Tirar dentro do peito a emoção, A lúcida verdade,
o sentimento!
- E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!...
Sonhar um verso d´alto pensamento,
E puro como um ritmo d´oração!
- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento!...
São assim ocos, rudes, os meus versos: Rimas perdidas,
vendavais dispersos, Com que eu iludo os outros, com que minto!
Quem me dera encontrar o verso puro, O verso altivo e forte,
estranho e duro, Que dissesse, a chorar, isto que sinto!