terça-feira, 10 de novembro de 2020

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Mase Albuquerque: Relojoeiro poeta:



Além da esfera

Da nossa terra,

Além

Além

Além,

Onde nem nome tem,

Repousa a matéria

Negra

Negra

Negra...

Lá, onde não existem

Hologramas de bramas

Hidrogênio ou raios gamas

O universo parece repousado.

Esse cosmo que não vejo

Existe

Existe

Existe!

É um belo pretexto

Para os físicos insaciados e

Para os poetas inebriados.

Longe

Longe

Muito mais que longe,

Um arquiteto

Como querem os homens

Diverte-se

Jogando dados.

Então, só para descontrair

Superar o tédio, a solidão e

Enganar a dor,

Quis ser

Poeta

Poeta

Poeta

E flechou-se com amor

Amor

Amor!

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Tânia M de J B de Melo: O CASTELO:

 


Um Castelo tenebroso, fantasmas a se espalhar

Bla! Bla! Bla! Conversa fiada as Bruxas rodeavam lá.

Há! Há! Há! Há risadas... Medo sensação de alerta

Grito a assobiar na escuridão o vendaval sopra as cortinas

Lua cheia, lobisomem, espantalhos

Magia palpitação ao respirar, tremor. Ignorância, pânico

TIC, TAC, TIC, TAC meia noite se faz

Feitiços encantos e desencantos.

TOC!  TOC! TOC bate a porta

Acordo assustada do pesadelo.

 A vizinha correr ao socorre

Passa por baixo da escada

Fico sem entender? Será sorte ou azar?

Depende de o seu pensar.

Cruza com gato preto

Miau! Miauuu! Berrante gritante fugi

Um alivio da vizinha

Deu as costas e saiu.                                                                 

Ali fico pensativa... 

Peguei minha vassoura fui voar

Encontrei com os duendes com suas orelhas pontudas

Cuidando da natureza Ouvindo música a dançar

Adotei o seu pensar e sorrir.

HÁ! HÁ!HÁ!HÁ...

Tânia M de J B de Melo

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Silvia Regina Costa Lima: PÉROLA DE SAL:



***

Moldura do eterno

cerne do tempo,

carne abstrata,

anjo ou serpente

a minha mente

(em tramas e teias)

balança na maresia

de um azul sem igual.

Assim sou eu:

filha de um deus,

uma pequena conta

fechada num coral

sob espumas e areais.

**

Uma pérola de sal.

***

Silvia Regina Costa Lima

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Poema inserido no meu livro PEQUENO CRISTAL.

Livros à venda comigo na net via depósito bancário e correio.

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Sol De Souza:

 


Titulo: O fluxo da água e da vida

Autora: Poetisa Sol De Souza

Roda que gira com a força da água

Fica em movimento constante

Seu som é confortante

No silêncio dos dias e madrugadas.

Águas passadas não retornam

Assim é a vida

Sofrida quando se vai um amor

Amor que tanto desejamos

Ou um ente muito querido

Que tanto amamos.

Não se pode voltar

A vida segue adiante

Temos que nos declarar

Para nossos amores antes que seja tarde

Para que não  considere, um erro no passado

Que não  votará jamais.

A água segue seu curso

Assim tem que ser a vida

Não podemos retroceder

Pois ela passa muito rápido

E temos sede de viver.

A roda gira lindamente

A favor da corrente

Mostrando para nós

Que temos  que seguir em frente.

11/07/2020

D.A.R.L.9.610/1998

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Paula Belmino: Atrás da porta:



  A porta estreita mantinha guardada toda alegria. Quase por inteira  fechada para que a liberdade não saísse, e  a felicidade por ventura, viesse  fugir. Tão logo amanhecia,  uma pequena janela  era  aberta, a forma  em L na porta permitia a entrada da luz do sol, para alimentar a casa, seus moradores e suas pequenas felicidades: Um quintal cheio de plantas, ervas de cheiro e para remédio, os santos de devoção e um poço.

  Na casa simples, baixa,  o telhado  duas águas, recebia o sol  e também  nuvens azuis e cinzas de chuva, e os gatos a desfilarem, ou a descansarem  preguiçosos.

  Na casa pequenina com gosto de céu, e cor de primavera habitava três  senhoras, fervorosas na  fé, mantenedoras da paz e amantes de flores que eram plantadas em pequenos baldes em frente à  casa,  flores de boa noite  e um comigo-ninguém-pode que anunciavam o poder das mãos que o regavam, almas boas, guardadas  sempre na natureza , adornadas de solidariedade,  voz mansa e doce ao conversarem com os vizinhos.

  Além da porta, adentrando o quintal da pequena casa,  o poço precioso  vertia água tão doce, como a da chuva, água  brotada do interior da terra, leito de rios, águas claras e limpas como as almas  habitantes da casa.

 O poço  alimentava as plantas,  e a porta com pequena  janela em L sempre era aberta para  dizer bom dia a quem ali passasse. Quando não chovia, e faltava água,  as senhorinhas abriam  a porta por inteiro, e deixavam  que os vizinhos em fila, em frente à casa  enchessem latas, vasilhas, baldes e até barris com o precioso líquido.

 A casa simples, de porta delgada, com  janelinha em L,  só se  fechava para que maus agouros, e nem coisas vãs a invadisse. Mas todos os dias, à  primeira  luz da manhã se abria, ao canto das flores, ao cheiro dos passarinhos e para  a voz dos vizinhos de toda parte que lhe pediam água ou eum raminho de erva crescida no quintal para curar as dores, as mazelas do corpo e da alma.

  A casa pequenina, tão simples, e sua porta com janela em L entreaberta,  convidava visitantes, bichos, plantas e flores  a se achegarem, pois  refletia luz  e vida,  e extrema modéstia, mas guardava dentro dela o bem mais precioso,  o valor da humanidade: a gentileza.

Na casa onde descansavam a luz, a natureza, gente de bem e de grande generosidade, quanto mais se dava, mais bonita ficava,  uma casa com porta entreaberta em L para sempre se dar bom dia à  felicidade.

Paula Belmino

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Gesabel Pezzi:

 


Enquanto a lua espia!

Pensando o que seria,

que fosse...

O gosto... Será doce?

O sabor do beijo teu.

Sera que matarei a vontade?

Bem sei que é verdade...

Queres beijar-me também!

A lua então disfarçada...

Por trás, do sol, dará uma espiada.

Mas, nos pegará de madrugada.

Quando tua boca já cansada.

Exaurida de tantos beijos...

E de saciar em mim teu desejos.

No ato dos olhos a fechar...

No cair indolente, das mãos.

De tudo o que, quis dedilhar.

As notas nuas, repetindo o refrão!

No ritimo saciado e lento,

deste exímio coração.

Em um rápido movimento...

Te olho, e de amor te chamo.

Balbuciando, me diz...

Também te amo!

Me vendo... Assim tão feliz!

E com um sorriso puro...

Iluminará  a lua...O céu escuro!

Gesabel Pezzi 07/11/2020

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: MÔNICA BYNOT:

 




SEUS OLHOS, MEUS OLHOS... GITANA...

ME OLHE

SE EMBRIAGUE E VEJA MINHA ALMA

NÃO SE DETENHA EM ME VER SOMENTE DANÇAR...

VENHA, É HORA DE ME ENCARAR...

DE VEZ SE ENCANTAR...

Sorria e deixe-se levar.

a melodia la no luar

é doce e faz com que tudo se envolva

no mar de amores, em doces e suaves

sensações de pura emoção a todos os corações que

se permitam entrar...

Vamos bailar pela noite adentro, sem pensar...

Vamos rolar na grama, rolar embaixo da árvore e

sentir a brisa batendo na nossa face

sedenta de tanto dançar...apaixonar...

Cigana que está em mim, em todos..

no amor do irmão para o irmão

finalizar o ser que brilha em qualquer

lugar...

Alma que sabe o que quer

e deseja firmemente

alcançar a todos no geral com amor

puro e total na maior intenção

de curar todo o mal...

VEM...VAMOS BAILAR...

VAMOS COLOCAR EM PRÁTICA

O QUE DE MELHOR EXISTE

QUE É A PUREZA DO AMOR EM

NOSSOS CORAÇÕES AS VEZES

EMBRIAGADOS E TRISTES

SE DEIXE LEVAR PELA MELODIA

QUE O O LEVE CANTAROLAR E

BAILAR DA CIGANA QUE VOS FALA

ACABA DE LHE CONVIDAR...

VENHA, VAMOS DANÇAR??

VAMOS??

MÔNICA BYNOT

Paz e luz

Namastê!

Respeite o crédito!Grata!

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Meus perfis

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Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Mírian Cerqueira Leite:


 

Quantas pessoas anônimas morrem todos os dias e de diversas formas! Por doenças. Pandemia. Fome. Feminicídio. Homicídio. Negligenciadas em Pronto Socorros ou hospitais. Esquecidas em asilos ou orfanatos. E por serem invisíveis, não nos importamos.

Quantos de nós conhecem os familiares enlutados?

E quantos de nós sabem o quão solitários viveram?

Qual foi a vida que tiveram, quantas conquistas, quantas derrotas...

Mas nos envolvemos solidários com a dor da perda de pessoas públicas. Desde Airton Sena, Gugu Liberato, Louro José, Vanusa... até quem mais findar.

Quem chora as Geraldas e os Jerônimos, os de sobrenome sem raízes influentes? Ou os sem nome por serem natimortos ou as finadas grávidas que nem chegam a parir os filhos de pais desassumidos, os desidratados do amor?

Deixo registrada aqui minha homenagem, igualmente anônima, na intenção empática diante da morte.

Não conheço estas pessoas  e elas não me conhecem. Por vezes nem as notícias as revelam.

Todos são filhas ou filhos de alguma mãe e de algum pai.

São netas ou netos de avós distanciados.

Talvez sejam irmãs ou irmãos calados pelo tempo.

Talvez sejam mães e pais desnecessários.

Mas sabemos que todos os dias morrem sorrisos e olhares de esperança.

Morrem sonhos.

Morrem pessoas que nem sabíamos que existiam...

Mírian Cerqueira Leite

Quarta na Usina: Poetisas da re4de: Sandra Galante: Em meu silêncio...:



Em meu silêncio, descobri a beleza da vida.

Vi que se pode semear amizades com sorrisos

Doando a ternura divina até na dura despedida...

Em  meu silêncio, descobri a minha verdade.

Que somos felizes mesmo se o sol não nascer

Pois todos temos a luz de uma amizade...

Em  meu silêncio, domei com bravura o meu corcel

Aceitando as minhas limitações, corrigi meus defeitos.

Nas taças de fel, coloquei com destreza mel...

Em meu silêncio, entendi que mesmo ao fracassar

Não podemos deixar da magia de sonhar

Mesmo quando as  frustrações nos alcançar.

Em  meu silêncio, percebi que sou puro amor,

Pois fui criada a imagem e semelhança do Senhor,

Portanto, a melhor história de vida devo compor...

Em meu silêncio, agradeci por tudo que tenho e sou

Entendo que a felicidade é algo que se aprende e se conquista.

Conquista-se com o trabalho contínuo e infatigável  ao nosso próximo.

Sandra Galante.