quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Cleber da Silva:

 


Desejo insano

Aqui estamos

Nos desfrutando deste desejo insano

Nossos corpos se chamam

Logo pega fogo

Suas mãos

Meus lábios

Em um encontro fantástico

Tudo se encaixando perfeitamente

Fluente

Eu estou

E você também está carente

É tão ardente

Envolvente

Não poderia ser diferente

A tempos estamos planejando este momento

Hoje finalmente

Posso me entregar

Deixar você no meu corpo viajar

Dar a você o prazer

Que tanto me ouviu falar

Deixa-me te conduzir

Beijando você inteira

Dos pés a cabeça

Bem devagar

Deixar a minha língua deslisar nas suas coxas

Te deixar louca e molhada de prazer

Ao ponto de você me arranhar

Me morder

Vamos fazer acontecer

Aqui mesmo

Não consigo mais aguentar

Esperei tanto tempo

Que agora só quero te amar

Cleber da Silva

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jair:

 


FORMOSA MULHER...

Tu te despojaste de toda vaidade , deixastes de lado a busca pela beleza apoteótica.

Aos poucos vistes e sentiste a tua mudança corporal.

Mas nunca dantes , acariciaste o teu corpo já com evidente protuberância , com tanto amor , com tanto carinho.

Trocaste as longas e serenas noites de descanso , no remanso do teu quarto , por breves cochilos , em constante vigilância.

O tempo foi passando , a ansiedade e o "todo" sempre aumentando.

Teus passos já ficando mais vagarosos , movimentos compassados e o zelo sem igual.

Suportaste toda sorte de dor , incômodo,   mal estar , sempre com um sorriso sereno no rosto.

É chegado o grande dia e entre tantas contrações eclode choroso o teu rebento  , tirando lhe suspiros de alívio,  lágrimas de contentamento e um brilho divino no olhar.

Gratidão minha linda 💘 Mãezinha...

Se não fosse tu , eu aqui não estaria.

É amor por toda a minha Vida.

Jair poeta

Sexta na usina; Poetas da Rede: Agostinho Telles:

 


O TEMPO PASSAR!

Porquê o tempo passar?

P'lo meio tanta solidão

Invertendo a força do amor

Sem dó nem compaixão.

Porquê o tempo passar?

Glóriando-se sem sentido

Se ri, canta e chora...

O amor por ele esquecido.

Porquê o tempo passar?

Passou nada me disse

Voou nas asas do vento

Como se eu, não existisse.

Porquê o tempo passar?

É protagonista do bem e do mal

Do tempo tenho saudade

O que quer ele, de mim afinal?

Porquê o tempo passar?

Sem amor, nem caridade

Será que o tempo, é tempo

Se o é, é só vaidade.

Porque o tempo passar?

Ignorando (minha) vida

Desvirtuando todo o meu ser

Não lhe peço, mais guarida.

Porquê o tempo passar?

Com sol  chuva e maresia

Desmistifica minha crença

O tempo, pura demagogia.

Autor Memórias do Silêncio 04/08/2021

AGOSPERTELLES

Foto Agostinho Telles

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Elías Franklin Leiva Castañeda:

 


TE BUSCO

Te busco en las orillas del río

en las punas más altas,

en la selva ubérrima,

en los arenales calientes;

te busco en mi alegría,

en mi tristeza y silencio,

en mi gran jolgorio,

en la felicidad y amor;

te busco en los árboles,

en los cerros tutelares,

en el arcoiris de mil colores,

en las lagunas heladas;

te busco en mi memoria,

en mi sangre y sudor,

en mis lágrimas fuertes,

en cada poro de mi vida;

te busco en el abecedario,

en los números primos,

en las páginas de un libro,

en el tic tac de todas horas;

te busco en la voz de una niña,

en el grito de un luchador,

en la pregunta discreta,

en donde puedas estar.

Elías Franklin Leiva Castañeda

Derechos reservados del Autor

Perú 2021

PROCURO VOCÊ.

Eu te procuro nas margens do rio

nas pontas mais altas,

na selva ubérrima,

Nos Uberlândia Quente;

Eu te procuro na minha alegria,

em minha tristeza e silêncio,

no meu grande jolgorio,

na felicidade e amor;

eu te procuro nas árvores,

nos morros tutelares,

no arco-íris de mil cores,

Nas lacunas geladas;

eu te procuro na minha memória,

no meu sangue e suor,

em minhas lágrimas fortes,

em cada poro da minha vida;

Eu te procuro no abecedário,

nos números primos,

nas páginas de um livro,

No tique taque de todas as horas;

eu te procuro na voz de uma menina,

no grito de um lutador,

na pergunta discreta,

onde você possa estar.

Elias Franklin Leiva Castañeda

Direitos reservados do Autor

Peru 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Ricardo Melo:

 


Sabor de casamento

Não se encantem,

São apenas véus.

Rendas tecidas dizarborizadas que caíram em cima de mim e elas veio do céu...

Tão brancas que causam dissabores nos olhos da inveja.

É um cortinado nevoeiro espantando toda escuridão.

Como eu odeio as trevas,

A cerração me faz bem e o gramado verde abraça a inspiração do meu noivo Poeta.

É uma vedação mantida na capa dos meus sonhos e da minha existência.

Tão gostosa que me provoca.

É sabor de casamento,

Com doçuras de amor,

e de lua de mel....

Autor:Ricardo Melo

O Poeta que Voa

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Benedito Junior:

 


Tudo (Exatamente Tudo) Se Repete...

O corpo reflete a dura fadiga

Eterna "batalha" perante a razão

"Contenda" marcada sob a grandeza

Quimera nativa por vocação

A Face denota o puro desejo

Procura tamanha com todo o afã

Deserto cativo sempre distante 

Certeza bendita a cada manhã

A vida propaga o dom venturoso 

O passo traduz o engodo banal

Fonte negada pelo destino

Passado que volta sem cabedal

O berço revela o dote carente

Vazão replicada em longo penar

"Arquivo" perene como demanda

Viés repetido para lançar

bjr

Sexta na usina: Poetas da Rede: Francisco Calada:

 


A VOZ DO SILÊNCIO

Com a voz do silêncio,

Conseguimos ir mais além,

Não prejudicamos ninguém,

Dizemos tudo o que se pensamos,

Rimos sentimos choramos,

Sem precisarmos nos justificar!

Podemos connosco falar,

Sentir a própria opinião,

Somos donos da razão,

Ninguém nos pode criticar.

Todos precisamos de Amar,

Sentir o cheiro, o respirar!

Nem que seja Amor platónico,

Até pode ser irónico,

Não precisamos nos justificar!

Um odor de perfume,

Nem sempre pode ser queixume,

Mesmo que seja muito intenso!

Com a voz do silêncio,

Somos livres de poder Amar.

         💞UM ABRAÇO💞

     💓SEJAMOS🍀FELIZES💓

Escritor: Francisco Calada

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Noraldino Garbini:


 

SEM O TRONO

Noraldino Garbini

Uma reunião em um aconchegante aposento

Um recinto acolhedor uma energia poderosa

Um instrutor amável em seus ensinamentos

Onde as duas criaturas em postura respeitosa.

Ouviam com atenção o que dizia o instrutor

Anotando em um quadro um painel iluminado

As coordenadas sugeridas por um ser superior

O retorno à matéria estava sendo programado.

Eles teriam que renascer em lugares diferentes

E ao longo da existência de dor e sofrimentos

Pela força do destino encontrariam novamente

Juntos a conquistar o importante ressarcimento.

As duas criaturas com seus passados nebuloso

Voltariam em expiação para viver na pobreza

E sentirão as amarguras do aguilhão doloroso

A fustigar a soberba de quem viveu na nobreza.

Um rei e uma rainha que reinaram na opulência

Mergulhados no luxo em banquetes e em orgias

Foram omissos aos sofrimentos pela indigência

Da plebe que em silêncio em seu reino padecia.

Chegou à vez do olho por olho dente por dente

A sofrer na pele o que fizeram aos outros sofrer

E vagarão por esse mundo como dois indigentes

Quando o encontro programado venha acontecer.

Aqueles que foram no passado majestade e realeza

Pelos caminhos do mundo estão juntos novamente

 Cobrindo o corpo físico com andrajos da pobreza

Cada qual com a sua bagagem seguem lentamente.

Agora lado a lado sem o cetro o trono ou a coroa

Prosseguem pela vida cumprindo com resignação

A lei que castiga, ensina aprimora também perdoa.

Mostrando para muitos o caminho da regeneração