sábado, 16 de maio de 2020

Domingo na Usina: Biografia: Martins Júnior:


Terceiro ocupante da Cadeira 13, eleito em 15 de maio de 1902, na sucessão de Francisco de Castro, tomou posse por carta. Estava designado para recebê-lo o Acadêmico Silvio Romero.

Martins Júnior (José Isidoro M. J.), jurista e professor, nasceu no Recife, PE, em 24 de novembro de 1860, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de agosto de 1904.

Era filho de José Isidoro Martins e de Francisca Martins. Fez os estudos primários com o avô, o professor Vitorino Martins, e os secundários no colégio do professor Jesuíno Lopes de Miranda. Publicou no periódico O Progresso os seus primeiros versos. Formou-se em Direito pela Faculdade do Recife em 1883. Durante os anos acadêmicos, aproximou-se de Clóvis Beviláqua, tendo com ele redigido as Vigílias literárias (1879), a Idéia Nova, O Escalpelo (ambos de 81) e o Estenógrafo (1882). Deixou muitas poesias esparsas nos jornais de Pernambuco e do Rio.

Discípulo de Tobias Barreto, Martins Júnior era um espírito de tendências renovadoras. Em Recife ingressou na advocacia e no ensino particular, como professor de francês e de história natural na Escola Propagadora da Boa Vista. Concorreu para cátedra da Faculdade do Recife por três vezes sucessivas. Em 1888, foi classificado pela Congregação que o indicou à nomeação. Mas o ministro do Império nomeou Adelino de Luna Freire, que se classificara em terceiro lugar. As três teses apresentadas por Martins Júnior foram, posteriormente, reunidas no volume Fragmentos jurídico-filosóficos.

Continuando a ação pública, Martins Júnior redigiu, em 1887, com Artur Orlando também acadêmico, Adelino Filho e Pardal Mallet, a Revista do Norte. Em 88, fundou o Diretório Republicano, que se destinava a incentivar as idéias da Abolição e da República. Para esse fim, fundou o jornal O Norte, com Maciel Pinheiro, Teotônio Freire, Henrique Martins e Rodrigues Viana.

Em 28 de novembro de 1889, finalmente, foi feita justiça pelo novo regime, com a nomeação de professor da Faculdade de Direito do Recife. Multiplicava-se em artigos de jornal, em conferências, em discursos. Exercia, ao mesmo tempo, as funções de fiscal da emissão do Banco Sul-Americano e presidia a comissão encarregada de elaborar a lei constitucional de Pernambuco. Em 91, entrou para o Jornal do Recife, a fim de fazer oposição ao presidente do Estado, Conselheiro Lucena, levando-o a resignar o cargo. Travaram-se, então, lutas de Martins no ambiente político do seu Estado. Fundou o Novo Partido Republicano de Pernambuco. Em fevereiro de 92, a regime florianista interveio, indicando o nome de José Alexandre Barbosa Lima para presidente do Estado. Como reação a essa atitude do Marechal, começou a desagregação do partido de Martins, agravando-se a luta entre ele e Barbosa Lima. Com a revolta da Armada, Martins declarou-se francamente ao lado de Floriano. Organizou um batalhão patriótico, o Seis de Março, no qual passou a servir com o posto de capitão.

Em 1894 foi eleito deputado federal, indo residir no Rio de Janeiro. Reeleito em 1897. Com a reforma dos estatutos da Faculdade do Recife, suprimiu-se a cadeira de História do Direito, que ele regia. Passou então a exercer o professorado na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Quando Quintino Bocaiúva foi eleito presidente do Estado do Rio de Janeiro, convidou-o para seu secretário de governo.

Poeta, deu a lume as Visões de hoje, em 1881 em cujo prefácio explicou a sua concepção de poesia, que “deve ir procurar as suas fontes de inspiração na Ciência; isto é, na generalização filosófica estabelecida por Auguste Comte sobre aqueles seus troncos principais de todo o conhecimento humano”. Em prol da sua concepção escreveu A poesia científica (1883). Arauto da poesia científica, foi a maior causa da sua notoriedade, pelas discussões e polêmicas que suscitou, e foi também a causa do seu olvido.

Da sua obra de jurista destaca-se História do Direito Nacional (1895), obra pioneira entre nós sobre a matéria.

fonte de origem:

http://www.academia.org.br/academicos/martins-junior/biografia

Domingo na Usina: Biografia: Francisco de Castro:


Francisco de Castro, médico, professor, orador e poeta, nasceu em Salvador, BA, em 17 de setembro de 1857, e faleceu em 11 de outubro de 1901, no Rio de Janeiro, RJ. Filho do negociante Joaquim de Castro Guimarães e de D. Maria Heloísa de Matos, ficou órfão de mãe desde cedo. O pai desdobrou-se em desvelos, preocupado com a sua educação, e encaminhou-o para o Ateneu Baiano. Em 1873 levou-o à França e, em Paris, Francisco aperfeiçoou alguns estudos, familiarizando-se com a língua de Baudelaire, a ponto de escrever versos em francês, incluídos no volume Harmonias errantes. No ano seguinte, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. Durante o curso acadêmico, deixou-se atrair pelo convívio literário, tendo, entre seus companheiros, Guilherme de Castro Alves, irmão de Castro Alves. A admiração pelo Poeta dos Escravos exerceu decisiva influência na sua poesia, emprestando-lhe a sua feição condoreira. Desde os bancos acadêmicos, granjeou invejável fama de talentoso e estudioso. Veio para o Rio de Janeiro, onde sua fama cedo se consolidou, como homem de letras e como homem de ciência. Ocupou o cargo de diretor do Instituto Sanitário Federal, em 1893, e foi médico do Exército durante nove anos. Adversário da desoficialização do ensino técnico superior, proferiu memorável discurso na colação de grau dos doutorados de 1898, aplaudido por Rui Barbosa na imprensa. Foi professor da cadeira de Clínica Propedêutica e, em 1901, diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Paralelamente ia exercendo a atividade de escritor, em livros de assuntos médicos e proferindo discursos que, publicados depois de sua morte, mereceram um belíssimo prefácio de Rui Barbosa. Foi uma autêntica vocação literária, um escritor de linguagem cuidada, que se impôs à sua geração como um modelo. Poeta, ainda inspirado no Romantismo, publicou versos também sob o pseudônimo Luciano de Mendazza. Reuniu-os num volume, ao qual deu o título de Harmonias errantes, livro que mereceu uma introdução de seu amigo Machado de Assis.

Francisco de Castro deixou uma tradição de bondade extrema, e seu grande exemplo foi lembrado por gerações sucessivas de médicos. Muitos o chamavam “o divino Mestre”, conservando o culto de sua figura, que ficou sendo uma espécie de patrono deles todos. Aluísio de Castro deixou sobre ele uma página tocante, “Meu pai”, onde registrou: “... a admiração que eu lhe votava era tão funda e tal união nos vinculava em tudo, que esses poucos anos do seu trato, sentindo-lhe a suavidade para mim como que divina, me valeram por uma vida inteira de ensinamentos e ele me ficou como o farol de sempre.”

Rui Barbosa se expressou: “Era Castro, em nossa terra, a mais peregrina expressão de cultura intelectual que jamais conheci. Tenho encontrado, em nossos naturais, aliás raramente, artistas e sábios. Mas nele se me deparou, entre brasileiros, o primeiro exemplo e único até hoje, a meu parecer, de um sábio num artista. Em Francisco de Castro brilhava a mesma vocação consumada nas Letras e na Medicina”.

Segundo ocupante da cadeira 13, eleito em 10 de agosto de 1899, na sucessão do Visconde de Taunay, não chegou a tomar posse. Deveria ser saudado pelo acadêmico Rui Barbosa. Era pai do também acadêmico Aloísio de Castro.

fonte de origem:

http://www.academia.org.br/academicos/francisco-de-castro/biografia

Domingo na Usina: Biografia: Visconde de Taunay:


Visconde de Taunay (Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay), engenheiro militar, professor, político, historiador, romancista, teatrólogo, biógrafo, etnólogo e memorialista, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de fevereiro de 1843, e faleceu também no Rio de Janeiro em 25 de janeiro de 1899.

Era filho de Félix Emílio Taunay, Barão de Taunay, e de Gabriela de Robert d’Escragnolle. Seu avô, o famoso pintor Nicolau Antônio Taunay, foi um dos chefes da Missão Artística francesa de 1818 e seu pai foi um dos preceptores de D. Pedro II e durante muito tempo dirigiu a Escola Nacional de Belas Artes. Pelo lado materno, era neto do conde d’Escragnolle, emigrado da França pelas contingências da Revolução.

Criado em ambiente culto, impregnado de arte e literatura, desenvolveu bem cedo a paixão literária e o gosto pela música e o desenho. Estudou humanidades no Colégio Pedro II, onde se bacharelou em letras em 1858. No ano seguinte ingressou no curso de Ciências Físicas e Matemáticas da Escola Militar. Alferes-aluno em 1862, bacharel em Matemáticas em 1863, foi promovido a segundo-tenente de artilharia em 1864, inscrevendo-se no 2º. ano de Engenharia Militar, que não terminou, por receber ordem de mobilização, com os outros oficiais alunos, em 1865, no início da Guerra do Paraguai. Foi incorporado à Expedição de Mato Grosso como ajudante da Comissão de Engenheiros, para trazer ao governo imperial notícias do corpo expedicionário de Mato Grosso, que havia muito se supunha perdido e aniquilado. Trouxe da campanha profunda experiência do país e inspiração para a maior parte dos seus escritos, a começar do primeiro livro, Cenas de viagem (1868). Em 1869, o Conde d’Eu, comandante-em-chefe das forças brasileiras em operação no Paraguai, convidou o primeiro-tenente Taunay para secretário do seu Estado-Maior, sendo encarregado de redigir o Diário do Exército, cujo conteúdo foi, em 1870, reproduzido no livro do mesmo nome. Terminada a guerra, foi promovido a capitão, e terminou o curso de Engenharia, passando a professor de Geologia e Mineralogia da Escola Militar.

Em 1871, publicou o primeiro romance, Mocidade de Trajano, com o pseudônimo de Sílvio Dinarte, que usaria na maior parte das suas obras de ficção, e, em francês, A retirada da Laguna, sobre o desastroso e heroico episódio de que participou. A publicação chama a atenção de todo o Brasil para o jovem escritor. Por indicação do Visconde do Rio Branco, candidatou-se a deputado geral pelo Estado de Goiás, que o elegeu para a Câmara dos Deputados em 1872, mandato que foi renovado em 1875. Foi de 1876 a 1877 presidente da província de Santa Catarina.

Nunca mais voltaria ao serviço ativo do Exército. Promovido a major em 1875, demitiu-se do posto em 1885, já tomado por atividades na política e nas letras. Em 1878, caindo o Partido Conservador, em cujas fileiras militava, partiu para a Europa, em longa viagem de estudos.

De volta ao Brasil em 1880, encetou uma fase de intensa atividade em prol de medidas como o casamento civil, a imigração, a libertação gradual dos escravos, a naturalização automática de estrangeiros. Deputado novamente de 1881 a 1884, por Santa Catarina. Em 1885 foi candidato a deputado pelo Rio de Janeiro, mas foi derrotado. Presidiu o Paraná de 1885 a 1886, pondo em prática a sua política imigratória. Em 1886 foi eleito deputado geral por Santa Catarina e, logo a seguir, senador pela mesma província, na vaga do Barão de Laguna. Foi no Senado um dos mais ardorosos partidários da Abolição. Em 6 de setembro de 1889 recebia o título de Visconde, com grandeza. Estava no início de uma alta preeminência nos negócios públicos quando a proclamação da República lhe cortou a carreira, dada a intransigente fidelidade com que permaneceu monarquista até à morte. Na imprensa da época há numerosos artigos seus que se destinavam a pôr em destaque as virtudes do Imperador banido e do regime que a República destruíra.

Foi oficial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem de São Bento, da Ordem de Aviz e da Ordem de Cristo.

Taunay foi um infatigável trabalhador, patriota, homem público esclarecido e apaixonado homem de letras. Teve a plena realização do seu talento no terreno literário. Sua obra de ficção abrange, além do romance, as narrativas de guerra e viagem, descrições, recordações, depoimentos, artigos de crítica e escritos políticos. Foi também pintor, restando dele telas dignas de estudo. Era grande apaixonado da música, tendo deixado várias composições. Estudioso da vida e da obra dos grandes compositores, manteve com escritores e jornalistas polêmicas sobre essa arte, notadamente com Tobias Barreto.

Fonte de origem:

http://www.academia.org.br/academicos/visconde-de-taunay/biografia

Domingo na Usina: Biografia: Francisco Otaviano:


 (Francisco Otaviano de Almeida Rosa), advogado, jornalista, político, diplomata e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 26 de junho de 1826, e faleceu na mesma cidade em 28 de junho de 1889. É o patrono da cadeira n. 13, por escolha do fundador Visconde de Taunay.

Era filho do Dr. Otaviano Maria da Rosa, médico, e de Joana Maria da Rosa. Fez os primeiros estudos no colégio do professor Manuel Maria Cabral, e no decorrer da vida escolar dedicou-se principalmente às línguas, à História, à Geografia e à Filosofia. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo em 1841, na qual se bacharelou em 1845. Regressou ao Rio, onde principiou a vida profissional na advocacia e no jornalismo, nos jornais Sentinela da MonarquiaGazeta Oficial do Império do Brasil (1846-48), da qual se tornou diretor em 1847, Jornal do Comércio (1851-54) e Correio Mercantil. Foi eleito secretário do Instituto da Ordem dos Advogados, cargo que exerceu por nove anos; deputado geral (1852) e senador (1867). Como jornalista, empenhou-se com entusiasmo nas campanhas do Partido Liberal e tomou parte preponderante na elaboração da Lei do Ventre Livre, em 1871. Já participara da elaboração do Tratado da Tríplice Aliança, em 1865, quando foi convidado pelo Marquês de Olinda para ocupar a pasta dos Negócios Estrangeiros, mas não a aceitou, ficando em seu lugar Saraiva. Por ocasião da Guerra do Paraguai, foi enviado ao Uruguai e à Argentina, substituindo o Conselheiro Paranhos na Missão do Rio da Prata. A ele coube negociar e assinar, em Buenos Aires, em 1º de maio de 1865, o tratado de aliança ofensiva e defensiva entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai, no combate comum a Solano Lopez, do Paraguai. Recebeu o título do Conselho do Imperador e do Conselho Diretor da Instrução Pública.

Poeta desde menino, não se dedicou suficientemente à literatura. Ele mesmo exprimiu com frequência a tristeza de haver sido arrebatado à poesia pela política, por ele chamada de “Messalina impura”, num epíteto famoso. Apesar da carreira fácil, respeitável e brilhante, cultivou sempre a nostalgia das letras. Sua obra poética representa uma espécie de inspiração do homem médio, mas não banal, o que lhe dá, do ponto de vista psicológico, uma comunicabilidade aumentada pela transparência do verso, leve e corredio. Em torno do eixo central de sua personalidade literária se organizam as tendências comuns do tempo, num verso quase sempre harmonioso e bem cuidado.

Nas suas traduções de Horácio, Catulo, Byron, Shakespeare, Shelley, Victor Hugo, Goethe, revela-se também poeta excelente. Ficou para sempre inscrito entre os nossos poetas da fase romântica, como autor de duas ou três peças antológicas, mesmo que não tenha exercido a literatura com paixão, e o patriota que foi dá-lhe lugar entre os grandes vultos brasileiros do século XIX.

fonte de origem:

http://www.academia.org.br/academicos/francisco-otaviano/biografia

Domingo na Usina: Biografia: ALFREDO BOSI:


Sétimo ocupante da Cadeira nº 12, eleito em 20 de março de 2003, na sucessão de Dom Lucas Moreira Neves e recebido em 30 de setembro de 2003 pelo acadêmico Eduardo Portella. ALFREDO BOSI nasceu em São Paulo (SP), em 26 de agosto de 1936. É casado com a psicóloga social, escritora e professora do Instituto de Psicologia da USP, Ecléa Bosi, com quem tem dois filhos: Viviana e José Alfredo. Descendente de italianos, logo depois de se formar em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), em 1960, recebeu uma bolsa de estudos na Itália e ficou um ano letivo em Florença. De volta ao Brasil, assumiu os cursos de língua e literatura italiana na USP. Embora professor de literatura italiana, Alfredo  Bosi sempre teve grande interesse pela literatura brasileira, o que o levou a escrever os livros Pré-Modernismo (1966) e História Concisa da Literatura Brasileira (1970). Em 1970, decidiu-se pelo ensino de literatura brasileira no Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, da qual é professor titular de Literatura Brasileira. Ocupou a Cátedra Brasileira de Ciências Sociais Sérgio Buarque de Holanda da Maison des Sciences de l’Homme  (Paris)... Foi vice-diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP de 1987 a 1997. Nesse último ano, em dezembro, passou a ocupar o cargo de diretor. Entre outras atividades no IEA, coordenou o Educação para a Cidadania (1991-96), integrou a comissão coordenadora da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação Memorial da América Latina) e coordenou a Comissão de Defesa da Universidade Pública (1998). Desde 1989 é editor da revista Estudos Avançados. Formação escolar, Licenciado em Letras Neolatinas – Português, Italiano, Francês e Espanhol. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (1955-1958). Curso de Especialização em Filologia Românica e em Literatura Italiana na mesma Faculdade (1959-1960). Bolsa de Estudos na Faculdade de Letras da Universidade de Florença – Cursos de Filosofia da Renascença (E. Garin),  Linguística indoeuropéia (G. Devoto), Literatura Italiana (W. Binni), História da Língua Italiana (Migliorini), Filosofia Geral (C. Luporini) e Estética (Pesce) (1961-1962). Teses e concursos, Doutorado – Itinerario della Narrativa Pirandelliana. Universidade de São Paulo, 1964. Tese inédita. Livre-Docência – Mito e Poesia em Leopardi. Universidade de São Paulo, 1970. Tese inédita. Adjunto à disciplina de Literatura Brasileira, Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (1975). Titular da disciplina de Literatura Brasileira, Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (1985). Professor Emérito de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP  (2009). Bolsas de estudo, Concedida pelo governo italiano. Universidade de Florença (1961-1962). Guggenheim Fellowship, conferida pela John Simon Guggenhein Memória Foundation (1986). Concedida pelo CNRS para estagiar três meses no Institut des Textes et des Manuscrits Modernes (ITEM) – Paris, 1990.  Carreira docente Docente de Literatura Italiana – Departamento de Letras, FFLCH/USP, de 1959 a 1969. Docente de Literatura Brasileira – Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da FFLCH, desde 1970. Orientador de alunos de pós-graduação em níveis de mestrado e de doutorado na disciplina de Literatura Brasileira da USP, desde 1972. Atividades administrativas e culturais na USP, Membro da Congregação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. De 1972 a 1984 como representante de categoria. A partir de 1985 como membro nato. Membro do Conselho Editorial da Edusp (1985-1987). Editor da revista Estudos Avançados desde 1989, 85 números de 1987 ao segundo semestre de 2015. Membro do Conselho Diretor do Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro desde 1991. Coordenador do Programa “Educação para a Cidadania” do Instituto de Estudos Avançados (1991-1994). Diretor do Instituto de Estudos Avançados (1997 a 2001). Vice-Diretor do Instituto de Estudos Avançados (2002-  ). Coordenador da Comissão de Defesa da Universidade Pública (USP, 1998-99). Organizador do documento coletivo A presença da Universidade pública. USP, janeiro de 2000. Membro da Comissão do Código de Ética da Universidade de São Paulo (2001). Presidente da Comissão de Ética da Universidade de São Paulo (2002-03). Coordenador da Cátedra  Lévi-Strauss, do IEA-USP,  em convênio com o Collège de France (desde 1998). Coordenador do Grupo de Literatura e Cultura do Instituto de Estudos Avançados (desde 2006). Atividades culturais fora da USP, Conferências e cursos dados em várias instituições de ensino e cultura: No Brasil: Unicamp, Unesp, UFJ, UFRGS, UFSC, Universidade Federal de Goiás, Universidade Federal de Ouro Preto, PUC-SP, PUC-RJ, Universidade Mackenzie, Academia Brasileira de Letras, Academia Paulista de Letras, Memorial da América Latina, Associação Brasileira de Escritores, Ministério das Relações Exteriores, Palácio da Cultura (MEC-RJ), Fundação Casa de Rui Barbosa, Fundação Joaquim Nabuco, Museu de Arte Moderna, Biblioteca Euclidiana de São José do Rio Pardo, Museu de Arte de São Paulo, Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro, Biblioteca Municipal “Mário de Andrade”, Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Centro Cultural Vergueiro, Instituto Cajamar, Escola Florestan Fernandes. No exterior: Collegio Pio Brasiliano (Roma), Casa de las Américas (Havana), Université de Provence (Aix), Université de Paris IV (Sorbonne), Maison des Sciences de l’Homme, Institut des Hautes Études de l’Amérique Latine (Paris), École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris), Università di Roma “La Sapienza”, Instituto Brasil-Itália (Milão), Centro di Studi Brasiliani (Embaixada do Brasil em Roma), Universidad de la Republica (Montevideo), Universidad de Salamanca,  Princeton University, University of Yale, Accademia della Crusca (Florença). Membro do Conselho de Redação da revista Paz e Terra. Rio, 1967-68. Membro do Conselho Editorial da Coleção Ensaio. Ed. Ática, 1973-85. Membro do Conselho Consultivo da revista Encontros com a Civilização Brasileira, 1978-82. Membro do Secretariado Nacional de Justiça e Não-Violência, 1977-80. Membro do Conselho de Redação da revista Religião e Sociedade (1980). Revisor literário da edição brasileira da Bíblia de Jerusalém (“Evangelho segundo São João” e “Atos dos Apóstolos”). São Paulo: Ed. Paulinas, 1981. Membro do júri constituído para atribuir o Prêmio “Casa de las Américas”, La Habana, 1981. Presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos “D. Paulo Evaristo”. Cotia, SP, 1982-84. Membro da Comissão Julgadora das Bolsas Vitæ para Literatura, 1987-89. Presidente do Conselho Editorial da revista Nossa América / Nuestra América, órgão do Memorial da América Latina, 1989-93. Membro da Comissão Julgadora do Prêmio de Literatura “Memorial da América Latina”, 1989. Membro do Comitê Consultivo Internacional do Anuário Mariateguiano, Lima, Amauta, 1992. Coordenador, junto com Richard Graham, do projeto Editions of selected great books of Brazil, organizado pela Universidade do Texas e apoiado pelas fundações Vitæ e Lampadia (1994-97). Membro do Conselho da revista Portuguese Studies, editada pelo King’s College de Londres, 1989-96. Membro do Comitê Científico da revista Critica del Testo, do Departamento de Estudos Românicos da Università La Sapienza de Roma desde 1995. Membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, 1987-94. Professor convidado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales. – Paris, set.-nov. de 1993; set.-dez. de 1996 e abr.-jun. de 1999. Membro do Comitê Consultivo Internacional do Centenário de José Carlos Mariátegui. Membro do júri do Prêmio Camões, 2002. Membro do Júri do Prêmio “Conrado Wessel” de Cultura   (2008, 2010). Membro do Conselho da Coleção “Espírito Crítico” das editoras Duas Cidades / Editora 34. Titular da Cátedra de Estudos Brasileiros “Sérgio Buarque de Holanda” – Maison des Sciences de l’Homme. Paris, 2003. Membro do Comitê Científico da Cátedra de Estudos Sociais Brasileiros “Sérgio Buarque de Holanda” – Maison des Sciences de l’Homme. Paris, desde 2003. Membro Titular da Cadeira n.o 12 da Academia Brasileira de Letras (a partir de 30 de setembro de 2003). Assessor de Literatura Brasileira do Museu da Língua Portuguesa, São Paulo, 2005. Membro da Comissão Julgadora do Prêmio “Machado de Assis”, Academia Brasileira de Letras, 2005. Membro do Conselho Editorial da Revista Camoniana.

Membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira.

Fundação Gulbenkian (Lisboa)

 Prêmios e distinções

 Prêmio de “Melhor Ensaio de 1977” conferido a O Ser e o Tempo da Poesia, pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Prêmio de “Melhor Ensaio de 1992”, conferido a Dialética da Colonização pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Distinção “Homem de Idéias de 1992”, conferida pelo Jornal do Brasil. Medalha “Cristoforo Colombo”, conferida pela Associação Lígures no Mundo aos estudiosos brasileiros da cultura italiana, em 1992. Prêmio “Casa-Grande & Senzala 1993”, conferido a Dialética da Colonização pela Fundação Joaquim Nabuco. Prêmio “Jabuti” para melhor obra de Ciências Humanas 1993, conferido a Dialética da Colonização. Admissão à “Ordem de Rio Branco” no grau de Comendador, outorgada pelo Presidente da República em 30 de abril de 1996. Prêmio “Jabuti” para melhor ensaio em 2000, conferido a Machado de Assis. O Enigma do Olhar. Admissão à “Ordem do Mérito Cultural”, outorgada pelo Ministério da Cultura em 8 de novembro de 2005.

 

Atualizado em 27/06/2016.