quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Dor do submundo:



 O Meu corpo esta implacável,porque

Estou a viver num submundo.um mundo sem céu   e sem chão.

Estou a flutuar num mar  de tristeza. Neste mar,as minhas lágrimas  provocarão correnteza de ondas.

Correntezas de ventos vem do este e oeste.ventos vem do Sul e do Norte para apreciar a minha morte.

Estas correntezas do mar sou estão  a mostrar o meu rosto.pois querem afundar o meu corpo.

Neste submundo já não sei o que é viver nem o que é sobreviver

O meu coração anda cheio de amargura. a dor de não viver mais está a corroer o meu corpo.

Sei que a minha vida é apenas um sopro.

Mas este sopro é um dos tesouros mais bem precioso.

Não a quem me possa salvar porque nem mesmo eu consigo me apalpar

Neste submundo não à como escapar.mais sou Deus me pode salvar!...

Aderiva eu ando.e com a tristeza do meu âmago neste mar não achei um amigo melhor do que este amigo que foi capaz de me apalpar e a minha dor carregar!

Que foi capaz de me abraçar e comigo dançar😊🎶🎼🎵🎤

Que foi capaz de a minha  nudez tapar.

Sim este amigo me vestio e  de felicidade me revestio..

Este amigo por um pecador como eu lutou e nem por um momento desisto.

Quando o diabo de mim Rio este amigo as minhas dores não sou mente assistio.Como também lutou e a paz comigo trocou😂😂este amigo é Jesus!.

Simplesmente Carlos José poético.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Júlio Moreira:

 


O Dicionarista é um vidente

Quando penso numa palavra

Olho no dicionário,

e ela já está pensada

O Dicionarista coleciona palavras

Tem a comum ilusão

de querer colocar em um livro

Uma linguagem em transformação

Esquece, como todos esquecemos

Que a palavra é feita no presente

Que não se cristaliza em um livro

Que é uma correnteza sem corrente

Autor: Júlio Moreira

Foto: pexels.com @brittany

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Mauro de Toledo:

 


SEDUTOR ___

"... lugar onde todos tem razão, melhor não ter

nenhuma ! "

Paulo Leminski ___

*

... a bem da verdade,

fôssemos todos passivos

ou exageradamente comportados,

e esse mundo,

nossa multifária humanidade,

não desfrutariam hoje da mais venturosa

e singular história ...

Decerto ignorados os sinuosos enredos

e teceduras que didáticos,

inflexíveis,

bravamente nos elucidariam,

instigando nosso espírito as tantas e outras ideias

e serventias,

nesse alvissareiro engenho do existir ...

Nem mesmo haveria esse destino sedutor,

intimista,

concedendo-nos as eficientes e generosas pautas de cada dia,

que obstinadas, incansáveis nos testam,

revalidam,

sofisticando-nos o viver !

*

______________

José Mauro de Toledo.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Francisco Baia: MEDO:



Morda as palavras,

emudeça as falas,

amordaça os olhos,

algeme pés, mãos,

aprisione num calabouço

secreto a mente...

Faça o que quiseres, pode

até escurecer todos os caminhos

que te levem a mim, porém tudo

será em vão, pois, a semente que

em te plantei, não foi em nenhum

solo árido do teu corpo, mas sim,

no teu coração!

Portanto, mesmo que quebres

a garrafa do tempo, pra não te

dar tempo de vir, restarão sempre

grãos de areias espalhados sobre

tua vontade, e te trarão de volta a

mim... falta pouco tempo!

Francisco Baia

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Jackson Costa:

 


Eu não deixo meu ranchinho nem que ele venha a despencar, não saio desse cantinho nem que seja pra num bangalô morar.

Aqui quando ráia a alvorada e a passarada começa a cantar, os inhambú piá e as galinhas no terreiro ciscar... pego minhas varinhas e vou pro riacho pescar.

À noite quando a lua no céu poe-se a vagar e as estrelas a brilhar...

sento num banquinho e sob os acordes da minha violinha, encantadas historinhas pras crianças ponho me a contar.

Foi aqui que eu nasci e aqui quero ficar...peço a ti ó meu Deus! Só permita que eu sáia desse meu cantinho; quando fechar as minhas pálpebras e para o céu eu for morar.

(Jackson Costa)

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Marcos Vila Real:

 


.Assim a noite passou!!

.Me perdi pelo céu entre estrelas.

.Debruçado em uma soleira.

.Escrevendo poemas de amor!

.Assim a noite passou!!

.Te relembrei em minha saudade.

.Nosso amor se perdeu na idade.

.Águas moveis que as nuvens levou!

.Assim a noite passou!!

.Entre a brisa da madrugada.

.Decorei-te feito tabuada.

.Como gotas de sereno na flor!

.Assim a noite passou!!

.Na manhã.

.Uma nova aurora.

.Entre os campos.

.A natureza aflora.

.És poesia que a noite deixou!!!

(Assim...)Autor Marcos Vila Real.

.Comunidade Dos Poetas Ocultos.

http://academia-mundial-de-cultura-e-literatura3.webnode....

.Direitos autorais reservados e preservados.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: José Mauro de Toledo:


 

AREAL ___

"... criar robustas raízes em si é a mais desafiadora

missão da alma humana.

E também a mais demorada em se definir! "

Simone Weil ___

*

... a grande pergunta a ser feita

não é se estamos lutando pela coisa certa,

mas se também estaremos lutando da forma correta ...

Já que a pretensa ação de 'lutar' em seu contexto mais realizador

não significa destruir, desagregar,

mas continuamente transformar ...

E não poucas vezes abarcados pela ideia

de que aquilo que tanto ansiávamos

e como num estalo redentor pudesse se manifestar

e tudo mudar em nossas vidas,

na verdade, já se encontrava em nós

e pouco estaríamos agindo

nesse sentido ...

Que nunca mudaríamos o mundo

sem antes mudar nossos próprios métodos e juízos,

mesmo na distinta condição de ínfimos grãos

desse gigantesco areal

de discórdias ...

E ora mais sensatos, conclusivos,

sabedores de que mesmo o mais extensivo areal

é composto de ínfimos grãos,

dessas diminutas partículas e coisas que como na vida

independente do tamanho

e complexidade dos nossos dilemas e intenções,

tudo torna-se possível,

tudo tenha um sentido,

uma forma peculiar de mudança,

desde que respeitadas suas proporções,

desde que respeitemos nossa própria estatura,

nossos limites,

tudo que revele e defina nossa competência para mudar,

seja nós mesmos,

seja em favor das outras pessoas,

seja em favor dessa grande casa que tanto

amamos !

*

______________

José Mauro de Toledo.

Photo/Imagem : Simone Weil.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: FERNANDO LEAL: GUETOS EM TERCETOS:



Ajoelhada me chora a alma...

De forma intermitente!...

Me salva do marasmo... Acalma-me.

Pensei que fosse meu ego...

Sem ao menos um por que...

Não permitais que eu fique cego!

Meu ser ainda neófito de amor

Clama nitente pela aglutinação

De nossos corpos!... Mas sem dor.

Ensina-me a fórmula vã!...

Quero ser e não estar...

Todo amor que puder. Não ao divã...

O calafate do meu coração

Já não encouraça mais nada!

Nem a minha frágil mansidão

Encanto!... Fugaz, medroso...

Ainda há pureza!... Talvez beleza!

Ah! Que confusão... Por Deus!... Laborioso...

Faz-me eterno em sentimento!

Num amor verdadeiro...

Não por um breve momento...

Dê-me a chance de um verso!

Quem sabe uma rima eu teço?...

...No mundo que prezo só me resta o anverso!

FERNANDO LEAL

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Sidney/Pardim: Sagrado e profano:



Vou seguindo, vegetando

Dia após dia, ano após ano

Acertando, desacertando

As vezes, desagradando

Me perdendo, me achando

Hora xingando, hora orando

Sorrindo, lamentando

Perdendo, ganhando

Pegando de volta, lutando

Enganado, enganando

Aprendendo a andar

engatinhando

Procurando saídas

me encontrando

Sem ser amado, amando

Precisando, me humilhando

Contribuindo, negando

Pedindo perdão, perdoando

Vou indo, andando

Sou humano

Um dia sagrado

O outro..."Profano"

Sidney/Pardim

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