quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede:Fernanda Costa :VOO:


Esperando 

O dia de poder voar

Dias passados

Cheios de ansiedade
O dia aproxima-se
Nada é igual
Há sempre 
Diferenças
Nos meus voos
As situações 
Modificam-se
Angústia 
Aumenta
Nunca saber 
O que nos espera
A vida programa
Temos que aceitar
Levo uma mala de sonhos
Uma saca de decepções
Uma malinha de indecisões
Mas muita saudade 
No meu coração

Fernanda Costa 

02-06-2015

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Queenire Irene Medina: Tristeza…:




Tristeza que deambula por mis venas

impulso de ocultar lágrimas negras
regadas en el campo de mi amnesia
que fluye incansable en las arenas
del olvido que no llega a consolarme

Lamento desbocado que llega galopante 
a una triste realidad que desconoce.
Dolor que abruptamente palidece 
y desvanece el tormento que padece
por segundos en mi ausente mente

Y si por encanto el dolor se acaba
por un lapso corto como pinceladas
te deja desecha y gastada el alma…
Y despierta aullándole a la niebla 
en las ruinas de una madrugada

Cuando el silencio te tiene prisionera
y la angustia decretó ya su sentencia…
Ya no queda para ti clemencia
de tu vida ya nadie se acuerda…
¡Solo el olvido es quien te recuerda!


Autor Queenire
Irene Medina
Chile

Todos los derechos de autor reservados
Tristeza...

Autor queenire

Irene Medina

Chile

Tristeza que deambula por minhas veias
Impulso de esconder lágrimas negras
Regadas no campo da minha amnésia
Que corre incansável nas areias
Do esquecimento que não chega a sentir-me melhor

Lamento sem travões que chega galopante
A uma triste realidade que desconhece.
Dor que abruptamente palidece
E esvanece o tormento que sofre
Por segundos na minha ausente mente

E se por encanto a dor acaba
Por um espaço curto como pinceladas
Você deixa deitado fora e gastar a alma...
E desperta aullándole à neblina
Nas ruínas de uma madrugada

Quando o silêncio você tem prisioneira
E a angústia decretou já sua sentença...
Já não há para você clemência
De sua vida já ninguém se lembra...
Somente o esquecimento é quem você lembra!

Todos os direitos de autor reservados

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: KATIA CHIAPPINI: À FLOR DA PELE..:

.
Se está à flor da pele
Está em almas sensíveis
Se triste ao poema apele

Tenha momentos incríveis

O poema alonga a alma
Faça-o seu companheiro
Permita-se ficar calma
Leia o poema por inteiro

Declame pra você mesmo
De Quintana um poema
Não vá chorar à esmo
Saia da quarentena

Quem o poema repele
Não merece perdão
Ele está à flor da pele
É a voz do coração

KATIA CHIAPPINI

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Cassandra Alpoim: ENTRANHAS:





Debato-me nas entranhas que me cumprem e nas
que se desenrolam no espírito na alma e no coração.
Penso que o momento é Deus embora não o saiba de
facto,estranho este Deus que pode ser escrito em minúscula
porque a grandeza do universo ,o infinito das galáxias são a
obra inexplicável,que a ciência descobre numa ponta para se
questionar depois.Silêncios de deus ,esquecimentos da terra
sofrida porque assim foi feita a vida numa dicotomia entre as
alegrias e sofrimentos,vida e morte e em crescente o sentido
da vida,que pode ter um ou pode não ter resta a crença dos
homens que deambulam e procuram respostas sem certezas.

Nas entranhas não sinto deus,sinto o meu eu,numa dispersão
entre debates e por vezes dores físicas e psíquicas sem rumo,
e se me pergunto porque sofro fisicamente tento encontrar as
respostas não o sentido,pois não é dada uma razão para a dor.
O que na alma geme e ruge está num patamar que a razão ou
a realidade tentam resolver numa complexidade inconforme se
se mistura com as entranhas quase se perde a identificação eu
corpo com outro corpo que grita e a identidade fica bifurcada e
tão abandonada por maior que seja a dignidade do sofrimento.
Há o recurso aos paleativos e calmantes para corpo e alma as
questões de ser ou não ser merecedor são irrelevantes viver é
isto e uma constante confrontação e aceitação e deus fica fora
pois não há definição de justiça para o sofrimento infligido pelo
próprio homem,a complexidade é enorme e não acreditar em
divindades é já uma resposta,algo absurda pois enfrentar esse
nada,é um acto de coragem ou pura indiferença.Não creio em
dogmas, não cumpro os trilhos da religião mas penso que algo
de supremo existe e nos rege e se contesto a injustiça da dor a
dos animais,dos inocentes e dos seres superiores em bondade
fico sem resposta,o sofrimento é um facto da vida sem escolha..

(Entranhas temos todos e a alma com elas é do que somos feitos
e indagar nada traz de novo,apenas alivio as penas e dúvidas e
nada acrescento ao que se sabe e sente cada um com ou sem
Deus.)

Cassandra Alpoim
In Texto Poético
ou não

20/10/15

Quarta Na Usina: Poetisas Da Rede: Hulle Horranna: Uma anônima:


Jamais poderei ser mais do que sou,
Porém, sou mais do que posso saber
Há um desconhecimento do que se é

Uma limitação inserida no verbo ter

Não posso ser apenas o que restou

Estar nos parâmetros do teu parecer
Ter estranhamentos de uma mulher
Que ninguém jamais poderá entender

Jamais extrairei o pecado da morte
Para amargar o gosto duma solidão
Quem sabe eu seja provida de sorte
E ainda encontre no mesmo corte,
Fragmentos da doçura de um não,
Jamais poderei ser mais do que sou
E eu sou apenas, feita de emoção

Quem sabe eu esteja nos intervalos,
Nas vírgulas e também nos parágrafos
No ponto final com gosto de reticências
Quando os teus olhos ainda fechados,
Não possam definir a minha aparência
Na distância de pensamento e espaço,
Ausente, possas sentir minha presença

E eu não poderei ser mais do que sou,
Livre na impureza da minha inocência,
Presa no infortúnio dos meus diálogos
Quando o vazio rouba minha paciência
Quem sabe eu seja um contorno oco,
O preenchimento dos meus espaços
Entregue a lucidez de minha loucura,
Irresponsável por meus próprios atos.

- Hulle Horranna