terça-feira, 9 de agosto de 2022

Quarta na Usina; Poetisas da Rede: ANA NOBRE:


 

ANA NOBRE PORTUGAL.

AMOR

Naquele dia aconteceu

Que a paixão lhe anoiteceu no coração

Nele era grande a saudade…

Desamor e indiferença

Tinham feito morada

No peito da amada

Sentia nela agora que a indiferença

Habitava como única presença

Sofria pelas ilusões que acabavam

E pelas emoções fortes

Que nele passeavam

Ter-se-ia esquecido de regar

As flores daquele amor?

Queria amá-la naquele outono

Pousar os olhos no seu semblante belo

Nos seus cabelos dourados perfumados

Que se assemelhavam a fios luminosos

Impossível recordá-la sem encantamento

Quando seus corpos envoltos em desejos

Trocavam abraços e beijos

Ela era a felicidade desejada

A sua alegria a sua poesia

Olhava à volta e doía-lhe aquela solidão

E até as estrelas na noite

Se escondiam na escuridão

Recordou quando era criança

Desejou voltar à infância

Para ter de novo esperança

Voltar no tempo sonhar

Conviver e amenizar a dor

Decidiu costurar sonhos

Aprender de novo a sorrir

Depois de sentir o coração amachucado

Tinha chegado a hora

De cicatrizar a dor

E foi ouvir o rumor do mar

Aquele som envolveu-lhe o peito

Agora já menos desfeito

Com este seu triste tema

Nasceu naquele dia este poema!

Autora: ANA NOBRE.

PORTUGAL 2022.

Todos os Direitos de Autor reservados nos termos da Lei 50/2004

de 24 de Agosto e 2ª versão (a mais recente) Lei nº 49/2015 de 05/06.

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