quarta-feira, 31 de março de 2021

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:

 




Encontro

Este teu olhar que desnuda a minha alma,
perco minha calma, mesmo que tardia,
em saber que finalmente chegou o dia
em que o terno se torna eterno.
Teu sorriso me acende um ser que repousa
sobre a sombra do esperar eterno.
O calor do teu corpo me traz para a vida
que parou um dia, e a felicidade brota em
meu peito feito grama em solo fértil....

Poema na Integra no Livro:
"Entre Lírios e Promessas"

Poesia de quinta na Usina; D'Araújo:

 




Debruçar

Adoro tatear teu corpo nu na escuridão
das noites claras mas com a imensa
clareza dos meus desejos
E os ensejos de um prazer sem fim e
debruçar meus sonhos no calor do
teu corpo, no sabor dos teus beijos....

Poema na Integra no Livro:
"Entre Lírios e Promessas"

Poesia de Quinta na Usina: D'Araújo:

 




Face

O sabor dos teus lábios que cresce em
meu ser aperta o meu peito e queima
minha alma feito lavareda.
A tua beleza em uma face oposta ao desejo....

Poema na Integra no Livro:
"Entre Lírios e Promessas"

Poesia de Quinta na Usina: Mário Quintana:

 



Três poemas que me roubaram

Lá pelas tantas menos um quarto eu suspirei num [poema:
"Vontade de escrever Sagesse de Verlaine...
Mas o que eu tenho vontade mesmo
é de haver escrito a Pedra no Meio do Caminho a Balada & Canha, 
a Estrela da Manhã, - ó Musa infiel, não te houvessem possuído antes Carlos, Augusto e Manuel!...

Poesia de Quinta na Usina: Mário Quintana:

 



Da fatalidade histórica

A bolinha que saiu na loteria
não saiu porque deveria sair precisamente ela mas sim porque 
uma delas teria de sair não podia deixar de sair!
Moral da História:
uma coisa - só por ter acontecido - não quer dizer que seja lá essas coisas...

Poesia de Quinta na Usina: Mário Quintana:



O velho poeta
Um dia o meu cavalo voltará sozinho E assumindo
Sem saber
A minha própria imagem e semelhança Ele virá ler
Como sempre Neste mesmo café
O nosso jornal de cada dia
inteiramente alheio ao murmurar das gentes...

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:



127.

"Não me indigno, porque a indignação é para os fortes; não me resigno, porque a resignação é para os nobres; não me calo, porque o silêncio é para os grandes. E eu não sou forte, nem nobre, nem grande. Sofro e sonho. Queixo-me porque sou fraco e, porque sou artista, entretenho-me a tecer musicais as minhas queixas e a arranjar meus sonhos conforme me parece melhor a minha ideia de os achar belos.

Só lamento o não ser criança, para que pudesse crer nos meus sonhos."

"Eu não sou pessimista, sou triste."

Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:


133.

"Para mim, se considero, pestes, tormentas, guerras, 
são produtos da mesma força cega, operando uma vez 
através de micróbios inconscientes, outra vez através de raios 
e águas inconscientes, outra vez através de homens inconscientes."


Poesia de Quinta na Usina: Fernando Pessoa:



138.

"Há uma erudição do conhecimento, que é propriamente o que se chama erudição, e há uma erudição do entendimento, que é o que se chama cultura. Mas há também uma erudição da sensibilidade."
"Condillac começa o seu livro célebre, «Por mais alto que subamos e mais baixo que desçamos, nunca saímos das nossas sensações». Nunca desembarcamos de nós. Nunca chegamos a outrem, senão outrando-nos pela imaginação sensível de nós mesmos. As verdadeiras paisagens são as que nós mesmos criamos, porque assim, sendo deuses delas, as vemos como elas verdadeiramente são, que é como foram criadas. Não é nenhuma das sete partidas do mundo aquela que me interessa e posso verdadeiramente ver; a oitava é a que percorro e é a minha."

terça-feira, 30 de março de 2021

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Anna Paula:

 


Vamos ficar assim

Como está,

Sem se falar

Deixar que sempre o

Outro que deves procurar

Deixar o sorriso

Guardado, a felicidade

Escondida.

Vamos deixar de nos transbordar

Pra ver o fim de nossos

Dias em avalanche desmedidos de sentir se acabar.

Anna Paula Loba dó amor.

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Maria Cleide Pereira:

 


Carta à humanidade

Caras irmãs, caros irmãos,

Ouçam-me com o coração.

Sei que entre nós há diferenças

De pensamentos, de sentimentos e de crenças.

Mas que não nos esqueçamos

Da poderosa convergência:

Todos nós emanamos

Da mesma e sagrada essência.

A substância primordial,

Que constitui toda a existência,

Se manifesta, no mundo real,

Como uma divina experiência.

Todos e todas somos um só,

Isso nos torna semelhantes.

Em tudo, há um propósito maior,

Para que sejamos melhores do que antes.

Nesse desafiador momento,

Em que muitos estão em sofrimento,

Sejamos instrumentos de luz e de paz,

Levando nossa solidariedade aos demais.

Que cessem todos os julgamentos,

Que cesse todo o ressentimento.

Que a união e a humildade

Construam o novo rumo para a humanidade!

Que haja mais empatia, compaixão,

Sinergia, concórdia e respeito.

Que sejamos um só coração,

Emanando amor de dentro do peito.

Quando tudo isso passar,

Quando todo esse mal cessar,

Que possamos celebrar a vida

E viver intensamente cada dia.

Que haja mais sorrisos e abraços,

Que nós reforcemos os nossos laços.

Que sejamos pessoas agradecidas

Por tudo o que temos e pela nossa vida.

Contemplaremos a natureza,

Cuidaremos de nosso planeta.

Haverá paz e fraternidade,

Nossa conduta será a bondade.

Simplesmente faremos aos outros

O que desejamos a nós mesmos.

Será um mundo mais amoroso,

Onde não haverá dor, nem medo.

As armas deixarão de existir,

Não haverá ódio, nem violência.

Cultivaremos, na alma, um jardim

À luz de uma nova consciência.

Maria Cleide Pereira (MCSCP)

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Kaká Amorim:

 


Camolê

Se sou sensível

Simplesmente, sofro...

Saudades!

Kaká Amorim

29/03/2021

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Martha Acosta Gonzalez:

 


28/3/2021

A. Martha Acosta Gonzalez

S. Zalema Yaraví

P. CUBA

DAR

(Modinha). DO PROFUNDO

Do fundo eu fui concebida

Do profundo um dia eu nasci

Do fundo um dia emergi

E no fundo, eu vivi a vida.

E mais profundo estou comprometida

Pois profunda é a sorte que eu segui

Já que profundo um dia concebido

Versos profundos ′′ diante da minha partida.

Se um dia eu parto no fundo

Pegadas profundas tenho que deixar - eu prometo!

Pensamentos profundos vou deixar.

Antes de entrar no fundo e quieto.

Profundo, muito profundo vou escrever

Como profundo ′′ escrevo este Modinha ".

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Ignez Freitas:

 


Saudade da infância

Quantas bolhas de sabão,

brincadeiras de criança,

agora é só recordação.

dentro da minha lembrança.

Aos meus tempos de menina,

quisera poder voltar.

rever as belas campinas

quando vivia a sonhar.

Eu era tão pequenina

ah, que saudade me dá,

hoje estou aqui sozinha

o que era bom ficou lá.

 .

Quantas bolhas de sabão!

.

Ignez Freitas

Todos os direitos Reservados pela

Biblioteca Nacional de Direitos Autorais.

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Edna Lago:

 


POETISA POESIA

Somos ternas pequenas flores

Que encantam por onde passar,

Mulheres fortes destemidas

Doce carinho no caminhar,

Acolhemos todos com amor e atenção ,

Sinceras,  puras de alma e de coração ,

Singela forma de se expressar,

Integras ,amáveis a dedicar ,

Confundidas muitas vezes Garotas de recados, pela

dedicação,

Não somos perfeitas

Mas responsáveis a nossa missão ,

Poetisa, consciente respeitada sempre serei,

A poesia acima de tudo

Verdadeira, sem máscara viver.

Escrever elevando pensar a

 bela inspiração ,

Eterna imagem,demonstrando

emoção,

Palavras desnudas , vividas

Com toques visíveis de

ilusão

Nada mais lindo discorrer nossa paixão .

Edna Lago

D.A.9610/98

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Flávia Mamone Guimarães:

 


VAZIO

Não quero mais.

Ser o rascunho, da minha vida.

Estou cansada;

Não adianta passar a limpo;

Tudo o que quero para mim;

Se me amasse de verdade;

Não existiria;

Esse vazio dentro de mim.

Me fez ver que o carinho, o amor;

Para quem, tanto fiz;

Ficou no passado.

Sinto-me, o rascunho.

De um amor:

Onde só eu amei.

Flávia Mamone Guimarães

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Débora N.R:

 


Outono na Minha Vida

Autora Débora Neves Rocha

30/3/2021

_O outono é lindo, pego

um papel de parede, para

contemplar ás árvores e

ler um bom livro.

_Ás  cores  me  inspiram,

para escrever as poesias.

_Olho o amarelo me inspira

falar do sol, das margaridas,

e dos girassois.

_Imagino o vento sussurrando, os

canários amarelos,

cantarolando.

_Há tudo e mágico, e

só fechar os olhos.

_ É sentir está dentro da

paisagem correndo, com

uma criança no parque.

_Outono estou indo!

Débora N.R

Direito Autoral

Lei 9.610/98

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Katica Zmijarevic:

 


Você está talvez procurando uma agulha em uma capa de feno

Não vais encontrá-la porque a malfeição pegou no musgo, endireita-a um pouco

Se contenta com as pequenas coisas

Vocês voam alto falcões

Asas vão quebrar eventualmente, você vai se castigar

Você se tornará o alvo de quem ama o objetivo

Você não pode se esconder, sua alma está vazia

Você está vazio.

Você promete muito e dá um pouco

As estrelas não te são favoráveis, nem o céu nem eu

Só sei que não vais chegar longe, estás a rolar na lama das mentiras, e a mentira é o teu inquilino que vejo e sinto

A ternura dos meus versos que são feitos de almas pequenas

Na doca o mar atira em mim e a minha cabeça está sem razão

Uma voz espera de todos os quatro lados do mundo afundado por pássaros, e florestas apoiadas nas lágrimas de fé

Só houve uma história uma vez

Sim, sim.

E você é coincidência que caminha o universo pegando o último trem

A estação está chorando esperando por outra hora

Onde você se foi e não nasceu para salvar o mundo da inflamação do termo que você pula

Meu falcão.

@autorsk@

Os direitos de respeito

Katica Zmijarevic

30.03.2021.

CROÁCIA

domingo, 28 de março de 2021

D'Araújo: "INSÔNIAS"


Desejos roubados

Tudo ali transparecia serenidade.
Mas em seu íntimo, ardia a chama voraz dos desejos
roubados, possuindo-o por inteiro.
A boca de lábios rubros exalava o cheiro e o sabor
do prazer que não veio. E com seu corpo em chamas.....

Poema na Integra no livro:

"INSÕNIAS'


sábado, 27 de março de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Tomás Antônio Gonzaga:

 



Tomás Antônio Gonzaga, poeta, advogado, juiz, nasceu na cidade do Porto, em Portugal, a 11 de agosto de 1744 e faleceu na Ilha de Moçambique, onde cumpria pena de degredo, em fevereiro de 1807.
Era filho do brasileiro Dr. João Bernardo Gonzaga e de D. Tomásia Isabel Clark. Passou alguns anos da infância no Recife e na Bahia onde o pai servia na magistratura e, adolescente, retornou a Portugal a fim de completar os estudos, matriculando-se na Universidade de Coimbra na qual concluiu o curso de Direito aos 24 anos.
Depois de formado exerceu Gonzaga alguns cargos de natureza jurídica, já tendo advogado em várias causas na cidade do Porto. Candidatou-se a uma Cadeira na Universidade de Coimbra, apresentando uma tese intitulada Tratado de Direito Natural. Em 1778 foi nomeado juiz-de-fora na cidade de Beja, com exercício até 1781. No ano seguinte é indicado para ocupar o cargo de Ouvidor Geral na comarca de Vila Rica (Ouro Preto), na Capitania de Minas Gerais.
A permanência em Vila Rica estendeu-se até o ano de 1789, quando foi envolvido na famosa Inconfidência Mineira. Em maio do referido ano, acusado de participação na conspiração, é detido e, sem maiores formalidades, e remetido preso para o Rio de Janeiro.
Nessa ocasião estava o poeta noivo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, jovem pertencente a uma das principais famílias da capital mineira, e a quem dedicava poesias do mais requintado sabor clássico, que iriam fazer parte do livro intitulado Marília de Dirceu, cuja primeira parte foi publicada em Lisboa, pela Impressão Régia, no ano de 1792.
A obra poética de Tomás Antônio Gonzaga é relativamente pequena mas suas liras tiveram dezenas de edições.Segundo as mais abalizadas pesquisas de natureza estilística e histórica, deve-se ao infortunado Ouvidor de Vila Rica a autoria da famosa sátira Cartas Chilenas, só editadas, em forma impressa, no Segundo Reinado. Continham elas uma coleção notável de versos cáusticos, em que era posto em ridículo D. Luís da Cunha Meneses, Governador e Capitão-General de Minas Gerais, na década de 1780.
Na Ilha de Moçambique, para onde foi levado Gonzaga, em virtude de sua condição no processo da Conjuração mineira, casou-se com Juliana de Sousa Mascarenhas, de quem houve um casal de filhos, cujos descendentes remotos ainda vivem na antiga colônia portuguesa.
Castro Alves deu a uma de suas produções em prosa o título de Gonzaga, ou a Revolução de Minas, drama representado no Brasil, ainda em vida do autor, interpretado no principal papel feminino pela artista portuguesa Eugênia Câmara, uma das musas do poeta.
fonte de origem:

Domingo na Usina: Biografias: Fernando Henrique Cardoso:

 



Fernando Henrique Cardoso GCB • GCTE • GColSE • GColIH • GColL • GCM, também conhecido como FHC (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931), é um sociólogo, cientista político, professor universitário, escritor e político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi o 34.º presidente da República Federativa do Brasil entre 1995 e 2003. Natural da cidade do Rio de Janeiro, mudou-se com sua família para a cidade de São Paulo, onde se casou em 1953 com a antropóloga e sua colega de faculdade Ruth Vilaça Correia Leite, com quem teve três filhos. FHC graduou-se em Sociologia pela Universidade de São Paulo e mais tarde tornou-se professor emérito daquela universidade. Foi perseguido depois do golpe militar de 1964, exilando-se no Chile e na França, voltando ao Brasil em 1968. Lecionou em universidades estrangeiras e desenvolveu uma importante carreira acadêmica, tendo produzido diversos estudos sociais premiados.
FHC coordenou a elaboração da plataforma eleitoral do MDB. Em 1978, iniciou sua carreira política ao concorrer ao Senado Federal, elegendo-se suplente de Franco Montoro. Após a eleição deste para o governo de São Paulo, assumiu sua cadeira no Senado em março de 1983. Participou da campanha das Diretas Já, contribuindo para que não houvesse radicalização política durante a transição para a democracia. Foi derrotado por Jânio Quadros em 1985 para prefeito de São Paulo e reelegeu-se senador um ano depois. Tornou-se um dos principais líderes nacionais do PMDB e, juntamente com outros dissidentes do partido, ajudou a fundar o PSDB em 1988. Após o impeachment de Fernando Collor, foi nomeado por Itamar Franco como ministro das Relações Exteriores e ministro da Fazenda. Neste cargo, chefiou a elaboração do Plano Real, que estabilizou a economia. Com a ajuda do sucesso do plano, foi eleito Presidente da República no primeiro turno da eleição de 1994.
Foi empossado presidente em 1.º de janeiro de 1995. Prosseguiu com as reformas econômicas iniciadas, as taxas de inflação continuaram baixas, houve a privatização de diversas empresas e a abertura de mercado, que deu maior visibilidade no mercado externo. O governo conseguiu a aprovação de leis na área econômica e administrativa, como a que permitiu a reeleição para cargos executivos. Em 1998, venceu a eleição presidencial no primeiro turno, tornando-se o primeiro presidente até então a ser reeleito. Durante o segundo mandato, crises internacionais, uma forte desvalorização do Real, a crise do apagão e outros acontecimentos causaram uma grande queda de sua popularidade.
Atualmente preside a Fundação Fernando Henrique Cardoso, fundada por ele em 2004, e participa de diversos conselhos consultivos em diferentes órgãos no exterior, como o Clinton Global Initiative, Universidade Brown e United Nations Foundation. Também é membro do The Elders, da Academia Brasileira de Letras, e presidente de honra do PSDB.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Henrique_Cardoso

Domingo na Usina: Biografias: João de Scantimburgo:



Quinto ocupante da Cadeira nº 36, eleito em 21 de novembro de 1991, na sucessão de José Guilherme Merquior e recebido em 26 de maio de 1992 pelo Acadêmico Miguel Reale. Faleceu em 22 de março de 2013, em Pacaembu (SP), aos 97 anos.
João de Scantimburgo nasceu em Dois Córregos (SP), em 31 de outubro de 1915, e faleceu em Pacaembu (SP), em 22 de março de 2013. Foi casado com a Condessa Anna Teresa Maria Josefina Tekla Edwige Isabella Lubowiecka. Mestre em Economia e Doutor em Filosofia e Ciências Sociais. Foi professor da Fundação Armando Álvares Penteado e da Universidade Estadual Paulista, UNESP.
Foi jornalista, tendo sido diretor dos Diários Associados (Diário de São Paulo e Diário da Noite) em São Paulo e do Correio Paulistano. Fundou e foi presidente da Televisão Excelsior (canal 9), posteriormente transferida. Foi diretor do Diário do Comércio, jornal econômico-financeiro, editado em São Paulo, do Digesto Econômico, revista bimestral de cultura, e da Revista Brasileira, da Academia Brasileira de Letras.
Foi membro do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta – Rádio e Televisão Educativa (São Paulo), membro da diretoria da Fundação Bunge, do Conselho Curador da Fundação Bienal de São Paulo e da mesa administrativa da Irmandade da Santa Casa.
Pertenceu às seguintes instituições culturais: Academia Brasileira de Letras; Academia Paulista de Letras; Instituto Brasileiro de Filosofia; Sociedade Brasileira de Filósofos Católicos; Centro Dom Vital; American Catholic Philosophical Association, Washington DC; International Society for Metaphysics, Washington DC e Londres; Societá Tomista Internazionale, Roma; Archives Maurice Blondel, Louvain, Bélgica; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro; Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; e PEN Clube do Brasil; Academia Portuguesa da História.
Recebeu o Prêmio José Ermírio de Moraes, do PEN Clube de São Paulo; Prêmio Alfred Jurzikowski, da ABL; diploma e medalha Oscar Nobling, da Sociedade Brasileira de Língua e Literatura.

Atualizado em 12/09/2017
fonte de origem:

Domingo na Usina: Biografias: José Guilherme Merquior:

 


Quarto ocupante da Cadeira 36, eleito em 11 de março de 1982, na sucessão de Paulo Carneiro e recebido pelo Acadêmico Josué Montello em 11 de março de 1983.
José Guilherme Merquior nasceu na cidade do Rio de Janeiro, RJ, a 22 de abril de 1941 e faleceu na mesma capital em 7 de janeiro de 1991. Era filho de Danilo Merquior e de Maria Alves Merquior.
Diplomata, filósofo, sociólogo, crítico, escritor e bacharel em Direito. A formação universitária de Merquior foi das mais brilhantes e completas, tendo juntado os títulos mais diversificados, a começar pelo licenciamento em Filosofia (Rio de Janeiro, 1962); bacharel em Direito (1963); diploma do curso de preparação à carreira diplomática (1963); aluno titular do Seminário de Antropologia do College de France (1966 a 1970); Doutor em Letras pela Universidade de Paris (1972); PhD em sociologia pela London School of Economics and Political Science (1978) e Curso de Altos Estudos do Instituto Rio Branco (1979).
Como professor ministrou cursos nas seguintes instituições: Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro (1963); curso de História da Literatura Brasileira, na Universidade do Ar; curso de pós-graduação sobre o modernismo brasileiro (Universidade Nova de Lisboa, 1976); curso de Estética Contemporânea, (Montevidéu - julho de 1981).
Ministrou conferências sobre Arte, Literatura, Filosofia, Sociologia, Semiologia e História da Civilização em várias universidades brasileiras. Participou de vários eventos de natureza cultural em nosso país e no exterior.
Como diplomata exerceu suas funções, a partir de sua nomeação para o cargo de terceiro secretário (7 de novembro de 1963), nos seguintes locais: Ministério das Relações Exteriores; Divisão de Cooperação Intelectual; Oficial de Gabinete do Ministro de Estado; Secretário da Delegação Brasileira à II Conferência Interamericana Extraordinária; Terceiro Secretário na Embaixada do Brasil em Paris, 1966, e Segundo Secretário no ano seguinte; Primeiro Secretário em Bonn (1973); Primeiro Secretário em Londres (1975-1979); Conselheiro, em Montevidéu (1980-1981); Ministro de segunda classe em Montevidéu (1982) e Ministro-conselheiro na Embaxada do Brasil em Londres (1983).
Além de seus próprios livros, José Guilherme Merquior publicou vários outros trabalhos em colaboração com Manuel Bandeira, Jacques Bergue, Eduardo Portella, Perry Anderson, Roberto Campos, Lucio Colletti, etc. Prefaciou igualmente algumas obras e colaborou com verbetes em enciclopédias, especialmente na Mirador, dirigida por Antonio Houaiss.
Atualizado em 24/11/2016.
fonte de origem:

Domingo na Usina: Biografias: Clementino Fraga:

 


Clementino Fraga (Clementino da Rocha Fraga) nasceu em Muritiba, BA, em 15 de setembro de 1880, filho de Clementino Rocha Fraga e de D. Córdula de Magalhães Fraga, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, a 8 de janeiro de 1971.
Depois de concluídos os estudos básicos, primário e secundário, na cidade de Salvador, matriculou-se na tradicional Faculdade de Medicina de seu Estado natal, por onde saiu diplomado em 1903.
Recém formado, transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde fez clínica nos subúrbios de Santa Cruz e Piedade. Em 1906, fez concurso para Inspetor Sanitário, classificou-se em primeiro lugar e trabalhou sob as ordens de Osvaldo Cruz, cuja biografia escreveu.
Quatro anos depois, regressou à Bahia e submeteu-se a concurso para professor da Faculdade de Medicina, conquistando o cargo. Em 1914, tomou parte no Décimo Sétimo Congresso Internacional de Medicina, em Londres.
Durante doze anos lecionou e clinicou em Salvador. Em 1914, um episódio dramático lhe aconteceu, viajou para o Rio no navio Araguaia, que trazia a bordo doentes de cólera.
Em 1921, foi eleito Deputado Federal pela Bahia. No Congresso, teve intensa participação nos problemas de saúde e educação.
Em 1925, foi transferido da Faculdade de Medicina da Bahia para a do Rio de Janeiro, ocupando a cátedra até se aposentar em 1942.
No governo Washington Luiz exerceu o cargo de Diretor do Departamento Nacional de Saúde. Chefiou, então, a campanha contra o surto de febre amarela epidêmica surgido na capital do País, em 1928.
Fundou, como professor, um Curso de Tuberculose que se realizou por onze anos sucessivos, cuidando de uma doença responsável pelos mais altos índices de morbidade e mortalidade à época.
De 1937 a 1940 de Secretário Geral de Saúde e Assistência no Distrito Federal, já com o título de professor emérito da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro e da Faculdade de Medicina da Universidade da Bahia.
Pertenceu também, em caráter honorífico às academias Nacional de Medicina de Paris, de Buenos Aires e à Academia das Ciências de Lisboa. Sua vaga na Academia Brasileira de Letras foi preenchida pelo professor Paulo Carneiro.
Uma estátua, na Gávea, onde residiu nos seus últimos trinta anos honra sua memória.
fonte de origem:
https://www.academia.org.br/academicos/clementino-fraga/biografia  



Segundo ocupante da cadeira 36, foi eleito em 23 de março de 1939, na sucessão de Afonso Celso, e empossado em 10 de junho de 1939, sendo recebido pelo acadêmico recebido Cláudio de Sousa.

Domingo na Usina: Biografias: Afonso Celso:

 


Afonso Celso (Afonso Celso de Assis Figueiredo Júnior), natural de Ouro Preto, MG, nasceu em 31 de março de 1860 e veio a falecer no Rio de Janeiro, RJ, a 11 de julho de 1938. Filho do Visconde de Ouro Preto, último presidente do Conselho de Ministros do Império, e de D. Francisca de Paula Martins de Toledo, é um dos membros fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Aos 15 anos publicou os Prelúdios, reunindo uma pequena coleção de poesias de conteúdo romântico. Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo na qual colou grau em 1880. Defendeu na ocasião, a tese “Direito da Revolução”. Casou-se em 1884 com D. Eugênia da Costa. Foi elevado à condição de Conde papal em 1905.
Ingressando nas lides políticas, foi eleito quatro vezes deputado geral por Minas Gerais. Na Assembléia Geral exerceu as funções de 1º. Secretário. Com a proclamação da República, em 1889, abandonou a política e acompanhou o pai no exílio, que se seguiu à partida da família imperial para Portugal em novembro do referido ano. Coube-lhe a delicada tarefa de defender o pai no início da implantação do regime republicano.
Dedicou-se ao magistério e ao jornalismo, tendo colaborado durante mais de 30 anos no Jornal do Brasil. Outros órgãos da imprensa - tais como A Tribuna Liberal, A Semana, Renascença, Correio da Manhã e o Almanaque Garnier, divulgaram muitos de seus artigos.
Ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1892, na qualidade de sócio efetivo, tendo posteriormente sido elevado a honorário em 1913 e a grande benemérito em 1917. Com a morte do Barão do Rio Branco, em 1912, foi eleito presidente perpétuo dessa instituição, de 1912 a 1938. Coube-lhe a incumbência de presidir à instalação da entidade em uma das alas do Silogeu Brasileiro, localizada na esquina das Ruas Augusto Severo e Teixeira de Freitas.
De sua vasta obra merecem especial destaque os seguintes livros: Oito anos de Parlamento, Por que me ufano de meu país - título que gerou críticas e elogios e a popularidade da expressão “ufanismo”, de uso até os nossos dias - Segredo conjugal, O Imperador no exílio, O assassinato do coronel Gentil de Castro, Rimas de outrora, Minha filha, Vultos e fatos, Um invejado, Lupe, Giovanina.
Afonso Celso participou das atividades da Academia Brasileira de Letras, como um dos membros fundadores, tendo como patrono - na cadeira nº. 36 - o poeta Teófilo Dias de Mesquita, sobrinho de Gonçalves Dias, falecido em 1889.
No magistério também manteve atuação destacada, tendo exercido a Cátedra de Economia Política na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, da qual foi diretor por alguns anos e reitor da Universidade do Rio de Janeiro.
A última visita de Afonso Celso à Academia Brasileira de Letras ocorreu na sessão de 7 de julho de 1939, quatro dias antes de seu falecimento.
Recebeu os acadêmicos Otávio Mangabeira e Lauro Müller.
fonte de origem: