Espreito
pela desamparada janela
Só
para ver uma donzela passar
Adorava
poder falar com ela
E
não ficar meramente a ansiar.
Adeus
lhe digo sem ela ver
E
um verso declamo sem o saber
Fantasio
uma caminhada a dois
Numa
vida que virá depois.
Permaneço
a observar o horizonte
E
a recalcitrar contra aquele monte
Que
não me deixa vê-la mais
Fixando-me
acorrentado ao cais.
Vou
correr para o meu Porto
Sempre
com a vontade de a ter
Mas
esse mar diz que está morto
E
com ele vai o meu querer.
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27/11/2020
Agostinho
Silva
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