sábado, 5 de fevereiro de 2022

Domingo na Usina: Biografias: William Blake:


William Blake (Londres, 28 de novembro de 1757 — Londres, 12 de agosto de 1827) foi um poeta, tipógrafo e pintor inglês, sendo sua pintura definida como pintura fantástica. Blake viveu num período significativo da história, marcado pelo iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. A literatura estava no auge do que se pode chamar de clássico "augustano", uma espécie de paraíso para os conformados às convenções sociais, mas não para Blake que, nesse sentido era romântico, "enxergava o que muitos se negavam a ver: a pobreza, a injustiça social, a negatividade do poder da Igreja Anglicana e do estado."[1]

Infância

Blake nasceu na "28ª Broad Street", no Soho, Londres, numa família de classe média. Seu pai era um fabricante de roupas e sua mãe cuidava da educação de Blake e seus três irmãos. Logo cedo a bíblia teve uma profunda influência sobre Blake, tornando-se uma de suas maiores fontes de inspiração. Desde muito jovem Blake dizia ter visões. A primeira delas ocorreu quando ele tinha cerca de nove anos, ao declarar ter visto anjos pendurando lantejoulas nos galhos de uma árvore. Mais tarde, num dia em que observava preparadores de feno trabalhando, Blake teve a visão de figuras angelicais caminhando entre eles. Com pouco mais de dez anos de idade, Blake começou a estampar cópias de desenhos de antiguidades Gregas comprados por seu pai, além de escrever e ilustrar suas próprias poesias. Dentro desses desenhos, Blake encontrou sua primeira exposição às formas clássicas através do trabalho de Rafael, Michelangelo, Maarten van Heemskerck e Albrecht Dürer. O número de impressões e livros encadernados que James e Catherine conseguiram comprar para o jovem William sugere que os Blakes desfrutaram, pelo menos por um tempo, de uma riqueza confortável.[4] Quando William tinha dez anos, seus pais sabiam o suficiente de seu temperamento obstinado, e que ele não foi enviado para a escola, mas se matriculou em aulas de desenho na escola de desenho de Pars, na Strand. Ele leu avidamente sobre assuntos de sua própria escolha. Durante este período, Blake fez explorações em poesia; Seus primeiros trabalhos mostram o conhecimento de Ben Jonson, Edmund Spenser e os Salmos. Aprendizado com Basire Em 4 de agosto de 1772, Blake tornou-se aprendiz do famoso estampador James Basire. Esse aprendizado, que estendeu-se até seus vinte e um anos, fez de Blake um profissional na arte. Segundo seus biógrafos, sua relação era harmoniosa e tranquila. Dentre os trabalhos realizados nesta época, destaca-se a estampagem de imagens de igrejas góticas Londrinas, particularmente da igreja Westminster Abbey, onde o estilo próprio de Blake floresceu. Aprendizado na Academia Real Inglesa Em 1779, Blake começou seus estudos na Academia Real Inglesa, uma respeitada instituição artística londrina. Sua bolsa de estudos permitia que não pagasse pelas aulas, contudo o material requerido nos seis anos de duração do curso deveria ser providenciado pelo aluno. Este período foi marcado pelo desenvolvimento do caráter e das ideias artísticas de Blake, que iam de encontro às de seus professores e colegas. Casamento: Blake conheceu Catherine Boucher em 1782, quando ele estava se recuperando de um relacionamento que culminou em uma recusa de sua proposta de casamento. Ele contou a história de seu desgosto para Catherine e seus pais, e depois do que ele perguntou a Catherine: "Você tem pena de mim?" Quando ela respondeu afirmativamente, ele declarou: "Então eu te amo". Blake se casou com Catherine - que era cinco anos mais jovem - em 18 de agosto de 1782, na Igreja de Santa Maria, em Battersea. Analfabeta, Catherine assinou seu contrato de casamento com um X. A certidão de casamento original pode ser vista na igreja, onde um vitral comemorativo foi instalado entre 1976 e 1982. "Newton" de Blake (1795) demonstra sua oposição à "visão única" do materialismo científico: Newton fixa o olho em um compasso (lembrando Provérbios 8:27, uma passagem importante para Milton)[7] para escrever sobre um rolo que parece projetar de sua própria cabeça. Blake ensinou-a a ler e escrever, além de tarefas de tipografia. Catherine retribuiu ajudando Blake devotamente em seus trabalhos, durante toda sua vida. Trabalhos: Dante e Virgílio nos portões do Inferno, A Divina Comédia Blake escreveu e ilustrou mais de vinte livros, incluindo "O livro de Jó" da Bíblia, "A Divina Comédia" de Dante Alighieri - trabalho interrompido pela sua morte - além de títulos de grandes artistas britânicos de sua época. Muitos de seus trabalhos foram marcados pelos seus fortes ideais libertários, principalmente nos poemas do livro Songs of Innocence and of Experience ("Canções da Inocência e da Experiência"), onde ele apontava a igreja e a alta sociedade como exploradores dos fracos. No primeiro volume de poemas, Canções da inocência (1789), aparecem traços de misticismo. Cinco anos depois, Blake retoma o tema com Canções da experiência estabelecendo uma relação dialética com o volume anterior, acentuando a malignidade da sociedade. Inicialmente publicados em separado, os dois volumes são depois impressos em Canções da inocência e da experiência - Revelando os dois estados opostos da alma humana. William Blake expressa sua recusa ao autoritarismo em Não há religião natural e Todas as religiões são uma só, textos em prosa publicados em 1788. Em 1790, publicou sua prosa mais conhecida, O matrimônio do céu e do inferno, em que formula uma posição religiosa e política revolucionária na época: "a negação da realidade da matéria, da punição eterna e da autoridade"

(...) Ver o mundo em grão de areia e o céu em uma flor silvestre, sustentar o infinito na palma da mão e a eternidade em uma hora.(...)

 "Augúrios de Inocência"[9]

 Apesar de seu talento, o trabalho de gravador era muito concorrido em sua época, e os livros de Blake eram considerados estranhos pela maioria. Devido a isto, Blake nunca alcançou fama significativa, vivendo muito próximo à pobreza.

 

Principais obras

Poetical Sketches (1783)

There is no Natural Religion (1788)

All Religions Are One (1788)

Songs of Innocence (1789)

Book of Thel (1789)

The French Revolution: A Poem in Seven Books (1791)

Original Stories from Real Life, de Mary Wollstonecraft (1791) (ilustrações)

A Song of Liberty (1792)

The Marriage of Heaven and Hell (1793)

Visions of the Daughters of Albion (1793)

America, A Prophecy (1793)

Songs of Experience (1794)

Songs of Innocence and of Experience (1794)

Europe, a Prophecy (1794)

The Book of Urizen (1794)

The Song of Los (1794)

The Book of Ahania (1795)

The Book of Los (1795)

Night Thoughts, de Edward Young (1797) (ilustrações)

Milton (1804)

The Grave, de Robert Blair (1808) (ilustrações)

Everlasting Gospel (1818)

Jerusalem (1820)

The Ghost of Abel (1822)

Dante's Divine Comedy (1825) (ilustrações)

O livro de Jó da Bíblia (1826) (ilustrações)

O Fantasma de uma Pulga (pintura)

 

Satã observando o amor de Adão e Eva, Mus. de Belas-Artes - Boston

 A criação de Adão, Tate Gallery - Londres

 O Eterno, Whitworth Art Gallery - Univ. de Manchester

 Europe a Prophecy copy K plate 01.jpg

 O círculo da luxúria: Paolo e Francesca, A Divina Comédia

 Morte

 Monumento próximo ao túmulo sem marca de Blake

No dia de sua morte, Blake trabalhava exaustivamente em A Divina Comédia de Dante Alighieri, apesar da péssima condição física que culminaria no seu fim. Seu funeral, bastante humilde, foi pago pelo responsável pelas ilustrações do livro, e apesar de sua situação financeira constantemente precária, Blake morreu sem dívidas.

 

Hoje Blake é reconhecido como um santo pela Igreja Gnóstica Católica, e o prêmio Blake Prize for Religious Art (Prêmio Blake para Arte Sacra) é entregue anualmente na Austrália em sua homenagem.

Principais autores:

John Keats

William Wordsworth

J. K. Rowling

J. R. R. Tolkien

Virginia Woolf publicado

James Joyce

Katherine Mansfield publicado

Agatha Christie

Roald Dahl

Robert Louis Stevenson

Samuel Taylor Coleridge

John Milton

Geoffrey Chaucer

Emily Dickinson publicado

Walt Whitman

Ernest Hemingway

Scott Fitzgerald

Arthur Miller

George Bernard Shaw

Nathaniel Hawthorne

E. T. A. Hoffmann

Stephen King

Fonte:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Literatura_inglesa


Domingo Na Usina: Biografias:Juliana Parrini:



 É carioca, web designer e se define como leitora compulsiva, cinéfila, amante de rock e mãe coruja. Sua paixão pela escrita teve início ainda na adolescência, quando começou a escrever histórias nos cadernos em sala de aula, tendo os amigos como leitores.

Sobre os romances, ela diz: “Admiro dramas reais e sentir o amor brotar, mesmo com as adversidades da vida. Seja amando, odiando e chorando... os livros sempre nos transportam para um mundo encantador”.

O romance Depois do que Aconteceu foi sua estreia no mundo literário, que conquistou mais de 4 milhões de leituras na plataforma Wattpad e foi sucesso na Bienal do livro de São Paulo em 2014. Lançou seu segundo o livro, Novamente Você, uma comédia romântica, em Outubro de 2014 e Antes que Aconteça - Vol 2 - em Janeiro de 2015.

Todos os seus livros tornaram-se best-sellers na
Amazon, garatindo o 1º lugar geral no ranking dos
e-books mais vendido no Brasil da Revista Veja.

Em fevereiro de 2015, Juliana assinou contrado com
a editora Objetiva e publicará seus livros através
do selo Suma de Letras. A editora divulgou a
contratação da autora em sua página do facebook.


Juliana é casada, mora com o marido e os dois filhos
no Rio de Janeiro.

 A autora autopublicada que conquistou mais de 7 milhões
de leituras na internet

Entrevistas:
Livros do Coração - Abril/2015
Universo das Garotas - Março/2015
Fernanda Miola - Agosto/14

Rosangela Angarten - Julho/14

Fonte de origem:
http://www.julianaparrini.com.br/#!biografia/c1xfq

Domingo Na Usina: Biografias:Charlotte Brontë:



 (21 de Abril de 1816 — 31 de Março de 1855) foi uma escritora e poeta inglesa, a mais velha das três irmãs Brontë que chegaram à idade adulta e cujos romances são dos mais conhecidos da literatura inglesa, nasceu em Thornton, West Yorkshire, Reino Unido no dia 21 de abril de 1816. Escreveu o seu romance mais conhecido, Jane Eyre com o pseudônimo Currer Bell.1
Família:
Charlotte nasceu em Thornton, no Yorkshire, em 1816, a terceira dos seis filhos nascidos de Maria Branwell e Patrick Brontë (cujo apelido anterior era Brunty ou Prunty), um pastor anglicano de origem irlandesa. Em 1820, a família mudou-se para uma aldeia a alguns quilômetros de Haworth, onde Patrick tinha sido nomeado coadjutor perpétuo na Igreja de São Miguel e Todos os Anjos. A mãe de Charlotte morreu de cancro no dia 15 de Setembro de 1821, deixando as suas cinco filhas e o filho aos cuidados da sua irmã, Elizabeth Branwell.

Primeiros Anos e Educação:
Charlotte (dir.) com as irmãs Emily e Anne num quadro pintado pelo irmão Branwell.
Em Agosto de 1824, Charlotte e as suas irmãs Emily, Maria e Elizabeth, foram enviadas para a escola de filhas do clero em Cowan Bridge, Lancashire, uma escola que descreveu em detalhe no seu romance "Jane Eyre" com o nome de Lowood School. Charlotte iria sempre afirmar que as fracas condições da escola afetaram permanentemente a sua saúde e desenvolvimento e apressaram a morte das suas irmãs mais velhas, Maria (nascida em 1814) e Elizabeth (nascida em 1815), que morreram de tuberculose em Junho de 1825. Pouco depois da morte das suas irmãs, o seu pai retirou as restantes filhas da escola.2

De regresso a casa, em Haworth Parsonage, uma pequena reitoria perto do cemitério de uma aldeia fria e ventosa nas colinas de Yorkshire, Charlotte passou a ser "uma amiga maternal e guardiã das suas irmãs mais novas". Juntamente com os seus irmãos ainda vivos (Branwell, Emily e Anne), Charlotte começou a escrever sobre as vidas e lutas dos habitantes dos seus reinos imaginários. Charlotte e Branwell começaram a escrever histórias byronianas sobre um país que tinham invantado chamado Angria, ao mesmo tempo que Emily e Anne começaram a escrever artigos e poemas sobre Gondal, o país que também tinham inventado. As sagas (parte das quais ainda existe nos dias de hoje em forma de manuscrito) eram elaboradas e rebuscadas e instigou-as desde a infância e adolescência com um interesse quase obsessivo que as preparou para a sua vocação literária durante a idade adulta.

Charlotte continuou a sua educação em Roe Head, Mirfield, entre 1831 e 1832, onde conheceu as duas amigas com quem trocaria correspondência o resto da vida: Ellen Nussey e Mary Taylor.2 Durante este período, Charlotte escreveu a novela "The Green Dwarf" em 1833 com o pseudónimo Wellesley. Charlotte regressou à escola, desta vez como professora, em 1835 e permaneceu nesta função até 1838. Em 1839, aceitou a primeira de muitas posições como governanta em várias famílias do Yorkshire, uma carreira que seguiu até 1841. Em termos políticos, Charlotte era conservadora, mas promovia a ideia de tolerância em vez de revolução. Tinha princípios morais muito fortes e, apesar da sua timidez, estava sempre pronta para defender os seus princípios.3

Bruxelas[editar | editar código-fonte]
Em 1842, Charlotte e Emily viajaram para Bruxelas para trabalhar num internato dirigido por Constantin Héger e pela sua esposa Claire Zoé Parent Heger. Em troca de alimentação e educação, Charlotte ensinava inglês e Emily música. A sua estadia no internato foi encurtada pela morte súbita da sua tia Elizabeth Branwell de obstrução intestinal em Outubro de 1842. Charlotte regressou sozinha a Bruxelas em Janeiro de 1843 depois de aceitar um posto como professora no internato. A sua segunda estadia não foi feliz. Começou a sentir-se sozinha, com saudades de casa e começou a apaixonar-se por Constantin Heger. Acabou por regressar a Haworth em Janeiro de 1844 e mais tarde usou partes da sua experiência no internato para escrever os romances "O Professor" e "Villette".

Autora Publicada[editar | editar código-fonte]

Charlotte por J. H. Thompson.
Em Maio de 1846, Charlotte, Emily e Anne publicaram uma colecção de poemas em conjunto com os pseudónimos Currer, Ellis e Acton Bell. Apesar de terem vendido apenas duas cópias, as irmãs continuaram a escrever com o objectivo de verem os seus trabalhos publicados e começaram a desenvolver os seus primeiros romances. Charlotte utilizou o pseudónimo Currer Bell quando publicou os seus dois primeiros romances. Charlotte escreveu mais tarde sobre a razão pela qual tinham escolhido não revelar os seus nomes:

Cquote1.svg    Não gostávamos da ideia de chamar a atenção, por isso escondemos os nossos nomes por detrás dos de Currer, Ellis e Acton Bell. A escolha ambígua foi ditada por uma espécie de escrúpulo criterioso segundo o qual assumimos nomes cristãos, claramente masculinos, já que que não gostamos de nos declarar mulheres, uma vez que naquela altura suspeitávamos que a nossa maneira de escrever e o nosso pensamento não eram aqueles que se podem considerar 'femininos'. Tínhamos a vaga impressão de que as escritoras são por vezes olhadas com preconceito e tínhamos reparado como os críticos por vezes as castigam com a arma da personalidade e as recompensam com lisonjas que, na verdade, não são elogios.      Cquote2.svg
4

De facto, os seus romances foram considerados vulgares pelos críticos.5 Havia muita especulação quanto à identidade de Currer Bell e se este seria um homem ou uma mulher.

O irmão de Charlotte, Branwell, o único varão da família, morreu de bronquite crónica e debilidade extrema que tinha sido provocada pelo abuso de álcool, em Setembro de 1848, apesar de Charlotte acreditar que o irmão tinha morrido de tuberculose. Também se suspeitava que Branwell fosse viciado em ópio. Tanto Emily como Anne morreram de tuberculose em Dezembro de 1848 e em Maio de 1849.

Charlotte e o pai eram os únicos sobreviventes da família. Devido ao grande sucesso de "Jane Eyre", Charlotte foi convencida pelo seu editor a visitar Londres ocasionalmente, onde a escritora acabaria por revelar a sua verdadeira identidade e começou a frequentar um circulo social mais movimentado, fazendo amizade com Harriet Martineau, Elizabeth Gaskell, William Makepeace Thackeray e G. H. Lewes. O seu romance tinha inspirado o início de um movimento feminista na literatura. A personagem principal, Jane Eyre, era o contrário da sua autora, uma mulher forte. Contudo, Charlotte nunca mais deixou Haworth (apenas por algumas semanas), pois não queria deixar o seu pai idoso sozinho. A filha de Thackeray, a escritora Anne Isabella Thackeray Ritchie recordou uma visita que Charlotte fez ao seu pai:

Cquote1.svg    (...) entraram dois cavalheiros à frente de uma senhora pequena, delicada e séria, com cabelo loiro liso e olhos firmes. Teria pouco mais de trinta anos e usava um vestido barège com um padrão de verde-musgo esbatido. Entrou de luvas, em silêncio, séio e os nossos corações batiam loucos de antecipação. Era então esta a escritora, o poder desconhecido cujos livros puseram toda Londres a falar, a ler, a especular; algumas pessoas dizem até que foi o nosso pai quem escreveu os livros, aqueles livros maravilhosos (...). O momento é tão ofegante que o jantar chega com um alivio para a solenidade da ocasião e todos sorrimos quando o meu pai lhe oferece o braço (...), porque, apesar de ser um génio, Miss Brontë mal lhe chega ao cotovelo. A minha impressão pessoal é de que ela é um pouco séria e severa, especialmente para as meninas que querem conversar (...). Todos esperaram pela conversa brilhante que nunca chegou. Miss Brontë retirou-se para o sofá no escritório e murmurava uma palavra de vez em quando à nossa gentil governanta (...) a conversa começou a tornar-se cada vez mais indistinta, as senhoras à volta dela ainda estavam expectantes, o meu pai estava demasiado perturbado pela melancolia e pelo silêncio para conseguir lidar com o que estava a acontecer (...) depois de Miss Brontë se ter ido embora, fiquei surpreendida quando vi o meu pai a abrir a porta de entrada com o chapéu posto. Levou um dedo aos lábios e saiu para a escoridão, fechando a porta silenciosamente atrás de si (...) muito depois (...) Mrs. Procter perguntou-me se sabia o que tinha acontecido (...). Foi um dos serões mais aborrecidos que [Mrs. Procter] tinha passado em toda a sua vida (...) as senhoras que tinham vindo à espera de ter uma conversa agradável, e a melancolia, e o constrangimento, e como o meu pai, muito perturbado com a situação, tinha deixado a sala e a casa silenciosamente para ir para o seu clube.      

Doença e Morte:
Charlotte no ano da sua morte.
Em Junho de 1854, Charlotte casou-se com Arthur Bell Nicholls, o coadjutor do pai, e, segundo muitos intelectuais, a pessoa que inspirou personagens como Rochester e St. John em "Jane Eyre". Ficou grávida pouco depois do casamento e a sua saúde começou a piorar rapidamente durante esta altura. Segundo Gaskell, o seu primeiro biógrafo, Charlotte sofria de "náuseas permanentes e desmaiava frequentemente."6 Charlotte morreu, juntamente com o filho que esperava, no dia 31 de Março de 1855, com trinta e oito anos de idade. A sua certidão de óbito diz que a causa de morte foi tuberculose, mas muitos biógrafos defendem que a escritora pode ter morrido de desidratação e subnutrição provocados pelos vómitos excessivos de que sofria. Também existem provas de que Charlotte pode ter morrido de febre tifóide que teria contraído de Tabitha Ackroyd, a criada mais antiga da família, que morreu pouco tempo antes dela. Charlotte foi enterrada na campa da família no cemitério da Igreja de São Miguel e Todos os Anjos em Haworth, West Yorkshire, Inglaterra.

"The Life of Charlotte Brontë", uma biografia publicada por Gaskell após a sua morte, foi o primeiro de muitos trabalhos biográficos publicados sobre a sua vida. Apesar de ser honesto em algumas partes, Gaskell também escondeu pormenores sobre a paixão de Charlotte por Héger, um homem casado, por ser um escândalo para a moral da época e por poder ser um choque para os amigos e familiares de Charlotte ainda vivos, nomeadamente o seu pai e o seu marido.7 Gaskell também dá informação duvidosa e pouco clara sobre Patrick Brontë afirmando, por exemplo, que ele não deixava os filhos comer carne. Esta afirmação é refutada nos diários de Emily Brontë nos quais a escritora descreve a preparação de carne e batatas para um jantar na paróquia, tal como a escritora Juliet Barker mostra na sua recente biografia intitulada "The Brontës".


O seu primeiro romance foi publicado já depois da sua morte, em 1857, bem como fragmentos do romance no qual Charlotte tinha trabalhado durante os seus anos de vida que foi também recentemente publicado por Clare Boylan com o título "Emma Brown: A Novel from the Unfinished Manuscript by Charlotte Brontë" e muito material sobre Agria nas decadas que se seguiram.

Fonte de origem:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charlotte_Bront%C3%AB

Domingo Na Usina:Biografias: Cristina de Pisano:



 (em francês Christine de Pizan ou Christine de Pisan, Veneza, 11 de setembro de 1363 — Poissy, c. 1430) foi uma poeta e filósofa italiana que viveu na França durante primeira metade do século XIV. Ela era conhecida por criticar a misoginia presente no meio literário da época, predominantemente masculino, e defender o papel vital das mulheres na sociedade. Considerada precursora do feminismo, foi a primeira mulher francesa de letras a viver do seu trabalho.

Vida
O seu pai, Tommaso di Benvenuto Pisano, médico e astrólogo, era também conselheiro da República de Veneza. Em 1368, Carlos V, rei de França, nomeou-o astrólogo, alquimista e físico da corte. Cristina foi educada num ambiente favorável aos seus interesses intelectuais - aprendendo várias línguas, lendo os redescobertos clássicos e os inúmeros manuscritos do arquivo real, tudo dentro do espírito humanista do início do Renascimento.

Em 1379, com 15 anos, casa-se com Etiénne du Castel, secretário e notário real. Desta união resultam três filhos: uma menina (que a partir de 1397 passa a viver no mosteiro de Poissy, como companheira da filha do rei Carlos VI de França, Marie de Valois), um rapaz, chamado de Jean, e uma criança que morreu na infância.

A morte do marido em 1390, deixa Cristina numa delicada situação financeira, devido às dívidas contraídas por ele. Decide, então, dedicar-se às letras, numa tentativa de se sustentar a si e aos filhos. As suas primeiras baladas, compiladas em Le livre de cent balladés, chamam a atenção da corte e de alguns ricos mecenas, como João de Berry e o Duque de Orléans.

No entanto, é a disputa com Jean de Meung sobre o seu poema Roman de la Rose ("Romance da Rosa") que estabelece o seu estatuto como escritora. O Roman de la Rose era um dos livros mais populares na França e no resto da Europa no século XIII; representava as mulheres como nada mais que sedutoras, numa mordaz sátira às convenções do amor cortês. Cristina, nos seus poemas Epistre au dieu d'Amours ("Epístola ao Deus e Dit de la Rose (publicados em 1401 e 1402), pôs em causa o mérito literário do poema, criticando os termos vulgares usados para descrever as mulheres, objectando que tal linguagem não era usada por damas nobres e servia apenas para denegrir a função natural e própria da sexualidade feminina. O debate foi extenso, e, devido à participação da escritora, centrado na representação e tratamento das mulheres nos textos literários, ao invés de no talento literário de Meung. Estabeleceu-se assim a reputação de Christine como intelectual capaz de apoiar a sua causa, com argumentos lógicos e bem fundamentados. A sua obstinação e coragem conquistaram a admiração e apoio de alguns dos grandes pensadores da época, como Jean de Gerson e Eustache Deschamps.

Nos seus restantes trabalhos, nunca deixou de defender a importância das mulheres, e das suas contribuições para a sociedade, ou a igualdade dos sexos, e a necessidade de dar uma educação igual tanto a rapazes como a raparigas. Tentou ainda mostrar às mulheres como cultivar qualidades que as ajudem a lutar contra a crescente misoginia.

A sua última obra, Ditié de Jeanne d'Arc, foi escrita no mosteiro de Poissy, para onde se retirou no fim da vida. Nela, celebra o aparecimento de uma líder militar feminina, a também francesa Joana d'Arc, que recompensa todos os esforços das mulheres na defesa do seu sexo.


Desconhece-se a data exacta da sua morte. Ao contrário do que se poderia supôr, esta não ditou o seu esquecimento, pois o interesse pelos seus livros e ideias apenas aumentou.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Domingo Na Usina:Biografias: Lewis Carroll:


Lewis Carroll (1832-1898) foi escritor e matemático inglês. É o autor do livro "Alice no País das Maravilhas". Foi um dos precursores da poesia de vanguarda.

Lewis Carroll (1832-1898) nasceu em Daresbury, Inglaterra, no dia 27 de janeiro de 1832. Filho de um clérico de província, nasceu no presbitério de Deresbury. Estudou no Christ College, em Oxford, recebendo o diploma de matemático em 1845. Permaneceu em Oxford até 1881, trabalhando como professor e conferencista.

Em 1951, passou a dedicar-se a desenhar e fotografar crianças. Passava a maior parte de suas horas livres em companhia das crianças das famílias MacDonald e Liddell. Inventava longas histórias. Em 1862, ao passear de barco com as meninas Alice, Edite e Lorina, da família Liddell, começou a criar a história "Alice no Pais das Maravilhas", publicada em 1865. Em seguida escreveu "Alice Através do Espelho", publicada em 1872, onde o tema é uma partida de xadrez e os personagens são as peças do jogo.

Lewis Carroll publicou também "Um Programa para um Plano de Geometria Aplicada", "Euclides e seus Rivais Modernos" e "Matemática Curiosa", todos com seu nome verdadeiro. Sob o pseudônimo, pelo qual ficou conhecido, publicou "Dinâmica de uma Partícula", "Parques Desertos" e "Belfry". Escreveu as poesia "O Caçador de Serpentes" e "Fantasmagoria", onde introduziu uma forma original de verso: utilizava o sobrenatural e o absurdo, como temas, estilo que foi imortalizado na "Canção do Jardineiro Maluco".

Foi o livro "Alice no País das Maravilhas", que o consagrou. Ao criar os personagens, baseou-se em pessoas da sociedade e da aristocracia da Inglaterra. Há quem afirme que a rainha do Pais das Maravilhas, era a Rainha Vitória.

Lewis Carroll (Charles Lutwidge Dodgson) faleceu em Guildford, Inglaterra, no dia 14 de janeiro de 1898.

Informações biográficas de Lewis Carroll:
Idade: 183 anos
Data do Nascimento: 27/01/1832
Data da Morte: 14/01/1898
Nasceu há 183 anos
Morreu aos 65 anos
Morreu há 117 anos

Última atualização do biografia de Lewis Carroll: 01/03/2013.

Fonte de origem:
http://www.e-biografias.net/lewis_carroll/

Domingo Na Usina: Biografias:Norma Ojeda Furlong:



(mais conhecido como Julie Furlong) é uma das principais cinema e televisão atriz mexicana. Madame Speaker Furlong. Proyectista. Gemologist, escritor e jornalista. carreira de 27 anos como atriz no cinema, televisão e teatro. Por seu trabalho no cinema mexicano, ele recebeu duas deusas prata. Em sua câmera desempenho, televisão, ele recebeu os mais prestigiados prémios no México. Em 2006, Elias Guindi Fundação premiado "Glass-de-rosa". Reconhecimento mais proeminentes mulheres mexicanas anuais para seu turno profissional.

Membro da Associação Mundial de Mulheres Jornalistas e Escritores. AMPE. Delegado da Associação Política Nacional: Mulheres lutam pela democracia. Conselheiro para a Reforma Política do Autor Federal-1999 de mais de 450 artigos publicados em Prensa District. Várias publicações de poesia e conto. França atualmente escrevendo seu próximo projeto do livro, onde ele acabou sendo publicado no México. Autor de dois livros, um segurando ciência metafísica e outros "Testemunhos do século". Editorial Planeta de 2000.

Mme. Julie Furlong: ExDiplomática do Serviço Exterior Mexicano. Cultural adido na Embaixada do México, no Peru, durante o seu mandato, ele recebeu vários prêmios por autoridades culturais e acadêmicas. Ele é membro do Ilustre Colégio de Médicos da Educação do Peru.

Biografia
Ele nasceu em 1953 na Cidade do México , a filha de Armando Ojeda e Ileana Athié Furlong. Ele tem cinco irmãos, incluindo romântico cantor de música Oscar Athie . Julie perdeu o pai quando ela era muito jovem, então sua mãe, estar em uma situação económica difícil, foi a necessidade de comprometer-la em um colégio de freiras. Julho, aprendeu todos os valores que moldaram sua personalidade, apesar da educação rígida que deram lá. Julho é declarada muito católico e diz que um dos momentos mais felizes de sua vida foi quando ele recebeu a primeira comunhão. Sua mãe se casou novamente Athié Oscar Romo, e foi pai de quatro filhos.

Já na adolescência Julie foi enviado por seus pais para estudar o resto da sua escolaridade para o Estados Unidos . Quando ele voltou para o México , ele se matriculou na faculdade para estudar filosofia e letras, depois de dois semestres ele começou sua carreira. Seus pais não aprovou a ideia e julho tinha que sair de casa para estudar o que o fascinava. Estreou na TV com Raul Astor . No total, ele trabalhou em quinze filmes e mais de vinte novelas, fazendo sua estréia com Ernesto Alonso . No teatro, ele estreou em 1974 com Vicente Leñero em seguida, trabalhar com muito sucesso no jogo O jogo que todos nós jogamos com Alejandro Jodorowsky e Juan Ferrara . Ele participou de trabalhos com o professor Julio Castillo e Miguel Sabido . Ele estrelou em várias telenovelas e foi a estrela da primeira telenovela Ensino na história da televisão mexicana Vem comigo . Notavelmente julho também dedicou a escrever centenas de poemas e histórias escritas.

Na TV Azteca participou de duas novelas: Com todo o meu coração e o norte do coração . Em seguida, ele se aposentou de atuar para se dedicar ao seu trabalho como escritor. Em 2000 ele apresentou o seu primeiro texto dois livros Testemunhos do século para abordar a transição que o México no novo milênio como um livro histórico.

Filmografia [ editar ]
Telenovelas [ editar ]
Norte do coração (1997) .... Marcela
Com todo o meu coração (1996) .... Dr.
Muchachitas (1991) .... Veronica Sanchez Zuniga No. 1
Meu pequeno Soledad (1990) .... Natalia Villaseñor
Phoenix (1986) .... Cristina
Principessa (1984) .... Elina
Guadalupe (1984) .... Sara
For Love (1982) .... Marcia
Cancionera (1980) .... Paloma
A chama do seu amor (1979)
sábado à noite (1978) .... Donina
Humilhados e Ofendidos (1977) .... Alice
Vem comigo (1975) .... Vicky
Paloma (1975) .... Isabel
A hiena (1973) .... Rosaura
O edifício em frente (1972)
O amor tem rosto de mulher (1971) .... Cristina
Veil (1971)
Cinema [ editar ]
Meu nome é Sergio, eu sou um alcoólico (1981)
teporocho de Chin Chin (1976)
Um Estranho Amor (1975)
Beijos, beijos e mais beijos ... (1973)
Aexterna Lux (1973)
Eu sei quem você é (Eu estive assistindo) (1971)
E o Céu Too (1971)
Além Violência (1971)
O homem do gelado (1971)
A agonia de ser mãe (1970)
As meninas más do Padre Mendez (1970)
A guerra de freiras (1970)
Problemas Mom (1970)
A porta e a mulher do açougueiro (1968)
Hoje à noite sim (1968)
séries de TV [ editar ]
Mujer, casos de la vida real (1994)
Quarta-feira go-go
Orfeón um go-go
Quando Raul Astor
Teatro [ editar ]
O jogo que todos nós jogamos (1975)
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ano      categoria         novela resultado
1991    melhor vilão    Meu pequeno Soledad           vencedor.

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Domingo Na Usina: Biografias: Agatha Christie:


Agatha Mary Clarissa Christie DBE (nascida Agatha Mary Clarissa Miller; Torquay, Devon, Inglaterra, Reino Unido, 15 de setembro de 1890 — Wallingford, Oxfordshire, Inglaterra, Reino Unido, 12 de janeiro de 1976), popularmente conhecida como Agatha Christie, foi uma escritora britânica nascida na Inglaterra que atuou como romancista, contista, dramaturga e poetista. Se destacou no subgênero romance policial, tendo ganho popularmente, em vida, a alcunha de "Rainha/Dama do Crime" ("Queen/Lady of Crime", no original em inglês). Durante sua carreira, publicou mais de oitenta livros, alguns sobre o pseudônimo de Mary Westmacott.
Segundo o Guiness Book, Christie é a romancista mais bem sucedida da história da literatura popular mundial em número total de livros vendidos, uma vez que suas obras, juntas, venderam cerca de dois bilhões de cópias ao longo dos séculos XX e XXI1 , cujos números totais só ficam atrás das obras vendidas do dramaturgo e poeta William Shakespeare e da Bíblia. Segundo a organização Index Translationum, as obras de Agatha Christie já foram traduzidas, em levantamento recente, para mais de 100 idiomas em todo o mundo. Seu livro mais vendido, Ten Little Niggers (publicado no Brasil como "E Não Sobrou Nenhum", ou "O Caso dos Dez Negrinhos", e em Portugal como "As Dez Figuras Negras"), de 1939, é também, com cerca de 100 milhões de cópias comercializadas em todo o globo, a obra de romance policial mais vendida da história, além de figurar na lista dos livros mais vendidos de todos os tempos, independentemente de seu gênero.
Em 1971, foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de "Dame" (Dama) do Império Britânico, uma honra que consiste no equivalente feminino ao sir. No total, escreveu setenta e dois romances, sendo sessenta e seis deles do gênero romance policial e inúmeros contos, reunidos em quatorze coletâneas. É constantemente referida por seus emblemáticos personagens, incluindo o detetive belga Hercule Poirot e a idosa detetive amadora Jane Marple, ou Miss Marple.
Local onde Agatha foi batizada.
Agatha Mary Clarissa Miller nasceu em 15 de setembro de 1890, na costa de Devon, na cidade de Torquay, sendo a terceira filha de um rico americano.2 Os seus livros venderam centenas de milhões de cópias em inglês, além de mais algumas centenas de milhões em línguas estrangeiras, totalizando mais de 4 bilhões de exemplares. Ela é a autora mais publicada de todos os tempos em qualquer idioma, sendo somente ultrapassada pela Bíblia e por Shakespeare. Christie é a autora de 80 romances policiais e compilações de pequenas histórias. 19 peças e seis romances escritos sob o nome de Mary Westmacott. Agatha Christie foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino.2
Primeiros anos[editar:
O pai de Agatha, Frederick, era americano e passava a maior parte do tempo viajando; já a mãe, Clara, era uma mulher muito tímida, de quem Agatha herdou boa parte de sua personalidade. O casal tinha mais dois filhos, Madge e Monty, ambos mais velhos que a futura escritora.3 Em 1896, mudou-se com a família para França.4 Embora Madge e Monty recebessem uma educação formal, a mãe decidiu que a filha mais nova deveria começar a estudar antes dos 8 anos. Quando com quatorze anos de idade, Agatha praticamente só foi educada em casa, tendo diversos tutores e professores particulares. Quando tinha apenas 11 anos, o seu pai Frederick morreu, e a partir de então Agatha começou a viajar para vários lugares do mundo com a mãe.3 Aos 16 anos, foi para uma escola de aperfeiçoamento em Paris, onde se destacou como cantora e pianista.2
Conheceu o Coronel Archibald Christie, piloto do Corpo Real de Aviadores em 1912, e manteve com ele um romance tempestuoso. Casaram-se em 24 de dezembro de 1914.3 Enquanto o marido esteve na Primeira Guerra Mundial, Agatha trabalhou em um hospital e em uma farmácia, funções que influenciaram seu trabalho: muitos dos assassinatos em seus livros foram cometidos com o uso de veneno.2 Em 1919, teve com Archibald sua primeira e única filha, Rosalind. Em 1926, a mãe de Agatha, Clara, morreu. Naquele mesmo ano a autora se divorcia do marido e desaparece por vários dias.3 A irmã mais velha de Agatha, Madge faleceu em 1923, e o irmão Monty faleceu em 1929.4
Início na literatura:
Começou a escrever The Mysterious Affair at Styles em 1916, e o livro foi publicado em 1920 pela editora Bodley Head vendendo cerca de 2.000 cópias, após ser rejeitado por 6 editoras.2 Em seguida vieram The Secret Adversary, The Murder on the Links, The Man in the Brown Suit, Poirot Investigates e The Secret of Chimneys. Mas o sucesso veio em 1926 com a publicação de The Murder of Roger Ackroyd, que vendeu 5.000 cópias.2 O livro causou polêmica, pois Agatha contrariou as regras dos romances policiais.
Desaparecimento:
O lago Silent Pool onde o carro da autora foi encontrado.
Em 3 de dezembro de 1926, seu marido Archie revela que está apaixonado por outra mulher, Nancy Neele, e quer o divórcio. Então, deixa a esposa, para passar um fim de semana com a amante e alguns amigos em Godalming, Surrey. Após chegar em casa e não encontrar o marido, Agatha abandonou a casa em Styles por volta das 21h45 daquela noite com uma pequena mala. Na manhã do dia 4 de dezembro seu carro foi encontrado em um barranco no lago de Silent Pool em Newlands Corner, com os faróis acesos. Dentro do Morris Cowley verde foram deixados um casaco de pele, a sua mala e uma carteira de motorista vencida. O desaparecimento da autora se tornou notícia em Surrey quando a polícia local publicou um relatório de pessoas desaparecidas, e passou-se a oferecer £100 para quem tivesse qualquer informação sobre a autora. Aviões, mergulhadores e escoteiros buscavam por Agatha - ao todo a busca teve a ajuda de 15.000 voluntários.5
Várias informações foram acrescentadas à história do desaparecimento da autora, no livro The World of Agatha Christie. Martin Fido diz que na semana de seu desaparecimento Agatha deixou uma carta para Carlo Fisher, sua secretária, pedindo para cancelar uma hospedagem em Yorkshire. Segundo Martin, a autora escreveu também uma carta ao marido fazendo-lhe duras críticas. Ainda no sábado, antes da descoberta do carro da autora, ela havia escrito uma carta a Campbell Christie, de Londres, dizendo que iria para Yorkshire, mas a carta foi perdida antes que Campbell pudesse lê-la. Uma nota também foi escrita para o vice-chefe de polícia de Surrey (ainda antes de encontrar-se o carro de Agatha), informando que Archie temia por sua segurança.5
Descoberta:
O Old Swan Hotel, onde Agatha foi encontrada.
Agatha Christie estava desaparecida há 11 dias, desde que seu carro havia sido encontrado no lago Silent Pool, e estava sendo procurada por aviões (foi a primeira vez que se usou aviões para buscar alguém desaparecido na Inglaterra), quando a polícia soube que ela estava no Hydropathic Hotel (hoje Old Swan Hotel), em Harrogate. Agatha chegou lá de táxi no dia 4 de dezembro levando consigo apenas uma mala.5
A autora estava hospedada sob o nome de Teresa Neele (o mesmo sobrenome da amante de seu marido), dizendo ser da Cidade do Cabo, e explicando que era uma mãe de luto pela morte de seu filho. No hotel, Agatha foi vista dançando, jogando bridge, fazendo palavras cruzadas e lendo jornais. Curiosamente, a autora deixou um anúncio no The Times dizendo que Teresa Neele procurava parentes e amigos da África do Sul; interessante ressaltar que a irmã de Agatha, Madge, morreu em 1923, após voltar do país africano4 . A autora foi reconhecida no hotel pelo músico Bob Sanders Tappin, que reivindicou a recompensa de 100 libras. Sanders disse que se dirigiu à autora como "Mrs. Christie" e que essa respondeu-lhe, mas disse que estava sofrendo de amnésia. Agatha foi encontrada pela polícia no dia 19 de dezembro.5
Controvérsia:
Várias teorias foram criadas para explicar o falso desaparecimento da autora, algumas pessoas defendem que o escândalo foi um golpe publicitário para aumentar a venda de um dos seus livros (The Murder of Roger Ackroyd lançado semanas antes do desaparecimento, continuava na lista de best-sellers), outras que a intenção da autora era apenas se vingar de Archibald, simulando sua morte para que o marido fosse acusado de assassiná-la, e finalmente há os que dizem que a autora realmente sofreu um acidente de carro e perdeu a memória.5
Embora em seus livros autobiográficos não haja quase nenhuma informação sobre o episódio de seu desaparecimento, acredita-se que, em "O Retrato", publicado sob o nome de Mary Westmacott, Agatha conte muito da sua história através da personagem Celia, que pensa em suicídio após ser abandonada pelo marido.5
O segundo casamento e retorno à literatura[editar | editar código-fonte]
Em 1927 Agatha voltou a escrever, com a publicação de The Big Four, protagonizado por Hercule Poirot. Mesmo após o escândalo de seu desaparecimento, Agatha só se separou de Archibald em 1928, dois anos após o incidente. No outono do mesmo ano, o arqueólogo britânico Leonard Woolley convidou Agatha para o Oriente Médio, onde estava no comando de escavações em Ur. No ano seguinte Agatha voltou a Ur, onde conheceu o jovem assistente de Woolley, Max Mallowan (14 anos mais jovem que Agatha), com quem se casou em 1930. A autora manteve seu nome como Agatha Christie porque assim estava celebrizada entre os seus leitores, mas em sua vida particular era chamada de Mrs. Mallowan. Com o marido, Agatha viajou por todo o mundo, fazendo escavações e tomando conhecimentos sobre arqueologia, e escreveu um livro sobre a experiência, Come, Tell Me How You Live. O casamento com Mallowan duraria até a morte da escritora. Sua única filha, Rosalind casou-se no início da Segunda Guerra Mundial, e em 1943 teve um filho, Mathew Prichard, o único neto de Agatha Christie.2
Gravura no túmulo da autora.
Em 1934, Agatha Christie alcança o auge de sua carreira, com um de seus livros mais famosos, Murder on the Orient Express, adaptado para o cinema, teatro e TV em incontáveis ocasiões, sendo a mais famosa delas a versão de 1974 do romance, que rendeu um Óscar a Ingrid Bergman, e três prêmios BAFTA - British Academy of Film and Television Arts. 6 Só no ano de lançamento do filme, o romance original vendeu 3 milhões de cópias. 7
Últimos anos:
Em 1971, Agatha Christie tornou-se dama do império britânico. O último livro protagonizado por Hercule Poirot, Curtain (escrito nos anos 40), foi publicado em dezembro de 1975, porque Agatha já não se sentia disposta a escrever. A autora veio a falecer 1 mês depois, em 12 de janeiro de 1976, por conta de uma pneumonia. Encontra-se sepultada em St Mary Churchyard, Cholsey, Oxfordshire na Inglaterra.8 Já o último livro de Miss Marple, Sleeping Murder (também escrito nos anos 40) foi publicado em outubro de 1976. O marido Max Mallowan morreu em 1978.2
O Legado de Agatha:
Placa em homenagem a Agatha Christie na Abadia de Torre (Torre Abbey), em Torquay
Ao contrário dos irmãos, Agatha nunca teve chance de frequentar a escola pública, e foi educada pela mãe, num ambiente quase recluso onde Agatha interessou-se pela música clássica e sonhava em ser cantora lírica. Agatha chegou até mesmo a estudar música em Paris. Em sua infância, também através da mãe, teve o primeiro contato com a literatura.9
Em seus 56 anos de carreira Agatha Christie escreveu mais de 80 livros, fora as várias peças teatrais e adaptações cinematográficas e televisivas de suas obras, protagonizadas por Hercule Poirot, o detetive belga popularizado pelo uso de suas "células cinzentas", e Miss Marple, a solteirona, que observando a natureza humana pode solucionar os mais obscuros mistérios.2 9
Guinness:
St. Martin's Theatre, onde é encenada a peça The Mousetrap.10
Agatha foi uma das autoras mais prolíficas do mundo. Ela está no Guinness Book of World Records, como a autora mais vendida no mundo: seus livros já venderam mais de 4 bilhões de cópias em 103 idiomas e os royalties gerados pelas obras são de US$ 4 milhões por ano. A autora também ocupa um lugar no Guinnes pela peça teatral de maior duração do mundo: The Mousetrap estreou em 25 de novembro de 1952 no Ambassadors Theatre em Londres, em 25 de março de 1974 foi para o St. Martin's Theatre, e continua lá até hoje.10 7

O maior livro do mundo[editar | editar código-fonte]
Outro recorde de Agatha Christie é o do livro mais espesso do mundo, medindo mais de 30 cm, com 4032 páginas nas quais estão incluídos todos os 12 romances e 20 contos protagonizados por Miss Marple. The Complete Miss Marple é um dos livros mais raros da escritora. Publicado pela Cedric & Chivers Period Bookbinding, o livro é em sua maior parte de couro, com ouro em algumas partes, e dezesseis páginas feitas à mão. Foram produzidos apenas 500 volumes, e o livro é vendido por 1000 libras. O livro tem também um mapa de St. Mary Mead, a aldeia fictícia onde Miss Marple viveu, elaborado por Nicolette Caven (baseando-se na descrição dada por Agatha em Um Corpo na Biblioteca, e em detalhes adicionais fornecidos por outros romances de Agatha), uma introdução de Kate Mosse, contando como Agatha "descobriu" Miss Marple, e um prefácio de Mathew Prichard, o neto de Agatha, que escreveu:11
"Ao longo dos anos, todo mundo me disse que isso nunca poderia ser feito - coletar todas as histórias de minha avó sobre Miss Marple em um único volume. Assim, embora este livro seja, em termos de publicação, um marco, ele também simboliza o carinho que o público, tanto na Grã-Bretanha quanto em outros lugares, tem por Miss Marple. "11
Agatha Christie :
Em 1955 foi criada a Agatha Christie Ltd., que passou a cuidar dos direitos de todas as obras, peças e filmes de Agatha após essa data. Em 1968, a Booker McConnell comprou 51% da empresa, mas pouco tempo depois aumentou seu capital sobre ela para 64%. Em 1998, a Booker vendeu sua parte para a Chorion. O neto de Agatha Christie, Mathew Prichard, herdeiro de muitas obras da avó (incluindo A Ratoeira), ainda é associado a Agatha Christie Ltd.7
Vendas:
Lista de vendas das primeiras edições dos livros de Agatha, segundo a Agatha Christie Ltd.7
Nome do livro   Ano       Vendas
Curtain 1975      200.000
A Murder is Announced              1950      50.000
The Hollow         1946      40.000
Sparkling Cyanide           1945      30.000
Five Little Pigs   1943      20.000
Three Act Tragedy          1935      10.000
The Murder of Roger Ackroyd  1926      5.000
The Mysterious Affair at Styles 1920      2.000
A autora em sua vida pessoal:
A vida em Devon:
Placa em homenagem a Agatha Christie na Barton Road, em Ashfield, onde ela passou sua infância.
Agatha passou sua infância e adolescência em Devon, que também foi o cenário de 15 de seus romances. A jovem Agatha viveu numa grande mansão de Ashfield no bairro de Torre. Quando criança, Agatha adorava andar de patins no Princess Pier, e banhar-se no Meadfoot Beach e Beacon Cove, uma praia só para senhoras, onde ficava, porém, o Royal Torbay Yacht Club - visitado inclusive por Frederick, o pai de Agatha, que naquele local, frequentemente jogava whist.12 Outro hábito interessante da infância de Agatha era participar de pequenas produções teatrais em casas de famílias eminentes da região. Ela participou de inúmeras peças na Oldway Mansion em Paignton, e no Imperial Hotel, em Torquay, que integrou três de seus romances, Um Corpo na Biblioteca, A Casa do Penhasco e Um Crime Adormecido. A autora também participava de concertos no Torquay's Pavilion. Foi após um concerto que Agatha recebeu o seu segundo pedido de casamento (sendo o primeiro de Reggie Lucy num campo de golfe de Torquay), do subalterno Archibald Christie, que ela havia conhecido três meses antes, em um baile na Ugbrooke House perto de Exeter. Ela rejeitou o pedido, já que estava enamorada de Reggie, mas dois anos depois, na véspera do Natal de 1914, ela casou-se com Archibald.12
O Grand Hotel, na beira do mar, foi o palco da lua-de-mel da autora, e é onde começa a Trilha Agatha Christie, que visita muitos dos marcos da vida da autora na região. Em 1938 comprou a Greenway Estate perto de Brixham, para viver com o segundo marido Max Mallowan, onde ela levou uma vida ativa na comunidade, chegando a doar com os lucros de um de seus livros e um vitral para a Churston Church, administrada por Lord e Lady Churston. Escreveu várias vezes sobre Devon, suas cidades, e a costa da Riviera inglesa para Dartmouth e Salcombe, e usando o cenário de Burgh Island para as novelas And Then There Were None e Evil Under the Sun, e o Moorland Hotel, em Haytor, Dartmoor em seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles.12
Greenway Estate:
A casa de férias de Agatha em Greenway Estate.
Agatha frequentemente passava as férias, fins de semana e feriados em Greenway Estate, que a inspirou a escrever Dead Man's Folly e Five Little Pigs, existindo até um barco onde o corpo de Marlene Tucker foi encontrado. Quando criança, Agatha via e admirava a casa de Greenway, dizendo para a mãe que era a casa mais bela do mundo. Agatha comprou-a pela importância de 6 mil libras. Ao comprar a casa, a autora contratou um arquiteto que revelou as heranças da Geórgia. Em 1942, a casa foi requisitada pelo Almirantado e ocupada por agentes de uma tropa americana que pintou o friso de azul, em homenagem às suas façanhas de guerra. Mesmo após a guerra, Agatha optou por manter o friso. Em 2000 a família de Agatha doou a casa ao National Trust, que após levantar £5.4000.000, em 2009, abriu a casa ao público. No quarto de desenho da propriedade, um dos principais pontos de visitação do público, foi onde Agatha leu um de seus romances antes mesmo de ser publicado, para a família, que tentava adivinhar quem era o assassino, mas só o marido, Max conseguiu acertar.13
A Vida em Londres:
Placa em homenagem a Agatha no Sheffield Terrace onde viveu entre 1934 e 1941.
Agatha viveu em Londres por muitos anos, ela mudou-se para a cidade em 1918 e morou no 5 Northwick Terrace, em St John's Wood, nos meses finais da guerra. Mais tarde, mudou-se para Kensington, antes disso vivendo em Chelsea, onde no 48 Swan Court, ela escreveu Testemunha de Acusação e A Casa Torta, Chelsea também foi o cenário de Uma Dose Mortal, e foi o lugar onde Agatha viveu por mais tempo. A autora viveu em nada menos que nove casas em Londres e no 58 Sheffiel Terrace, a autora ganhou uma placa em sua homenagem, que marca a casa em que ela viveu. Londres é também o marco forte de suas obras, além de ser a morada de Hercule Poirot, em O Caso do Hotel Bertram, o hotel em questão é baseado no Hotel Brown, na saída de Piccadilly, onde ela diz ter estado uma vez. 14
Viagens[editar :
A primeira viagem de Agatha foi até França, e em seguida ao Cairo, mas uma de suas mais interessantes viagens foi a Bagdá no Orient Express (Expresso do Oriente), em 1928. Foi em Bagdá, aliás, que Leonard Wooley, a apresentou a Max Mallowan, seu futuro marido, e que mudaria a vida de Agatha completamente: nos 30 anos seguintes ela viajaria pelo mundo em missões arqueológicas, e não teria mais residência fixa. 15 A inspiração para o livro Assassinato no Expresso do Oriente, veio em 1931, quando Agatha ficou presa com outros passageiros no Simplon-Orient Express quando voltava de Nínive - o livro foi publicado em 1934 e baseia o enredo exatamente nisso: um grupo de pessoas presas num trem por conta da neve. 15
Durante as escavações arqueológicas, além de ajudar o marido a restaurar e a limpar objetos antigos, Agatha também escrevia. E foram as suas descobertas sobre as civilizações passadas que a levaram a se interessar pela vida nos desertos do Oriente Médio. A disposição real do navio SS Karnak no Nilo que a inspirou a escrever Morte no Nilo. As escavações em Ur, para Morte na Mesopotâmia; as visitas a Petra para Morte entre as Ruínas; e uma experiência no sul da Mesopotâmia para Aventura em Bagdá.15

Ordem do Império Britânico[editar | editar código-fonte]
Agatha Christie tornou-se Dama da Ordem do Império Britânico em 19712 – a rainha Elizabeth II é uma grande fã de seus livros.16 Morreu em 1976, e desde então vários livros seus foram publicados pós-morte: o romance de sucesso Um Crime Adormecido apareceu mais tarde naquele ano, seguido pela sua autobiografia e pela coleção de pequenas histórias Os Casos Finais de Miss Marple, Problem at Pollensa Bay e Enquanto Houver Luz. Em 1998, Café Preto foi a primeira das suas peças a ser adaptada para o teatro por outro autor, Charles Osborne.
Estilo de escrita[editar | editar código-fonte]
Agatha Christie, apesar de não gostar muito de falar em público, em sua Autobiografia, fala muito sobre seu estilo de escrita, a autora possuía uma vasta coleção de livros de Charles Dickens, PG Wodehouse e Lewis Carroll. Agatha também ganhou fama criando livros de mistério satirizando obras infantis, como foi o caso de Five Little Pigs. Em suas obras a autora frequentemente usava como espaço pequenas vilas ou aldeias inglesas, outro ponto comum, é que a maioria de suas obras tinha um médico.17
Modus Operandi[editar:
Cada escritor tem seu modus operandi, Agatha não era diferente, e tinha uma opinião sobre a carreira de escritora bem adequada ao seu perfil: "A escrita é um grande conforto para pessoas como eu, que estão inseguros sobre si mesmos e têm dificuldade para expressar-se corretamente.", Agatha raras vezes participava de reuniões públicas, e o pouco que se pode saber sobre o processo de criação de suas obras, é o que ela revela em sua biografia. 18

Influências[editar | editar código-fonte]
A mãe de Agatha lia para a filha muitos livros, o que era uma distração para ambas, entre os autores lidos pela mãe estavam Sir Walter Scott, Charles Dickens, John Milton, Alexandre Dumas e Jane Austen, Agatha disse uma vez que seu autor favorito foi Charles Dickens, e que sua obra preferida do autor era Bleak House. Agatha e a irmã Madge também gostavam muito de histórias de detetives, sendo que a futura escritora leu a primeira história de Sherlock Holmes com apenas oito anos, Agatha passou a ler também as obras de Edgar Allan Poe. Na época Agatha disse a irmã, Madge, que poderia escrever uma história de detetive, após elas lerem o livro The Mystery of the Yellow Room de Gaston Leroux, a irmã duvidou, e em sua biografia Agatha disse que então, a semente foi plantada, e que ela havia sido atingida pela determinação de escrever histórias policiais. 18
O processo de criação:
Greenway House, onde Agatha Christie viveu por algum tempo.
Antes de começar a escrever Agatha precisou definir um estilo próprio, segundo ela mesma, é difícil para um jovem escritor iniciar sua carreira sem copiar, mesmo que minimamente, o estilo de seus ídolos. Ela considerava iniciar uma obra, como algo francamente, difícil, e que muitas vezes, ficava horas encarando a máquina de escrever e mordiscando um lápis, esperando uma ideia, o que lhe dava intenção de desistir, mas a autora dizia ser encorajada pelo marido Max Mallowan a continuar. Em qualquer lugar Agatha recebia inspiração para escrever, possuía um caderno, que levava sempre consigo para anotar suas ideias, referentes a enredos, venenos fatais ou crimes que lia nos jornais. Em algumas ocasiões chegou a provocar sua mente, dizendo que viveria com a obra até que ela estivesse pronta. Foi assim com O Assassinato de Roger Ackroyd, a escritora a todo momento ajustava os detalhes da trama. Agatha disse ter tido sensações parecidas com Lord Edgware Dies, cuja ideia surgiu-lhe na mente após ver um show de imitação de Ruth Draper.18 19
Personagens para os romances surgiam da mesma maneira que os enredos, a autora dizia criar personagens para si mesma, e ser capaz de escolher alguém em qualquer lugar, para servir de base para seus personagens fictícios, mas somente uma vez incluiu uma pessoa real em um de seus livros. Ernest Belcher, um ex-professor e também chefe de Archibald (o primeiro marido de Agatha), havia pedido à autora que o incluísse em um de seus livros, que veio a ser O Homem do Terno Marrom, usando a casa do mesmo como cenário para o assassinato. A autora negou a sugestão, mas criou Pedler, personagem baseada em Ernest, com seus maneirismos e frases, a autora dizia não considerar ter feito um bom trabalho, e por isso nunca voltou a incluir pessoas reais em seus livros. 18 19 Mas Agatha também incluiu algumas outras pessoas reais em seus livros, como Ariadne Oliver, Lady Nancy Astor( a primeira mulher a ser membro do Parlamento), Lady Westholme (em Appointment with Death) e Katherine Woolley (esposa do Dr. Leonard Wooller, arqueólogo que trabalhou com Max Mallowan) em Murder in Mesopotamia. 18 19
Em sua autobiografia a autora diz que o grande prazer em escrever histórias policiais é que há vários gêneros a escolher: "(...)a história policial intrincada, com um enredo complicado, tecnicamente interessante e que requer muito trabalho, mas é sempre compensadora e, ainda, o que posso descrever como a história policial que tem como pano de fundo uma espécie de paixão: nesse caso, é a paixão o que ajuda a salvar a inocência. Porque é a inocência que importa, não a culpa.(...)"19 Em sua autobiografia Agatha também diz se assustar que as pessoas não se preocupam com as vítimas e sim com os culpados, quando leem um romance policial. Diz ainda que conseguiu se satisfazer completamente com uma história, quando escreveu O Caso dos Dez Negrinhos, que lhe custou muito planejamento, já que era difícil desenvolver tantas mortes num só livro e não querer que o assassino seja óbvio, mas que a ideia lhe fascinara profundamente. Agatha também mencionou que nunca pensou seriamente sobre o crime, mas que escrever sobre ele, lhe levou a um estudo mais detalhado da criminologia. 18
A execução das obras:
Quarto do Pera Palas Hotel em Istambul, na Turquia onde Agatha escreveu Assassinato no Expresso do Oriente.
Desde o começo Agatha contou com a ajuda de sua secretária, Charlotte Fisher, que escrevia aquilo que a autora ditava, segundo sua autobiografia, Agatha se sentia insegura no começo, não conseguia dizer frases completas sem hesitar, e que passou mais de uma hora, tentando iniciar a obra, e que a própria Charlotte, apesar de ser secretária estenógrafa estava nervosa, e com medo de que Agatha ditasse de forma muito rápida. 19 Quando um entrevistador visitou a casa de Agatha Christie, e perguntou-lhe onde ela escrevia, Agatha diz ter sido difícil responder, já que ela escrevia em qualquer lugar. Ela escrevia na mesa de jantar, no lavatório, e em qualquer outro lugar. A autora só exigia uma mesa resistente e uma máquina de escrever, quando estava pronta para escrever um romance, já que até então ela escrevia a mão os primeiros capítulos de seus livros. Mesmo assim ela diz ter escrito entre "magias e explosões", pois nunca teve um quarto ou escritório reservado para escrever (até sua casa em Sheffield Terrace em Londres).18
Muitos de seus livros, foram escritos enquanto acompanhava o marido Max em missões arqueológicas. Escreveu Lord Edgware Dies, enquanto esteve com o marido numa escavação em Nínive, no norte do Iraque, ela dizia que poderia escrever em qualquer lugar desde que tivesse uma mesa resistente e uma máquina de escrever, porém a casa em que ficou, em Nínive não tinha uma mesa, e quando a autora pediu uma mesa ao chefe da escavação o Dr. Reginald Campbell Thompson, este negou prontamente, mas Agatha compraria a mesa de um jeito, ou de outro. A Rainha do Crime (como era conhecida), chegou a escrever um livro em apenas 3 dias, foi sob o pseudônimo de Mary Westmacott que escreveu a novela Absent in the Spring, que diz ter sido o único livro que a satisfez completamente, o livro que sempre quis escrever, que desde o início já estava claro, em sua mente, pois já o estava planejando há sete anos. Para escrever o livro, ela certificou-se primeiro de que não seria interrompida, e escreveu o primeiro e o último capítulo antes dos demais, porque já conhecia tão bem seu fluxo criativo, que já sabia que iria poder desenvolver melhor sua história. Agatha também já escreveu dois livros de uma só vez, foi assim com a novela de Miss Marple, The Body in the Library e N or M? de Tommy e Tuppence, isso foi em 1941 durante a Segunda Guerra Mundial (mesma época, aliás, em que ela escreveu Curtain e Sleeping Murder, os últimos livros de Hercule Poirot e Miss Marple, respectivamente), a autora diz em sua autobiografia que não tinha problemas em escrever durante a guerra, pois ela só precisava balbuciar as falas dos personagens, e imaginá-los caminhando no local que ela havia criado para eles. 18 19
Detetives:
Hercule Poirot:
Ver artigo principal: Hercule Poirot
David Suchet, interpreta Poirot na série inglesa Agatha Christie's Poirot.
Pouco antes da Segunda Guerra Mundial eclodir, Agatha iniciava sua carreira literária com The Mysterious Affair at Styles. Uma das suas principais dificuldades foi criar o detetive, para isso a jovem autora inspirou-se em um belga que estava hospedado em Torquay, e criou Hercule Poirot um detetive de 1,60 m, que resolve seus casos usando as células cinzentas, e que é muitas vezes comparado a Sherlock Holmes.9
Cquote1.svg      Por que não seria belga meu detetive? Deixei que crescesse como personagem. Deveria ter sido inspetor, de modo a poder ter certos conhecimentos sobre crimes. Seria meticuloso, ordenado, pensei com meus botões, enquanto arrumava meu quarto. Um homenzinho bem ordeiro. Parecia-me até que o via, um homem muito alinhado, sempre cuidando de colocar tudo no devido lugar, amante dos objetos aos pares, das coisas quadradas, e não redondas. . E seria muito inteligente — teria muitas células cinzentas —, essa era uma boa frase, devia recordá-la: ele possuiria não poucas células de matéria cinzenta. Seu nome seria espetacular — um desses nomes como existiam na família de Sherlock Holmes. Como era mesmo o nome do irmão dele? Mycroft Holmes! 20 19 E se chamasse ao meu homenzinho Hercules? Ele seria um homem baixo — Hercules seria mesmo um bom nome. Seu sobrenome era mais difícil. Não sei por que me decidi por Poirot. Se fui eu própria quem o inventou, ou se o vi em algum jornal, ou escrito em algum lugar, não sei — mas assentei que seria esse o nome. Combinava bem, não com Hercules, com s, mas sim com Hercule — Hercule Poirot. Estava certo, assente, graças a Deus!(...)19   Cquote2.svg
Poirot fez sua primeira aparição em O Misterioso Caso de Styles, chamado por seu amigo Arthur Hastings, começou sua carreira como oficial de justiça, mas passou a atuar como detetive particular, e auxiliar a polícia em casos complicados.20 O personagem já protagonizou diversos filmes e ganhou sua própria série de TV, Agatha Christie's Poirot onde é interpretado por David Suchet. 21
Miss Jane Marple:
Ver artigo principal: Miss Marple
Cquote1.svg      Não houve maldade em Miss Marple, ela simplesmente não confiava nas pessoas. Embora ela esperasse o pior, muitas vezes ela aceitou gentilmente as pessoas, apesar do que eles eram. 22     Cquote2.svg
— Agatha Christie.
Miss Marple não se parece em nada com um detetive, mas para uma solteirona que nunca saiu de St. Mary Mead ela é surpreendentemente astuta. Jane Marple, resolve seus crimes de uma forma muito diferente de outros detetives, ela não faz interrogatórios, não procura pistas, só usa o seu conhecimento da natureza humana. Para criar Miss Marple, Agatha Christie se baseou tanto na vida real, como em suas próprias obras, na vida real pelo seu grande interesse por velhas solteiras, que mesmo vivendo em pequenas aldeias, possuíam um conhecimento extraordinário acerca do comportamento humano. Já na ficção ela usou a solteirona Caroline Sheppard, de O Assassinato de Roger Ackroyd, que auxiliou Hercule Poirot na solução do mistério em questão. Quando O Assassinato de Roger Ackroyd foi adaptado para o teatro por Michael Morton, ele substitui Caroline Sheppard por uma jovem, por isso Agatha resolveu dar uma voz às solteironas, e criou Miss Marple. 22
Miss Marple fez sua primeira aparição em The Tuesday Night Club, um conto publicado na revista The Sketch, em 1926, já sua primeira aparição em um romance se deu em Assassinato na Casa do Pastor. Na literatura Marple protagonizou 12 romances e 20 contos, que iam desde a pitoresca Inglaterra rural de Um Corpo na Biblioteca até o glamour de O Caso do Hotel Bertram e uma ilha em Mistério no Caribe. Muitas atrizes interpretaram Miss Marple na TV e cinema, Gracie Fields foi a primeira, na versão televisiva de A Murder is Announced, em 1956. Margaret Rutherford interpretou Miss Marple em quatro filmes da MGM vagamente baseados na obra de Agatha, e também em The Murder Alphabet, ao lado de Tony Randall, que interpretou Poirot. Helen Hayes, vencedora de dois Oscares, interpretou Marple em A Caribbean Mystery de 1983 e They Do It with Mirrors de 1984. Joan Hickson foi Miss Marple nas adaptações da BBC nos anos 90. Joan havia interpretado uma empregada em Murder, she Said, que tinha Rutherford como Marple. Por fim Geraldine McEwan interpretou a detetive nas adaptações da ITV em 2004, sendo substituída por Julia McKenzie em 2009.22 23
Tommy e Tuppence:
Ver artigo principal: Tommy e Tuppence Beresford
Apenas após a Primeira Guerra Mundial, que os jovens Tuppence Cowley e Tommy Beresford, criam a "Jovens Aventureiros Ltd.". Ao todo o casal de jovens participou de 5 livros da autora, entre eles uma coletânea de contos: O Inimigo Secreto, M ou N?, Um Pressentimento Funesto, Sócios no Crime e Portal do Destino. Agatha descreve Tommy como agradavelmente feio, mas inequivocamente um cavalheiro, é considerado lento o que é o contraponto perfeito à impetuosidade de Tuppence, os amigos casam-se no final do primeiro livro e têm três filhos: os gêmeos Derek e Deborah, e a filha adotiva Betty.24 Partners in Crime virou uma série de televisão em 1984, indo ao ar pela LWT, tendo James Warwick como Tommy e Francesca Annis como Tuppence, a série levou ao ar 10 dos 15 contos pertencentes ao livro. O casal voltou no filme The Secret Adversary, de 1985. 25
Parker Pyne:
Ver artigo principal: Parker Pyne
O detetive Parker Pyne surgiu em 1934 no livro de pequenos contos Parker Pyne Investigates.26 Pyne não se considerava um detetive, mas sim um especialista em coração, cuja especialidade era curar a infelicidade das pessoas. 27 Pyne anunciava seus serviços nos classificados do Times, onde convidava os leitores infelizes a o visitarem na Richmond Street, 17.26 Os primeiros seis contos com Parker Pyne, são casos simples ocorridos em Londres, posteriormente, histórias mais complexas, como uma viagem ao Oriente Médio em pleno Orient Express (de Assassinato no Expresso do Oriente), ser conselheiro de testamentos, Pyne chega até mesmo a fazer um cruzeiro pelo Nilo.26
Posteriormente, Pyne aparece no livro The Regatta Mystery, que também possui histórias de Hercule Poirot e Miss Marple. O detetive, ou melhor, médico do coração, é descrito como um homem gordo, careca, por volta de seus 60 anos, possui uma teoria, segundo a qual, existem 5 tipos de infelicidade, mas todas elas têm cura, Pyne usa métodos nada tradicionais, e engenhosamente engana os suspeitos e cura a infelicidade. E em algum momento as histórias de Parker Pyne e Hercule Poirot se cruzam, Mrs. Ariadne Oliver, amiga de Pyne, auxilia Poirot em alguns crimes.26
Ariadne Oliver:
Ver artigo principal: Ariadne Oliver
Ariadne Oliver apareceu pela primeira vez no conto The Case of the Discontented Soldier, parte da coletânea Parker Pyne Investigates28 , como uma amiga do investigador Parker Pyne. Começando como uma simples escritora de mistério, Ariadne chega a participar de 6 romances com o próprio Hercule Poirot, começando por Cards on the Table. Ariadne, ao contrário de Miss Marple, é muito mal-humorada, e considera que a Scotland Yard seria melhor gerida por uma mulher, e nela podemos encontrar muito de Agatha Christie, uma vez que, além de ser escritora de romances policiais, Oliver ainda possui uma certa antipatia por seu personagem Sven Hjerson, assim como Agatha, em diversas situações demonstrou sentir por Poirot. A detetive, também já apareceu nas telas, começando pelo filme Dead Man's Folly de 1986, adaptação do romance homônimo, onde é interpretada por Jean Stapleton, e também contracenou com David Suchet, em episódios recentes de Agatha Christie's Poirot, como é o caso de Cards on the Table, que foi ao ar em 2005.28

Detetives por acaso:
Alguns dos mais famosos livros de Agatha, não são protagonizados nem por Poirot, ou Miss Marple, nem mesmo pelo casal Tommy e Tuppence, ou Ariadne Oliver, são pessoas comuns, que de alguma forma são empurradas para um mistério29 Um bom exemplo deste tipo de detetive, Dr. Arthur Calgary, de Ordeal by Innocence (Punição para a Inocência, no Brasil), no romance, o médico, ao retornar da Austrália, descobre um álibi, de um homem condenado injustamente, e são as diversas pistas encontradas por Calgary, que o levam a desvendar um assassinato.30
Já em Why Didn't They Ask Evans? (Por que não Pediram a Evans?, no Brasil), Agatha forma uma dupla de investigadores bem diferentes de Tommy e Tuppence, formada pelos amadores Bobby Jones e Frankie Derwent, que além de tudo, são bem atrapalhados e caem em algumas armadilhas de seus inimigos,29 mas mesmo assim conseguem solucionar o mistério colocado em seu caminho.31 Além disso Endless Night e The Pale Horse, são protagonizados por amadores, e ainda por cima em 1ª pessoa. Em Endless Night (com o título "Noite sem fim" na edição do Brasil), o jovem Michael Rogers tenta desvendar o assassinato de sua esposa Ellie.32 Já The Pale Horse, talvez seja um dos livros mais singulares de Agatha nele, Mark Easterbrook, tenta desvendar uma série de assassinatos, envolvendo supostas bruxas e um misterioso cavalo amarelo.33
E em "O Mistério dos 7 Relógios", a intrigada Bundle Brent, filha do displicente Lord Caterham, ao vir dois amigos dela serem mortos por uma suposta sociedade secreta, procura desvendar tais desfechos junto com a ajuda do Superintendente Battle, policial que a aconselha a se precaver de alguma represália desta seita formada por estranhos 7 personagens, alguns deles infiltrados na trama. Sua perspicácia envereda para chegar à solução do mistério sem recorrer a células cinzentas ou a estudos comportamentais presentes em Poirot ou Jane Marple, respectivamente.
Principais obras:
O Assassinato de Roger Ackroyd:
Ver artigo principal: The Murder of Roger Ackroyd
Em 1926, após uma média de um livro por ano, Agatha Christie escreveu a sua obra-prima: O Assassinato de Roger Ackroyd. Este foi o primeiro dos seus livros a ser publicado pela editora Collins, e marcou o início de um relacionamento autor-editor que durou 50 anos e 70 livros. O Assassinato de Roger Ackroyd também foi o primeiro dos livros de Agatha Christie a ser dramatizado – sob o nome de Álibi – e a fazer sucesso no West End de Londres. A Ratoeira, a sua peça mais famosa, estreou em 1952 e é a peça de maior duração em cartaz da história. Ainda é encenada, no mesmo teatro de Londres, desde então. Somente no ano de sua publicação em 1926, vendeu 5000 edições, e chamou a atenção por ser muito diferente de qualquer outro romance policial.7
Assassinato no Expresso do Oriente:
Ver artigo principal: Murder on the Orient Express
O verdadeiro "Expresso do Oriente".34
Murder on the Orient Express (Assassinato no Expresso do Oriente) foi publicado em 1934, considerado um dos maiores sucessos da autora, inspirando diversos filmes e peças teatrais, apenas no ano de sua publicação vendeu 3 milhões de livros7 , sendo no quesito vendas o livro mais bem-sucedido de Agatha, tendo também revolucionado os romances policiais, por conta de seu final dramático, e de seu enredo diferente, é considerado também o maior caso da carreira de Poirot e o magnum-opus de Agatha.7 No livro, um assassinato misterioso assusta aos passageiros do Expresso do Oriente.35 O livro diversas vezes foi adaptado para o cinema e para a televisão, sendo a mais famosa delas em 1974, com Albert Finney como Hercule Poirot, e a direção de Sidney Lumet.6 O Orient Express começou a operar em 1883 ligando Paris a Constantinopla, e em 1900, passou para o domínio privado, e ao longo dos anos o percurso do trem foi crescendo.34

O Caso dos Dez Negrinhos:
Ver artigo principal: Ten Little Niggers
Cena do filme And Then There Were None de 1945.
Um dos seus livros mais famosos, O Caso dos Dez Negrinhos (no original em inglês, Ten Little Niggers) - cujo título se baseia numa cantiga infantil tradicional da Inglaterra36 - causou muita polêmica na época em que foi publicado nos Estados Unidos devido a preocupações com acusações de racismo; por esse motivo, edições mais recentes receberam o título And Then There Were None (E Não Sobrou Nenhum).37 Apesar da polêmica o livros foi um dos maiores sucessos de Agatha, adaptado, em mais de uma vez, para a TV e para o cinema, uma das adaptações mais famosas é o filme And Then There Were None (1945), cujo elenco incluía Barry Fitzgerald, Walter Huston, Judith Anderson e Richard Haydn 38
Cai o Pano:
Ver artigo principal: Curtain
O livro "Cai o Pano", narrando a última aventura de Hercule Poirot, foi publicado um pouco antes da sua morte2 . Agatha disse, quando publicou a história, que preferia matar o seu personagem mais famoso para evitar publicações que ela não aprovaria, após a sua morte. Tanto "Cai o Pano" como "Um Crime Adormecido", o último livro da personagem Miss Marple, haviam sido escritos na década de 1940, devido à preocupação da autora em não sobreviver à Segunda Guerra Mundial - e também como uma forma de assegurar uma adicional fonte de renda para seu marido e sua filha, a quem ela legou os direitos sobre as obras - e ficaram guardados durante décadas no cofre de um banco. No livro, Poirot retorna ao local de seu primeiro grande caso, para resolver outro, sem saber que esse seria o último. 39 O livro chamou tanta atenção, que rendeu a Hercule Poirot um obituário no jornal norte-americano The New York Times, e foi o primeiro personagem fictício a ter lugar na primeira página do jornal. 40

A outra face de Agatha:
St. Martin's Theatre homenageando o 54º aniversário da peça The Mousetrap, em 2006.41 10
Agatha Christie escreveu muito mais do que só literatura policial, a escritora já publicou seis romances, dois livros de poesias, um livro infantil, duas autobiografias, e já foi dramaturga.41 Além de sua peça The Mousetrap ("A Ratoeira"), que é a peça há mais tempo em cartaz no mundo, a autora também emplacou a peça Witness for the Prosecution ("Testemunha de Acusação"), embora não tenha tido tanto sucesso como "A Ratoeira", ambas as peças ainda podem ser vistas, desde os grandes teatros de Londres, até às escolas secundárias dos Estados Unidos, e até mesmo Ten Little Niggers, ganhou sua versão teatral sob o título de Ten Little Indians.42 41
Já nos livros, Agatha não se limitou aos romances policiais, sua primeira autobiografia, Christie's An Autobiography, onde dá detalhes sobre sua vida profissional e pessoal até 1965, recebeu muitos elogios da crítica, quando publicado, em 197741 Em 1999 (23 anos após a morte da autora) foi publicado Come, Tell Me How You Live, onde Agatha conta como conheceu Max Mallowan, seu segundo marido, no Oriente Médio. Embora poucos o saibam, Agatha já foi também poeta, em 1924 publicou sua primeira coleção de poemas, The Road of Dreams remontando a adolescência da autora, e a Primeira Guerra Mundial, o livro também possui histórias de um personagem chamado Harlequin, que segundo Agatha é o verdadeiro, Harley Quin(do livro The Mysterious Mr. Quin)43 , dois poemas, Elizabeth of England e The Ballad of the Flint, falam sobre deuses nórdicos, em 1973 veio a segunda coletânea, porém com o mesmo título, que tinha na primeira parte os poemas publicados em 1924, e na segunda, 27 poemas inéditos, sobre a infância perdida, lugares visitados pela autora e experiências que teve em suas diversas viagens.41 Como Mary Westmacott, publicou seis romances não-policiais, o primeiro em 1930, e o último em 1956, certa vez Agatha disse que seus romances eram uma forma de se expressar, o que não poderia fazer em suas histórias policiais.41
Agatha escreveu ainda um livro infantil, de cunho religioso,Star Over Bethlehem, o livro possui seis histórias e cinco poemas, acompanhados de ilustrações, três das histórias se passam nos tempos modernos, e as outras três, contam sobre as viagens de Maria e José, a visita dos Reis Magos, e até mesmo o encontro de Jesus com o Apóstolo João, após a ressurreição de Cristo. Teatro:
Playhouse Theatre, onde a peça The Murder at the Vicarage foi encenada.44
De todas as peças de teatro sobre livros de Agatha, apenas três não foram adaptadas pela própria autora, foram elas Alibi, Peril at End House e Murder at the Vicarage, a primeira foi um adaptação de The Murder of Roger Ackroyd, foi encenada pela primeira vez em 1928, com direção de Sir Gerald du Marier, e Charles Laughton como Poirot, Agatha, não aprovando a peça, resolveu a partir de então, escrever suas próprias peças de teatro.44 A primeira escrita pela própria Agatha foi Black Coffee, em 1930, fez tanto sucesso que no ano seguinte foi adaptada para o cinema, com Austin Trevor interpretando Poirot, porém sem o tradicional bigode do detetive (Trevor, já havia interpretado Poirot na versão cinematográfica de Alibi). Depois disso, em 1940, Arthur Ridley adaptou Peril at End House para o teatro, com Francis L. Sullivan como Poirot. E em 1949, The Murder at the Vicarage (adaptação do romance homônimo), entrou em cartaz no Playhouse Theatre.44
Alguns anos depois, entrou em cartaz Love from a Stranger, baseado no conto Cottage Philomel, da coletânea The Listerdale Mystery (O Mistério de Listerdale, em Portugal), a peça se tornou filme no ano seguinte ao seu lançamento com Basil Rathbone como protagonista, foi o primeiro filme sobre uma obra de Agatha, a ser inteiramente produzido na Inglaterra, em 1943, Ten Little Niggers ganha a versão teatral, porém com um final diferente do livro, nos EUA a peça teve o nome alterado para Ten Little Indians,41 42 para Agatha era um exagero dizer que o título (por conter o termo Nigger, forma chula de se referir aos negros em inglês) fosse preconceituoso, já que se referia a uma canção de ninar que existia na cultura inglesa já há mais de 100 anos. 44
Murder on the Nile, estreou no Ambassadors Theatre em 1949, nos Estados Unidos a peça também teve o título alterado para Hidden Horizon, em 1951, estreou a peça The Hollow, que, ao contrário do romance original, não era protagonizado por Hercule Poirot, uma vez que Agatha dizia ter estragado o romance com a presença de Poirot, e que não cometeria o mesmo erro na peça44 Em 1952, a obra-prima de Agatha no teatro, The Mousetrap (A Ratoeira) estreou no Ambassadors Theatre, e foi transferida em 1974 para o St. Martin's Theatre, o título original era Three Blind Mice. "A Ratoeira" foi escrita a pedido da família real britânica, para homenagear o 80º aniversário da Rainha Mary, e foi transmitida ao vivo pela BBC, a peça foi adaptada para um pequeno livro, intitulado Three Blind Mice and Other Histories (A Ratoeira e Outras Historias, em Portugal), inicialmente publicado apenas nos EUA.44
Durante toda a década de 1950, as obras de Agatha fizeram sucesso, Witness for the Prosecution, foi adaptado para o teatro 20 anos depois da obra original, ser publicada, e virou filme em 1958, com Charles Laughton como Poirot, em companhia a Marlene Dietrich e Tyrone Power, sendo de forma geral, um grande sucesso, tanto comercial quanto artístico. Spider's Web, peça original, estreou em 1954, com Margaret Lockwood, interpretando uma mulher que tenta descobrir quem é o responsável por um assassinato que ocorre na sala de sua casa, ao mesmo tempo que tenta ocultar o homicídio do restante das pessoas. Já The Unexpected Guest (O Convidado Inesperado), estreou em 1958, foi um sucesso tão grande que fez o público esquecer o fiasco da peça anterior, Verdict, um dos poucos fracassos de Agatha no teatro. Tanto Spider's Web, quanto The Unexpected Guest e Black Coffee, foram transformados em livro por Charles Osborne.44 Já em 1960, estreou Go Back for Murder, baseada no livro Five Little Pigs, novamente Agatha preferiu tirar Poirot da peça, e em 1962, Rule of Three, uma peça dividida em três outras mini-peças de teatro, intituladas The Rats, The Patient e Afternoon at the Seaside.44 O sucesso de Agatha no teatro foi tão grande que ela foi a única mulher em toda a história a ter três peças simultaneamente em cartaz no West End, de Londres.45
Obras:
Ver artigo principal: Anexo:Lista de obras de Agatha Christie
Romances e contos[editar | editar código-fonte]
Título original 46              Título no Brasil  Título em Portugal          Ano*46
The Mysterious Affair at Styles O Misterioso Caso de Styles       O Misterioso Caso de Styles / A Primeira Investigação de Poirot   1920
The Secret Adversary    O Inimigo Secreto / O Adversário Secreto           O Adversário Secreto    1922
The Murder on the Links             Assassinato no Campo de Golfe              Poirot, o Golfe e o Crime / Crime no Campo de Golfe                1923
The Man in the Brown Suit         O Homem do Terno Marrom     O Homem do Fato Castanho      1924
Poirot Investigates (11 contos - Grã-Bretanha); 14 - EUA)           Poirot Investiga               As Investigações de Poirot         1924
The Secret of Chimneys               O Segredo de Chimneys              O Segredo de Chimneys              1925
The Murder of Roger Ackroyd  O Assassinato de Roger Ackroyd             O Assassinato de Roger Ackroyd             1926
The Big Four      Os Quatro Grandes        As Quatro Potências do Mal / Os Quatro Grandes           1927
The Mystery of the Blue Train   O Mistério do Trem Azul              O Mistério do Comboio Azul      1928
Partners in Crime (15 contos)    Sócios no Crime               O Homem que era o nº 16          1929
The Seven Dials Mystery             O Mistério dos Sete Relógios     O Mistério dos Sete Relógios     1929
The Murder at the Vicarage       Assassinato na Casa do Pastor  Encontro com um Assassino / Crime no Vicariato            1930
The Mysterious Mr. Quin (12 contos)    O Misterioso Sr. Quin    O Misterioso Mr. Quin  1930
Behind the Screen (com outros autores)             O Cadáver Atrás do Biombo       Por trás do biombo        1930
The Scoop (programa de rádio, com outros autores)     Um Furo Jornalístico                      1931
The Floating Admiral (com outros autores)         A Morte do Almirante                  1931
The Sittaford Mystery   O Mistério de Sittaford O Mistério de Sittaford 1931
Peril at End House          A Casa do Penhasco       A Diabólica Casa Isolada / Perigo na Casa do Fundo        1932
The Hound of Death and Other Stories (12 contos)                        O Cão da Morte               1933
Lord Edgware Dies          Treze à Mesa    A Morte de Lorde Edgware        1933
The Thirteen Problems (13 contos)        Os Treze Enigmas            Os Treze Problemas / Os Treze Enigmas              1933
Murder on the Orient Express  Assassinato no Expresso do Oriente      Um Crime no Expresso do Oriente         1934
Parker Pyne investigates (12 contos)     O Detetive Parker Pyne               Parker Pyne Investiga   1934
The Listerdale Mystery (10 contos)        O Mistério de Listerdale              O Mistério de Listerdale              1934
Why Didn't They Ask Evans?      Por que não Pediram a Evans?  Perguntem a Evans / Porque não Pediram a Evans?       1934
Three Act Tragedy          Tragédia em Três Atos  Tragédia em Três Actos                1935
Death in the Clouds       Morte nas Nuvens         Morte nas Nuvens         1935
The A.B.C. Murders       Os Crimes ABC  Os Crimes do ABC           1936
Murder in Mesopotamia             Morte na Mesopotâmia              Assassínio na Mesopotâmia / Crime na Mesopotâmia  1936
Cards on the Table         Cartas na Mesa                Cartas na Mesa                1936
Murder in the Mews (4 novelas)             Assassinato no Beco      Crime nos Estábulos      1937
Death on the Nile           Morte no Nilo   O Barco da Morte / Morte no Nilo          1937
Dumb Witness  Poirot Perde uma Cliente            Poirot Perde uma Cliente            1937
Appointment with Death            Encontro com a Morte  Morte entre as Ruínas / Encontro com a Morte               1938
Ten Little Niggers / And Then There Were None (o primeiro título é o da Grã-Bretanha e o segundo, dos EUA)              O Caso dos Dez Negrinhos / E Não Sobrou Nenhum      Convite para a Morte / As Dez Figuras Negras   1939
Murder Is Easy É Fácil Matar      Matar é Fácil      1939
Hercule Poirot's Christmas          O Natal de Poirot            O Natal de Poirot            1938
The Regatta Mystery and Other Stories (9 contos)         O Mistério da Regata e Outras Histórias               O Mistério da Regata e Outras Histórias           1939
Sad Cypress       Cipreste Triste  Poirot Salva o Criminoso              1940
Evil Under the Sun          Morte na Praia As Férias de Poirot / Morte na Praia       1941
N or M?               M ou N?              Tempo de Espionagem 1941
One, Two, Buckle My Shoe        Uma Dose Mortal           Os Crimes Patrióticos    1940
The Body in the Library Um Corpo na Biblioteca               Um Corpo na Biblioteca / Um Cadáver na Biblioteca       1942
Five Little Pigs   Os Cinco Porquinhos     Poirot Desvenda o Passado / Os Cinco Suspeitos             1943
The Moving Finger         A Mão Misteriosa           O Enigma das Cartas Anónimas 1942
Towards Zero    Hora Zero           Contagem Zero / Na Hora H       1944
Sparkling Cyanide           Um Brinde de Cianureto              À Saúde da... Morte / Um Brinde à Morte          1945
Death Comes as the End             E no Final a Morte           Morrer não é o Fim        1945
The Hollow         A Mansão Hollow            Poirot, o Teatro e a Morte / Sangue na Piscina  1946
The Labours of Hercules (12 contos)      Os Trabalhos de Hércules            Os Trabalhos de Hércules            1947
Taken at the Flood         Seguindo a Correnteza Arrastado na Torrente / Maré de Sorte                1948
The Witness for the Prosecution and Other Stories (11 contos - só EUA)             Testemunha de Acusação                          1948
Crooked House                A Casa Torta      A Última Razão do Crime / A Casa Torta               1949
Three Blind Mice and Other Stories (9 contos - só EUA))              Os Três Ratos Cegos e Outras Histórias A Ratoeira(ou Três Ratos Cegos) e Outras histórias                1950
A Murder Is Announced              Convite para um Homicídio        Participa-se um Crime / Anúncio de um Crime  1950
They Came to Baghdad                Aventura em Bagdá       Encontro em Bagdade / Intriga em Bagdade      1951
They Do It with Mirrors                Um Passe de Mágica     Jogo de Espelhos            1952
Mrs McGinty's Dead      A Morte da Sra. McGinty             Poirot contra a Evidência / Mrs. McGinty está Morta     1952
A Pocket Full of Rye       Cem Gramas de Centeio             Centeio que Mata / Um Punhado de Centeio   1953
After the Funeral            Depois do Funeral          Os Abutres         1953
Hickory Dickory Dock     Morte na Rua Hickory   Poirot e os Erros da Dactilógrafa / Crime em Hickory Road          1955
Destination Unknown   Um Destino Ignorado    Destino Desconhecido  1954
Dead Man's Folly             A Extravagância do Morto           Poirot e o Jogo Macabro / Jogo Macabro             1956
4.50 from Paddington   A Testemunha Ocular do Crime               O Estranho Caso da Velha Curiosa / O Comboio das 16h50                1957
Ordeal by Innocence     Punição para a Inocência             Cabo da Víbora 1958
Cat Among the Pigeons               Um Gato Entre os Pombos         Poirot e as Jóias do Príncipe       1959
The Adventure of the Christmas Pudding (6 contos)      A Aventura do Pudim de Natal A Aventura do Pudim de Natal / A Aventura do Bolo de Natal         1960
The Pale Horse O Cavalo Amarelo           O Cavalo Pálido                1961
The Mirror Crack'd from Side to Side     A Maldição do Espelho O Espelho Quebrado     1962
The Clocks          Os Relógios        Poirot e os 4 Relógios    1963
A Caribbean Mystery    Mistério no Caribe          Mistério nas Caraíbas    1964
At Bertram's Hotel          O Caso do Hotel Bertram/A mulher Diabólica    Mistério em Hotel de Luxo         1965
Third Girl             A Terceira Moça              Poirot e a Terceira Inquilina        1966
Endless Night    Noite Sem Fim  Noite Sem Fim  1967
By the Pricking of My Thumbs   Um Pressentimento Funesto    Caminho para a Morte  1968
Hallowe'en Party             A Noite das Bruxas         Poirot e o Encontro Juvenil         1969
Passenger to Frankfurt Passageiro para Frankfurt           Passageiro para Frankfurt           1970
Nemesis              Nêmesis              Nemesis              1971
The Golden Ball and Other Stories (15 contos - só EUA)               A Mina de Ouro                               1971
Elephants Can Remember          Os Elefantes Não Esquecem      Os Elefantes Não Esquecem / Os Elefantes têm Memória                1972
Postern of Fate                Portal do Destino            Morte pela Porta das Traseiras 1973
Poirot's Early Cases (18 contos)                Os Primeiros Casos de Poirot     Ninho de Vespas             1974
Curtain Cai o Pano          Cai o Pano (O Último Caso de Poirot)     1975
Sleeping Murder             Um Crime Adormecido Crime Adormecido         1976
Autobiography Autobiografia    Autobiografia    1979
The Harlequin Tea Set and Other Stories             Poirot e o Mistério da Arca Espanhola e Outras Histórias                             1996 (organizado}
While the Light Lasts and Other Stories                Enquanto Houver Luz e Outros Contos de Suspense                     1997 (organizado)
The Under Dog, Second Gong, Sanctuary and Other Stories      Poirot Sempre Espera e Outras Histórias                             2008
Spider's Web     A Teia da Aranha                             2008
The veredict      O veredicto                       1958
Agatha Christie's secret notebooks: fifty years of mysteries in the making (2 contos)   Os diários secretos de Agatha Christie: 50 anos de mistérios na criação                              1954 (contos inéditos de Agatha Christie e textos extras)
*Ano de lançamento da versão original, não da brasileira ou portuguesa. Também não significa necessariamente o ano em que o livro foi escrito.
Peças de teatro:
1928 Alibi - Encenado no Prince of Wales Theatre. 47 Adaptação do romance The Murder of Roger Ackroyd.44
1930 Black Coffee - Encenado pela primeira vez no Embassy Theatre48 , em 8 de dezembro, de 1930. Transformado em livro por Charles Osborne em 1997.49
1931 Chimneys - Encenado pela primeira vez no Embassy Theatre.50 Adaptação para o teatro de seu romance The Secret of Chimneys, de 1925.51
1937 Akhnaton - Nunca encenada44 por ser considerada demasiado séria, se tornou livro em 1973.52
193? A Daughter's a Daughter - Escrita no final da década. Adaptada em 1952 para o formato de romance, foi publicado sob o pseudônimo de Mary Westmacott, a obra teria ligação com a relação entre Agatha e sua mãe, Clara.53
1943 Ten Little Niggers/Ten Little Indians - Estreou no Wimbledon Theatre, em 20 de setembro de 1943. Adaptação para o teatro de O Caso dos Dez Negrinhos, de 1939.51
1945 Appointment with Death - Encenado no West End Theatre. Adaptação para o teatro de seu romance de mesmo nome, de 1938.54
1946 Murder on the Nile/Hidden Horizon - Encenado no Ambassadors Theatre. Adaptação para o teatro de seu romance Death on the Nile, de 1937.55
1951 The Hollow - Encenado no Playhouse Theatre.44 Adaptação para o teatro de seu romance do mesmo nome, de 1947.51 56
1952 The Mousetrap (A Ratoeira) - Não se baseia em nenhuma outra obra anterior. Apresentada ininterruptamente desde 1952, sendo que desde 1974 no St. Martin's Theatre.10 É a obra há mais tempo em cartaz na história. 7
1953 Witness for the Prosecution (Testemunha de Acusação) - Encenado no Henry Miller's Theatre.57 Baseada no conto constante do volume Witness For The Prosecution and Other Stories, de 1948.44
1954 Spider's Web(Na Teia da Aranha) - Não se baseia em nenhuma obra anterior. 58 Adaptada para o formato de romance por Charles Osborne, publicado no ano 2000. 59
1956 Towards Zero (A Hora H) - Encenado no Ensemble Theatre. Adaptação para o teatro do romance homônimo, de 1944.60 Escrita com Gerald Verner.60
1958 Verdict - Não se baseia em nenhuma outra obra anterior.61 Foi considerada, pela própria Agatha, sua pior peça teatral.44
1958 The Unexpected Guest (O Hóspede Inesperado) - Estreou no Bristol Hippodrome, posteriormente indo para o Duchess Theatre.62 Adaptada para o formato de romance por Charles Osborne, publicado em 1999.63
1960 Go Back for Murder - Encenado no Playhouse Theatre.64 Baseado no romance Five Little Pigs, porém ao contrário da obra original, não tinha Poirot.45
1962 Rule of Three - Três peças de um ato cada: Afternoon at the Seaside, The Rats e The Patient.44 65
1972 Fiddler's Five/Fiddler's Three - Estreou no Cambridge Theatre como Fiddler's Five, posteriormente no Guildford Theatre, teve o título alterado para Fiddler's Three. Nunca foi publicada.66 .
* Os títulos em português referem-se às edições brasileiras
Adaptações:
Cinema:
A obra de Agatha Christie foi sempre bem-vinda ao cinema. Ao longo dos últimos 78 anos, Poirot, Miss Marple, Tommy e Tuppence, Mr. Quin, Parker Pyne, e muitos outros personagens têm sido retratados em inúmeras ocasiões67 :
1928 The Passing of Mr. Quinn
1928 Die Abenteurer G.m.b.H.
1931 Alibi
1931 Black Coffee
1932 Le coffret de laque
1934 Lord Edgware Dies
1937 Love from a Stranger
1945 And Then There Were None
1947 Love from a Stranger
1957 Witness for the Prosecution
1960 The Spider's Web
1961 Murder She Said/Quem Viu, Quem Matou... (Baseado em 4.50 from Paddington)68
1963 Murder at the Gallop/Sherlock de Saias (Baseado em After the Funeral)69
1964 Murder Most Foul (Baseado em Mrs. McGinty's Dead)
1964 Murder Ahoy! (Um filme original não baseado em nenhum dos livros, embora utilize alguns elementos do livro "Um passe de mágica")70
1965 Gumnaan(Baseado em Ten Little Niggers)
1965 Ten Little Indians
1966 The Alphabet Murder (Baseado em The A.B.C. Murders)
1970 Mord im Pfarrhaus (Baseado em The Murder at the Vicarage)
1972 Endless Night
1973 Dhund (Baseado na peça The Unexpected Guest)
1974 Murder on the Orient Express
1974 Ein Unbekannter rechnet ab (Baseado em Ten Little Niggers)
1978 Death on the Nile
1980 The Mirror Crak'd/A Maldição do Espelho (Baseado em They Do It with Mirrors)
1982 Evil Under the Sun
1983 Tayna chyornykh drozdov (Baseado em A Pocketful of Rye)
1985 Ordeal by Innocence
1988 Appointment with Death
1989 Ten Little Indians
1995 Suspicions (Baseado em Ten Little Niggers)
Televisão[editar | editar código-fonte]
Assim como no cinema, a obra de Agatha, em diversas ocasiões foi adaptada para a TV.67
1938 Love from a Stranger (telefilme)
1947 Three Blind Mice (teleteatro)
1949 Ten Little Niggers (telefilme)
1959 Ten Little Indians (telefilme)
1980 Why Didn't They Ask Evans? (telefilme)
1981 The Seven Dials Mystery (telefilme)
1982 Murder Is Easy (telefilme)
1982 The Agatha Christie Hour (série em 10 episódios)71
1983 The Secret Adversary (telefilme)
1983 A Caribbean Mystery (telefilme)
1983 Sparkling Cyanide (telefilme)
1984 The Body in the Library (telefilme)
1985 The Mirror Crack'd (telefilme)
1985 A Moving Finger (telefilme)
1985/1992 Agatha Christie's Miss Marple (clássica série de telefilmes, estrelados por Joan Hickson)
1985 Thirteen at Dinner (telefilme)
1986 Dead Man's Folly (telefilme)
1986 The Murder at the Vicarage (telefilme)
1986 Three Act Tragedy (telefilme)
1986 The Murder at the Vicarage
1987 4.50 from Paddington
1989 The Man in the Brown Suit
1989/atualidade Agatha Christie's Poirot72 (clássica série de telefilmes, estrelados por David Suchet)
2004/atualidade Marple (série de televisão, estrelada por Geraldine McEwan de 2004 a 2008 e, posteriormente, por Julia McKenzie de 2008 a 2012)

Agatha Christie no Meitantei Poirot to Marple (animê).

Fonte de Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agatha_Christie