domingo, 27 de outubro de 2019

Domingo Na Usina: Biografias:Adelmar Tavares:


Quinto ocupante da Cadeira 11, eleito em 25 de março de 1926, na sucessão de João Luís Alves e recebido em 4 de setembro de 1926 pelo Acadêmico Laudelino Freire. Recebeu o Acadêmico A.J. Pereira da Silva.
Adelmar Tavares (A. T. da Silva Cavalcanti), advogado, professor, jurista, magistrado e poeta, nasceu em Recife, PE, em 16 de fevereiro de 1888, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de junho de 1963.
Era filho de Francisco Tavares da Silva Cavalcanti e de Maria Cândida Tavares. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife, onde colou grau em 1909. Ainda estudante, começou a colaborar na imprensa como redator do Jornal Pequeno. Em 1910, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ocupou importantes cargos. Foi professor de Direito Penal na Faculdade de Direito do Estado do Rio de Janeiro; promotor público adjunto (1910); curador de resíduos e testamentos (1918); curador de órfãos (1918-1940); advogado do Banco do Brasil (1925-1930); desembargador da Corte de Apelação do Distrito Federal (1940) e presidente do Tribunal de Justiça (1948-1950).
Enquanto desenvolvia sua carreira na magistratura, Adelmar Tavares continuava colaborando na imprensa, e seu nome se tornara conhecido em todo o Brasil no setor da trova, sendo considerado, até hoje, o maior cultor desse gênero poético no Brasil. Suas trovas sempre mereceram referência na história literária brasileira. Sua obra poética caracteriza-se pelo romantismo, lirismo e sensibilidade, sendo recorrentes temas como o da saudade e o da vida simples junto à natureza.
Era membro da Sociedade Brasileira de Criminologia, do Instituto dos Advogados, da Academia Brasileira de Belas Artes, membro e patrono da Academia Brasileira de Trovas. Era considerado o Príncipe dos Trovadores Brasileiros. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras em 1948.

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Domingo Na Usina: Biografias: João Luís Alves:



Quarto ocupante da Cadeira 11, eleito em 20 de setembro de 1923, na sucessão de Eduardo Ramos e recebido pelo Acadêmico Augusto de Lima em 6 de novembro de 1923.

João Luís Alves, jurista e político, nasceu em 23 de maio de 1870, em Juiz de Fora, MG, e faleceu em Paris, França, em 15 de novembro de 1925.

Era filho do dr. João Luís Alves e de Antonina Barbosa Alves e neto de Luís Antônio Barbosa, ministro da Justiça do Império. Aos 11 anos veio para o Rio, onde completou os estudos preparatórios. Em 1885, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, se bacharelando em 1889, seis dias antes da proclamação da República. Regressando a Minas, Cesário Alvim, presidente de Minas Gerais, nomeou-o promotor público e curador de órfãos da comarca de Rio Verde (1890-91). A seguir foi juiz municipal e de órfãos de Campanha e de Alfenas, professor de legislação e terras no curso de agrimensura em Campanha (1893-94) e professor catedrático da Faculdade de Direito de Belo Horizonte. De 1893 a 1898, dedicou-se com brilhantismo à advocacia no sul de Minas. No biênio de 1898 a 1900 foi prefeito de Campanha com brilhante gestão. Em 1899 foi eleito deputado estadual e, em abril de 1903, deputado federal. Na Câmara foi eleito membro da Comissão da Constituição e Justiça, tendo ocasião de elaborar pareceres de grande repercussão. Bateu-se pela reforma aduaneira, sendo um dos líderes do protecionismo brasileiro.

Em 1908 foi eleito senador pelo Espírito Santo. Fez parte da comissão encarregada de dar parecer sobre o projeto do Código Civil, na qual ficou mais uma vez comprovada a sua alta capacidade jurídica. A essa fase pertencem os seus melhores discursos. Quando Rui Barbosa desenvolvia a memorável campanha civilista e, depois, o movimento de oposição ao governo daquele marechal, o senador pelo Espírito Santo não temeu enfrentá-lo, travando discussões e debates que ficaram registradas nos anais do Senado. Foi valiosa a sua colaboração de jurista na elaboração de várias leis.

Em 1918, Artur Bernardes, eleito presidente de Minas Gerais, nomeou João Luís Alves secretário das Finanças. Assumindo Artur Bernardes a presidência da República, depois de uma violenta campanha política, João Luís Alves foi chamado para a pasta da Justiça e Negócios Interiores. Nesse alto posto, elaborou a reforma judiciária do Distrito Federal, com um novo Código de Processo Civil e Comercial, e a reforma do Departamento Nacional de Saúde Pública e do Ensino.

Em dezembro de 1924, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga aberta com a morte do ministro Hermínio do Espírito Santo. Afastou-se dessa função devido ao seu precário estado de saúde, que o obrigou a buscar tratamento em Paris, onde veio a falecer logo em seguida.


Era membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

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Domingo Na Usina: Biografias: Eduardo Ramos:



Terceiro ocupante da Cadeira 11, eleito em 3 de agosto de 1922, na sucessão de Pedro Lessa, não chegou a tomar posse. Deveria ser saudado pelo Acadêmico Augusto de Lima.

Eduardo Ramos (E. Pires R.), jurista, nasceu em Salvador, BA, em 25 de maio de 1854, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 15 de maio de 1923.

Fez seus estudos nas Faculdades de Direito de São Paulo, bacharelando-se em ciências jurídicas aos 18 anos. Começou a vida profissional como promotor público na comarca de Feira de Santana, BA, vindo a ocupar posteriormente o posto de diretor-geral da Instrução Pública da Bahia. Teve ocasião de mostrar seu interesse pelo problema da educação, inteiramente negligenciado naquele tempo, apresentando Relatório onde as questões do ensino primário foram tratadas de um modo inteiramente novo para a época. Em 1903, veio para o Rio de Janeiro como deputado pelo seu Estado. Eleito senador, tomou parte da primeira Constituinte. Fez parte da Comissão de Diplomacia e Tratados e o seu nome ilustra vários pareceres, notadamente o relativo ao Tratado de Petrópolis de 1904. Distinguiu-se entre os parlamentares pelo  talento, pela palavra, que conquistava as simpatias para os projetos de alto alcance que apresentava. Foi seu o projeto da criação da Universidade na capital da União.

Deve-se a Eduardo Ramos a apresentação de projeto, convertido na lei 726 de 8 de dezembro de 1900 que autorizou a dar a Academia instalação em prédio público e publicar na Imprensa Nacional as publicações oficiais da Academia, reconhecendo a Academia Brasileira de Letras como instituição de utilidade pública. Só entrou na Casa de Machado de Assis no fim da vida. Enquanto os que pretendiam a mesma vaga esforçavam-se por assegurar alguns votos, Eduardo Ramos resolvia esperar tranqüilamente a justiça dos homens. Na sua linha inflexível de conduta, preferia ser vencido no pleito que tanto o interessava, do que transgredir seus princípios com a elegância moral que o caracterizava. Eleito, finalmente, já não lhe foi possível tomar posse da cadeira que lhe coube.

De sua prosa ficaram alguns livros, em que reuniu as crônicas publicadas na imprensa, assinadas também sob os pseudônimos Erasmo e Deaudor Mosar. Nesses livros de assuntos vários, o escritor comenta fatos, sugere idéias, ventila questões, mordaz algumas vezes, irônico muitas outras, revelando sempre a originalidade da personalidade e a elegância do sentimento. Sua poesia encontra-se esparsa, em algum álbum ou em jornais da época. Conheceram-na apenas ou amigos que se reuniam em sua casa, para ouvi-lo dizer, com uma arte peculiar, aqueles versos simples que traziam a originalidade da idéia na elegância da forma.

João Luís Alves, no discurso de posse, referindo-se a Eduardo Ramos. Diria que “para os que não o conheceram de perto, a feição intelectual de Eduardo Ramos seria a da sarcástica, mas, na realidade ele era um afetivo e um crente do bem e do justo”.

http://www.academia.org.br/academicos/eduardo-ramos/biografia

Domingo Na Usina: Biografias:Jose Antonio Mesa Toré:


(n. Málaga , 1963) é um poeta espanhol.
 Formou-se em Filologia Espanhola na Universidade de Málaga, onde lecionou por sete anos. Ele atualmente trabalha na Geração de 27 Centro Cultural é conselheiro literário para a revista Litoral a partir dos anos 80 e co - diretor da coleção de poesia A luz verde ea revista Silver Bridge e The Generation Machinist.

Ele é o autor dos livros de poesia em vento e água retrocedendo, com influências notáveis ​​de Catulo , O amigo imaginário (;1991), vencedor do Carlos Prémio Rei Juan e que está ligado à poesia de experiência (uso da métrica, situações dia), o romance "o garçom altiva", finalista do Prêmio Planeta em 1995, e na última primavera Nordic (1998), um título tirado de Cernuda , na qual certos narrativa sobre um caso de amor realizada em ocorre Espanha e Suécia, entre o poeta e estudante. Além disso, ele publicou a antologia A militância alegre (1996).


Sua poesia é caracterizada pela intimidade delicada e de grande gestão endecasílabo, destacando a sua utilização do soneto . Seu trabalho tem sido incluído nos últimos antologias de poesia espanhola contemporânea como End of a século, de Luis Antonio de Villena e recente poesia espanhola (1980-2000), Juan Cano Ballesta.

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