sábado, 30 de outubro de 2021

Dante Alighieri: A Divina Comédia: Inferno:

 



CANTO VI

No terceiro círculo estão os gulosos, cuja pena consiste em ficarem prostrados debaixo de uma forte chuva de granizo, água e neve, e ser dilacerados pelas unhas e dentes de Cérbero. Entre os condenados Dante encontra Ciacco, florentino, que fala com Dante acerca das discórdias da pátria comum.
DO soçobro tornando a aflita mente, Que da cópia infelice contristado
3 Havia tanto o padecer pungente,
Achei-me novamente circundado
De outros míseros, de outras amarguras,
6 Que via em toda parte, ao longe e ao lado.
Sou no terceiro círculo, onde escuras, Eternas chuvas, gélidas caíam,
9 Pesadas, sempre as mesmas, sempre impuras.
Saraiva grossa, neve, água desciam Desse ar pelas alturas tenebrosas:
12 No chão caindo infeto odor faziam.
Latia com três fauces temerosas, Cérbero, o cão multíface e furente,
15 Contra as turbas submersas, criminosas.
Sangüíneos olhos tem, o ventre ingente, Barba esquálida, as mãos de unhas armadas; 18 Rasga, esfola, atassalha a triste gente.

Domingo na Usina: Augusto Mesquitela Lima:


Augusto Mesquitela Lima (Mindelo, 10 de Janeiro de 1929 — Lisboa, 14 de Janeiro de 2007) foi um antropólogo e escritor cabo-verdiano.
Teve mais de 30 trabalhos científicos e 25 livros publicados, entre os quais Uma Leitura Antropológica da Poética de Sérgio Frusoni. É o decano dos antropólogos cabo-verdianos, internacionalmente reconhecido como especialista em arte da África Central.
Biografia
Mesquitela Lima era neto de Bernardo Mesquitela, governador de Cabo Verde em 1913. Estudou no Liceu Gil Eanes do Mindelo e iniciou a carreira de funcionário colonial, em 1949, como escriturário da Alfândega de Cabo Verde. Em 1952 foi para Angola como chefe de posto da Inspecção dos Serviços Administrativos e Negócios Indígenas. Prosseguiu os seus estudos em Lisboa em 1959 no Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Formado em Estudos Políticos e Sociais do Ultramar, foi para o Instituto de Investigação Científica de Angola, onde dirigiu em Luanda o Museu de Angola. Na província da Lunda Norte, leste de Angola, estudou vários grupos étnicos, com especial destaque para os kyaka.
Regressou a Portugal após a Revolução de 25 de Abril de 1974. A partir de 1975 passou a leccionar na Universidade Nova de Lisboa, onde foi professor catedrático e jubilado como professor de Antropologia Cultural da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.
Em 1977 doutorou-se na Universidade de Paris X – Nanterre. Também em Paris trabalhou com grandes nomes da antropologia mundial como Claude Lévi-Strauss ou Roger Bastide. Em 1978 criou o Departamento de Antropologia na Universidade Nova de Lisboa, assim como o Instituto de Estudos Africanos.
À data da sua morte o Professor Mesquitela Lima era director do Instituto Superior de Gestão. Faleceu devido a uma pneumonia.
Bibliografia
"Introdução à antropologia cultural, em co-autoria com Bento Marinez e João Lopes Filho".

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mesquitela_Lima



Domingo na Usina: Biografias: Manuel dos Santos Lopes:



Manuel dos Santos Lopes (Mindelo, São Vicente (Cabo Verde), 23 de Dezembro de 1907 — Lisboa, 25 de Janeiro de 2005) foi um ficcionista, poeta e ensaísta e um dos fundadores da moderna literatura cabo-verdiana que, com Baltasar Lopes da Silva e Jorge Barbosa, foi responsável pela criação da revista Claridade.
Manuel Lopes escrevia os seus textos em português, embora utilizasse nas suas obras expressões em crioulo cabo-verdiano. Foi um dos responsáveis por dar a conhecer ao mundo as calamidades, as secas e as mortes em São Vicente e, sobretudo, em Santo Antão.[1][2][3]
Biografia
Emigrou ainda jovem tendo a sua família fixado em 1919 em Coimbra (Portugal), onde fez os estudos liceais.
Quatro anos depois, voltou a Cabo Verde como funcionário de uma companhia inglesa.
Em 1936, fundou com Baltasar Lopes a revista Claridade, de que sairiam nove números.
Em 1944 foi transferido para a ilha do Faial, nos Açores, onde viveu até se fixar em Lisboa, em 1959.
Regressou apenas por duas vezes ao seu arquipélago.[1][2][3]
Obras

Ficção

Chuva Braba, 1956 1957

O Galo Que Cantou na Baía (e outros contos caboverdianos), 1959

Os Flagelados do Vento Leste, 1959

Poesia

Horas Vagas, 1934

Poema de Quem Ficou, 1949

Folha Caída, 1960

Crioulo e Outros Poemas, 1964

Falucho Ancorado, 1997

Ensaio

Monografia Descritiva Regional, 1932

Paul, 1932

Temas Cabo-verdianos, 1950

Os Meios Pequenos e a Cultura, 1951

Reflexões Sobre a Literatura Caboverdiana, 1959

As Personagens de Ficção e Seus Modelos, 1973[1][2][3]

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lopes

Domingo na Usina: Biografias: Manuel de Novas:



Manuel de Novas, Manuel d' Novas ou Manel d' Novas (Santo Antão, 24 de Fevereiro de 1938 — Mindelo, São Vicente, 28 de Setembro de 2009) foi um dos poetas e compositores cabo-verdianos mais conhecidos internacionalmente.
Baptizado como Manuel Jesus Lopes, Manuel de Novas escreveu Stranger ê um ilusão, Lamento d'um emigrante e outras letras. Considerado, por isso, um dos mais importantes trovadores de Cabo Verde, compositor preferido de Cesária Évora e Bana, entre outros.
Apesar de ter nascido na ilha vizinha, Manuel de Novas é considerado um filho do Mindelo, ilha de São Vicente, onde viveu.
Manel d' Novas ficou conhecido essencialmente por ter uma postura crítica em relação à sociedade mindelense, ilha onde vivia e que o adoptou como filho. Outra particularidade do compositor era a sua escrita em crioulo cabo-verdiano.
Internado na Unidade de Cuidados Especiais do Hospital Baptista de Sousa, o compositor acabou por falecer vítima de complicações decorrentes do acidente vascular cerebral (AVC) que sofrera três anos antes em Portugal. O compositor foi velado em sua casa, em Monte Sossego, a pedido dos familiares.

Poemas mais famosos

Apocalipse

Cmé catchorr (morna-coladeira)

Cumpade Ciznone

D. Ana

Ess Pais

Morte d'um Tchuc (morna-coladeira)

Nôs raça

Psú nhondenga (morna-coladeira)

Stranger ê um Ilusão (morna)

Tudo tem se limite

Lamento d'um emigrante

Lisboa, capital di sôdade (em conjunto com Rui Machado)

Literatura

César Augusto Monteiro, Manel d' Novas: Música, Vida, Cabo-verdianidade (2003)

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_de_Novas

Domingo na Usina: Biografias: Luís Romano de Madeira Melo:



Luís Romano de Madeira Melo (Vila de Ponta do Sol, 6 de Outubro[1] de 1922 - Natal, 22 de janeiro de 2010)[2] foi um poeta, romancista e folclorista cabo-verdiano, com trabalhos em português e em crioulo cabo-verdiano da ilha de Santo Antão, idioma que preferia designar por "língua cabo-verdiana".[3][4]
Idealista, polígrafo independente, a sua produção tem sido editada em órgãos literários locais e internacionais. Grande parte da temática de Luís Romano gira em torno de sua terra natal, Cabo Verde, que ele designa como "Kabverd". Visceralmente realista, consagrou sua vida literária ao empenho de dignificar a cultura e a civilização caboverdianas. Preocupação e apoio estimulante: estabelecimento oficial da língua materna do Kriolander em todo o Arquipélago. Personificando ansiedade dos conterrâneos desalienados, ele se tornou pioneiro em sacrificar-se, ao conseguir com destemor e risco de vida, a publicação do primeiro romance de denúncia nativa, Famintos, sobre a tragédia do povo caboverdiano durante o período flagicioso da década de 1940.[5] Os manuscritos desse romance foram trazidos de Cabo verde colados ao longo do seu corpo para escapar à censura política.
No final dos anos 50 do século XX, Luís Romano aderiu aos ideais da independência, tendo chegado a desempenhar cargos de direção no PAIGC, sendo perseguido pela PIDE. Fugiu para Argel e Paris e exilou-se, depois, no Brasil, onde viveu desde 1962.
Obras

Os Famintos (1962): romance em língua portuguesa.

Clima (1963): poemas em língua portuguesa, crioulo cabo-verdiano e francês

Cabo Verde-Renascença de uma Civilização no Atlântico Médio (1967): colectânea de poemas e contos em português e crioulo cabo-verdiano.

Negrume/Lzimparin (1973): contos em crioulo cabo-verdiano, com tradução para língua portuguesa.

Ilha (1991): contos da "Europáfrica" e da "Brasilamérica" em português e, em parte, em crioulo cabo-verdiano

Contos

"Nho Zidôr" (in Ilha), "Pasaport Kabverd" (in Ilha), "Daluz" (in Negrume), "Tánha" (in Negrume), "Destino" (in Negrume), "Estórias de Tipêde i Tilôbe" (in Cabo Verde-Renascença de uma Civilização…)

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Romano_de_Madeira_Melo

Domingo na Usina: Biografias: Jorge Vera-Cruz Barbosa:



Jorge Vera-Cruz Barbosa (Cidade da Praia, Cabo Verde, 22 de maio de 1902 - Cova da Piedade/Almada, 6 de janeiro de 1971 foi um escritor cabo–verdiano.
Nasceu na ilha de Santiago, fez os seus estudos primários entre Lisboa e a Cidade da Praia. Aos dezoito anos começou a trabalhar na Alfândega de São Vicente. Aposentou-se na Ilha do Sal em 1967. Em 1970, já debilitado, foi viver para Lisboa, onde faleceu.
Colaborou em várias revistas e jornais portugueses e cabo–verdianos e ainda na revista luso-brasileira Atlântico [1]. Com a publicação do seu primeiro livro, Arquipélago em 1935 foi um marco para o nascimento da poesia cabo-verdiana, e por isso é considerado o pioneiro da moderna poesia cabo verdiana, onde os problemas sociais e políticos passaram a constituir uma das grandes temáticas do escritor.
Jorge Barbosa escreveu ainda Ambiente (1941), Caderno de um Ilhéu (1955, Prémio Camilo Pessanha) e, na altura os proibidos, mas editados mais recentemente, Meio Milénio, Júbilo e Panfletário.
Um poema seu, Prelúdio, encontra-se no CD Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião da Gama, de Afonso Dias.
Obras
Arquipélago,1935

Ambiente (1941

Caderno de um Ilhéu (1956)

Postumamente, em 2002, a sua Obra Poética foi reunida pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, onde se acrescentou três livros inéditos, ordenados pelo poeta: I – Expectativa; II – Romanceiro dos Pescadores; III – Outros Poemas.[2]
Legado
Na cidade do Mindelo , na Ilha de São Vicente existe a Escola Secundária Jorge Barbosa. Antes da Independência de Cabo Verde,em 1975, esta escola chamava-se Liceu Nacional Infante D.Henrique[3].
No sul da Cidade da Praia, em Cabo-Verde, existe uma avenida chamada Avenida Jorge Barbosa[4].
Na Ilha do Sal existe uma biblioteca chamada Biblioteca Municipal Jorge Barbosa.

fonte de origem:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Barbosa