...
Tu carregas nos olhos o oceano...
Que
olhar será este a pedir socorro?
...Não
há como distinguir a cor!...
...
O reflexo parece cegar-me a alma...
...
Olhar que esconde uma mulher,
Onde
o mistério parece à pausa de uma canção,
Em
que o homem não decifra as notas e as partituras.
...
Os teclados silenciam...
Paira
um mistério inexorável.
...
Teu olhar traduz-se em antítese,
Como
a propriedade da dualidade humana...
...
Horas pede amor,
Outras
horas sintetiza a dor,
Algumas
outras é mansidão,
Em
outras; pura energia e vibração.
Quão
estranho é o teu olhar!...
Mulher!
Desnuda-te o corpo!...
Mostra-me
a tua boca!...
Fazei
uso do verbo para desvendar
Esta
imensa tradução...
Ou
faça uso... mesmo dos olhos...
Que
me absorve em ilusão.
...
Viajarei contigo... não te quero explicação...
E
que este brilho refratário,
Absolva-me
o coração!...
Fernando
Leal
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