quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Vivaldo Terres:

 


Que tarde serena

Que doces momentos

Que tarde serena

Que a vida nos proporcionou.

Um amar de alegria

Uma festa de paz

Festejamos contentes

Um hino ao amor.

***

Estavas contente

E feliz tu cantavas,

Demonstrando o que tinha

No teu coração.

***

Aproximavas-te de mim

Toda sorridente

E feliz e contente

Davas-me as mãos.

***

Fiquei comovido, pois não esperava

Esta grata atitude

Por ti explicada

Dizendo que agora

Seria feliz e o meu amor

Era o que tu sempre quiseste

Ó minha amada agora sou feliz.

Vivaldo Terres

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Fernando Leal: IMPROVÁVEL:



Aqui neste compêndio de pensamentos,

Tento viver a vida com relativo acerto!

Turvo a minha alma em sentimentos...

... Assertivo ou discursivamente...

Codifico o tempo de outrora, por inglório tempo...

Agora que não mais escrevo,

Fazer poesias é um tormento.

Maldito ou bíblico...

Decodifico esta vida de lamentos.

Demônio ou santo...

Hei de herdar a terra ao menos por um momento...

Lastimo a incompreensão sem espanto...

Quem sabe um arcanjo me atira versos ao vento?

Minha aflição não mais grita, ela berra o seu próprio canto!...

Fernando Leal

Sexta da Usina: Poetas na Usina: Ezequiel Alcântara: Lira sertaneja:



Tão linda graceja

Com tanta beleza

Suspiros de amor.

Oh Doce Morena,

Tão bela, serena,

Por que não tens pena

Do teu cantador?!

- Ezequiel Alcântara

Sexta na Usina: poetas da Rede: FERNANDO LEAL: LEVEZA:



Extasiados meus olhos te fitam...

Ah, guerreira do mundo... Seio da vida...

Vejo em ti a minha realização...

... Concretização dos meus sonhos...

Amo-te como um faminto e boquiaberto...

Pássaro... Filhote a espera do alimento no ninho...

··... Marejados meus olhos clamam...

Ah, senhora da alma... Alfa do meu ser...

Observo atento o por vir da concepção...

Adoro-te como um jovem ansioso no portão...

Ávido... Pela chegada da namorada...

··... Abertos meus braços te esperam...

Ah, amor de mulher que me entorpece...

Leio-te como um poema sublime...

Desejo-te com leveza e furor... paradoxalmente...

Puro... Na essência adolescente de um bálsamo...

FERNANDO LEAL.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Fernando Leal: Inspiração Divina:



... Tu carregas nos olhos o oceano...

Que olhar será este a pedir socorro?

...Não há como distinguir a cor!...

... O reflexo parece cegar-me a alma...

... Olhar que esconde uma mulher,

Onde o mistério parece à pausa de uma canção,

Em que o homem não decifra as notas e as partituras.

... Os teclados silenciam...

Paira um mistério inexorável.

... Teu olhar traduz-se em antítese,

Como a propriedade da dualidade humana...

... Horas pede amor,

Outras horas sintetiza a dor,

Algumas outras é mansidão,

Em outras; pura energia e vibração.

Quão estranho é o teu olhar!...

Mulher! Desnuda-te o corpo!...

Mostra-me a tua boca!...

Fazei uso do verbo para desvendar

Esta imensa tradução...

Ou faça uso... mesmo dos olhos...

Que me absorve em ilusão.

... Viajarei contigo... não te quero explicação...

E que este brilho refratário,

Absolva-me o coração!...

Fernando Leal

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Leonardo do Eirado Silva Gonçalves: EM BUSCA DE ...:



Já me vou

e nem sei ao menos

onde chegar.

Mas sei que me alimento do movimento,

do instante que sucede

toda a inércia,

da possibilidade de ser

aquilo que meus passos

ousarem me levar.

Conduzo a vontade

de ser conduzido pelo vento,

em cada sopro matinal

à procura do sol.

E é por isso que ando.

Se errante, itinerante,

delirante no caminhar

que diferença faz?

Ao somar-me às distâncias

do porvir,

vou conquistando lonjuras,

bebendo as águas

de outros oceanos,

saciando a minha sede ...

e me fartando de infinitos.

©  Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

Direitos Reservados.

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Marco Rodrigues: Amizade:



Grato de quem sente que tem um amigo, alguém que reconhece nele

a imperfeição que reside em ti,

e assim te acompanha na procura da solução e não no fácil julgamento.

Que honra ter alguém que não se coíbe de usar palavras duras com sentido,

que despertam nos momentos que a visão se torna turva e não conseguimos nem queremos enxergar a verdade, são a chave para abrir a porta que não conseguimos atravessar.

Sente orgulho daquela pessoa que na correria da vida os dias passam sem palavra,

mas no reencontro a empatia flui como se nunca tivesse parado.

Que ânimo,

saber que essa amizade em alguns casos se sobre põe a laços de sangue,

muito longe da história da nossa vida e acompanha com gosto todos os momentos que brinda com sua presença. Fica muito por dizer sobre o quão bom é ter um ou mais bons amigos,

pois na actualidade é algo que nada nem ninguém consegue comprar,

tu sabes e sempre saberás quem na sua imperfeição,

será alguém perfeito no teu bem estar.

Marco Rodrigues

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Raimundo Dálio de Albuquerque: NÓS:



Tristonho é o dia que amanhece sem a luz solar,

Assim são os meus olhos sem os teus poder olhar,

Sem água as arvores ficam a murchar,

Lânguido o meu corpo sem o teu poder tocar.

Mórbida se faz a noite sem o brilho do luar,

Esquálido o meu ser pelas ruas a vagar,

Sem sal meu alimento não tem sabor,

Sem tua alma a minha se enche de torpor.

Com você o presente não conhece o passado,

Mas sem você o futuro é um mero antepassado,

Verbo sem tempo e sem pronome.

Perfume mítico de exótica essência,

Efêmera vida de singular existência,

O eu e o você que jamais voltará a nós.

Autor: Raimundo Dálio de Albuquerque

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* Imagem retirada da internet.