sábado, 28 de agosto de 2021

Domingo na Usina: Biografias: Manuel Rui Alves Monteiro:

 


Manuel Rui Alves Monteiro (Huambo, 4 de novembro de 1941 - ), mais conhecido por Manuel Rui, é um escritor angolano, autor de poesia, contos, romances e obras para o teatro.
Muitos dos seus trabalhos contêm ironia, comédia e humor sobre o que ocorreu após a independência de Angola.
Manuel Rui frequentou a Universidade de Coimbra, em Portugal e licenciou-se em Direito no ano de 1969. Praticou direito em Coimbra e Viseu durante a guerra pela independência em Angola.[1].
Enquanto estudante viveu na instituição Kimbo dos Sobas, onde só viviam angolanos. Nesta época conheceu Ruy Mingas (músico, antigo ministro dos Desportos em Angola e ex-embaixador de Angola em Portugal) e reencontrou a professora e escritora Gabriela Antunes[2].
Em Coimbra, foi membro da redacção da revista Vértice, da direcção da Centelha Editora, onde publicou A Onda, em 1973,[3] e colaborador do Centro de Estudos Literários da Associação Académica.[1]
Após a revolução de 25 de Abril de 1974, regressou a Angola, primeiramente para assumir como reitor da recém criada Universidade de Nova Lisboa (atual Universidade José Eduardo dos Santos).[4][5]
No pós-independência tornou-se Ministro da Informação do MPLA no governo de transição estabelecido pelo Acordo do Alvor.[6] Foi também o primeiro representante de, Angola na Organização da Unidade Africana e nas Nações Unidas. Foi ainda Director do Departamento de Orientação Revolucionária e do Departamento dos Assuntos Estrangeiros do MPLA.
Manuel Rui foi membro fundador da União dos Artistas e Compositores Angolanos, da União dos Escritores Angolanos e da Sociedade de Autores Angolanos.
É autor da letra do Hino Nacional de Angola, de outros hinos como o «Hino da Alfabetização» e o «Hino da Agricultura», e da versão angolana da Internacional.[1]
No plano académico, Manuel Rui foi director da Faculdade de Letras do Lubango (atual Universidade Mandume ya Ndemufayo) e do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla.[7]
Obras [nota 1]

Poesia

Manuel Rui (1967). Poesia Sem Notícias. Porto: [s.n.]

Manuel Rui (1973). A Onda. Coimbra: Centelha

Manuel Rui (1976). 11 Poemas em Novembro: Ano Um. Primeiro livro de poesia publicado em Angola após a independência. Luanda: UEA

Manuel Rui (1977). 11 Poemas em Novembro: Ano Dois. Luanda: UEA

Manuel Rui (1978). 11 Poemas em Novembro: Ano Três. Luanda: UEA

Manuel Rui (1978). Agricultura. Luanda: Instituto Angolano do Livro

Manuel Rui (1979). 11 Poemas em Novembro: Ano Quatro. Luanda: UEA

Manuel Rui (1980). 11 Poemas em Novembro: Ano Cinco. Luanda: UEA

Manuel Rui (1981). 11 Poemas em Novembro: Ano Seis. Luanda: UEA

Manuel Rui (1984). 11 Poemas em Novembro: Ano Sete. Luanda: UEA

Manuel Rui (1981). Assalto. Literatura infantil - Desenhos de Henrique Arede. Luanda: Instituto Nacional do Livro e do Disco

Manuel Rui (2006). Edição bilingue português-umbundu [11][12]. Luanda: Nzila ref stripmarker character in |notas= at position 61 (ajuda); Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Manuel Rui (2009 [13][14]). Luanda: UEA ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda); Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Prosa

Manuel Rui (1973). Regresso Adiado Lisboa. Inclui os contos: Mulato de Sangue Azul, O Aquário, Com ou Sem Pensão, Em Tempo de Guerra não se Limpam Armas e O Churrasco. [S.l.: s.n.] [15][16][17]

Manuel Rui (1977). Sim Camarada!. Primeiro livro de ficção angolana publicado após a independência. Luanda: UEA

Integra os contos O Conselho, O Relógio, O Último Bordel, Duas Rainhas e Cinco Dias depois da Independência

Manuel Rui (1977). A Caixa. Primeiro livro angolano de literatura infantil. Luanda: Conselho Nacional de Cultura

Manuel Rui (1979). Cinco Dias depois da Independência. Publicado originalmente no livro Sim Camarada!, foi editado separadamente, em formato de bolso, na colecção 2K da União dos Escritores Angolanos. Luanda: UEA

Manuel Rui (1980). Memória de Mar. Luanda: UEA

Manuel Rui (1982 [18][19]). Lisboa: Edições Cotovia ref stripmarker character in |ano= at position 6 (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda); Em falta ou vazio |título= (ajuda).
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Domingo na Usina: Biografias: Kardo Bestilo:

 


Kardo Bestilo (Luanda, Angola, 1976) é um escritor angolano. Formou-se Engenharia Electrónica e Gestão na Universidade Middlesex, em Londres. É membro fundador e executivo do LEV´ARTE, um movimento artístico angolano, que vem brindando as suas várias audiências em diferentes lugares com Poesia ao som de guitarra, visando o incentivo à escrita e leitura. Realiza palestras sobre a metodologia da escrita e como falar em público, para alunos universitarios na cadeira de Metodologia de Investigação Cientifica.
Em 2006 lançou ControVerso, com 131 Poemas no total, com 11 poemas de membros dos Movimentos de Poesia ao vivo.[1]
Obras

ControVerso (2006, ed. Europress)

Palavras (2010, ed. Europress).
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Domingo na Usina: Biografias: Sousa Jamba:

 


Sousa Jamba (Missão de Dondi, Angola, 9 de janeiro de 1966) é um escritor e jornalista angolano.
Entre 1976 e 1984, em consequência da guerra, emigrou para a Zâmbia, onde fez os estudos em língua inglesa e com a qual começou a sua produção literária. Em seguida, regressou a Angola, trabalhando como jornalista nas zonas controladas pela União Nacional da Independência Total de Angola (UNITA).
Em 1986, adquiriu uma bolsa para estudar na Grã-Bretanha, onde fez estudos superiores e de jornalismo. Como jornalista, foi repórter da UNITA, e tem desenvolvido actividades nos Estados Unidos, Brasil, Portugal e Grã-Bretanha, colaborando regularmente com jornais como The Spectator, O Independente e Terra Angolana.
Escritor-residente em diversas universidades da Escócia, Sousa Jamba publicou as suas primeiras obras em inglês: Patriots (1990, Patriotas , tradução portuguesa,1991), On the Banks of the Zambezi (1993), A Lonely Devil (1994, Confissão Tropical , tradução portuguesa, 1995).
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Domingo na Usina: Biografias: Ana Paula Ribeiro Tavares:

 


Ana Paula Ribeiro Tavares (Lubango, Angola, 30 de Outubro de 1952) é uma historiadora e poetisa angolana. [1]
Nascida em 1952, no Lubango, na província angolana de Huíla, foi criada por padrinhos, tendo ali vivido até aos 20 anos. [2] Após o casamento viveu no Huambo, Cuanza Sul, Benguela e finalmente Luanda. [3]
Iniciou o seu curso de História na Faculdade de Letras do Lubango (hoje ISCED - Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla). Em 1992 veio para Portugal, terminando o curso na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde também fará o Mestrado em Literaturas Africanas que conclui em 1996. [1][4]
Em 1976 foi nomeada para o Conselho Nacional de Cultura, tendo ficada destacada em Cuanza Sul. [5][4]
Atualmente vive em Portugal, fez o doutoramento em Antropologia na Universidade Nova de Lisboa sobre a "História e memória. Estudo sobre as sociedades de Lunda e Cokve de Angola" e leciona na Universidade Católica de Lisboa. [6][2][1]
Sempre trabalhou na área da cultura, museologia, arqueologia e etnologia, património, animação cultural e ensino. [1]
Tanto a prosa como a poesia de Ana Paula Tavares estão presentes em várias antologias publicadas em Portugal, no Brasil, em França, na Alemanha, em Espanha e na Suécia.
Influências
A escrita de Ana Paula Tavares sofreu influência de autores brasileiros, como Manuel Bandeira, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Mello Neto, cujas obras chegavam a Angola por meio de viajantes. Segundo a poeta, não só a literatura, mas também a música brasileira influenciou sua escrita. [7]
Prémios e Reconhecimento
2007 – Recebeu o Prémio Nacional de Cultura e Artes de Angola (categoria literatura), pelo livro Manual para amantes desesperados [8][9]
2004 – Ganhou o Prémio Mário António de Poesia atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian com o livro Dizes-me coisas amargas como os frutos [8][10][11]
Obras Seleccionadas
É autora de vários livros: [12][2]
Ritos de passagem (poesia). Luanda: UEA, 1985 [2ª ed. Lisboa: Caminho, 2007].

Sangue da buganvília: crônicas (prosa). Centro Cultural Português Praia-Mindelo, 1998.

O Lago da Lua (poesia). Lisboa: Caminho, 1999.

Dizes-me coisas amargas como os frutos (poesia). Lisboa: Caminho, 2001.

Ex- votos, 2003.
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Domingo na Usina: Biografias: José Luandino Vieira:

 


José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Vieira Mateus da Graça (Vila Nova de Ourém, 4 de maio de 1935) é um escritor e tradutor luso-angolano[1] [2].
Originário da vila de Ourém, aos três anos de idade José Vieira Mateus da Graça, que viria a adotar o nome literário de José Luandino Vieira, viajou para Angola, juntamente com os seus pais.
Passou toda a infância e juventude em Luanda, onde fez os estudos secundários. Com o eclodir da Guerra Colonial, ingressou nas fileiras do MPLA, participando na luta armada contra Portugal. Já antes estivera detido pela PIDE, por se manifestar contra a ditadura, em 1959; voltaria a ser detido em 1961, e subsequentemente condenado a 14 anos de prisão. Até 1964 passou por várias cadeias em Luanda, até que no último desses anos foi transferido para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde passou oito anos.
Em 21 de Maio de 1965, encontrando-se Luandino preso há quatro anos, a Sociedade Portuguesa de Escritores, então presidida por Jacinto do Prado Coelho, deliberou atribuir-lhe o Grande Prémio de Novela, pela sua obra Luuanda. Depois de os jornais portugueses noticiarem o galardão, a Direcção dos Serviços de Censura detectou a gaffe política e proibiu qualquer referência ao prémio sem um enquadramento crítico face ao escritor, aos membros do júri e à própria SPE, cuja sede foi assaltada e destruída na noite de 21 de Maio, alegadamente por "desconhecidos", mas na realidade elementos da polícia política PIDE e da Legião Portuguesa. Por despacho datado do mesmo dia 21 de Maio, o Ministro da Educação Nacional, Inocêncio Galvão Teles, extinguiu a Sociedade Portuguesa de Escritores.[3] Na sua edição de 23 de Maio, o Jornal do Fundão noticiou os prémios, elogiando fortemente os vencedores, incluindo Luandino, e recusando qualquer referência ao estatuto criminal do escritor. Em consequência, o periódico foi suspenso durante seis meses e multado, tendo a sua caução aumentado exponencialmente até cumprir a obrigação de apresentar as provas à delegação de Lisboa dos Serviços de Censura e não de Castelo Branco. Só viria a retomar a normalidade no final de Novembro de 1965, após exposições do diretor ao Presidente do Conselho.[4]
Em 2009, numa rara entrevista concedida ao jornal Público, Luandino confidenciou que as notícias do prémio chegaram tardiamente ao Tarrafal, pois o director do campo de detenção retardou a informação. Como o escritor estava impossibilitado de candidatar a obra, bem como o seu editor, foi com surpresa que percebeu que a obra fora, mesmo assim, distinguida, graças à intervenção do crítico literário Alexandre Pinheiro Torres.[5]
Saiu em regime de liberdade condicional em 1972, passando a viver em Lisboa, sujeito à medida de segurança residência sob vigia. Foi trabalhar com o editor Sá Costa (até à Revolução de Abril) e iniciou a publicação da sua obra, escrita, na grande maioria, nas prisões por onde passou.
Em 1975 regressou a Angola. O regime da agora independente República Popular de Angola — de que Luandino é um ideólogo, pois assume a função de diretor do Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA (1975-1979) — atribui a Luandino Vieira responsabilidades ligadas ao setor audiviosual e cinematográfico; começa por ser diretor da Televisão Popular de Angola (1975-1978), e passa depois a dirigir o Instituto Angolano de Cinema (1979-1984). Foi igualmente cofundador da União dos Escritores Angolanos, de que foi secretário-geral (1975-1980 e 1985-1992), e secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afroasiáticos (1979-1984).
Na sequência das eleições de 1992, porém, e desiludido com o reinício da guerra civil angolana, Luandino Vieira acabou por regressar ao seu país natal. Radicou-se numa zona rural do Minho, próximo de Vila Nova de Cerveira.
A recusa do Prémio Camões
Em 2006 foi-lhe atribuído o Prémio Camões, o maior galardão literário da língua portuguesa. Luandino recusou o prémio alegando, segundo um comunicado de imprensa, «motivos íntimos e pessoais». Entrevistas posteriores, sobretudo ao Jornal de Letras, esclareceram que o autor não aceitara o prémio por se considerar um escritor morto e, como tal, entendia que o mesmo deveria ser entregue a alguém que continuasse a produzir. Ainda assim publicou dois novos livros em 2006.
Cargos que exerceu

1975 - 1978 - organizou e dirigiu a Televisão Popular de Angola

1979 - dirigiu o Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA.

1975 - 1980 - secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (Membro Fundador).
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Domingo na Usina: Biografias: José Eduardo Agualusa Alves da Cunha:

 



José Eduardo Agualusa Alves da Cunha (Huambo, 13 de Dezembro de 1960) é um jornalista, escritor e editor angolano de ascendência portuguesa e brasileira.[1]
Nascido em Huambo, na então África Ocidental Portuguesa, é neto materno de Joaquim Fernandes Agualusa, Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial a 13 de Maio de 1960.[2]
Estudou agronomia e silvicultura no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Colaborou com o jornal português Público desde a sua fundação; na revista de domingo desse diário (Pública) assinava uma crónica quinzenal. Escreveu crónicas para a revista portuguesa LER e o portal Rede Angola. Escreve crônicas para o jornal brasileiro O Globo e para a revista portuguesa Visão. Na RDP África é realizador do programa A Hora das Cigarras, sobre música e poesia africana.[carece de fontes]
Em 2006 lançou, juntamente com Conceição Lopes e Fátima Otero, a editora brasileira Língua Geral, dedicada apenas a autores de língua portuguesa. Numa entrevista, o escritor responde a pergunta, "Quem é o Eduardo Agualusa? "Quem eu sou não ocupa muitas palavras: angolano em viagem, quase sem raça. Gosto do mar, de um céu em fogo ao fim da tarde. Nasci nas terras altas. Quero morrer em Benguela, como alternativa pode ser Olinda, no Nordeste do Brasil". [carece de fontes]
Perguntado se diverte escrevendo, Agualusa explica: "Escrever me diverte, e escrevo também, porque quero saber como termina o poema, o conto ou o romance. E ainda porque a escrita transforma o mundo. Ninguém acredita nisto e no entanto é verdade."[3]
Obras

A Conjura (romance, 1989) - Prémio Revelação Sonangol (1989

D. Nicolau Água-Rosada e outras estórias verdadeiras e inverosímeis (contos, 1990)

O coração dos Bosques (poesia, 1991)

A feira dos assombrados (novela, 1992)

Estação das Chuvas (romance, 1996)

Nação Crioula: correspondência secreta de Fradique Mendes (romance, 1997)

Fronteiras Perdidas, contos para viajar (contos, 1999)

Um Estranho em Goa (romance, 2000)

Estranhões e Bizarrocos (literatura infantil, 2000)

A Substância do Amor e Outras Crónicas (crónicas, 2000)

O Homem que Parecia um Domingo (contos, 2002)

O Ano em que Zumbi Tomou o Rio (romance, 2001).

Domingo na Usina: Biografias: Arlindo do Carmo Pires Barbeitos:

 


Arlindo do Carmo Pires Barbeitos (Catete, 24 de dezembro de 1940 - Luanda, 31 de março de 2021) foi um poeta angolano.
Arlindo Barbeitos nasceu em Catete (Bengo), Angola, em 24 de dezembro de 1940. Fez os estudos superiores na Europa, onde se formou em Etnologia e foi professor universitário no ISCED do Lubango, atual Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla.[1] Entre 1961 e 1975 foi combatente do MPLA na luta contra a soberania portuguesa em Angola.
A sua poesia tem reminiscências da poética tradicional africana, de tradição oral, e das poesias chinesa e japonesa.
Arlindo Barbeitos faleceu a 31 de março de 2021, em Luanda, apenas 11 dias a seguir a sua esposa, Maria Alexandre Dáskalos, falecida a 20 de março de 2021, na mesma cidade.
Obra Poética

Angola Angolê Angolema, 1975, Lisboa, Sá da Costa;

Nzoji (Sonho), 1979, Lisboa, Sá da Costa;

O rio estórias de regresso, 1985, Imprensa Nacional-Casa da Moeda;

Fiapos de Sonho, 1990, Lisboa, Vega;

Na Leveza do Luar Crescente, 1998, Lisboa, Editorial Caminho.
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Domingo na Usina: Biografias: Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque:

 


Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque, conhecida como Alda Lara (9 de junho de 1930, Benguela, Angola - 30 de janeiro de 1962, Cambambe, Angola), foi uma poetisa portuguesa de origem angolana, que criou uma grande produção poética, publicada apenas após a sua morte, através da recolha dos seus poemas feita pelo seu marido.[1]
Nasceu em Benguela, em 1930, sendo irmã do poeta Ernesto Lara Filho. Ainda nova mudou-se para Lisboa onde concluiu o 7º ano do Liceu. Posteriormente, Frequentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e depois de Coimbra, onde acabou por se licenciar. Esteve ligada a actividades da Casa dos Estudantes do Império (CEI), sendo uma excelente declamadora, chamando a atenção para os poetas africanos. Alda Lara foi casada com o escritor Orlando Albuquerque.
Após a sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira (actual Lubango) instituiu o Prémio Alda Lara de poesia, em sua homenagem. O seu marido, recolheu a sua poesia e publicou postumamente toda a a sua obra.[1]
Obra publicada

Poesia[2]

Poemas, 1966, Sá de Bandeira, Publicações Imbondeiro;

Poesia, 1979, Luanda, União dos Escritores Angolanos;

Poemas, 1984, Porto, Vertente Ltda. (poemas completos).

Contos[3]

Tempo de chuva. Lobito: Colecção Capricórnio, 1973

Referências

«Alda Lara». Infopédia. Consultado em 5 de fevereiro de 2011

«Alda Lara». Lusofonia Poética. Consultado em 5 de fevereiro de 2011

«Quem é quem - Alda Lara». União dos Escritores Angolanos. Consultado em 5 de fevereiro de 2011.
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Domingo na Usina: Biografias: António Agostinho Neto:

 


António Agostinho Neto (Ícolo e Bengo, 17 de setembro de 1922 — Moscovo, 10 de setembro de 1979) foi um médico, escritor e político angolano, principal figura do país no século XX.
Foi Presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola e em 1975 tornou-se o primeiro Presidente de Angola até 1979. Em 1975-1976 foi-lhe atribuído o Prémio Lenine da Paz.
Fez parte da geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países naquela que ficou designada como a Guerra Colonial Portuguesa. Foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), a polícia política do regime Salazarista então vigente em Portugal, e deportado para o Tarrafal, uma prisão política em Cabo Verde, sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio. Aí assumiu a direcção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), do qual já era presidente honorário desde 1962. Em paralelo, desenvolveu uma actividade literária, escrevendo nomeadamente poemas.
No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói Nacional, comemorando o dia que Agostinho Neto nasceu.[3][4]
Nasceu a 17 de setembro de 1922 em Caxicane, freguesia de São José, concelho de Ícolo e Bengo,[5] filho de Agostinho Pedro Neto, catequista de missão metodista americana em Luanda (sendo mais tarde pastor e professor nos Dembos) e de Maria da Silva Neto, professora.[6]
Estudos e formação política
Ao seus pais mudarem-se para Luanda obtém, em 10 de junho de 1934, o certificado da escola primária, e; em 1937 inicia seus estudos secundários no Liceu Salvador Correia, concluindo os mesmos em 1944.[6]
Após concluir o liceu, foi contratado pelos serviços administrativos da África Ocidental Portuguesa para servir como funcionário dos serviços de saúde, neste tempo ampliando sua visão do problema colonial.[6]
Deixa Angola e embarca para Portugal, a fim de frequentar a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Em Coimbra torna-se um dos fundadores da secção Casa dos Estudantes do Império (CEI). Na CEI funda a revista Movimento, em colaboração com Lúcio Lara e Orlando de Albuquerque, e o grupo "Vamos Descobrir Angola", que deu origem ao "Movimento dos Jovens Intelectuais de Angola".[6]
Em 1948 ganha uma bolsa de estudos pelos metodistas americanos, transferindo sua matrícula para a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, continuando sua atividade no seio da CEI.[6]
Em 1948 foi preso pela Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), em Lisboa, quando recolhia assinaturas para a Conferência Mundial da Paz ficando encarcerado durante três meses. Ao ser solto, Agostinho Neto, em parceria com Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Marcelino dos Santos e Francisco José Tenreiro fundam, clandestinamente o Centro de Estudos Africanos (a instituição viria a ser fechada pela PIDE em 1951).[6]
Em 1951 é eleito representante da Juventude das Colônias Portuguesas (JCP) junto ao Movimento de Unidade Democrática - Juvenil (MUD-J), grupo fortemente ligado ao Partido Comunista Português (PCP). As atividades no JCP rendem-lhe uma nova prisão pela PIDE, em Lisboa, em 1951. Em 1955 Foi novamente preso por suas atividades políticas no JCP e no MUD-J em 1955, sendo condenado a 18 meses de encarceramento. Esta última mobilizou muitos intelectuais em seu apoio, que fizeram uma petição internacional a pedir a sua libertação, entre eles Simone de Beauvoir, François Mauriac, Jean-Paul Sartre e o poeta cubano Nicolás Guillén.[6]
Ainda estava encarcerado quando, em 10 de dezembro de 1956, funda-se o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA)[6], a partir da fusão principalmente dos grupos nacionalistas Partido da Luta Unida dos Africanos de Angola e Partido Comunista Angolano, além de outros grupos menores.[7]
Libertado em julho de 1957, dedicou-se em finalizar seus estudos, licenciando-se em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, em 27 de outubro de 1958.[5]
Luta anticolonial
Em 1959 integra-se ao Movimento Anticolonial (MAC),[6] embora que desde que liberto, em 1957, já tomava parte de suas atividades sem filiação formal, para evitar ser novamente preso.[carece de fontes]
Em 22 de dezembro de 1959, juntamente com a família, ruma para Luanda, onde abre um consultório médico, passando a organizar as atividades políticas do MPLA, ainda pouco efetivo. Assume a liderança do movimento neste mesmo ano.[6]
Em 8 de junho de 1960 é preso em Luanda, gerando grandes manifestações de solidariedade diante do seu consultório médico. Operações policiais são levadas a cabo contra seus apoiantes e a aldeia onde nasceu é invadida pelas forças oficiais.[6]
É levado para a cadeia do Algarve em Portugal, sendo pouco depois deportado para o arquipélago de Cabo Verde, ficando instalado na prisão de Ponta do Sol, ilha de Santo Antão; finalmente é transferido para o Campo do Tarrafal, onde fica até outubro de 1962. É na prisão que escreve alguns de seus principais poemas,[8] Mal havia sido solto é posto novamente em prisão, sendo transferido para as prisões do Aljube, em Lisboa. A forte repercussão internacional por sua prisão leva vários periódicos e intelectuais a fazer campanha contra Portugal, escancarando a Guerra Colonial Portuguesa, que havia iniciado, em Angola, em 4 de fevereiro de 1961. É liberto da prisão em março de 1963.....
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