quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Luís Filipe Coimbra: VEM...:



Vem...

Vem comigo

Vem...

Vamos de mão dada

Percorrer

Nossos caminhos

Proibidos!

...Vem

Vem comigo

Embrenhar-te

Na floresta sagrada,

Que tantas vezes

Percorremos juntos!

...Vem

Vem deitar-te comigo

No tapete de folhas mortas,

Onde o amor aconteceu

Entre nós, em catadupas

De paixão,

E  doces abandonos!

...Vem

Vem comigo,

Vamos ambos  assistir

De novo,

Ao mais lindo

E poético pôr do sol

Das nossas

Já longas vidas!

Vem...

Vem comigo

Meu grande amor!

Luís Filipe Coimbra

Julho de 2020

(direitos reservados)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Ednaldo F. Santos: Milando:


 

A tristeza é a sensibilidade

Do meu coração apaixonado

A aurora, parece não alcançar

O parvo sentimento atabacado!

As flores caem do mesmo sofrimento

E não se preocupam com o amanhã

Pois irão novar se na mesma ocupação

E serão mais perfumadas e pujantes!

O pecado se doa da mesma sorte

Milando, os meus lábios malferidos

Esperando somente o meu calão!

O beijo que me destes foi mais lindo

E eu sei, que ainda, pode me amar

Não se culpe mas me perdoe querido!

Ednaldo F. Santos

Sexta na Usina: Poetisas da Rede: Ton Jófer: METADES QUEBRADAS:


Tenho uma voz secreta em meus lugares sombrios, 

é um grito querendo parir um sussurro eterno

que me aguilhoa e me une aos corações, sem distinções,

querendo o eterno do amor e só tendo desilusões.

Amor pra ser eterno tem que ter unidade 

e a parição da minha metade que em mim não se ajusta,

não se acopla, não se funde, é ffato que me assusta

porque ela sou eu sem ser, é o tudo que não tenho

e me faz de nada com desdenho, é o amor indistinto

que ela não reconhece porque foge de qualquer instinto

e a sua beleza concorrida a isso enobrece e quer,

ela é meu inteiro pois metade sozinha nunca é,

ela é a minha amada, a minha eterna mulher,

que também é metade, sendo vaso quebrado a quaiquer.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Leonel Alberto Furtado: NINGUÉM AMA INTEIRAMENTE:



Ninguém ama inteiramente,

Tanto quanto percebi,

Fica sempre um amor latente,

Para se amar a si.

Porque, quem a si não ama,

Será do amor refém,

Se a alma não reclama,

Como pode amar alguém?

O amor é uma balança,

Que pesa ambos os lados,

Se não houver confiança,

Há pesos adulterados.

Por isso, quem ama bem,

Ama-se a si, também,

Qu’ ainda amor vai sobrar.

É questão de equilíbrio,

Pois, s’ houver algum ludíbrio,

Difícil é ele vingar.

LAF27SET2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Alexsandre Soares de Lima: EU E O BEM DO AMOR:



Eu sonho com a realidade

A felicidade é um abraço

Pro meu cansaço

Beijo de amor afago

Me transforma em luz

E meu olhar toca a alma

Do bem do amor

E meu universo se ilumina

A vida é daqui pra frente

A partir de agora eu não sou mais sombra

A dor da solidão foi nuvem passageira

A partir de agora minha alma resplandece como um lindo dia

Eu vivo o amor

Que na minha vida se fez realidade.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Edilon Moreira: ONDE NASCE MINHA POESIA:



É numa hora encantada...

No embalançar da baía

Sobre a marola salgada

Que nasce minha poesia...

Portanto, ela é tão viva!

Da natureza transborda

Tem a beleza e cativa

Todo bioma que aborda...

Sou um poeta anônimo...

E ao Mundo quero dizer

A escrita não dá desânimo

Quando se envolve por prazer...

Eu, tudo posso guardar...

À gaveta do pensamento

O dia que for mais solar

O sopro da brisa ou vento...

Sou a platéia de um só...

Aplaudo o mar com gritinho

A tanto espanto, digo: Oh!

Na rima de bom vizinho...

O verso se engrandece...

E não cabe na amplidão

Cai da lágrima à prece

Fugindo da inundação...

(ONDE NASCE MINHA POESIA - Edilon Moreira, Setembro/2020)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Mário Bróis.: - Intergalático:



De

manhã me

perco de noite me acho

No

vento me

fecho no calor me abro

No

sol não

me vejo.  Na lua

sou

perceptível,

mas na escuridão fico cego

...na madrugada sou muito vivo

No

meio do tempo,

me perco do meu destino

Minha

maior identidade

é ser nordestino, com honra.

A

solidão é um

desgaste para muitas pessoas.

Na

metrópoles ando

chique, na terra ando descalço

O

tempo

não me rege mas

o

Instante

me devora  me sinto

prazeroso em fazer parte da aurora

________Mário Bróis.

Sexta na Usina: Poetisas da Rede: Hudson Ribeiro: Janelas:



As janelas sendo diferentes

As paisagens são outras

Assim como nem todo marisco

É apetitosa ostra

Acreditar na exatidão do objeto

Captada em imagens distorcidas

É o mesmo que erguer a palavra

Bolha de sabão impalpável

Como muralha intransponível

Sobre o escorregadio dos fatos

Que o digam os poetas e os filósofos

Quando em segredo admitem receosos

Os vários caminhos inacessíveis

Rumo à montanha ansiada

Algumas vezes alguém mais sincero

Admite a podridão do verbo

Mas o vento impetuoso da moda

Transforma tudo em neon

E o nosso herói resistente

Agora pousa sorridente

Nas capas das revistas coloridas

Dizendo ser comovente

A dor imensa da nossa gente

Mas sente muito

Por nada poder fazer

E se afoga na piscina de champanhe...

Hudson Ribeiro

Bom dia, asé!

Imagem do Google

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jaime Lopes: O ESPÍRITO DO POETA:

 


Sentidos do tempo, sentidos d'amor,

De vida, ternura devoradora

Num mar aberto, de afectos de calor,

Sorrisos abertos, paixão libertadora

Ecoavam, nos segredos de um coração

Amado, ausente, mas abandonado

Por palavras destemperadas e sem acção,

Caídas no vácuo de um sonho acabado

Num mar de tempestades e de bonanças

Perfumadas, mudas e sem esperanças,

Corriam marés sem tempero, sem afago...

Nas pálpebras plenas de mil doçuras

Ardentes de sombras e de loucuras

De um poeta, em espírito acordado.

Jaime Lopes - In "Memórias do Futuro"

(Reservados os Direitos de Autor)