As
janelas sendo diferentes
As
paisagens são outras
Assim
como nem todo marisco
É
apetitosa ostra
Acreditar
na exatidão do objeto
Captada
em imagens distorcidas
É
o mesmo que erguer a palavra
Bolha
de sabão impalpável
Como
muralha intransponível
Sobre
o escorregadio dos fatos
Que
o digam os poetas e os filósofos
Quando
em segredo admitem receosos
Os
vários caminhos inacessíveis
Rumo
à montanha ansiada
Algumas
vezes alguém mais sincero
Admite
a podridão do verbo
Mas
o vento impetuoso da moda
Transforma
tudo em neon
E
o nosso herói resistente
Agora
pousa sorridente
Nas
capas das revistas coloridas
Dizendo
ser comovente
A
dor imensa da nossa gente
Mas
sente muito
Por
nada poder fazer
E
se afoga na piscina de champanhe...
Hudson
Ribeiro
Bom
dia, asé!
Imagem
do Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário