Herculano Marcos Inglês de Sousa fez os primeiros
estudos no Pará e no Maranhão. Diplomou-se em direito pela Faculdade de São
Paulo, em 1876. Nessa época colaborava com a "Revista Nacional, de
Ciências, Artes e Letras" e militava na "Tribuna Liberal". Foi
professor da Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro,
presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, deputado federal e
presidente das províncias de Sergipe e Espírito Santo.
Literariamente, tornou-se conhecido como "O
Missionário" (1891), que, como toda sua obra, revela influência do romance
europeu realista e naturalista, principalmente dos autores Eça de Queirós
(português) e Emile Zola (francês).
Nesse romance, descreve a vida numa pequena cidade
do Pará, revelando agudo espírito de observação e capacidade de descrever a
natureza e as cenas regionais. Todavia, tenta demonstrar uma tese, na qual a
personagem é envolvida pelas circunstâncias, que a levam a um determinado
desfecho. Ou seja, tenta demonstrar que é o destino quem determina o futuro das
pessoas, subestimando, deste modo, as capacidades e os dramas interiores.
Além de advogado, banqueiro, professor, jornalista
e romancista, foi também, contista. Seus "Contos Amazônicos" (1892),
dedicados ao amigo Sílvio Romero, são não apenas um documento sócio-político da
região amazônica, da época, como também a história do embate entre o homem e a
natureza selvagem. Também foi membro da Academia Brasileira de Letras.
Outras obras: "O Cacaulista" (1876);
"História de um Pescador" (1876) e "O Coronel Sangrado"
(1877).
28/12/1853, Óbidos (PA)
06/09/1918, Rio de Janeiro (RJ)
06/09/1918, Rio de Janeiro (RJ)
Fonte de origem:
http://educacao.uol.com.br/biografias/ingles-de-sousa.jhtm