terça-feira, 23 de junho de 2020

Quarta na Usina: Poetisas da rede: Antonia Rodríguez Ferreiro: SOMBRA:

Sombra assustadora que seu corpo cobre,
Cuidando dos seus olhos fulgurantes.
Desligando os flashes cruéis.
No reflexo que desintegrou.

Como cerração de altas cimeiras,
Qual soroche de incipiente atropelou?
Dores de cabeça e pescoço.
com apagão de pesadumbre.

Holocausto de tudo de lindo,
lareira de cruel podedume
na língua de infiel atropelamento!

Mal de olho que vislumbre
Tudo vislumbre no descabello
Enrarecendo o ar de um novo hábito!

Chaves 23 Junho 2018.

Antonia Rodríguez Ferreiro

Quarta na Usina: Poetisas da Usina: Olema Mariz: O descanso da lua:

Cansada de olhar a terra
Do alto todos os dias
Pediu ao céu permissão
Pra descer só por um dia
Sentir de perto a relva
Andar descalça no chão
Mergulhar na água do rio
Brincar com os peixes irmãos
Descansar sobre o coqueiro
Embalada pelo vento
E ver estrelas ao longe
Brilhando no firmamento
Mas, depois de tudo ver,
Preocupada, adormeceu
Sonhando que os amantes
A procuravam no céu
A noite ficou sem graça
Perdeu beleza e magia
E a lua vaidosamente
Voltou pra sua moradia

Olema Mariz

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Lenir Moncorvo:












💐
Bom dia Deus.💐
Meu olhar se eleva aos céus em agradecimento por mais um dia a mim concedido.
Abrir os olhos e contemplar a vida é a maior dádiva.
💐
Sentir o calor do sol aquecendo a terra, o canto dos pássaros alegrando a vida, a abelha fazendo mel, tudo em perfeita harmonia.
💐
Ter o privilégio de usufruir dos meus cinco sentidos é
a máxima da divindade de Deus.
💐
A vida me sorri e eu a recebo.
Respiro Deus e vou rumo ao que me foi confiado.
💐🌿L. M🌿💐

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Haydeé Dias Furtado:

Poetisando a Furtado!

Numa tarde linda de verão!

Voo junto com o meu coração...
Vou ao longe,
vou com pressa...

Quero saber e também tudo entender...
Penso...
Se você está afim de me rever?

Deixo pra trás a saudade,
que um dia possamos aproveitar o momento ' a vontade...

Que o tempo passa...
Mas não oculta a verdade!

O coração não nega,
aquilo que e' realidade!

Ah! Esse tempo!
Não demore muito a passar...

Me devolva o Amor, sem dor...
E que minha alma volte a sonhar...

E pra sempre voar...e querer POETISAR!

Quarta na Usina: Poetisas da Rede: Márcia Moraes: Decadência:


O vento no fim de outono desfolhou as árvores e carregou todas as flores.
Tudo seco e sem vida.
Com ele levou todos os meus sonhos.
Os meus desejos, desfizeram-se como dunas no deserto.
Hora o vento sopra norte, hora sul, até não restar nem a poeira.
A noite, o frio congela, durante o dia, o sol queima.
Assim foi meu coração, congelado pela decepção e queimado pelo rancor.
Não sobrou nada de mim, nem a magia da poesia, nem o som do instrumento.
Nem mesmo o suplício de um verso.
Na pior decadência da alma, nada sobreviveu...
Se ao menos fosse como o cacto, que ainda, 
a mais bela flor desabrocha em meio aos espinhos, teria a esperança de ter novamente o encanto.

Com a proximidade do inverno, só resta hibernar até a chegada da primavera.