Vida de Poeta.
( Poema de Fábio Clemente).
Poeta dia e noite, adormece na paixão.
A mulher ocupa seu sonho leve e na cama
despojar suas fantasias loucas.
O poeta é pensador, jorrar de suas
veias devaneios e poemas, todo hora.
Ele tem preso na alma, a incontida
paixão, principalmente, a não correspondida pela musa-amada.
O poeta se iludi no sonhado amor.
Sua poesia, na madrugada orvalhada, se
alimentar de letras, ate formar a palavra amor, ele dorme acordado.
Poeta vive procurando na luz da lua, o
perdido amor, muitos não encontrados, mas sempre desejados.
O menestrel errante e cego de amor,
todos os dias e nas silenciosas noites, traduz o amor, o verdadeiro amor.
Seu sentimento é afogado nas ondas do
mar, a desilusão é salgada, sempre sem eira e nem beira...
Coitado desse poeta errante, no íntimo,
na alma, é prisioneiro-solitário.
Poeta-menor, se conforma em ler
esfomeado por amor, os poemas e poesias líricos de poeta-maior.
Pensa o aprendiz-poeta:
“um dia irei escrever, extraindo das
entranhas, meu amor perdido.
Serei igual ao poeta Manuel Bandeira”.
Aduz em doce ilusão,coitado aprendiz.
Poeta sofre calado, acorda e dorme,
pensando na candente musa, fazendo morada no seu abandonado coração.
Vida de poeta é vida de esperança, onde
cavalga o amor, sem estrada.
Viva a humanidade dos poetas, que não
faleçam, nesta selva de pedras.
O coração cheio de amor é sua
habitação, assim dorme o poeta.
Viva o amor de todos os poetas.
Gravatá, PE, dezembro de 2020.