quinta-feira, 22 de abril de 2021

Sexta na Usina: Poetas da Rede: Fábio Clemente:

 


Vida de Poeta.

( Poema de Fábio Clemente).

Poeta dia e noite, adormece na paixão.

A mulher ocupa seu sonho leve e na cama despojar suas fantasias loucas.

O poeta é pensador, jorrar de suas veias devaneios e poemas, todo hora.

Ele tem preso na alma, a incontida paixão, principalmente, a não correspondida pela musa-amada.

O poeta se iludi no sonhado amor.

Sua poesia, na madrugada orvalhada, se alimentar de letras, ate formar a palavra amor, ele dorme acordado.

Poeta vive procurando na luz da lua, o perdido amor, muitos não encontrados, mas sempre desejados.

O menestrel errante e cego de amor, todos os dias e nas silenciosas noites, traduz o amor, o verdadeiro amor.

Seu sentimento é afogado nas ondas do mar, a desilusão é salgada, sempre sem eira e nem beira...

Coitado desse poeta errante, no íntimo, na alma, é prisioneiro-solitário.

Poeta-menor, se conforma em ler esfomeado por amor, os poemas e poesias líricos de poeta-maior.

Pensa o aprendiz-poeta:

“um dia irei escrever, extraindo das entranhas, meu amor perdido.

Serei igual ao poeta Manuel Bandeira”. Aduz em doce ilusão,coitado aprendiz.

Poeta sofre calado, acorda e dorme, pensando na candente musa, fazendo morada no seu abandonado coração.

Vida de poeta é vida de esperança, onde cavalga o amor, sem estrada.

Viva a humanidade dos poetas, que não faleçam, nesta selva de pedras.

O coração cheio de amor é sua habitação, assim dorme o poeta.

Viva o amor de todos os  poetas.

Gravatá, PE, dezembro de 2020.

Nenhum comentário:

Postar um comentário