Nunca escondo meu amor
jamais esconderei a dor
um desalinho mal alinhavado
que nasce amarrotado
de um desencontro de amor
maltratar a quem amo
é dor
estar e ser sem quem amo
é dor
se em desalinho e dor
dou flor
quem dirá o que farei
em tudo flor?
sendo assim, aquieta-te
se a culpa não tens
sendo assim, sorria
pelo dom das gens,
pois se, sois risos e prata
somos mesmo da mesma
nata - dos que sorriem
pelo bem...
somos um, somos dois
e ainda somos ninguém
somos o dia e a noite
e ainda todos que nos cercam
e os anos - que nos mostrarão
por quem e por que amamos
levanta teus olhos e abraça
o espaço aço frio,
entre nós, não há caça
troféu -pois que não caçamos ninguém
além do riso preciso
amalgama que nos une
a um trem...
que nem estação tem...