domingo, 29 de novembro de 2020

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Hamilton Ramos Afonso *:

 


O mar do meu (a)mar...

É ao mar do meu (a)mar

que vou procurar forças

para esta enorme saudade

mitigar...

É o mar do meu (a )mar

que me ouve o lamento do sufoco

que a distância aumenta,

mas é o mesmo mar

que sabe a força do meu (a)mar-(te)...

Sexta na usina: Poetas da Rede: Manuel Luis:

 


   " PAIS…"

Sem sermos escravos Deus

                                     como podemos

Sermos úteis a essas nossas gentes,

Nossos amores, filhos, seres puros,

Não ficarem seres somente crentes,...

      Fomos escultores de massa crua

      Moldamos uma matéria nua,

      De cabeças lindas e tão vorazes,

      Ávidas de todo o conhecimento.

Mas, nós não somos seres incapazes.

Oh Deus, somos tão somente inocentes

Neste mundo mordaz e sufocante

Que, morremos e não indiferentes

Mas, numa preocupação constante

De ver filhos em sua mocidade

Serem capazes de amar, erros mostrar

Com toda a subtil maestria

Confessamos Deus, que somos errantes

Neste mundo de heróis insolentes,

Vivendo em espaços sufocantes,...

...Sem sermos escravos Deus

                                    como podemos

Sermos úteis  a essas nossas gentes.

Ficarmos em memórias vivas

Como esteio de suas vidas...

© Galvão-Lucas

( Reservados todos os direitos ao abrigo do Código do Autor )

" Casa Branca "

Painel:

Acrílico sobre tela

Dim: 2.80/3.50 m

Sexta na Usina: Poetas da Rede: JOSÉ BATISTA:



 TE ESQUECER JAMAIS

A única maneira

De me fazer te esquecer,

É arrancar tuas digitais

Desenhadas em minhas costas,

Destruir toda a história

Que construímos

Nas loucas horas

De amor e prazer,

Apagar as lembranças,

Desfazer as distâncias,

Rasgar as bandeiras

Que demarcam meu território

E anunciam tuas invasões.

Melhor seria

Desistir de te esquecer,

Rabiscar novas emoções

Sobre minha pele suada

À espera de teu toque,

Reconstruir novas possibilidades,

Refazer todas as saudades,

Baixar a guarda

Em minhas fronteiras,

Permitir-te invadir-me,

Ser tua eterna morada,

Pois que nasci para servir-te,

Ser teu e mais nada,

E nem o silêncio

Escondido nas palavras

Que jamais conseguimos pronunciar

Conseguirão me fazer te esquecer.

POETA JOSÉ BATISTA

CARPINA - PERNAMBUCO - BRASIL

Todos os Direitos reservados ao Autor

Imagem do meu Recife

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Galvão-Lucas: " TENHO SORTE ":


        Da vida tão curta sou cativo

        De um amor que eu nunca perdi.

        Por vezes a vida tentativas faz,

                                maliciosamente.

        Sua beleza ela inveja,

        Meu amor quer a outro qualquer dar

        Mas, meu coração de menino o traz

        De qualquer outro que o deseja.

TENHO SORTE

       De ser cativo em vida curta,

       Tão doce desejo em que ardi.

        É dádiva dos Deuses, suspiro

                                     de contente


        

Em teu leito, amor encantado.

        Cheiro o desejo solto no ar.

        Felicidade, na qual me viro.

        É o amor em vida tornado.

TENHO SORTE...

© Galvão-Lucas

( Todos os direitos reservados ao abrigo do Código do Autor )

Painel:

" Esplendor da Natureza "

Acrílico sobre tela

Dim: 2.80/1.80 m

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Agostinho Silva: MEU PORTO:



Espreito pela desamparada janela

Só para ver uma donzela passar

Adorava poder falar com ela

E não ficar meramente a ansiar.

Adeus lhe digo sem ela ver

E um verso declamo sem o saber

Fantasio uma caminhada a dois

Numa vida que virá depois.

Permaneço a observar o horizonte

E a recalcitrar contra aquele monte

Que não me deixa vê-la mais

Fixando-me acorrentado ao cais.

Vou correr para o meu Porto

Sempre com a vontade de a ter

Mas esse mar diz que está morto

E com ele vai o meu querer.

_____________________

27/11/2020

Agostinho Silva

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jorge de Lima:

 


"Lá vem o acendedor de lampiões de rua!

Este mesmo que vem, infatigavelmente,

Parodiar o Sol e associar-se à lua

Quando a sobra da noite enegrece o poente.

Um, dois, três lampiões, acende e continua

Outros mais a acender imperturbavelmente,

À medida que a noite, aos poucos, se acentua

E a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:

Ele, que doira a noite e ilumina a cidade,

Talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua

Crenças, religiões, amor, felicidade

Como este acendedor de lampiões de rua!"

Poema: O ACENDEDOR DE LAMPIÕES, Jorge de Lima

Pintura: Ordinary People, Nicolas Martin (2013)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Helder Coelho:

 


Lindo, mas de repente...

O amor é lindo enquanto belo,

Enquanto a chama está acesa.

E, quando belo ergue-se castelo,

Porém, frágil vai-se a fortaleza.

O amor é lindo ao sabor do beijo

Quando o desejo treme a cama.

Quando a pele derrete o queijo,

Quando acesa perene a chama.

O amor é lindo mas o alimente,

Bonito por dentro e por fora...

No seu dia a dia, diariamente.

Na pressa de chegar não demora

O amor é lindo mas de repente...

Ao menor abalo perde-se a hora.

HelderCoelho

POETA PERNAMBUCANO

https://www.facebook.com/HelderFCoelho

Sexta na Usina: Poetas da Rede: João Batista De Melo:

 


Bendito seja o cheiro de tua alma

Acompanhado do sorriso inerente de cada dia!

E o toque nosso que irradia

Essa luz miraculosa que ilumina

E a prece que destrava portas, abre as janelas , ilustra caminhos,

Advento em carinho

Em cristais, papiros ou pergaminhos

Em letras, contos ou versos

Em sentimentos virados, diversos

Almejados, complexos

Em pautas floridas, e toques em preto, branco e paixão...

JBMN

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Angela caboz:

 


Não escrevo

como tu, por vezes, dizes.

Não sou escritora

Só desenho alguns silêncios

que outros julgam serem meus...

Faço rabiscos

das vidas que outros vivem

Passo-os a limpo

nas folhas amarelecidas pela vida,

de que por vezes, me faço esquecida.

Abro as portas

para deixar o amor entrar.

Apago algumas revoltas

a quem diz que se cansou do amor!

Eu não escrevo

Eu transcrevo as preces

d'uma alma que me habita.

A alma que me grita

estas palavras doces

que eu tento salvar.

São elas que um dia

te vão contar

quem eu sou

nas noites em que contigo não estou..

@angela caboz

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Martha Medeiros:

 


QUANDO CHEGAR

"Quando chegar aos 30

serei uma mulher de verdade

nem Amélia nem ninguém

um belo futuro pela frente

e um pouco mais de calma talvez

e quando chegar aos 50

serei livre, linda e forte

terei gente boa ao lado

saberei um pouco mais do amor

e da vida quem sabe

e quando chegar aos 90

já sem força, sem futuro, sem idade

vou fazer uma festa de prazer

convidar todos que amei

registrar tudo que sei

e morrer de saudade."

Martha Medeiros

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Sofia Figueiredo:

 


ILUSÃO

Cruzaste o meu caminho, sem eu pedir…

Revolteaste a minha vida já despedaçada

Na sombra te vi como uma luz para eu seguir

Da minha amargura me senti desapegada.

Por carinho e magia me senti rodeada,

Apenas com as tuas palavras e expressões

E nem quis ter a certeza de ser amada…

Tudo em mim revelava dois corações!

Eras o meu melhor sabor, o meu amor,

Eras a minha intimidade, o meu lugar…

Sentia-me protegida e com todo o valor

Qualquer lágrima me poderias enxugar.

Um dia, nem sei qual, eu não te encontrei…

Não estavas, não te via, caí decepcionada…

Minha forte emoção disse que me enganei

No choro e na ferida parei… abandonada!

Sofia Figueiredo (05/01/2019)

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Rosane Silveira:

 


Estou com os pés descalços

e as mãos cansadas

a vida tem exigido muito

mas meu coração ainda continua leve...

descontraído, cadenciado

no entanto...tenho notado mudanças

em mim, em meu pensar

tem coisas que hoje já me tiram a paciência

gente que não sabe o que quer

aquele ir e vir de emoções conturbadas

ahhh isso me deixa "p" da vida,

não tenho mais saco pra bobeira

acho que cresci na marra

então por favor eu te peço

se não for pra entrar, ficar

e ali tentar fazer morada

por favor, nem entre.

Rosane Silveira

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Elzira Coutinho:

 


Brincando de rimar

Te desejo:

Um punhadinho de esperança, cheiro de jasmim,chá de camomila e um amor sem fim!

Te desejo:

Dia com sol claro, cheiro de lavanda, chá de canela e uma vida bela!

Te desejo:

Noite com céu estrelado,

Cheiro de rosa, chá de flor de laranjeira e um vida faceira!

Te desejo

Sorriso no rosto,chuva mansa no telhado,cheiro de alecrim,chá de cidreira e um amigo para a vida inteira!

Enfim te desejo Deus no comando de sua vida, problemas passageiros, chá de hibisco e vida sem risco!

😉

ElziraCoutinho

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Rosário Pedroso:

 


Vejo-te

O sol morno

afaga a manhã

mal sonhada

na humidade da bruma

enquanto espero

agitadamente a vida

que vem da terra negra

entre as rochas e a luz.

Vejo-te e amo

a vida e o poente

solidões bárbaras

sombrias chávegas.

Esperança

no sacudir explosivo

de melancolias encantadas.

O sol demora-se

no soar dos carrilhões.

Anoiteci sobre as peras

penumbrada

por terra e por água.

Rosário Pedroso

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Mary Jun:

 


Fantasia de um cordel

Luzindo no dourado do sol,

Borboletas dançantes,

decorando o roseiral no arrebol

minha alma voa leve perante

elas numa visível aquarela.

Danço, rodopio, sorrindo...,

pinto um sonho de menina donzela.

Ouço uma bonita canção viajo

num espaço de tempo em busca

do príncipe encantado trajo

um vestido azul que ofusca

teu olhar da cor do céu.

Sou despertada com um beijo seu,

meu amor de fantasia de um cordel.

Mary Jun

17/09/2.020

Autorais reservados

Lei. 9610/98

Imagen pinterest

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Elisa Salles:

 


TODA MINHA POESIA

Amo-o, quando tocas minha pele nua

Depois de despir-me o corpo, enlouquece-me

És a paixão que me alicia, enternece

Sou tua ao cair da tarde, ao nascer da lua.

Dos teus beijos cálidos, faço alegria eterna

Quando me tomas nos braços com paixão

Faz-me crer no riso, no belo_ adoração.

Afaga meus cabelos_ canção doce e terna

Fica um pouco mais dentro de mim, querido

Alça-me ao céu num gozo louco e sublime

Tirando de mim a dor, vivifica-me e redime...

E quando florir no horizonte um novo dia,

E o sol raiar, aquecendo o frio das gentes

Pousarei no teu peito, satisfeita e contente.

Elisa Salles

Direitos autorais reservados

Patrono: Anna Corvo

Acadêmica: Elisa Salles

Cadeira 14

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: M. Sônia Laukaitis:



"Por tantas vezes

pensei em ter você

Mas, aqui não está

o ontem já passou

o amanhã é incerto 

Na condição de tentar

te esquecer...

Decidi só por hoje

pensar ainda mais

Em você...

Só em você...vejo

todos os meus sonhos

De nada adianta

tentar te esquecer

Se nas coisas

mais simples

Só vejo "Você"...

27/06/2017.

M. Sônia Laukaitis

 Acilbras

Acadêmica:M. Sônia Laukaitis

Patrono: Maestro Caararura

Cadeira: 641

    20/09/2020

domingo, 22 de novembro de 2020

"INSÔNIAS" D'Araújo:



Nós mesmos

Que nossos sonhos se misturem.
Que nossos desejos se entrelacem.
Que nossas felicidades se completem.
Que nosso viver seja um só.
Que tenhamos um único propósito, o de sermos....

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Crônicas de Seguna na Usina: Auridan Dantas: O RETORNO DA SAGA DA RECUPERAÇÃO:




Sair de Natal de avião tem hora que vira pesadelo (literalmente, se você conseguir dormir). No meu caso, é epopeia mesmo. Quando é a trabalho, o aperreio já começa na escolha do voo, pois tudo depende do horário dos compromissos agendados. 
Pois bem, nesta última viagem a Brasília, o voo saía às 3h15min da madruga (isso é horário de preá fazer sexo). Você não consegue dormir cedo, e fica lutando com seu sono, querendo obrigar os olhos a ficarem fechados. Faz meditação, respira fundo, e quando “dá fé”, está com “os zói abertos de novo”. Fica nessa caninga até o despertador tocar. Então, se organiza e vai para o aeroporto. 
E daí, começa outra agonia: como estou com o joelho avariado, fico rezando para que a pessoa ao meu lado seja fininha ou virgem (daquelas que ficam com as bolachas dos joelhos bem juntinhas e com as mãos cruzadas no colo), pois sobrará mais espaço para que eu possa me “apragatar” no assento. Desse tamanho e com o joelho operado, não dá para ser diferente. Eu não sento no banco do avião, eu me encaixo, e sempre fico rezando para o vizinho não querer ir ao WC. Por isso, nunca vou na janela, porque pode ser que não saia nunca mais. 
E quando consigo finalmente me organizar para dar um cochilo, começa aquela sacanagem toda do piloto e das comissárias de bordo. Fico tentando entender porque precisam falar tanto, e dizer coisas que ninguém perguntou e nem quer saber. Por exemplo: estamos a 12 mil pés e em velocidade de cruzeiro. Quem danado vai fazer conta de madrugada para sa- ber essa altitude em quilômetros, e quem sabe o que danado é essa velocidade de cruzeiro, além dos aviadores e comissárias? 
E na GOL é pior, pois lhe acordam para saber se quer comprar um lanche. E nem precisava, pois falam no som am- biente e acendem todas as luzes. 
Resumo dessa história: não dormi antes, nem durante e nem depois, e passei o dia feito um zumbi. Desse jeito, vou evitar avião enquanto não ficar bom do joelho e vou voltar a andar de jegue. 










sexta-feira, 20 de novembro de 2020

20 de Novembro dia da consciência negra: D'Araújo: Foi sepultado hoje, o negro Zé...:


 
Não, Não vai passar em nenhum canal de TV. 
Em uma daquelas reportagens maravilhosas na cobertura do sepultamento de alguém importante. 
Isso mesmo, a morte do Zé não tem a menor importância. 
Ele não foi politico, jogador de futebol, piloto de fórmula I. 
Nem tão pouco fez alguma descoberta no campo da ciência que o levasse a concorrer ao prêmio Nobel. 
Nunca pertenceu a nenhum sindicato, pois sempre trabalhou informalmente. 
Não foi ator, apresentador. 
Não amigos, ele não vai ter o seu nome, no letreiro de uma grande Loja de departamentos, 
Nem escrito em placas de uma grande avenida, rua, viela, ponte ou pinguela. 
O dia do seu nascimento, padecimento ou falecimento, não vai constar no calendário como um dia comemorativo, pois o Zé não foi Padre, pastor, ou Bispo. 
Nem mesmo um famoso cantor, compositor ou Poeta importante. 
Ele já veio ao mundo em desvantagem, pois nasceu em uma velha estalagem. 
Filho de mãe solteira, mesmo assim nunca bateu carteira. 
Quis o criador, talvez para aumentar sua dor que sua pele fosse de cor. 
Isso no mundo que vivemos é um problema, pois há um grande grupo de imbecis que acha que a cor da pele compromete a inteligência, na verdade acho que esses tipos é que o seu cérebro desbotou junto com a pele. 
Ele foi apenas um trabalhador anônimo que criou os seus filhos, apenas com o suor do seu próprio rosto, e a calosidade das suas mãos. 
Nunca se arrependeu de ser honesto, de viver baseando na própria consciência. 
Não vai ter nenhuma nota em nenhum jornal ou revista. O mundo nunca vai ficar sabendo da sua existência. 
Certamente nenhum grande autor vai se prontificar a escrever o texto da sua lápide, 
Onde descreva os grandes feitos do Zé, para sobreviver com o seu mísero salário. 
E certamente o seu túmulo não vai se tornar um ponto de peregrinação pelo milagre de transformar os seus filhos em homens de caráter, apesar de tudo ao redor contar totalmente contra. 
Mesmo assim o seu nascimento acabou virando uma nota, os seus sonhos uma melodia, e sua existência uma grande poesia. 
Nenhuma grande gravadora ousou convoca-lo para a seu play list. 
Nenhuma Editora vai publicar os versos do seu viver. 
Infelizmente se você não mora, nem está fazendo turismo em ribeira mole, nos confins do inexistente, onde nasceu, viveu e morreu o Zé... Você não vai ficar sabendo nada da sua vida. 
Por isso tomei a liberdade de deixar por escrito esta humilde existência, e não espero por este gesto me tornar maior ou menor do que fui. 
Simplesmente mais um Zé, que pra muitos, é ninguém... 
Mas que pra mim. Ser eu mesmo, me basta.


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Cláudio Pereira: Amo-te:




A vida é intensa

No vigor da liberdade

Nesta paixão imensa

Que o amor jura verdade

A plenitude do desejo

No fogo intimo doador

Laços unidos num beijo

Em carícias sem pudor

Na curva do teu sorriso

O sinuoso convite

Tudo o que eu preciso

Do encanto de Afrodite

Juntámos margens

Transbordámos amor

Imaginámos viagens

Férteis em fulgor

Deixar cair o céu

Que faz em nós ponte

Enlançados nesse véu

Da nascente até a fonte

O que vem do silêncio

São beijos camuflados

A vontade que resgata

Sentimentos saqueados

Deslizar na corrente

Que livre nos transforma

E brindar ao Sol nascente

Nessa imaginária forma

Tua presença e ternura

Sustentam todo o amor

Que em nós os dois perdura

Neste eterno tempo encantador

Cláudio Pereira