estás vendo,
“Mas, pouco antes de vir se bem discerno, 
Aquele que há tomado a grande presa,
39 A Dite, lá no círculo superno,
“Deste val tremeu tanto a profundeza, 
Que sentisse pensei todo o universo
42 O amor, com que alguém diz ter certeza
“De que ao caos muita vez será converso. Foi aqui, 
noutras partes, nesse instante, 
45 Roto o velho penhasco em treva imerso.
“Mas olha o vale: o rio é não distante 
De sangue, onde verás fervendo aquele, 
48 Que violência exerceu no semelhante.
“Ó ira louca, ó ambição, que impele
Na curta vida nossa, ao inferno arrasta
51 E para sempre nos submerge nele!” —
Eis uma cava divisei mui vasta,
Que abrangia, arqueada, o plano inteiro,
54 Como dissera quem do mal me afasta.