quinta-feira, 1 de abril de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Nando Fernández:

 


Sonho que sonho

Sonho que deslizo entre seus lençóis, deslizo delicadamente meus dedos pelos seus pés, seguindo delicadamente suas pernas, chegando na sua cintura, paro por um momento, com meu hálito saboreio a rica essência do seu corpo, ponho de lado minhas mãos para dar lugar aos meus lábios, com sigilo chego ao teu umbigo, com beijos ternos tento causar-te sensações que despertem o espírito de ser, sinto o teu corpo acelerar, com respirações ondas e profundas, fechas os olhos e a agitação do teu corpo é incontentável , agora eu quero te cobrir de beijos, em cada um dos cantos do teu ser.

Me afogue em seus lábios, sussurre com palavras mudas o desejo que sinto por fazer parte de você e agora... Não quero acordar.

Nando Fernández

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Paulo Maurício G Silva:

 


TARDE...

Ela me traz a frágil alegria

de uma flor entre páginas nodosas...

Num portão onde amarelecem rosas,

a de uma cândida fotografia...

De um passarinho na melancolia

das tardes pensativas, silenciosas...

De uma falena, as asas vagarosas

fingindo ser a flor que antes floria...

De um coração em giz na rua deserta...

Na paisagem de nuvem entreaberta,

um solitário raio, quando arde...

Um jardim reflorindo sem ninguém...

A frágil alegria, enfim, de alguém

que surge em minha vida... Porém tarde…

( Paulo Maurício G Silva )

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Lucio M. Varanda:

 


" ARTIMANHAS "

Aut: Lucio M. Varanda

Musa, gata, deusa

Com abençoados dotes

Pronta para o bote

Vai causando frisson.

Desfila elegante

Sobre um salto alto

Tomando de assalto

Olhares de admiração.

Rastro de perfume no ar

Sabe não ser vulgar

Domina a situação.

Sabe todas as manhas

Truques e artimanhas

Na arte da sedução.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Lucio.M.Varanda:

 


" DEIXEI DE SER "

Aut: Lucio.M.Varanda

Cansei de ser

Um cisco no olho,

A pedra no sapato

De alguém.

Deixei de ser

Espinhos,farpas

Hoje sou colírio

O balsamo que massageia,e alivia.

Sou mãos que afagam

Palavras amiga,

Acalento.

Hoje sou chegada

Não mais partida,

Sou mar calmo

Porto seguro.

A vida foi minha grande escola

Eu,um dedicado aprendiz

Sem diploma,

Mas feliz.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Gustavo Drummond:

 


SOS

Não  ande,

nem corra,

ignore praças,

ruas, avenidas.

Não adoeça,

nem desande,

que ninguém morra,

por não cuidar-se;

perca a vida de graça.

Lave as feridas

da alma, das mãos.

Isole-se; para que o vírus

não apareça.

Imperativo amar-se;

higiene exacerbada

queremos todos sãos;

não ouça malignos tiros

que chegam por estradas,

Banhe-se com álcool  gel,

reze para todos santos;

refugie-se no seu canto;

é cedo para voar até o céu.

(Gustavo Drummond)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Alberto Sá:

 


O amor que trago

O amor que sinto é tímido e reservado

É estranho

É o amor que trago

É o bater de alguém que vive dentro do meu peito

É a saudade

O amor que trago...

Quer ser doce… Ser verdade

Um sopro de vida, um gesto perfeito

É o amor que trago

O amor…

Uma voz

Um olhar

Uma palavra escrita em poesia…

Uma flor

Sóis vós

É a luz do dia

O amor de quem sabe amar

É o amor que trago

Difícil falar deste amor na sua definição

Sem disfarce, sem ilusão

Transportar para o meu papel

E ao ler... Pedir que me acompanhe no tempo

Poder sentir que lhe dou oportunidade

A capacidade

De se diluir em aromas… Ser mel

Voar pelos sentidos… Ser vento

Escrevi no papel

O amor…

O amor que sinto… É ser o anjo que fala

Tímido, reservado… Mas sem pudor

Ser amor… Na palavra de um sussurro que não cala

É o amor que trago

Quando no toque suave

Sinto o voo da ave

E te digo… Te amo

Quando no toque do vento

Sinto o alimento

E te digo… Não me engano

Quis… Quero e continuarei a querer

Um amor

Um amor que trago...

Que não quer despedida

Que me chegue em luz, em raios de linda cor

O meu amor… O meu ser

A minha vida

É o amor que trago

José Alberto Sá

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Henrique Inocencio:

 


Soneto de canção

Meu violão meu companheiro

Quando estou triste quero tocar

o dia inteiro

Ao som do violão canto de coração

By bye tristeza não precisa voltar

O meu coração não é o seu lugar

Sai da minha aba sai pra lá

Quero cantar quero cantar

E nenhuma tristeza vai me impedir

Vou tocando meu violão

andando devagar seguindo em frente

A tristeza me perturba e

me deixa insano

Começo dedilhando a tristeza espanto

Henrique Poesia

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Adalberto Silva:

 


Lugar mágico e emocionante

Cativa a minha alma

Fico a olhar com um ar de espanto

A sua tremenda magia e beleza

Sinto- me a criança perdida

Animada e ao mesmo tempo medrosa

Um coração palpitante

Não sei onde estou pisando

Bela natureza

Caminho  impressionante e espetacular

Rodeado pela fauna e a maravilhosa flora

Um céu celeste

Um Deus, criador que unifica

Sentimos a sua presença

No ar,no mar e no vento que assopra-me

Fico encantado por a sua nobre arquitetura!

Adalberto Silva - Brasil

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Francisco Almeida:

 


Teu Sabor

Gosto de sentir,

O teu sabor nos

Beijos que te dou

Sentir o teu cheiro

Teu Sabor

Como desejo

Sentir o teu corpo

Como me apetece

Desnudar tuas,vontades

E encontra - me na,tua pele

De arrepio e nos prazeres

Do nosso amor

Teu Sabor

Beija - me com os

Lábios sedentos de,prazer

Olha - me com olhos,de,promessa

Te encontro no silêncio e nas,linhas,

Do horizonte

Te,encontro no teu sabor

Francisco Almeida

01 / 04 / 2021

(   Direitos reservados do autor  )