VIAGEM INTERNA
Viagens
constantes são feitas
em
naves intemporais,
com
riscos circunstanciais
em
infinitas variantes.
Ficam
em portos flutuantes.
Algumas
memórias vagas;
outros
esperam por pagamentos
em
emoções perdidas.
As
manadas ganham vidas.
se
houver ingressos com elogios.
Eles
verificam itinerários.
Inspetores
de veias,
deixando
passar as mágoas
nos
primeiros horários.
Salários
acumulam-se
em
resquícios esquecidos
por
forenses sobrecarregados
na
contagem de ossos:
Pagam
a risada com esses.
Reais
descontinuados.
Você
ainda está viajando no seu estagiário.
Armazém
de coisas estranhas;
versos
contas por varas
como
chamas do eterno.
Domas
cabras pelos chifres
limitando
seu arbítrio
e,
na tossedez do frio,
você
leva gazelas para pastar
para
os prados de ameixas
do
seu coração com brio.
Descansa
nos pulmões
do
furor da nevasca.
e
você cava no arenito,
até
encontrar ilusões.
Eles
usam vermelhos vermelhos.
os
restos da sua ousadia;
Os
rins vêem o dia
purificando
seu encanto;
usam
entre sais, choro,
de
uma bexiga vazia.
Seu
cérebro alguma vez
Partilha
a caminhada?
Diga-me,
a vida te amarra.
à
ausência de um talvez?
Deixe
a noz muito livre
Pode
desamarrar amores
e,
se você regar bem suas flores,
você
nunca saberá do pôr do sol:
bebê
do seu corpo um copo
sem
esperar pelos censores.
©
Jorge Jorge
10
de julho de 2022
País:
Cuba
Foto
tirada da net: