sábado, 8 de maio de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Macedonio Fernández:

 


Macedonio Fernández (Buenos Aires, 1 de junho de 1874 - 10 de fevereiro de 1952) foi um escritor argentino, autor de uma obra sumamente original e complexa, que inclui novelas, contos, poemas, artigos de jornal, ensaios filosóficos e textos de natureza inclassificável. Exerceu uma grande influência sobre a literatura argentina posterior.
Filho de Macedonio Fernández, fazendeiro e militar, e de Rosa del Mazo Aguilar Ramos. Estuda em 1887 no Colegio Nacional Central.
Durante 1891-1892 publica em diversos periódicos uma série de páginas, incluídas mais tarde em Papeles antiguos, primeiro volume de suas Obras completas (Buenos Aires: Corregidor). Companheiro e amigo íntimo de Jorge Guillermo Borges (pai de Jorge Luis Borges), compartilham interesse pelo estudo da psicologia de Herbert Spencer e pela filosofia de Arthur Schopenhauer.



Em 1897 a Faculdade de Direito da Universidad de Buenos Aires lhe outorga o título de doutor em jurisprudência por uma tese intitulada Sobre las peronas que ainda permanece inédita. Publica no La Montaña, jornal socialista dirigido por Leopoldo Lugones e José Ingenieros. Em 1898 recebe seu diploma de advogado. No ano seguinte se casa com Elena de Obieta, com quem terá quatro filhos.
Publica em 1904 alguns poemas na Revista Martín Fierro (não deve ser confundida com a revista vanguardista de mesmo nome publicada nos anos 20 e que terá papel muito ativo). Em 1910 obtém o cargo de Fiscal no Tribunal Jurídico da cidade de Posadas, na província de Misiones, função que desempenha por alguns anos.
Em 1920 morre sua esposa. Os filhos permanecem sob o cuidados dos avós e tias. Abandona a profissão de advogado. Ao voltar da Europa, em 1921, Jorge Luis Borges descobre Macedonio, com quem começa uma prolongada amizade. Borges, por volta de 1960, escreve um breve e substancioso prólogo para uma antologia de Macedonio. Disse que nenhuma outra pessoa o impressionou tanto quanto ele.
Em 1928 é editado No toda es vigilia la de los ojos abiertos, a pedido de Raúl Scalabrini Ortiz e Leopoldo Marechal. Publica no ano seguinte Papeles de Recienvenido. Durante este período, se preocupa em criar expectativas a respeito da possível aparição da novela Museo de la Novela de la Eterna. Em 1938 publica "Novela de Eterna" y la Niña del dolor, la "Dulce-persona" de un amor que no fue sabido, antecipação de Museo de la Novela de la Eterna.
Três anos mais tarde publica no Chile Una novela que comienza.
Em 1944, é publicada uma nova edição de Papeles de Recienvenido. Em 1947, Macedonio vai morar na casa de seu filho Adolfo, em que residirá até sua morte.
Obras

No toda es vigilia la de los ojos abiertos. Buenos Aires, Manuel Gleizer, 1928.

Papeles de Recienvenido. Buenos Aires, Cuadernos del Plata, 1929.

Una novela que comienza. Prólogo de Luis Alberto Sánchez. Santiago de Chile, Ercilla, c. 1940, port. 1941.

Poemas. Prólogo de Natalicio González. México, Guarania, 1953.

Museo de la Novela de la Eterna. Advertência de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, CEAL, 1967.

Museo de la novela eterna / Macedonio Fernández; edição de Fernando Rodríguez Lafuente. Cátedra, 1995.

No toda es vigilia la de los ojos abiertos y otros escritos. Advertência de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, CEAL, 1967.

Cuadernos de todo y nada. Buenos Aires, Corregidor, 1972. 2a. ed. 1990.

Teorías. Ordenação e notas de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, Corregidor, 1974 (Obras completas, vol. III).

Adriana Buenos Aires; última novela mala. Ordenação e notas de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, Corregidor, 1975. (Obras completas, vol V).

Museo de la Novela de la Eterna; primera novela buena. Ordenação e notas de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, Corregidor, 1975. (Obras completas, vol VI).

Epistolario. Ordenação e notas de Alicia Borinsky. Buenos Aires, Corregidor, 1976. (Obras completas, vol. II).
fonte de origem:
Macedonio Fernández (Buenos Aires, 1 de junho de 1874 - 10 de fevereiro de 1952) foi um escritor argentino, autor de uma obra sumamente original e complexa, que inclui novelas, contos, poemas, artigos de jornal, ensaios filosóficos e textos de natureza inclassificável. Exerceu uma grande influência sobre a literatura argentina posterior. Índice 1 Biografía 1.1 Obras 2 Bibliografía 3 Ligações externas Biografía Filho de Macedonio Fernández, fazendeiro e militar, e de Rosa del Mazo Aguilar Ramos. Estuda em 1887 no Colegio Nacional Central. Durante 1891-1892 publica em diversos periódicos uma série de páginas, incluídas mais tarde em Papeles antiguos, primeiro volume de suas Obras completas (Buenos Aires: Corregidor). Companheiro e amigo íntimo de Jorge Guillermo Borges (pai de Jorge Luis Borges), compartilham interesse pelo estudo da psicologia de Herbert Spencer e pela filosofia de Arthur Schopenhauer. Em 1897 a Faculdade de Direito da Universidad de Buenos Aires lhe outorga o título de doutor em jurisprudência por uma tese intitulada Sobre las peronas que ainda permanece inédita. Publica no La Montaña, jornal socialista dirigido por Leopoldo Lugones e José Ingenieros. Em 1898 recebe seu diploma de advogado. No ano seguinte se casa com Elena de Obieta, com quem terá quatro filhos. Publica em 1904 alguns poemas na Revista Martín Fierro (não deve ser confundida com a revista vanguardista de mesmo nome publicada nos anos 20 e que terá papel muito ativo). Em 1910 obtém o cargo de Fiscal no Tribunal Jurídico da cidade de Posadas, na província de Misiones, função que desempenha por alguns anos. Em 1920 morre sua esposa. Os filhos permanecem sob o cuidados dos avós e tias. Abandona a profissão de advogado. Ao voltar da Europa, em 1921, Jorge Luis Borges descobre Macedonio, com quem começa uma prolongada amizade. Borges, por volta de 1960, escreve um breve e substancioso prólogo para uma antologia de Macedonio. Disse que nenhuma outra pessoa o impressionou tanto quanto ele. Em 1928 é editado No toda es vigilia la de los ojos abiertos, a pedido de Raúl Scalabrini Ortiz e Leopoldo Marechal. Publica no ano seguinte Papeles de Recienvenido. Durante este período, se preocupa em criar expectativas a respeito da possível aparição da novela Museo de la Novela de la Eterna. Em 1938 publica "Novela de Eterna" y la Niña del dolor, la "Dulce-persona" de un amor que no fue sabido, antecipação de Museo de la Novela de la Eterna. Três anos mais tarde publica no Chile Una novela que comienza. Em 1944, é publicada uma nova edição de Papeles de Recienvenido. Em 1947, Macedonio vai morar na casa de seu filho Adolfo, em que residirá até sua morte. Obras No toda es vigilia la de los ojos abiertos. Buenos Aires, Manuel Gleizer, 1928. Papeles de Recienvenido. Buenos Aires, Cuadernos del Plata, 1929. Una novela que comienza. Prólogo de Luis Alberto Sánchez. Santiago de Chile, Ercilla, c. 1940, port. 1941. Poemas. Prólogo de Natalicio González. México, Guarania, 1953. Museo de la Novela de la Eterna. Advertência de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, CEAL, 1967. Museo de la novela eterna / Macedonio Fernández; edição de Fernando Rodríguez Lafuente. Cátedra, 1995. No toda es vigilia la de los ojos abiertos y otros escritos. Advertência de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, CEAL, 1967. Cuadernos de todo y nada. Buenos Aires, Corregidor, 1972. 2a. ed. 1990. Teorías. Ordenação e notas de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, Corregidor, 1974 (Obras completas, vol. III). Adriana Buenos Aires; última novela mala. Ordenação e notas de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, Corregidor, 1975. (Obras completas, vol V). Museo de la Novela de la Eterna; primera novela buena. Ordenação e notas de Adolfo de Obieta. Buenos Aires, Corregidor, 1975. (Obras completas, vol VI). Epistolario. Ordenação e notas de Alicia Borinsky. Buenos Aires, Corregidor, 1976. (Obras completas, vol. II).

Domingo na Usina: Biografias: Alan Pauls:

 


Alan Pauls (Buenos Aires, 1959) é um escritor argentino. Suas novelas, ensaios e contos foram traduzidos para o inglês, o francês e o português. Sua novela O Passado, ganhadora do Prêmio Herralde em 2003, foi adaptada para o cinema em 2007, pelo diretor Hector Babenco.
Além do seu trabalho como autor, Pauls lecionou teoria literária na Universidade de Buenos Aires, trabalhou como jornalista no suplemento cultural do diário portenho Página 12 e escreveu vários roteiros cinematográficos. Alan Pauls (Buenos Aires, 1959) é uma das vozes mais originais da atual literatura latino-americana. Foi professor de teoria literária na Universidade de Buenos Aires, fundador da revista Lecturas Críticas e editor do suplemento dominical do jornal Página/12, além de roteirista e crítico de cinema. História do cabelo, segunda parte de sua trilogia sobre os anos 70 na Argentina (iniciada com História do pranto), narra a aventura de um homem obcecado por cabelo. Um personagem que vaga por Buenos Aires entrando e saindo de salões, condenado a pensar no cabelo, se deve cortar muito, pouco, deixar crescer, não cortar mais, raspar a cabeça para sempre. Em busca do corte perfeito, e em meio a uma infinidade de reflexões sobre o cabelo (cortes de cabelo, cabeleireiros, salões, xampus, produtos de cabelo, estilos, o cabelo como o símbolo social, instrumento político e de identidade), o protagonista se vê envolvido numa trama que remonta a um dos momentos mais sombrios da vida social e política argentina. E é justamente através do cabelo que a história, que se inicia como a saga muito pessoal de um fetiche, se cruza com a luta armada e os anos de chumbo na Argentina.
Obras publicadas

El pudor del pornógrafo. Buenos Aires: Sudamericana, 1984.

Manuel Puig. La traición de Rita Hayworth. Buenos Aires: Biblioteca Crítica Hachette, 1986.

El coloquio. Buenos Aires: Emecé, 1990.

Wasabi. Buenos Aires: Alfaguara, 1994.

Lino Palacio: la infancia de la risa. Buenos Aires: Espasa Calpe, 1995.

Cómo se escribe. El diario íntimo. Buenos Aires: El Ateneo, 1996.

El factor Borges. Nueve ensayos ilustrados con imágenes de Nicolás Helft. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1996.

El pasado. Buenos Aires: Editorial Anagrama, 2003. Em português: O Passado, São Paulo: Cosac Naify, 2007, ISBN 9788575035948.

La vida descalzo. Buenos Aires: Sudamericana, 2006.

História del llanto. Buenos Aires: Editorial Anagrama. Em português: História do Pranto, São Paulo: Cosac Naify.

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Domingo na Usina: Biografias: Leopoldo Lugones:

 



Leopoldo Lugones (13 de Junho de 1874 – 18 de Fevereiro de 1938) foi um escritor e jornalista argentino.
Nascido em Villa de María del Río Seco, tradicional cidade da província de Córdoba, no coração católico da Argentina, Lugones pertencia a uma família de grandes proprietários rurais. Ele começou a escrever profissionalmente no jornal La Montaña, onde tinha o respaldo de Manuel Quintana, um aristocrata que se tornaria presidente da Argentina. Tal proximidade conduziu-o à Buenos Aires, onde seu talento literário desenvolveu-se rapidamente.
Lugones foi um dos expoentes argentinos da corrente literária latino-americana conhecida como Modernismo[1], uma forma de parnasianismo influenciada pelo simbolismo e escreveu um romance denso, La guerra gaucha (1905). Também foi um jornalista, polemista e orador apaixonado, que começou apoiando o socialismo, mais tarde tornou-se conservador e finalmente terminou por apoiar o fascismo.
Leopoldo Lugones viajou à Europa em 1906, 1911, 1913 e em 1930, ano no qual apoiou o golpe de estado contra o presidente do partido da União Cívica Radical, o idoso Hipólito Yrigoyen.
Profundamente deprimido no início de 1938, quando vivia no balneário de El Tigre, próximo de Buenos Aires, Lugones cometeu suicídio ingerindo cianureto.
Poesia

Las montañas del oro (1897)

Los crepúsculos del jardín (1905)

Lunario sentimental (1909)

Odas seculares (1910)

El libro fiel (1912)

El libro de los paisajes (1917)

Las horas doradas (1922)

Romances del río seco (póstumo, 1939)

Contos

Las fuerzas extrañas 1906

Cuentos fatales 1926.
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Domingo na Usina: Biografias: Ernesto Sabato:

 


Ernesto Sabato (Rojas, 24 de junho de 1911 – Santos Lugares, 30 de abril de 2011) foi um romancista, ensaísta e artista plástico argentino.
Sabato foi vencedor do Prêmio Cervantes de Literatura (1984) e um dos maiores autores argentinos do século XX.[1]
Nasceu na província de Buenos Aires, filho de Francisco Sabato e Juana María Ferrari, foi o décimo de onze filhos.
Em 1924 saiu da Escola primária de Rojas. Realizou seus estudos secundários no Colegio Nacional de La Plata, que concluiu em 1928. No ano de 1929 entrou na Faculdade de Ciências Físico-Matemáticas da Universidade Nacional de La Plata.
Foi um militante ativo do movimento de reforma universitária, fundando o Grupo Insurrexit em 1933, de tendência comunista. Ainda no ano de 1933, foi eleito Secretário Geral da Juventude Comunista. Em um curso conheceu Matilde Kusminsky Richter, uma estudante de 17 anos que abandonou a casa de seus pais para viver com ele.
Em 1934 viajou a Bruxelas como delegado do Partido Comunista ao Congresso contra o Fascismo e a Guerra. Devido aos inconvenientes reinantes em Moscou, abandonou o Congresso e fugiu para Paris. Regressou a Buenos Aires em 1936 e se casou com Matilde.
Em 1938 obteve um Doutorado em Física na Universidade Nacional de La Plata. Graças a Bernardo Houssay, lhe foi concedida uma bolsa anual para realizar trabalhos de investigação sobre radiação atômica no Laboratório Curie em Paris. Nasce seu primeiro filho, Jorge Federico. Em 1939 foi transferido para o Massachusetts Institute of Technology (MIT), deixando Paris antes do estouro da Segunda Guerra Mundial.
Voltou à Argentina em 1940 para ser professor da Universidade de Buenos Aires. Em 1943, devido a uma crise existencial, decide afastar-se definitivamente da área científica, para se dedicar completamente à literatura e a pintura.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, nasce seu segundo filho, Mario Sabato que será um reconhecido diretor de cinema.
Em 1945 publica seu primeiro livro, Nós e o universo, uma série de artigos filosóficos nos quais critica a aparente neutralidade moral da ciência e alerta sobre os processos de desumanização nas sociedades tecnológicas. Com o tempo, vai construindo uma postura libertária.
Em 1948 marcou o início do repentino prestígio de Sabato: publicou seu primeiro romance, O túnel, de polida construção psicológica de personagens e de apurada narrativa. Enraizada no existencialismo, uma corrente filosófica de enorme difusão no pós-guerra, O túnel recebeu críticas entusiastas de Albert Camus que fez com que a obra fosse traduzida para o francês por Gallimard.
Em 1961 publica Sobre heróis e tumbas, que foi considerado como o melhor romance Argentino do século XX. Se trata de um romance complexo, no qual a história de decadência de uma família aristrocrática se intercala com um comovedor relato intimista sobre a morte do General Juan Lavalle, herói da Independência argentina, e sobre a qual se fez uma peça poética-musical anos depois, com o músico Eduardo Falú, com o título de Romance para a Morte de Juan Lavalle.
"Quando decidi usá-lo em meu romance, não era, de modo algum o desejo de exaltar Lavalle, nem de justificar o fuzilamento de outro grande patriota como foi Dorrego, mas sim de conseguir através da linguagem poética o que jamais se consegue através de documentos de partidários e inimigos; tentar penetrar nesse coração que abriga o amor e o ódio, as grandes paixões e as infinitas contradições do ser humano em todos os tempos e circunstâncias, o que só se consegue através do que se deve chamar de poesia, não no sentido estreito e equivocado que é dado em nosso tempo a essa palavra, mas sim em seu mais profundo e primordial significado."
O romance inclui também o famoso Informe sobre cegos que as vezes foi publicado como peça separada, e que serviu de base para um filme. Se trata de um texto tortuoso que coloca o protagonista nu, ambiente infernal e opressivo, em uma história de pesadelo e paranóia, que transcorre nos sótãos e subterrâneos de Buenos Aires.
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Domingo na Usina: Biografias: Ricardo Emilio Piglia Renzi:

 




Ricardo Emilio Piglia Renzi (Adrogué, Buenos Aires, 24 de novembro de 1941 – 6 de janeiro de 2017) foi um escritor argentino.
Em 1957, sua família se mudou para Mar del Plata, cidade onde começou a escrever um diário íntimo que se sobrepõe à memória e parece ficção. Em 1960, decide-se pelo curso de História na Universidad Nacional de la Plata. Em 1963, tornou-se professor dessa mesma universidade. No mesmo ano, foi secretário de redação da revista Liberación, órgão cultural do Movimiento de Izquierda Revolucionario, MIR. Em 1965, preparou para a editora Jorge Álvarez uma antologia da narrativa norte-americana chamada Crónicas norteamericanas.
Ao lado de Sergio Camarda dirigiu a revista Literatura y sociedad (um único número). No ano seguinte, devido ao golpe de Estado de Juan Carlos Onganía e a intervenção nas universidades, renunciou ao cargo de professor e começou a trabalhar na editora Jorge Álvarez, dirigindo a coleção "Clásicos de Hoy". Em 1968, foi diretor literário da editora Tiempo Contemporáneo e preparou a coleção de romances policiais chamada "Serie Negra", quando se difundiram na Argentina as obras de Dashiel Hammet, Raymond Chandler, David Goodis, Horace McCoy, Brett Halliday, Eric Ambler. Entre 1969 e 1974 fez parte do comitê de redação da revista Los libros, dirigida por Héctor Schmucler.
Em 1974, colaborou para a revista Crisis, dirigida por Eduardo Galeano. Em 1977, foi visiting professor na Universidade da Califórnia. Em 1978, tem início sua participação na direção da revista Punto de Vista, ao lado de Beatriz Sarlo e Carlos Altamirano. No mesmo ano, traduziu Men without Women, de Ernest Hemingway. Em 1984, passou a fazer parte dos colaboradores da revista Fierro, dirigida por Juan Sasturian. Em 1987, como senior fellow do Council of the Humanities, passou um semestre na Universidade de Princeton, à qual retornaria em 1989 e onde desde 1997 é professor. Em 1988, residiu três meses na Maison des Écrivains Étrangers et Traducteurs, em Saint Nazaire. No ano seguinte, recebeu a bolsa Guggenheim. No primeiro semestre de 1990, ministrou cursos em Harvard University, depois retornou à Argentina pelos sete anos consecutivos, desta vez como professor da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires.
Em 1962, o conto "Mi amigo" (La invasión), foi premiado no concurso organizado por El Escarabajo de oro. Em 1963, "Una luz que se iba", do mesmo livro, recebeu a premiação do primeiro concurso da revista Bibliograma, do qual participaram como jurados Marta Lynch, Marco Denevi, Aristóbulo Echegaray e Germán Verdiales. Em 1975, "La loca y el relato del crimen" (Nombre falso) foi vencedor do concurso de contos policiais da revista Siete Días, cujos jurados eram Jorge Luis Borges, Marco Denevi e Augusto Roa Bastos. Respiración artificial recebeu o Premio Boris Vian (1982), Plata quemada foi premiado pela editora Planeta (1997), Formas breves foi o ganhador do Premio Bartolomé March (2001). Toda a obra foi homenageada pelo Premio Iberoamericano de Letras José Donoso (2005). Para cinema, Ricardo Piglia escreveu o roteiro de Foolish Heart (Coração Iluminado), dirigido por Héctor Babenco em 1995. No mesmo ano trabalhou com o cineasta Andrés di Tella num documentário sobre Macedonio Fernández. Elaborou o roteiro de La Sonámbula (1998), com colaboração de Fabián Bielinsky e do diretor Fernando Spiner. Junto a David Lipszyc, realizou a adaptação de El astillero (2000) de Juan Carlos Onetti. Ainda fez versões de textos de Julio Cortázar e colaborou com María Luisa Bemberg na primeira versão do roteiro de El impostor, baseado em relato de Silvina Ocampo.
Obras
Publicou, entre os textos de ficção, La invasión (contos, 1967), Nombre falso (contos, 1975), Respiración artificial (romance, 1980), Prisión perpetua (novelas, 1988), La ciudad ausente (romance, 1992) e Plata quemada (romance, 1997). Os livros de não-ficção são Crítica y ficción (1986, com edição ampliada em 1990), Formas breves (2000), Tres propuestas para el próximo milenio (y cinco dificultades) (2001) e El último lector (2005). Volta para a ficção em El camino de Ida (romance, 2013). Compôs, em parceria com o músico Gerardo Gandini, a ópera que estreou em 1995 no Teatro Colón de Buenos Aires, La ciudad ausente, baseada em seu romance de mesmo nome. Em 1990, Alejandro Agresti dirigiu um longa metragem chamado Luba, partindo do livro Nombre falso. Em 1998, igualmente, Marcelo Piñeyro levou às telas a história de Plata quemada. Ricardo Piglia editou o Diccionario de la novela de Macedonio Fernández (2000), organizou e prefaciou uma antologia de contos chamada Las fieras (1993). Cuentos con dos rostros (1992) é uma seleção de relatos e integra um projeto de difusão cultural dirigido pela Universidade Nacional Autónoma de México, sob os cuidados de Marco Antonio Campos. La Argentina en pedazos (1993) é uma compilação de ensaios introdutórios à literatura argentina, originalmente preparados para as adaptações de textos literários da revista em quadrinhos Fierro. Cuentos morales (1995) é uma antologia organizada por Piglia que reúne alguns de seus relatos, escritos entre 1961 e 1990.
Romances
Respiración artificial , Editorial Pomaire, Buenos Aires, 1980


La ciudad ausente, Editorial Sudamericana, Buenos Aires, 1992


Plata quemada, Planeta, Buenos Aires, 1997


Blanco nocturno, Anagrama, Barcelona, 2010


El camino de Ida, Anagrama, Barcelona, 2013.
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Domingo na Usina: Biografias: Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo:

 


Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 — Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino.[1][2][3] Fez o colegial no Colégio Calvino, na Suíça. Estudou Direito na Universidade de Buenos Aires. Mais tarde, Borges estudou na Universidade de Cambridge para tornar-se professor. Foi, ainda, diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
Em 1914, sua família mudou-se para Suíça,[4] onde estudou e de onde viajou para a Espanha. Quando regressou à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955, foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Premio Formentor de las Letras Internacional, compartilhado com o dramaturgo Samuel Beckett. No mesmo ano, recebeu do então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, a condecoração da Ordem do Comendador.
Suas obras abrangem o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura".[5] Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios, livros fictícios, religião e Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica.[6] Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro".[7][8] Os poemas do seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente nos Estados Unidos e Europa. Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "Boom Latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.[6] Para homenagear Borges, em seu romance O Nome da Rosa[9] Umberto Eco criou o personagem "Jorge de Burgos", que além da semelhança no nome, é cego — assim como Borges foi ficando ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano de fundo do livro é inspirada no conto de Borges "A Biblioteca de Babel" (uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo). O escritor e ensaísta J.M. Coetzee disse que "Borges, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".[10] Laureado com inúmeros prêmios,[11] também foi conhecido por suas posições políticas conservadoras,[12][13] o que pode ter sido um obstáculo à conquista do Prêmio Nobel de Literatura, ao qual ele foi candidato por quase trinta anos.
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Domingo na Usina: Biografias: Juan Manuel José Domingo Ortiz de Rosas:

 


Juan Manuel José Domingo Ortiz de Rosas (Buenos Aires, 30 de março de 1793 – Southampton, 14 de março de 1877), apelidado de "o Restaurador das Leis",[nota 1] foi um político e oficial militar argentino que governou a província de Buenos Aires e brevemente a Confederação Argentina. Nasceu em uma família rica, porém mesmo assim conseguiu acumular uma riqueza pessoal, adquirindo grandes extensões de terra no processo. Rosas colocou seus trabalhadores em uma milícia particular, algo comum para proprietários rurais da época, e participou de disputas entre facções que levaram a várias guerras civis no país. Foi bem sucedido na guerra, conseguiu influência pessoal e era seguido por um exército particular leal, tornando-se o modelo do caudilho, como os senhores provinciais da região eram conhecidos. Rosas eventualmente alcançou a patente de brigadeiro-general, a mais alta do exército argentino, e tornou-se o líder incontestável do Partido Federal.



Rosas foi eleito governador em dezembro de 1829 e estabeleceu uma ditadura apoiada pelo Terrorismo de Estado. Assinou o Pacto Federal em 1831, reconhecendo a autonomia provincial e criando a Confederação Argentina. Seu mandato terminou em 1832 e Rosas partiu para as fronteiras a fim de travar uma guerra contra populações indígenas. Seus apoiadores realizaram em 1835 um golpe de estado em Buenos Aires e pediram para que ele retornasse mais uma vez como governador. Rosas restabeleceu sua ditadura e formou a Mazorca, uma polícia armada repressiva que matou centenas de civis. As eleições acabaram tornando-se farsas e os poderes legislativo e judiciário foram transformados em instrumentos de sua vontade. Rosas também criou um culto de personalidade e seu regime se tornou totalitário, com todos os aspectos da sociedade sendo rigidamente controlados.



Enfrentou muitas ameaças contra seu poder no final da década de 1830 e início da de 1840: Rosas travou uma guerra com a Confederação Peru-Boliviana, sofreu um bloqueio naval promovido pela França, enfrentou uma revolta em sua própria província e lutou durante anos contra uma rebelião que se espalhou pelos outros territórios. Mesmo assim perseverou e ampliou sua influência, exercendo controle efetivo de todas as províncias através de meios diretos ou indiretos. Por volta de 1848, seu poder se estendia para além das fronteiras de Buenos Aires e governava toda a Argentina. Rosas também tentou anexar os países vizinhos do Uruguai e Paraguai. Os franceses e britânicos retaliaram em conjunto contra o expansionismo argentino, bloqueando Buenos Aires pela maior parte da segunda metade dos anos 1840, porém eventualmente foram incapazes de parar Rosas, cujo prestígio tinha crescido enormemente devido seus sucessos.
O Império do Brasil começou a prestar ajuda ao Uruguai em sua luta contra a Argentina, com Rosas declarando guerra em agosto de 1851 e iniciando a Guerra do Prata. O curto conflito terminou no ano seguinte com sua derrota e fuga para o Reino Unido. Passou seus últimos anos em exílio vivendo como arrendatário rural até morrer em 1877. Rosas ganhou uma duradoura percepção pública entre os argentinos como um tirano brutal. Desde a década de 1930, um movimento político, autoritário, antissemita e racista chamado de Revisionismo tem tentado melhorar sua reputação e estabelecer uma nova ditadura seguindo o modelo de seu regime. Os restos de Rosas foram repatriados em 1989 pelo governo de Carlos Menem em uma tentativa de promover a unidade nacional, procurando perdão para ele e especialmente para a ditadura militar da década de 1970. Rosas permanece no século XXI como uma figura controversa na história argentina.
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Domingo na Usina: Biografias: Adolfo Bioy Casares:

 


Adolfo Bioy Casares (Buenos Aires, 15 de setembro de 1914 — Buenos Aires, 8 de março de 1999) foi um escritor argentino. Sua obra mais conhecida é La invención de Morel. A narrativa de Adolfo Bioy Casares criou um mundo de ambientes fantásticos regidos por uma lógica peculiar e marcados por um realismo de grande verossimilhança.
2.5.1 Com Jorge Luis Borges

2.5.2 Com Silvina Ocampo

2.6 Guiões

2.6.1 Com Jorge Luis Borges

Prémios recebidos

1975 - Prémio de honra de "La SADE".

1981 - foi nomeado membro da Legião de honra de França.

1986 - Cidadão Ilustre da Cidade de Buenos Aires

1990 - Prémio Cervantes

Obra

Romances

La invención de Morel (1940)

Plan de evasión (1945)

El sueño de los héroes (1954)

Diario de la guerra del cerdo (1969)

Dormir al Sol (1973)

La aventura de un fotógrafo en La Plata (1985)

Un campeón desparejo (1993)

Livros de Contos

Prólogo (1929)

17 disparos contra el porvenir (1933)

La estatua casera (1936)

La trama celeste (1948)

Luis Greve, muerto (1937)

Las vísperas de Fausto (1949)

Historia prodigiosa (1956)

Guirnalda con amores (1959)

El lado de la sombra (1962)

El gran serafín (1967).
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Domingo na Usina: Biografias: Julio Florencio Cortázar:

 


Julio Florencio Cortázar (Ixelles, 26 de agosto de 1914 — Paris, 12 de fevereiro de 1984) foi um escritor argentino, tradutor e intelectual argentino. Sem renunciar à nacionalidade argentina, ele optou por adquirir a nacionalidade francesa, em 1981, em protesto contra o regime militar argentino.[1]
Ele é considerado um dos autores mais inovadores e originais de sua época, mestre da história, prosa poética e conto em geral e criador de romances importantes que inauguraram uma nova maneira de fazer literatura no mundo hispânico, quebrando os moldes clássicos através de narrativas que escapam à linearidade temporal. Como o conteúdo de seu trabalho viaja na fronteira entre o real e o fantástico, ele geralmente é colocado em relação ao realismo mágico e até ao surrealismo.[2][3]
Ele viveu sua infância e adolescência e maturidade incipiente na Argentina e, desde os anos 50, na Europa. Ele morou na Itália, Espanha, Suíça e França, onde se estabeleceu em 1951 e montou algumas de suas obras.[3]
Filho de argentinos, nasceu em Ixelles, distrito de Bruxelas, na Bélgica, e voltou à terra natal de seus pais aos três anos de idade. Seus pais separaram-se posteriormente e passou a ser criado pela mãe, uma tia e uma avó. Passou a maior parte de sua infância em Banfield, subúrbio de classe média de Lomas de Zamora, região metropolitana de Buenos Aires, e não era uma criança totalmente feliz, apresentando uma tristeza frequente. Declararia: "Pasé mi infancia en una bruma de duendes, de elfos, con un sentido del espacio y del tiempo diferente al de los demás".[4] Cortázar era uma criança bastante doente e passava muito tempo na cama, lendo livros que sua mãe selecionava. Muitos de seus contos são autobiográficos, como Bestiario, Final del juego, Los venenos e La Señorita Cora, entre outros.
Formou-se Professor em Letras em 1935, na "Escuela Normal de Profesores Mariano Acosta", e naquela época começou a frequentar lutas de boxe. Em 1938, com uma tiragem de 250 exemplares, editou Presencia, livro de poemas, sob o pseudônimo "Julio Denis". Lecionou em algumas cidades do interior do país, foi professor de literatura na "Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad Nacional de Cuyo", mas renunciou ao cargo quando Perón assumiu a presidência da Argentina. Empregou-se na Câmara do Livro em Buenos Aires e realizou alguns trabalhos de tradução.
Em 1951, aos 37 anos, Cortázar, por não concordar com a ditadura na Argentina, partiu para Paris (França), pois havia recebido uma bolsa do governo francês para ali estudar por dez meses, e acabou se instalando definitivamente. Trabalhou durante muitos anos como tradutor da Unesco e viveria em Paris até a sua morte. Teve uma relação de amizade com os artistas argentinos Julio Silva e Luis Tomasello, com os quais realizaria vários projetos conjuntos. Politicamente, o autor também foi um mistério, devido à fragilidade dos rótulos da época, pois, para a CIA, tratava-se de um perigoso esquerdista a soldo da KGB, enquanto esta considerava-o um notório agente do imperialismo a soldo da CIA e perigoso agitador anti-soviético, já que denunciava as prisões em Moscou dos chamados dissidentes.
Cortázar casou-se com Aurora Bernárdez en 1953, uma tradutora argentina. Viviam em Paris, sob condições econômicas difíceis e surgiu a oportunidade de traduzir a obra completa, em prosa, de Edgar Allan Poe para a Universidad de Puerto Rico. Esse trabalho foi considerado pelos críticos como a melhor tradução da obra do escritor.
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