ANA NOBRE PORTUGAL.
AMOR
Naquele dia aconteceu
Que a paixão lhe anoiteceu no coração
Nele era grande a saudade…
Desamor e indiferença
Tinham feito morada
No peito da amada
Sentia nela agora que a indiferença
Habitava como única presença
Sofria pelas ilusões que acabavam
E pelas emoções fortes
Que nele passeavam
Ter-se-ia esquecido de regar
As flores daquele amor?
Queria amá-la naquele outono
Pousar os olhos no seu semblante belo
Nos seus cabelos dourados perfumados
Que se assemelhavam a fios luminosos
Impossível recordá-la sem encantamento
Quando seus corpos envoltos em desejos
Trocavam abraços e beijos
Ela era a felicidade desejada
A sua alegria a sua poesia
Olhava à volta e doía-lhe aquela
solidão
E até as estrelas na noite
Se escondiam na escuridão
Recordou quando era criança
Desejou voltar à infância
Para ter de novo esperança
Voltar no tempo sonhar
Conviver e amenizar a dor
Decidiu costurar sonhos
Aprender de novo a sorrir
Depois de sentir o coração amachucado
Tinha chegado a hora
De cicatrizar a dor
E foi ouvir o rumor do mar
Aquele som envolveu-lhe o peito
Agora já menos desfeito
Com este seu triste tema
Nasceu naquele dia este poema!
Autora: ANA NOBRE.
PORTUGAL 2022.
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