quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Hamilton Antunes:


 

Instrumento musical

Você toda é um instrumento,

Musical e de sentimento,

Cada corda uma afinação

Cada nota uma vibração

Do coração vem o compasso

Em quatro por quatro

Alegro, andante, stacatto

Numa clave de sol afinado

O agudo da alma revelado

O diapasão é mera adaptação

Da música ao instrumento

Pois não teria cabimento

Alterar o que é perfeição

Que não a toque o amador!

Pois vai extrair só dissonância,

Intolerância, ausência e dor

Performance sem calor ou sabor

Somente um virtuose

Extrai-lhe, em detalhe e no talhe,

Vibrações e notas em que se goze

Na osmose dessa perfeita união

E assim se executa a melodia

Com alegria, amor e harmonia

Em movimentos, sopros e cordas

Onde cada solfejo ou nota

Arrebata o corpo e o espírito

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Alexandre Balbino:


 

A lua se sobrepõe ao mar.....sobre sua calmaria....que desperta os meus movimentos....que transcede o meu ser....trazendo os encantos dentro mim....e...longe de você....

As nuvens....o vento sopra.....

      No meu requinte....sensualizo....

             Me dispo ....mesmo vestida......

Na minha simplicidade ....me permito....

Nas águas do mar....entrei ...e...não me senti molhada....pois ao som das águas....junto com o brilho do luar ....predominava a me guiar....e não me deixava se afogar....

Os movimentos ao qual fazia....eram embalos que traziam seduções....e os delírios me conduziam....

Apenas me deixei levar.....nas nuvens turvas....ou ....submergida ....ou apenas a cabeça a molhar....

Neste momento não havia nada a se preocupar....sentir que saia de dentro de mim...algo para fora jorrar....como um vulcão....prestes suas lavas para fora colocar....

Era a mulher que havia dentro de mim....

          enlouquecida......

                Sensual e cheia de enigmas.....

                       Uma mulher .....prestes a mudar....

Dentro das águas tranquilas do gostoso aceano que me deslumbrava ....apenas resguardei o chapéu....no qual minha identificação era a qual olhava....entre minha mão....os meus olhos assim se fechavam....entre minhas primicias....pra mais nada eu ligava....

A lua regia....minhas mais doces fantasias....

       As águas cristalinas....transformavam o meu feminino....o som soprou aos meus ouvidos....e houve um despertar ao som do luar....e hoje apenas me permito....sem se quer lutar.....

           Renasci....através do som....

                     Do luar.....

                             Dentro das águas......

                                    Dentro de mim mesma....!!!

#Ao som do luar

Autor: Alexandre Balbino

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Vinícius Pereira Martins:


 

Poesia:  Adicionar Sabor

Diante de um emaranhado de nós

Jamais sequer  estaremos sós

A divina verdade é nosso guia

A estancar dolorosa sangria

Estive no chão, chorei e fui levantado

Pedi com fé para perpetuar seu legado

E não para estar em busca de fama

Mas para espalhar o amor que inflama

Observe atentamente cada momento

A sua bondade em todo livramento

Não há lugar que não seja sua morada

Não se conectar é experiência desperdiçada

Procure e o busque em cada brecha

Seu coração estará em paz e em festa

Ser lapidado por seu incrível amor

É colorir a vida e adicionar sabor

Por: Vinícius Pereira Martins

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Afonso :


 

A Boca de Deus

Eis que surge um dia

Pra ser feliz.

Outros virão

com seu Sol ardente,

dourando a pele,

Cariocando a gente.

Eu flutuo

Na linha do horizonte,

Adormecido nas nuvens,

Bebendo da fonte

a simplicidade de

Viver e amar a vida,

na forma mais singela,

enamorando as manhãs

Sempre jovens e belas,

Pintando no meu peito

a paz em forma de aquarela.

Eu quero que seja

Como a Boca de Deus

Que recita meus caminhos,

Poetisa minh'alma

De versos e carinhos.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Hector Polizzi:


 

SEU DESEJO E MEU

Era hora de papoilas acesas.

Seu desejo e o meu se expressaram

com a voz do silêncio.

Em romance mudo

suas mãos acordavam

minha pele do meio-dia.

E você me ensinou, como segar

com o corte exato,

Os caules virgens da rosa

e qual era a dor do seu tributo.

Autor: Hector Polizzi.

31/07/2022.

País: Argentina.

D.R.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Dr. Jahangir Alam Rustom:


 

A LUA BRILHANTE

Você é minha única fada

Deslumbre na lua brilhante,

Esqueço minha tristeza conglomerada

Se eu te encontrar em breve.

Vivo em seus olhos encantadores

E dança na tua cara,

Eu voo no céu aberto

Eu me perco e te encontro em um labirinto.

Você é minha única alma

Prometo ser um parceiro meu,

Sentada em seus olhos, sendo uma estrela brilhante

Eu vou brilhar.

Saindo de uma nuvem colorida

E floresce como chuva,

Derrame sempre no chão

Removendo minha tristeza e dor.

Quando você canta com paixão e dança

Na minha mente instável,

Você é a mulher mais linda da terra

Nenhuma outra rainha, mas é a tua própria espécie.

Na lua brilhante, eu te encontro

Uma fada deslumbrante,

Como eu vivo no seu coração

Eu esboço sua imagem no meu diário dourado.

Escrito por: Dr. Jahangir Alam Rustom (Poeta Apaixonado)

©Todos os direitos reservados pelo Autor

País: Bangladesh

Sexta na Usina: Poetas da Rede: António Alves:


 

Autor: António Alves

Pais :Portugal 🇵🇹

Data: 04 08 2022

O amor cresce no tempo

Arrefecida a flamejante paixão com o tempo, solidifica na forma de amor, aquele amor que se sente, quando ausente o recordar daquele abraço aconchegante, a tua simples presença, amor.

Adensado pelo tempo livremente vivido, assenta em nós um puro sentir, só sentido no amadurecer dos anos, como a fruta madura colhida no entardecer, assim sinto este amor secreto.

Um amor sublime que não se apregoa, surge depois das tempestades como a bruma na maresia, penetrando em nós unindo corações,

este amor secreto, só é descoberto pelo tempo.

Depois da revelação já posso morrer, senti o primordial sentimento divino, se fores primeiro  lamentarei cada dia a tua ausência, se a morte me levar e tu ficares morrei feliz por te ter amado.

Todos os direitos reservados

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Elías Franklin Leiva Castañeda:


 

A FOLHA SECA

A folha seca está chorando.

a folha seca está sofrendo,

pois ele veio de repente para o chão,

hoje sofre muito o seu destino.

Lembro-me de quando estava...

na árvore frondosa e bela,

visitando as formigas,

Pardais e pombos.

Aproveitei dias de chuva e sol,

ouvindo a natureza,

ao rio que perto passava rápido,

Todos a admiravam, ela era feliz.

Naqueles lindos tempos,

lindos, ternos cheios de amor,

era admirada por outras folhas,

pelas árvores dançando o seu som.

Ele distraía-se olhando para o arco-íris.

com relâmpagos e trovões,

com as nuvens sorridentes,

com os animais que passavam.

Hoje a folha seca está no chão,

desbotado e sem clorofila,

está vestida de castanho escuro,

Ninguém o ouve agora, que pena!

A folha seca, destinada ao fogo,

ou alguém jogue no lixo,

como terminou esta bela folha,

que no passado foi uma folha verde.

Elías Franklin Leiva Castañeda

Direitos autorais reservados

Peru

Sexta na Usina: Poetisas da Rede: Gustavo Antonio Drummond:


 

LEMBRANÇA.

Nosso amor teve início no princípio

da idade média, no ponto mais alto

das profundezas imperiais.

Veio com indícios de durabilidade.

Tantos ciclos, outros saltos.

Conteúdo robusto, feição assaz.

Enérgica cumplicidade,

Hermético, escancarado.

Através do tempo perdura.

No sol bem humorado,

na lua, sorridente jura,

sinal de um pacto pacato,

de sentimento extremado.

Sinuoso como regato.

Elos aliados.

Cumplicidade variável.

(gustavo drummond)